segunda-feira, dezembro 28, 2009

A Rua do Sol

A vida nem sempre é tão complicada como a pintamos.

Por exemplo, quem baptizou uma das ruas da chamada "Almada Velha" de Rua do Sol, fez muito bem, apesar da simplicidade.
Aquela rua é claramente a rua do Sol, que fica por ali, provavelmente agradecido, mesmo de Inverno, muito mais tempo que em qualquer rua das imediações.
Até aquela janela merece o nome de "Janela do Sol"...

quarta-feira, dezembro 23, 2009

Boas Festas


Desejo a todos aqueles que passam aqui pelo "Casario", muito BOAS FESTAS.

quinta-feira, dezembro 17, 2009

O Humor de Mário Martins


O artista plástico almadense, Mário Martins, que assina os seus quadros artísticos como Mártio, também utiliza o humor e a ironia, através do "cartoon", como este que reproduzo e que foi publicado num dos seus blogues e que ele teve a amabilidade de me enviar por e-mail.

quarta-feira, dezembro 16, 2009

O Ciclo da Serpente

Logo, às 21.30 horas, é apresentado o livro, "O Ciclo da Serpente", da autoria de António Vitorino, na Sala Pablo Neruda, do Fórum Romeu Correia, pelo prof. Alexandre Castanheira.
Este pequeno livro faz parte da colecção "Index Poesis" (nº 76), organizada pelos "Poetas Almadenses".
António Vitorino, além de poeta é jornalista, e tem sido o principal animador do projecto poético "Debaixo do Bulção", no qual também costumo colaborar.

segunda-feira, dezembro 14, 2009

Uma Boa Ideia

Nos últimos anos, o Município tem apoiado um mercado alternativo, que ocupa umas tendas grandes, também elas "alternativas", de forma esférica, na Praça da Liberdade, no centro de Almada.

Embora nem todos sejamos consumidores dos produtos artísticos oferecidos, uns construídos a partir do nosso lixo reciclável, outros a recordarem outros tempos, como os brinquedos de madeira, o
"Mercado de Natal Amigo da Terra" vale a nossa visita, e porque não a compra de duas ou três peças, diferentes e originais?

sábado, dezembro 12, 2009

Uma Palavra: Perplexão

É a palavra que me ocorre, perplexão, pela presença do Município na inauguração do busto que presta homenagem ao cardeal Cerejeira, próximo do monumento ao Cristo Rei de Almada.

Sei que a igreja homenageia quem quer, mas não deixo de considerar ofensivo para o povo de Almada a colocação deste busto, no nosso concelho. A história recente de Almada, povoada de inúmeras jornadas de luta antifascista e de centenas de vitimas deste regime miserável, merecia mais respeito, pelo menos de quem nos governa e se assume como uma força política de esquerda.
O Cardeal Cerejeira, amigo intimo de Salazar desde os tempos de juventude passados em Coimbra, também foi um dos ideólogos do Estado Novo, transformando a igreja católica num dos sustentáculos da ditadura salazarista. E nunca se coibiu de perseguir quem no interior da igreja (e também no exterior...) erguia a palavra contra o regime totalitário salazarista, na defesa da liberdade e dignidade do povo português, como foram os casos do bispo do Porto, Dom António Gomes ou do padre Felicidade Alves, pároco de Belém, entre tantos exemplos de vitimas de perseguição e repressão perpetuada pela PIDE.
Não podemos nem devemos apagar a memória.
A única coisa que me dá alguma satisfação, é o facto do monumento ser uma nódoa artística...

quinta-feira, dezembro 10, 2009

Centenário do Nascimento de Alberto Araújo

Comemora-se dia 14 de Dezembro o centenário do nascimento do professor Alberto Araújo, uma das grandes figuras da resistência antifascista de Almada.

Ontem teve lugar uma sessão de homenagem, no átrio do cine-teatro da Academia Almadense, organizada pela Comissão Promotora, constituída pelos Amigos da Cidade de Almada, URAP e PCP.
Alberto Araújo foi professor de Português no Liceu Pedro Nunes, em Lisboa, e também um dos elementos mais activos do PCP na década de trinta. Fazia parte do secretariado do Comité Central e era o principal responsável pela edição do jornal "Avante", então clandestino.
Embora fosse fisicamente frágil, era um homem de um grande carácter, coragem e generosidade.
Fragilidade essa que se agravou com o seu desterro para o "Campo da Morte", no Tarrafal. Regressou vivo, mas nunca recuperou das mazelas que sofreu, tendo falecido precocemente a 19 de Março de 1955, com apenas 45 anos.
Foi uma das figuras mais respeitadas da então Vila de Almada, especialmente depois de ter regressado de Cabo Verde. Quando alguém, fisicamente frágil, prescinde do seu estatuto social para lutar pela igualdade e justiça social, ao lado dos mais humildes, só pode ser respeitado e admirado.
Ainda há pouco tempo, passeava pela rua Heliodoro Salgado com um amigo, que me disse onde Alberto Araújo morava. Embora a casa tivesse desaparecido, o Carlos ainda o "via" na janela, a acenar com simpatia, a quem passava...
A fotografia retrata o seu busto, colocado no jardim urbano que tem o seu nome, mandado erigir pelo povo almadense, por subscrição pública.

terça-feira, dezembro 08, 2009

A Paixão pelo Golo

Gostei particularmente da capa do jornal "A Bola" de ontem, porque, apesar de todos os quase "cientistas", que enchem o futebol de palavrões, a única coisa que conta mesmo é a bola dentro da baliza.

