terça-feira, novembro 30, 2010

O Melhor Miradouro de Almada

Não, não é o Ginjal.

O melhor miradouro de Almada é o jardim da Casa da Cerca, onde está sitiado o Museu de Arte Contemporânea da Cidade.

O conjunto é a mais valiosa "jóia da coroa" de Almada e o seu melhor cartão de visita (para mim, claro...).

O miradouro é de tal forma altaneiro, que nos oferece a vista de toda a Margem Norte de Lisboa.

Talvez tenha sido por isso que o touro de metal tenha deixado o seu lugar habitual no jardim e se tenha instalado ali bem à beira do muro, para ver o Cristo-Rei, a Ponte 25 de Abril, a Torre de Belém, e claro, o Mar, quando deixa de ser Tejo e passa a ser Atlântico...

sábado, novembro 27, 2010

Almada Minha

"Almada Minha" é sobretudo um testemunho de amor, de José Luís Tavares, pela Vila, e depois cidade,onde cresceu e se fez homem.

Estou a falar de uma das grandes figuras do Associativismo Local, tendo presidido as direcções da Incrível Almadense, Ginásio Clube do Sul, SCALA - Sociedade Cultural de Artes e Letras de Almada e Núcleo de Árbitros de Futebol de Almada e Seixal (é ainda um dos fundadores das duas últimas colectividades).

No seu subtítulo, "Lembranças de uma Almada que conheci como pequena Vila, a partir do ano de 1942", o autor explica muito bem o conteúdo da obra, um excelente roteiro pelos lugares mais importantes da cidade, quase sempre acompanhado pela componente humana e profusamente ilustrado com 50 imagens.

quarta-feira, novembro 24, 2010

Uma Cidade de Luto

Senti a de greve geral logo pela manhã, quando levei os meus filhos à escola e ambas se encontravam encerradas.

O mais estranho foi não encontrar o movimento habitual na rua, menos pessoas, menos carros, e provavelmente, também muito menos transportes públicos.

Estou a escrever isto e a ouvir na televisão a ministra do Trabalho, com as justificações do costume, a querer virar a realidade de pernas para o ar.

Mas gostava que o dia de greve geral fosse mais vivo, que as pessoas circulassem na rua, que dessem mais mostras do seu descontentamento em relação aos maus governantes que temos e tivemos, pelo menos desde 1986, data da entrada na Comunidade Europeia.

Gostava que Almada não parecesse estar de luto.

segunda-feira, novembro 22, 2010

Pequenas Coisas que me Fazem Ver Mais Longe

No sábado quando cheguei à cidade, vindo de outra "cimeira" qualquer, também pacifica e lisboeta, descobri que já era Natal, pelo menos nas ruas principais de Almada, desde o Centro Sul, até à praça Gil Vicente.

Critico como sou, disse logo que era cedo demais para a "coisa" e que poderiam ter esperado pelo menos pelo primeiro de Dezembro. Sim, com o dinheiro poupado nas iluminações de Natal em onze dias, era possível fazer centenas (milhares, mais por aí...) de cabazes de Natal, que poderiam ser oferecidos, criteriosamente, às famílias mais desfavorecidas do Concelho.

Levei como resposta, «mas é tão giro, não sejas estraga prazeres. Além disso nota-se que há muito menos exuberância nas luzes.»

Calei-me e percebi que o povo também se alimenta destas luzes (e também do fogo de artificio do fim de ano, que para mim é um desperdício de dinheiro, mas eu sou um antiquado...). O povo e os "eleitos", claro. Eles não querem que "nos falte nada", neste e noutros natais...

sábado, novembro 20, 2010

Ginjal, o Reino das Placas "Proibitivas"...

Irrita-me a existência de tantas placas, povoadas de "perigos de morte", nas imediações do Ginjal.
Começa logo no início, depois vai-se arrastando ao longo do casario em ruínas (embora estas placas já passem despercebidas, corroídas pelo tempo quase salgado...). Subir ou descer as escadinhas que nos levam à Boca do Vento, nem pensar...
E agora chegaram ao cais do Olho de Boi, onde ainda há pouco tempo estavam ancorados cargueiros de pequena e média dimensão. Parece que está para cair...
Sei que é muito mais fácil colocar placas que fazer "obras" (e sobretudo mais económico), ao mesmo tempo que se passa a "bola" para quem gosta de se deliciar com os passeios à beira rio. Se levarmos com algum "calhau", a culpa foi da nossa teimosia...
Irrita-me a existência das placas, porque me irrita tudo aquilo que é postiço...
Pelo menos ainda não existem fiscais nem multas no Ginjal, os "legisladores" deixam a decisão "perigosa" de arriscarmos a vida, apenas com a nossa consciência...

