quinta-feira, dezembro 29, 2011

Os 100 Anos de Alves Redol


Alves Redol nasceu há cem anos em Vila Franca de Xira.
Foi um dos grandes escritores portugueses do século XX e o expoente máximo do neo-realismo no nosso país.

A sua opção literária pelas histórias sobre o povo trabalhador, a par da actividade política, de mão dada com o PCP, fizeram com que não fosse um escritor agraciado pelo regime de então.
Mas esse foi um aspecto pouco importante na sua  vida, pelo menos para ele. Importante era saber que fazia parte do grupo dos escritores mais lidos nas bibliotecas populares de Norte a Sul, que visitava sempre com grande prazer, como aconteceu várias vezes no Concelho de Almada.

Sinto-me bastante honrado por ter contribuído para que fosse recordado em Almada nas comemorações do centenário do seu nascimento, em duas jornadas culturais, nas "Tertúlias do Dragão", organizadas pela SCALA, a 5 de Maio, e durante a comemoração do 163º aniversário da Incrível Almadense, a 13 de Outubro.

Esta foto é de Sam Payo.

sexta-feira, dezembro 23, 2011

Boas Festas


Sei que o Ginjal não voltará a ter a indústria do século XX, nem voltará a ser conhecido pelos seus vinhos nos tempos mais próximos, mas pelo menos que consiga ser em 2012 uma coisa melhor que a dos nossos dias.

Boas Festas para todos.

A fotografia mostra-nos o carregamento de vinho numa fragata dos antigos armazéns de vinho da família Teotónio Pereira.

quarta-feira, dezembro 21, 2011

O Ginjal Continua Preso ao Século Passado (3)


Já escrevi mais que uma vez aqui, que uma das coisas que me faz mais confusão no Ginjal é a circulação automóvel.

Como é um lugar tão "sensível", cheio de placas a avisar-nos de "perigo de derrocada" de edifícios e também dos vários cais, permite que os carros dos pescadores e afins, continuem a passear pelo paredão estreito, como se nada se passasse?

Além dos alertas que lanço por aqui, já tive a oportunidade de falar deste contrasenso a um vereador, numa sessão pública (lançamento de um livro sobre Cacilhas...), em que ele achou a critica pertinente (acham sempre...), mas continua tudo na mesma, como a lesma...

sábado, dezembro 17, 2011

Cine-Incrível Reabre Hoje


A Associação Almada Velha reabre hoje, às 21.30 horas, o "Cine-Incrível", como espaço de lazer e cultura, ao público almadense.

O espaço passará a estar aberto diariamente, à tarde e à noite, com o objectivo de passar a ser uma referência na cultura e na diversão da Cidade.

quarta-feira, dezembro 14, 2011

O Ginjal Continua Preso ao Século Passado (2)


Esta fotografia tem praticamente um ano. Esta racha como devem calcular, hoje está um bocadinho mais larga e mais perigosa.

Não sei quem é que deveria ter arranjado o paredão, ainda por cima, praticamente na esplanada do "Atira-te ao Rio". Isso nem é o mais importante.

Importante é verificarmos que nem os donos do restaurante, nem os responsáveis pela autarquia, se preocuparam em tornar o paredão mais seguro e agradável.

Talvez mantenham as coisas assim, fiados na paixão dos turistas, pelo "rústico", pelo "velho", pelo "abandonado", que não devem encontrar com tanta facilidade nos seus países...

quarta-feira, dezembro 07, 2011

Essa Não!