Sou benfiquista, quase moderado (provavelmente por ter nascido num lar "verde", com os meus pais e o meu irmão a torcerem pelo Sporting...), ao ponto de nem me importar muito com a "dor de corno" dos "lagartos" e dos "tripeiros", que andam de tal forma "aziados" com a "Paixão pelo Golo" que continua a morar nas bandas da Luz, que até dizem que os "lampiões" só marcam golos ao "mija na escadas"...
Sei que há muitas vulgaridades na equipa, mas Saviola é um grande jogador em qualquer parte do mundo.
Como o meu "scanner" se fica pelo tamanho A4, tive de fazer alguma ginástica para a capa aparecer de uma forma compreensível...

segunda-feira, dezembro 07, 2009

Bolaño de "Cacilhas"

Não, não sou eu, é o Márcio Libânio, o tal escritor de Cacilhas, que, imaginem só, escreveu o "calhamaço de mais de mil páginas" ("2666") mais badalado nos circulos literários.

Tudo isto porque a excelente revista "Ler" tem um provedor de leitores que gosta de escrever com humor, esse mesmo, o Nuno Costa Santos...

sábado, dezembro 05, 2009

O Pai Natal Já Chegou a Almada

O comércio local com o apoio do Município trouxeram o Pai Natal até ao centro da Cidade, com a sua casinha e também alguma animação de rua.

Ele chegou hoje de manhã e vai ficar até ao dia 23 de Dezembro.

Embora não saiba se a iniciativa irá incentivar o consumo no comércio local, pelo menos fez-se algo de diferente.
Os comerciantes têm de pensar é que Natal é quando um homem quiser, e claro, puxar pela imaginação o ano inteiro...

terça-feira, dezembro 01, 2009

A Chuva Miudinha e a Curiosidade de Rua

Desta vez não apanhei a frase no café, mas sim na rua, onde um fulano que falava com sicrano disse esta pérola:
«A gente gostava era de ouvir as escutas que eles fizeram.»
Acredito que esta dupla não queria saber nada do Godinho nem das suas negociatas sucateiras, apenas queriam saber o que o Sócrates disse ao amigo Vara, sobre a Manuela e seu execrável pasquim televisivo.
Pensava que esta história já tinha saído das ruas e dos cafés, mas não, a malta ainda quer saber o que para uns é criminoso e para outros não passa de uma conversa de circunstância. E provavelmente "sonha" que ainda apareça por aí uma transcrição da conversa, mesmo que seja num jornal de referência como o "Público", "Sol" ou "Expresso" e não no sempre infantigável "Correio da Manhã"...

Nem a chuva, muidinha, impede as "danças" de rua...

segunda-feira, novembro 30, 2009

Um Mundo Sem Medida

É neste mundo que muitas vezes aquilo que julgamos impossível, acontece.

Muito mais pelas piores que pelas melhores razões...
Houve uma leve esperança na segunda metade do século XX que as coisas iam melhorar, que finalmente se iria construir um mundo mais justo e igual.
Mas a "febre do dinheiro" não nos deu qualquer descanso.
O que acho mais curioso é que, apesar de estar provado que este mundo não é para pobres, são eles quem se refugia mais na virtude, no companheirismo e na amizade. Contra todos os sinais desta sociedade desigual, são eles quem mais acredita num Deus, que teima em os abandonar e ignorar, ao contrário do que, aparentemente, faz com os ricos...

sábado, novembro 28, 2009

Pescadores em Competição

Ao passear ao longo do Ginjal, no meio do nevoeiro, fui surpreendido por dezenas de pescadores, que lado a lado, esgrimiam os seus argumentos piscatórios, num concurso de pesca organizado pelo Spor Almada e Figueirinhas, uma das colectividades populares de Cacilhas.

Estavam de tal maneira envolvidos na competição, que nem deram pela minha passagem...

sexta-feira, novembro 27, 2009

A Janela da Capela

Sei que não tenho dado a atenção devida ao "Casario".
Quando falta a inspiração, faltam motivos.

Também ando um pouco arredado das "peripécias" locais.

Penso que depois das eleições autárquicas, marca tudo passo, mesmo que as pessoas sejam as mesmas. Finge-se que se começa de novo, provavelmente também à procura de motivações...


Esta bonita janela é da Capela da Casa (Palácio) da Cerca, em Almada, claro.

terça-feira, novembro 24, 2009

A Travessa Mais Desejada

Não há Terra que não tenha a sua "travessa das cunhas"...

Então quando acabam e começam mandatos, é um ver se te avias, quase que se atropelam para aparecerem na fotografia e conseguirem o almejado cargo, tão mendigado, suado e chorado (e a sorte deles é já não existirem as velhas "brigadas" de coladores de cartazes...), já há funcionários para as tarefas menores...
E já agora, conseguem descobrir onde fica a "legítima"?

sábado, novembro 21, 2009

Solidariedade Anarquista

O meu lado anarquista está solidário com o Centro de Cultura Libertária, de Cacilhas, que segundo se diz por aqui, está em vias de ver encerrada a sua sede.
Conheço o espaço, que visitei uma dúzia de vezes, quando ajudei a organizar uma exposição sobre o Movimento Anarquista Português"(o título não era assim, embora fosse este o objecto da exposição...) no extinto "Café com Letras", em Cacilhas, nos primeiros anos desta década.
Fiquei muito bem impressionado por ver que tinham tudo muito bem cuidado (inclusive a biblioteca e o arquivo de revistas antigas, encadernadas e bem acondicionadas).
Percebi que embora pudessem ter o cabelo em pé e pintado de verde ou azul e vivessem um pouco à margem da sociedade, respeitavam a sua história e o seu próprio património.
Escolhi como imagem um cartaz do jornal anarco-sindicalista espanhol, "Solidaridad Obrera".

quinta-feira, novembro 19, 2009

Não há Duas Sem Três

Esta frase do diálogo do "post" anterior, até pode soar a mau gosto.