sexta-feira, novembro 19, 2010

«A Vida Está Boa Para os Bois e Para as Vacas»

O Américo sempre gostou de dizer que a vida está boa é para os bois e para as vacas, especialmente em tempo de "crises".
Claro que não fala destes pobres animais, mas sim dos "arregimentados" dos partidos (todos sem excepção, em Almada por exemplo, o séquito é da CDU...), que vivem e gozam à grande, e para variar, à nossa custa, claro.

Manuel Pina foi brilhante, mais uma vez...
O óleo é de Robert Duncan.

terça-feira, novembro 16, 2010

Espelho de Água de Paula Varona


Paula Varona pintou Lisboa e o Tejo de uma forma singular, aproveitando a luminosidade única da Capital, que faz com que o rio se transforme num verdadeiro espelho de água...

domingo, novembro 14, 2010

Ainda o Ginjal de Paula Varona

Tentei retratar o local pintado pela Paula Varona, mas a manhã estava com demasiadas nuvens, próprias desta época outonal.

Por outro lado a criatividade artística pode sempre oferecer-nos uma "ficção" mais bonita que a realidade, seja com a caneta ou com o pincel. Neste caso a pintora espanhola resolveu alindar" (e fez muito bem) o armazém abandonado do Clube Náutico local...

O curioso da manhã de hoje é que me cruzei com os pescadores do costume e com bastantes fotógrafos, em busca da beleza do Ginjal...

sexta-feira, novembro 12, 2010

O Ginjal de Paula Varona

Graças a José do Carmo Francisco, conheci a obra de Paula Varona, artista plástica de Málaga, que se enamorou pela Capital e pintou alguns dos seus lugares mais pitorescos, com o Tejo muito presente, e surpresa das surpresas, o Ginjal.
Nesta imagem surgem em primeiro plano os armazéns onde esteve sediado o Clube Náutico de Almada, vendo-se ao fundo os edifícios dos restaurantes "Atira-te ao Rio" e "Ponto Final", e ainda, na parte superior, a Casa da Cerca.
Sabe sempre bem receber provas de amizade como esta. Obrigado José do Carmo Francisco.

quarta-feira, novembro 10, 2010

"Todo Corazón"

Não sei se terá sido mesmo alguém hispânico que deixou esta mensagem de amor, pintada numa das várias caixas ferrugentas que fazem parte do roteiro turístico do Ginjal (esta próxima da Fonte da Pipa).
Pode ser, ou não, uma mensagem dúbia. Provavelmente é uma dedicatória para alguém especial, mesmo que não tenha ficado registado qualquer nome. Claro que no campo das proabilidades também pode ser uma prova de amor àquele lugar, tão calmo e aprazível...

domingo, novembro 07, 2010

Na Hora Matutina

Tenho andado ocupado a organizar um pequeno "espólio" de papeis que me veio parar às mãos, onde tenho encontrado algumas coisas saborosas, como este recorte do suplemento "Letras e Artes" do desaparecido "Diário Popular, onde se mistura um bonito desenho de Celeste Costa (que não faço ideia quem seja, mas desenha muito bem...), com algumas palavras de Álvaro de Campos do poema "Saudades de Lisboa", da sua "Poesia".

quarta-feira, novembro 03, 2010

A Cor do Dinheiro

Não pude deixar de ouvir a conversa entre quatro comerciantes locais, com lojas próximas, numa das ruas centrais de Almada, onde passa o "metro", um dos culpados da sua desgraça...

Agora que se aproximava o Natal, preparavam mais uma "sindicância" ao Município, em busca de dinheiro, diziam eles, para serem recompensados do prejuízo diário.

Senti-me chocado pela falta de vergonha desta gente. Em vez de se unirem e colocarem ideias em cima da mesa, para combaterem a "crise", pensando em algo que pudesse animar as ruas e trazer pessoas às lojas, não. Querem é mamar na "teta" do poder, como se estivesse aí a solução de todos os problemas...

O mais grave é que esta é a história do nosso país, mesmo os Mellos, os Espiritos Santos e os Champalimauds, nunca tiveram qualquer pejo em vir ver o que é que "caía" do Estado, apesar de "nadarem" em dinheiro...
O óleo é de Natasha Villone.