«Boa noite a todos.
Fui contratado para ler um texto do Eça de Queirós, em que já dizia há 140 anos: "Estamos perdidos há muito tempo…"
Depois dizia aquelas coisas todas que hoje são repetidas pelos “Medinas” do regime, que fingem que não são de cá e nunca foram governantes, deputados ou gestores públicos, vieram só fazer um número trágico-cómico para a televisão, ver o Benfica e assistir ao café-concerto da Incrível.
Se Eça escrevia nos salões de Paris ou Londres, os “Medinas” têm a lata de preparar a oratória ao espelho, enquanto saboreiam um “coktail” exótico, que devia ser de Merda com gelo.
Apesar de vaidosos não passam de actores medíocres, com a lenga lenga do costume: «gasta-se mais do que o se tem, não se produz, desperdiça-se dinheiro na saúde e educação, etc.
Acham-se tão geniais que até sentem que as suas reformas milionárias, que chegam a ser 50 vezes superiores às reformas mínimas dos portugueses, são mais que merecidas.
Foi por tudo isto que rasguei o contrato e não estou a ler o texto do Eça, que também era genial.
Pior que os “Medinas” só os palermas que são capazes de culpar o Afonso Henriques, e até o Camões da nossa desgovernação, mas têm medo de apontar o dedo aos ministros, que nos andaram a enganar e a roubar nos últimos 25 anos, deixando o país neste lindo estado, sem que nenhum deles tenha ficado a perder com o negócio. Os ministros de Cavaco então são dos maiores especialistas portugueses em vigarice. Por isso é que continuam a ser muito requisitados.
Mas a palermice não se fica por aqui, são capazes de fazer vénias aquele senhor francês, pencudo, que usa sapatos de tacão alto, porque ainda não lhe disseram que não é isso que faz os Homens Grandes. E à senhora loura, alemã, que só aqui para a gente, que ninguém nos ouve, deve ter o desgosto de não ter nascido com uma pilinha. Em suma, adoram fazer reverências aos nossos falsos amigos, que não passam de cobradores de fraque, com malas de marca FMI.
O Eça acabava o texto assim:
«Diz-se por toda a parte, que o país está perdido.» Perdidos estão eles, que ainda perceberam que só temos uma saída para a crise, sermos criativos, ou pelo menos tentar. É essa também a razão deste café concerto Incrível
Tão Incrível que até me puseram aqui a falar.


OBRIGADO.»

(Este foi o texto que escrevi e li no Café-concerto da Incrível Almadense, "Essa Não!")

O óleo é de Gonzalo Goytisolo Gil.

domingo, dezembro 04, 2011

O Café-Concerto da Incrível


Todos os anos o CIA (Cénico Incrível Almadense) organiza um café-concerto, que procura ser alegre, multifacetado - com a participação de elementos da banda filarmónica, dos cavaquinhos, do coro e até dirigentes - e também revelador de novos talentos, encenado por Eugénia Conceição.


Era para ter sido realizado em Outubro, o mês de aniversário da Incrível, mas por problemas técnicos acabou por ser adiado. E foi na noite de ontem que este espectáculo animou o Salão de Festas e todos os presentes, com música, teatro e poesia.

Não deixa de ser relevante que talentos como a Andreia e o Pedro, actuem lado a lado com alguns "perdidos", como foi o meu caso, que participei nesta festa com a leitura de um texto da minha autoria, "Essa Não!", em substituição de outro de Eça de Queirós, já com 140 anos (não me apeteceu de todo ler Eça).

Na imagem surge a Teresa, que faz parte da direcção da Incrível e foi a revelação da noite, com a interpretação de dois números popularizados pela inesquecível Beatriz Costa.

sábado, dezembro 03, 2011

12 Fugas das Prisões de Salazar


Hoje foi apresentado em Almada o livro, "12 Fugas das Prisões de Salazar", da autoria de Jaime Serra, uma das figuras mais importantes da luta clandestina travada pelo PCP contra a ditadura salazarista e marcelista.


É extremamente importante que sejam publicados estes relatos, escritos na primeira pessoa, especialmente neste tempo, em que já há quem ponha em causa a existência de um regime ditatorial, durante quarenta e oito anos, inclusive historiadores...

quinta-feira, dezembro 01, 2011

O Ginjal Continua Preso ao Século Passado (1)








Podia dizer que é uma vergonha.

E é. Mas também é a nossa realidade, infelizmente em ambas as margens do Tejo.

Por muito que os políticos digam que já não há esgotos a virem "desaguar" ao rio, as fotografias não enganam.

A duas dezenas metros dos dois restaurantes do Ginjal, o cheiro e o caudal cinzento não enganam. Esgotos por tratar, provavelmente vindos da Almada Velha, continuam a poluir o Tejo...