Mas é apenas uma forma de não querer entrar pela realidade dentro, realidade essa, com demasiados edifícios cobertos com telhados de vidro.
Espero que as mortes de três fetos, de três portuguesas grávidas, vacinadas contra a gripe A, fique por aqui. Mas não posso deixar de lamentar que ainda sem se saberem quaisquer resultados, vários médicos tenham dito que se a vacina fosse a causa do primeiro caso, seria uma coisa única no mundo.
Ao terceiro caso, não sei o que essas pessoas que falaram antes de tempo (à boa maneira portuguesa...), dirão agora.
Embora compreenda que se deve lutar contra os alarmismos, penso que teria sido preferível aguardar pelos resultados e explicarem então, de uma forma simples, que a causa da morte dos fetos não está de forma alguma ligada á vacina, sem se refugiarem na tese translúcida de que todos os anos morrem x número de fetos, sem se encontrar uma causa para o facto.
Escolhi a "Sereiazinha" de Paula Rego, porque sim...

Conversas que Podem Beliscar a Nossa Inteligência

Um dos meus exercícios matinais é ler alguns jornais, logo pela manhã. Sei que não é das melhores coisas, mas... A coisa hoje bateu-me forte, ao ponto de até ter inventado um diálogo, longe das mesas dos cafés...
E tal como se costuma dizer antes dos filmes, esta "posta", não é recomendável a pessoas sensíveis.
- Então lá passámos na Bósnia. O Queiroz durante uns meses vai ser um gajo bestial. Era bom que a "besta" não voltasse, mas...
- O Eça? Nunca passou à história, nunca deixou de ser isso que chamas de bestial. Bestas foram sempre os outros...
- Já vi que estás numa de trocadilhos. Nem mesmo o Vara te saca alguma coisa inteligível?
- Varas? Agora só no Alentejo, com porcos pretos e tudo...
- Não me lixes. Nem estejas para aí a pensar que vou falar do Carvalhal, para me falares de praia...
- E que praia, do mais azul que há na nossa costa...
- Neste caso particular, estava a falar da "praia verde".
- Essa não tem "marés negras". Finalmente o teu Sporting, tem o seu Pinto, e logo Sá. E também é um homem do Norte, carago...
- Já reparaste que o teu Benfica não sequer tem nenhuma praia?
- Nos filmes tem mais que uma, mas não prestam. E infelizmente até na realidade, se fores ao "you tube" descobres mais que uma, devido à chacina de baleias, mas não recomendo...
- Por falares em recomendações, achas que o Sócrates vai escapar de mais esta tentativa de "esmiuçar" primeiros-ministros?
- É milenar, os filósofos só sabem que nada sabem...
- Desta é que não escapas. Sabes que morreu o terceiro feto de uma grávida vacinada com a gripe A?
- Sempre se espalhou por aí, que não há duas sem três...
Quando guardei esta imagem não identifiquei o autor. Embora não tenha a certeza, pelo traço parece-me ser um Modigliani.

segunda-feira, novembro 16, 2009

Podia Ser...

Podia ser o casario de Campolide, muito pelo Aqueduto e até pela altura mediania das habitações.

Mas durante os séculos XVIII e XIX era comum encontrarem-se estes rios artificiais de água que matavam a sede nas grandes cidades e desaguavam em inúmeros chafarizes, distribuídos estratégicamente nos bairros mais povoados.
A ilustração é de Lyonel Feininger e o Aqueduto é de Nova Iorque, cidade que pintou e onde viveu...

sábado, novembro 14, 2009

A Poesia do Tejo...


A poesia do Tejo também se fixa nas suas margens e não apenas no seu leito.
Neste caso particular estou a falar da margem direita, rente aos novos espaços de embarque do Cais Sodré, poiso de muitos pescadores, que não deixam de ler que o Tejo é (o rio) mais belo...
Provavelmente nem todos conhecem o Alberto Caeiro ou o Fernando Pessoa, mas nem por isso deixam de concordar com ele...

quinta-feira, novembro 12, 2009

Histórias com Gente

É este o título do livro da Teresa David, apresentado no último sábado no Palácio Galveias, em Lisboa.

São mesmo, "Histórias com Gente", que viram a luz pela primeira vez no blogue Fantasias, da sua autoria.
A Teresa, por gosto e também por influências familiares teve o grato prazer de conviver com "meio mundo" da vida cultural portuguesa, da qual extraiu (muito bem) estas deliciosas histórias, que embora eu já as conhecesse do blogue, têm outro encanto lidas na forma de livro.
É por isso que não acredito na "morte anunciada" do livro. Nunca acabará, poderá sim, passar a ser um objecto de luxo ou uma raridade. Mas eu pelo menos, não me imagino a viver num mundo sem livros...
Pelas páginas das "Histórias de Gente" passam pessoas como o Ary dos Santos, a Natália Correia, o José Saramago, o Manuel da Fonseca, o Adriano Correia de Oliveira, a Luisa Basto ou o Romeu Correia, entre outros.
Parabéns Teresa!

terça-feira, novembro 10, 2009

Digo Sim Senhor

(resposta a uma provocação - Diz! - de uma vulgar "besta urbana", das que não sabe o que significa bem público, sujando tudo o que existe à sua volta, inclusive obras de arte)

Começo por dizer que tens uma noção artística completamente distorcida, tal como os teus amigos, que pensam que pintam, mas apenas sujam o nosso quotidiano.
Provavelmente nem sabes quem é o senhor que pintou os painéis que borraste. Chama-se Manuel Cargaleiro e é um dos mais conceituados artistas plásticos portugueses, o que faz com que os painéis do Jardim Alberto Araújo, em Almada, tenham um valor quase incalculável, até por terem sido pintados nos anos cinquenta...

segunda-feira, novembro 09, 2009

Quase que se Salta uma Estação

O tempo, esse "malvado", está a querer que uma das estações seja rifada, não quer continuar com a Primavera, o Verão, o Outono e o Inverno...

Parece-me que o Outono vai ser o sacrificado, vamos passar do Verão para o Inverno, sem que o "comboio do tempo" pare no Outono...
As folhas começam a cair no Verão (como aconteceu este ano), quando ainda se tomam banhos de mar...
E para decorar esta conversa tola, nada como uma fotografia do Parque da minha cidade natal, onde a estátua despida e desmembrada, tem a companhia das "vestes" das árvores das redondezas...

terça-feira, novembro 03, 2009

O Natal à Espreita

Passei ao começo da tarde pela praça S. João Baptista (centro de Almada) e já estavam a começar a montar as decorações de Natal.

Num tempo de crise, poderiam muito bem atrasar uns quinze dias a ligação das luzes na Cidade.
Embora não faça ideia dos custos diários destas instalações, não resisto a perguntar: quantas pessoas que vivem com dificuldades poderiam ser auxiliadas com o dinheiro gasto em energia, antes do tempo?


sexta-feira, outubro 30, 2009

O Antigo Também Pode Ser Bom...

Aqui há dias criticava a postura de um comerciante, em nome de várias coisas, inclusive da modernidade, ou seja do "acompanhar os tempos".

Mas este não é necessariamente o único caminho a seguir.

A "Casa Alves" em Alfama é um bom exemplo de como o antigo pode confrontar o moderno e até dar-lhe cartas...
Os donos mantiveram (e muito bem) a traça inicial, com o cartaz que adjectiva a "Casa Alves" como "a melhor do bairro", em grande destaque.
E é impossível passar sem olhar. A limpeza e o bom gosto fazem com que a "Casa Alves" dê nas vistas, mesmo para quem apenas passa disfarçado de turista...

quarta-feira, outubro 28, 2009

José Freitas - o "Golfinho de Gibraltar"

No próximo sábado José Freitas, treinador de natação da SFUAP, vai apresentar o seu livro autobiográfico, "José Freitas (O Golfinho de Gibraltar) - Memórias", no pavilhão da colectividade piedense, pelas 16 horas.
A 16 de Setembro de 2005, escrevi no "Jornal de Almada" uma crónica em sua homenagem (José Freitas, o "Homem-Peixe"), na rúbrica "Almada no Centro do Mundo", que assinava no semanário almadense. É com todo o prazer que a transcrevo no "Casario":
«A SFUAP e o concelho de Almada têm a felicidade de contar com o numeroso clã da “família Freitas” na direcção técnica da secção de natação desta Sociedade, já centenária. Desde o avô – a figura central desta crónica – aos filhos e netos, toda a família tem dedicado grande parte das suas vidas à colectividade da Cova da Piedade, que é, cada vez mais, uma referência da natação nacional.
Lisboeta natural da freguesia do Socorro, José Freitas nunca perdeu de vista o Tejo, onde aprendeu a nadar, numa época em que as piscinas eram uma raridade e a água do rio tinha um “manto” azul prateado, com o qual recebia alguns ilustres visitantes, donde se destacavam os golfinhos.
A sua ligação ao Tejo fez com que se transformasse num nadador de médio e longo curso, passando horas e horas dentro de água. A especialização em grandes distâncias longas aproximou-o do então famoso Baptista Pereira, que foi imortalizado por Soeiro Pereira Gomes no romance “Esteiros”, através da personagem Gineto, nadador de quem se fez amigo e com quem treinou inúmeras vezes nas águas do Tejo.
Depois de muitas vitórias e classificações honrosas, dentro e fora do país, José Freitas preparou com afinco aquela que seria uma das suas missões mais arriscadas, a Travessia do Estreito de Gibraltar.
Em Setembro de 1962 conseguiu o feito de atravessar o Estreito de Gibraltar em tempo recorde, uma das grandes proezas desportivas da época.
Depois de se retirar como nadador de competição, tornou-se técnico de natação.
Graças ao trabalho que desenvolveu na Capital, José Freitas acabou por ser convidado pela direcção da SFUAP para organizar e lançar as escolas de natação do clube. Felizmente, para todos nós, no já longínquo ano de 1968, o técnico de natação aceitou o desafio que lhe colocaram, desenvolvendo de uma forma extraordinária a modalidade na Margem Sul.
Além de ter ensinado a nadar milhares de almadenses, José Freitas criou a vertente competitiva no clube da Cova da Piedade, formando uma das melhores equipas nacionais, donde têm saído grandes atletas nível internacional, com extraordinários resultados desportivos, com particular destaque para Ana Francisco, campeã europeia de juniores.
Não temos dúvidas que José Freitas é digno do maior respeito e aplauso de todos nós, pela sua grande dedicação, e amor, ao desporto almadense.»

segunda-feira, outubro 26, 2009

Manhã Submersa

O nevoeiro apareceu hoje, bem cedo, e tomou conta da manhã.

Não foi demasiado denso, ao ponto de não se ver um palmo à frente, assustando os viajantes do Tejo, mas roubou-nos o horizonte.
O Ginjal estava assim., sem viv'alma..

quinta-feira, outubro 22, 2009

O Mundo Avança, lá Fora...

Passo todos os dias em frente a uma loja que não mudou nada, nos últimos vinte anos.

Hoje fez-me uma particular aflicção ver o dono, de braços cruzados, ao fundo da loja, de pé, como se estivesse a olhar para sitio nenhum.
Apeteceu-me dizer-lhe: «acorde! Olhe para o mundo lá fora.» Mas sei que não valia a pena...
Nem sei se ainda entram pessoas naquela loja de bugigangas, que vende um pouco de tudo, como as dos chineses, mas muito mais caro. E nem sempre são produtos de mais qualidade.
Não sei como sobrevive. Do comércio não deve ser, quase de certeza. Talvez viva dos rendimentos da loja, quando ainda conseguia vender tachos, panelas, garfos, facas, alguidares, jarras, etc...
Pergunto para os meus botões: «porque razão estas pessoas não desafiam o futuro, não fazem umas mudanças nas suas lojas para tentar chamar clientes?»
Coloquei esta fotografia apenas por ser uma "antiguidade", embora mantenha o brilho e "glamour" de sempre, ao contrário da loja almadense...

terça-feira, outubro 20, 2009

«A Capital do Ginjal»

Só ontem é que vi o documentário sobre o arquitecto Nuno Teotónio Pereira, transmitido no sábado à noite, na RTP2.

O Ginjal também apareceu, a espaços, não tivesse o Nuno passado por ali alguns pedaços da infância e adolescência, nos armazéns de vinho da família.
O que me despertou mais a atenção foi a sua confidência de que costumava vir para o Ginjal com um dos primos da mãe, Vitorino Nemésio (só pode ser o escritor...), que gostava muito daquele lugar para escrever os seus livros e crónicas. Acrescentando ainda que para Nemésio, a Capital do Ginjal de Cacilhas, era o Cais Sodré.
Nuno explicou que ele dizia isto porque na época (anos cinquenta/ sessenta?) o Cais Sodré era um lugar muito animado, cheio de gente que, ora atravessava o rio para a Outra Banda ora apanhava o comboio para a linha de Cascais.
Claro que é uma frase simbólica, que talvez queira centrar todo aquele movimento de operários em redor do Ginjal, no Cais de Sodré, onde havia realmente um pouco de tudo...

sábado, outubro 17, 2009

A Praia da Ponte

Quando a maré baixa, surge sempre mais uma praia, aqui e ali, na Margem Sul do Tejo.

Esta fica quase debaixo da ponte do rio largo que banha as terras de Almada e de Lisboa, não existe qualquer montagem...

quinta-feira, outubro 15, 2009

A Foice e o Martelo Ainda Fazem das Suas

Segundo os últimos desenvolvimentos na imprensa e na blogosfera, parece que foram mesmo os votantes no PCP que retiraram a maioria à CDU em Almada.

Pelos vistos também eles estavam fartos de ser governados por uma maioria...
Podem ler mais aqui e ali.
Parece que a foice e o martelo ainda fazem das suas. Mesmo numa cidade povoada de gente culta e esclarecida, ainda há quem confunda o MRPP com a CDU, dizem...

segunda-feira, outubro 12, 2009

Almada Ficou Mais Democrática

O sinal mais das eleições autárquicas em Almada (para mim claro...) foi a perda da maioria da CDU no executivo do Município.

Nunca gostei de maiorias, quer no governo central quer nas estruturas locais. Penso que o poder não deve estar assente em apenas uma força política, para que não se alimente o "autismo" político e os tiques ditatoriais de quem exerce o poder.
E quem não sabe governar em minoria, não é de certeza, um bom político.
Ao nível das freguesias, ficou tudo igual. Embora a Costa de Caparica, a única junta "laranja" do concelho, tenha ficado por um fio, faltaram apenas 67 votos para se tornar "rosa"...
A abstenção manteve os níveis elevados do costume, próximos dos 50% (e em alguns casos até superior, para o Município e para a Assembleia Municipal por exemplo, ultrapassou os 51%...). E é ela que faz toda a diferença, de uma forma geral beneficia sempre quem está no poder.
O PS voltou a falhar o "ataque ao poder", por culpa própria. Quando se querem ganhar eleições, é importante apresentar um candidato com o qual os cidadãos se sintam identificados.
Tal como aconteceu a nível nacional, o BE não subiu como se esperava, tendo inclusive perdido um dos mandatos que conquistara em 2005, no concelho. A "honra do convento" foi salva com a eleição da vereadora, Helena Oliveira, que retirou a maioria à CDU.
Curiosa (e ao mesmo tempo perigosa, se pensarmos que estamos num concelho com tradições de esquerda...) foi a subida do CDS, que praticamente tinha desaparecido em 2005, deixando de ficar representado na Assembleia Municipal. Agora conquistou dois deputados municipais e três mandatos em três Juntas de Freguesia (Charneca de Caparica, Costa de Caparica, Sobreda).
Num concelho onde nunca se resolveram os problemas de exclusão social existentes em vários bairros problemáticos e que tem assistido impavidamente à proliferação de emigrantes de várias nacionalidades (como tantos outros, de Norte a Sul), que infelizmente têm contribuído para o aumento da sua criminalidade, o discurso de Portas em nome da segurança, da emigração e da distribuição do rendimento mínimo, vai ganhando votos...

sábado, outubro 10, 2009

A Vida é Cheia de Surpresas

De vez em quando somos surpreendidos por algumas pessoas, pelas piores razões.
Nas várias exposições artísticas que já organizei, nunca me tinha acontecido um artista a uma semana da inauguração dizer-me que já não queria expor.
Eu sei, há sempre uma primeira vez para tudo...
Felizmente houve dois amigos que em apenas quatro dias reuniram as obras necessárias para participarem na exposição, "Três Olhares, a Mesma Paixão pela Cor e pela Arte", na Sala Pablo Neruda, do Fórum Romeu Correia, em Almada, que foi inaugurada hoje (estará patente ao público até 24 de Outubro) e que se juntaram ao Mártio.
Obrigado D'Sousa e Roger.

Se puderem apareçam, vão gostar das obras do D'Souza, do Mártio e do Roger.

sexta-feira, outubro 09, 2009

O Ciclo Vai Continuar

Quando digo que o ciclo vai continuar, faço-o com a convicção que serão muito poucas as mudanças no mapa político autárquico.

Irrita-me bastante ver maus autarcas a perpetuarem-se no poder, muitos até já têm o estatuto de "dinossauros", e que só a lei os vá conseguir (se entretanto não a alterarem novamente...) retirar do poder nas próximas eleições.
Segundo a minha opinião, há três condições que são decisivas para que isto aconteça:
1ª - A falta de alternativas, credíveis e sérias, apresentadas pelas oposições (em algumas cidades dá mesmo a sensação que os principais partidos da oposição não querem ser poder, pelos candidatos que apresentam...);
2ª - O grande conservadorismo do eleitorado, que tem sempre medo de mudar para pior. Seguem à risca a canção, "para pior já basta assim";
3ª - A abstenção elevada. É inaceitável que um grande número de pessoas esteja contra os poderes locais existentes na zona onde vivem e utilizem a pior arma que poderiam usar, a falta de comparência nas mesas de voto;
E é por isso que o ciclo vai continuar...
O desenho do Rui é uma republicação, mas reflecte muito a política, com o Cavaco a falar de Sol, quando basta espreitarmos à janela, como o Zé Povinho, para vermos as nuvens negras...

quarta-feira, outubro 07, 2009

Democracia? É Isto?

Um amigo meu conseguiu definir de uma forma pertinente a democracia que se pratica em Portugal pelos nossos políticos, de Norte a Sul (com as ilhas incluídas claro):

«A democracia portuguesa caracteriza-se pela capacidade de fingir que escutamos as opiniões dos outros, para depois seguirmos unicamente a nossa opinião, aquela que sabemos estar sempre certa.»
Infelizmente é mesmo este o significado da palavra democracia para tantos "democratas de pacotilha", que vestem as várias "camisolas políticas" que circulam por aí, da esquerda para a direita, da direita para a esquerda, e que agora andam nas suas cidades e vilas, munidos de folhetos, cartazes, bandeiras, canetas e palavras de mudança, e claro muitos sorrisos, apertos de mão e beijinhos...
Era tão bom que não tivesses razão, Zé Mário...
NOTA: E pelo "andar da carruagem", qualquer dia os nossos políticos fazem como Salazar fez em 1933, na votação da nova Constituição, têm a "ideia luminosa" de transformar a abstenção em votos do "sim", favoráveis ao poder instituído...

domingo, outubro 04, 2009

Viva a República!

Na manhã de 4 de Outubro de 1910 começou a juntar-se uma pequena multidão no Largo de Cacilhas, composta maioritariamente por operários e comerciantes locais, à volta de duas figuras do republicanismo, o deputado Feio Terenas e o dr. Leão Azevedo, vindos de automóvel de Setúbal com o objectivo de organizar a Revolução Republicana em Almada.
Quase em simultâneo foram chegando ao Largo dirigentes e militantes do Centro Republicano Elias Garcia, da Cova da Piedade, com destaque para Galileu da Saúde Correia, Artur Paiva, Jaime de Amorim Ferreira, Joaquim Correia, e do Centro Republicano Capitão Leitão, de Almada, António Branquinho, Francisco Matos da Silva, Manuel Parada, Pedro Inácio Botelho, Polónio Febrero Júnior, entre outros. Assim como alguns sindicalistas como o anarquista Bartolomeu Constantino e os socialistas, José Custódio Gomes e Jerónimo Louro.
O objectivo era conseguir parar as fábricas e trazer os seus operários para a rua. Algo que não se revelou fácil. Seria o prestígio e o dom de palavra de Bartolomeu Constantino que convenceu os operários das fábricas de Cacilhas a saírem para a rua, tal como aconteceria com os trabalhadores da Cova da Piedade e de Almada.
A multidão acabou por subir para o centro de Almada, até aos Paços do Concelho, onde num acto cheio de simbolismo, as bandeiras monárquicas içadas no edifício da administração do Concelho e no Castelo foram substituídas pelas dos Centros Republicanos “Elias Garcia” e “Capitão Leitão”.
De seguida a escadaria dos Paços do Concelho prestou-se ao papel de palanque e foram feitos discursos de vitória da República perante a Monarquia, por Galileu da Saúde Ferreira, Jaime de Amorim Ferreira e Bartolomeu Constantino.
Foi desta forma que Almada se antecipou ao resto do país, tal como Loures, Barreiro e Aldeia Galega (Montijo), que também deram vivas à República a 4 de Outubro de 1910.


Este texto foi transcrito do meu último livro, Cacilhas - o Comércio, a Indústria, o Turismo e o Desenvolvimento Sociocultural e Político da Localidade Ribeirinha".
A fotografia mostra-nos Afonso Costa, no Largo de Cacilhas em 1911. Afonso Costa foi um dos bons ministros da 1ª República, deixando obra nas pastas da justiça e das finanças em governos diferentes.

sábado, outubro 03, 2009

Os "Bonecos" do Carlos Laranjeira em Almada

A excelente exposição de Carlos Laranjeira, "6900 dias de cartoon", foi inaugurada ao fim da tarde de hoje, na Oficina de Cultura de Almada.

Carlos Laranjeira é um artista cacilhense que cursou Design de Comunicação Belas Artes e que se iniciou no mundo dos jornais, curiosamente, na mesma altura que eu, em Outubro de 1990, nas páginas do nosso "Record".
Embora morássemos ambos em Cacilhas não nos conhecíamos, foi graças ao jornalismo que nos tornámos amigos, ligação que se firmou com a participação no Associativismo Cultural.
Felizmente o Carlos nunca mais parou de crescer e é hoje um cartoonista consagrado, galardoado com vários prémios importantes, além de já ter participado em dezenas de exposições, no nosso país e no estrangeiro.
Durante a inauguração foi homenageado, justamente, pelas Autarquias do Concelho de Almada.
E já agora, não se esqueçam de aparecer na Oficina de Cultura, até ao dia 18 de Outubro, há "bonecos" do Carlos imperdíveis...

quinta-feira, outubro 01, 2009

Dia Nacional da Água

Hoje foi um dia cheio de comemorações.

Almada costuma dar um particular realce ao "Dia Nacional da Água".
Este ano apresentou a "Cronologia da História da Água e Saneamento em Almada", um pequeno livrinho, baseado no trabalho que está a ser feito pelos historiadores locais, Alexandre M. Flores e António Neves Policarpo, sobre a história da água no concelho, que deverá ser apresentado no próximo ano.

terça-feira, setembro 29, 2009

Os Donos dos Passeios

Vou levar e buscar a minha filha à Escola, diariamente.

O cenário é este, carros nos passeios, adultos e crianças na estrada...
Embora seja fácil criticar esta nova Almada, se há coisa da qual não sinto falta é dos carros que enchiam os passeios das principais avenidas da cidade...

domingo, setembro 27, 2009

A Tapada dos Frades

No final do lançamento do livro, quando assinava alguns autógrafos, conheci uma jovem simpática, que além de me dado os parabéns pelo livro, lançou-me um convite irrecusável, extensível a outros amigos presentes: saborear uma ginja no seu espaço comercial, "Tapada dos Frades".

Assim que a Ana se apresentou (é este o seu nome), recordei-me que ela já passou por aqui, pelo "Casario", deixando inclusive alguns comentários pertinentes sobre o comércio no concelho.
Além da ginja, gostei muito do ar da sua casa comercial, onde a qualidade, o requinte e o bom gosto, ficam na nossa retina.
Não tenho dúvidas que Cacilhas e Almada precisam de mais empresários como a Ana e o Amilcar, cuja simpatia e espírito empreendedor são uma mais valia para o Concelho.

sábado, setembro 26, 2009

Correu Tudo Bem

Sei que para mim vai ser sempre difícil dizer, mais um, porque sinto que cada livro tem uma identidade própria, que cada livro é especial.

Além disso, "Cacilhas - o Comércio, a Indústria, o Turismo e o Desenvolvimento Sociocultural e Político da Localidade Ribeirinha", é um livro feliz.
Feliz por várias razões: por ter reunido um bom conjunto de amigos no novo Centro Municipal de Turismo; por ter sido apresentado pela historiadora Elisabete Gonçalves, que valorizou bastante este trabalho sobre esta Terra que escolhi para viver, rente ao Tejo; por ter contado na mesa de honra com a eloquência do eng. António Matos, vereador da Cultura do Município de Almada e também do presidente da Junta de Freguesia de Cacilhas, prof. Carlos Leal, editor da obra.
Obrigado a todos!

quarta-feira, setembro 23, 2009

domingo, setembro 20, 2009

Festa na Cidade

Este fim de semana foi rico em animação, nos centros de Almada e Cacilhas.

Em Cacilhas no sábado foi inaugurado o Centro Municipal de Turismo, com música, discursos e diversão. No domingo houve as tradicionais "burricadas", que tiveram a companhia de dezenas de bancas de venda artesanato.
Em Almada no sábado, além das diversões alusivas à "semana da mobilidade", houve também animação musical e a venda de artesanato (várias peças feitas de material reciclado...) e produtos biológicos.

sexta-feira, setembro 18, 2009

O Centro Municipal de Turismo

O património de Cacilhas fica mais rico com a recuperação do antigo quartel dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas, transformado em Centro Municipal de Turismo.

Quando ainda estava em ruínas, sugeri a quem de direito, a sua transformação em Centro Cultural (algo que não existia em Cacilhas, com uma boa sala de exposições e um auditório, albergando também as colectividades culturais da Freguesia). Os responsáveis do Município optaram pelo Centro de Turismo. Ponto final.
Esperamos que enriqueça Cacilhas como Centro de Turismo de Almada, sem se esquecer da componente cultural.
A sua inauguração é amanhã, às 16 horas. No sábado seguinte, à mesma hora, no mesmo espaço, será feita a apresentação do meu livro, "Cacilhas, o Comércio, a Indústria, o Turismo e o Desenvolvimento Sociocultural e Político da Localidade Ribeirinha", pela arqueóloga, Elisabete Gonçalves.
Não posso deixar de aplaudir o bom gosto com que foi feito o convite, pelo departamento gráfico da C.M. Almada, que reproduzo com a devida vénia, não fosse eu conhecedor da sua competência e criatividade, pois já realizámos alguns trabalhos em conjunto.

quarta-feira, setembro 16, 2009

Comerciantes de Almada na Rua

Soube hoje, numa loja de Almada, que está agendada para amanhã uma manifestação dos comerciantes, em frente aos Paços do Concelho.

Sinceramente, penso que é a altura ideal para este tipo de manifestações. É a altura ideal para a população confrontar todos os governantes sem espírito de "pagadores de promessas". Porque as eleições estão à porta...
A CDU local queixa-se que há aproveitamentos da oposição em relação a este descontentamento. E queixa-se bem. Só se a oposição fosse composta por "anjinhos" é que não aproveitava todo este mau estar que reina no comércio citadino.
A realidade é esta: as alterações do trânsito roubaram ainda mais gente à cidade. Infelizmente, as pessoas são cada vez mais "reféns" do automóvel, e como não têm lugar para estacionar no centro de Almada, fogem e fazem as compras no "Almada Fórum".
Não devemos, nem pudemos, continuar a "esconder o sol pela peneira". A Cidade está cada vez mais vazia de pessoas. A maior parte dos habitantes da cidade têm mais de sessenta anos. A cidade tem de se abrir aos jovens, tem de criar condições para a sua fixação, só assim terá futuro.
A não ser que os governantes queiram ser "donos" de uma "cidade fantasma"...
Adenda: A manifestação é na Avenida Nuno Álvares Pereira, junto aos edifícios do Município, às 10 horas da manhã.

domingo, setembro 13, 2009

O Poder Gosta Sempre do Jornalismo Subserviente

Num editorial do "Público" de 4 de Setembro, assinado por Manuel Carvalho, este fala das consequências de se enfrentar o poder. Claro que a frase que vou transcrever de seguida tem um destinatário, Sócrates.

«Falar contra o governo é dolo que leva a avisos e pisar o risco da reverência faz com que alguns ministros proíbam a publicidade de organismos públicos nos jornais que o ousam.»
Eu sei bem do que o Manuel fala, já vivi situações parecidas na imprensa regional. Estou à vontade para dizer que esta prática é seguida por praticamente toda a gente que se senta nas "cadeiras" do poder. Talvez atinja o ponto máximo na Madeira, onde o Alberto João até tem um jornal para oferecer notícias felizes aos madeirenses. Na maior parte das Autarquias, existem os boletins camarários, onde se publicita a obra feita e onde se finge que corre tudo às mil maravilhas. Ou seja, esta prática é nacional, e é praticada por todas as cores políticas que exercem o poder. E Almada não é excepção.
A imprensa regional devido à sua dependência e fragilidade, acaba por ser a maior vitima desta "batalha", sendo muitas vezes subserviente ao poder local, por uma questão de sobrevivência...
Infelizmente a generalidade dos nossos políticos olham para a imprensa livre e pluralista, com temor e desconfiança.
Como a sabedoria popular nos diz, que quem não deve não teme, isso explica tudo...

sábado, setembro 12, 2009

Quase um Conto de Fadas...

A melhor imagem que guardo da visita à "Disneylândia" de Paris é o ar de felicidade da minha filha de cinco anos, sempre que encontrava um dos figurantes vestido de personagem do Mundo Disney.

Especialmente o abraço apertado que deu à Minnie...
Para ela, era como se aquelas personagens fossem de carne e osso...

sexta-feira, setembro 11, 2009

O Sena e o Tejo

O tráfego fluvial do Sena é espantoso e faz roer de inveja o Tejo, apesar do rio parisiense ser um "pigmeu" em relação ao nosso "rio largo"...

Claro que beneficia (e muito) da sua pouca largueza, da mansidão das suas águas e da monumentalidade das suas margens...
Mesmo assim dá que pensar o uso que damos ao nosso Tejo...

quarta-feira, setembro 02, 2009

As Palavras Bonitas da Contra-Capa...


«Que sitio deslumbrante! Havia o lavadouro das mulheres, as escadinhas para o cais do Ginjal, e o rio e os barcos… O rio e os barcos, sobretudo! E metia-lhe uma confusão de encantar aquela enorme massa de água assim toda junta – porque tão depressa aquilo parecia estar no seu devido lugar, como ser um comprido pano azul ligado ao próprio céu!»

Romeu Correia, in “Os Tanoeiros”
A foto é de Romeu Correia a olhar para o Tejo e para o Ginjal...