E estamos no final de 2011.

terça-feira, novembro 29, 2011

A Névoa do Ginjal


Quando arrefece é comum a névoa ocupar-se de algumas manhãs no Ginjal.


Invariavelmente, próximo do meio dia, o Sol aparece e volta a aquecer as ruas, as margens do rio, e claro, a alma da gente, que passa rente ao cais...

sábado, novembro 26, 2011

O Fado, Canção de Cá e de Lá


Sei que o Fado nunca será canção do mundo, apesar de querer muito ser Património Imaterial da Humanidade.


Mas pelo menos será sempre uma canção de cá e de lá, ou seja apreciada em todos os lugares onde exista uma réstea de saudade.

Coimbra e Porto sabem tão bem como eu, que o fado é a canção de Lisboa, das vielas e dos seus bairros antigos, onde uma guitarra a gemer de mão em mão faz milagres, já que consegue fazer sair do nada, cantadores e cantadeiras...

sábado, novembro 19, 2011

Fim de Tarde na Costa


A agitação do mar não incomodou os surfistas, muito menos os jogadores de futebol na praia, neste sábado curto de Novembro, em que a partir das 17 horas já começa a escurecer.


O fim de tarde estava agradável para se passear ao longo do paredão a escutar o mar.

Havia gente a nadar, a jogar, a andar, a correr, a pedalar, e claro, a contemplar, a paisagem humana e natural, pois eram quase muitos os que estavam sentados nas esplanadas dos bares da praia...

segunda-feira, novembro 14, 2011

As Nuvens Andaram à Minha Volta


Apesar das nuvens cinzentas tomarem conta do céu, ontem fui mesmo dar uma volta até ao Ginjal (pensava que não escapava de um banho, mas as nuvens foram amigas e deixaram-se levar pelo vento...) e deparei com vários acidentes provocados pela trovoada nocturna e pelo mau tempo no rio.


Por exemplo o restaurante "Ponto Final" deve ter ficado inundado e a sua agradável esplanada ficou cheia de areia, que deverá ter vindo das escadas que nos levam à Boca do Vento (temporariamente encerradas devido às obras na Arriba). Quando passei por lá os funcionários estavam a cuidar da limpeza do espaço. Só não sei se ainda tiveram tempo de servir almoços...

domingo, novembro 13, 2011

Daqui a Nada


Daqui a nada vou dar uma volta por aí.


Tenho tentado ir por outras ruas, afastar-me do Tejo, mas parece que todas as ruas de Almada e arredores vão dar ao Ginjal.

Como é de dia, digo que é um perfume que me leva para a margem do rio, se fosse noite, talvez falasse de uma estrela...

domingo, novembro 06, 2011

Os Malteses Preferem Ver a Chuva a Cair Abrigados


Os mesmos "heróis" que vos apresentei há uma semana, surgem de novo por aqui, mas agora noutro cenário, espreitam uma aberta nestes dias de mau tempo, que se tem sentido um pouco por todo o país.

sexta-feira, novembro 04, 2011

A Proclamação da República em Almada


O livro, "Proclamação da República em Almada", da autoria de Alexandre M. Flores e António Policarpo, historiadores almadenses, será apresentado amanhã às 16 horas, nas instalações da Academia Almadense.


Embora ainda não tenhamos tido qualquer contacto com a obra, de certeza que será mais um excelente contributo para a história de Almada.

domingo, outubro 30, 2011

Os Malteses do Ginjal


São dois, um branco com listas castanhas claras e outro preto, andam por ali, quase sempre juntos. Dão menos confiança a quem passa que os cães, não fossem uns bichos que fazem questão de dizer que são "donos do seu nariz"...

domingo, outubro 23, 2011

O Festival de Bandas da Incrível


Hoje foi um dia cheio de música em Almada, graças à Incrível Almadense.


Tudo começou de manhã, ainda com Sol, na praça Gabriel Pedro, local de reunião e dos primeiros sons das quatro bandas participantes: A Sociedade Musical Trafariense, a Sociedade Filarmónica Silvense, a Sociedade Capricho Olivalense e a anfitriã, a nossa Sociedade Filarmónica Incrível Almadense.

Depois de almoço a chuva apareceu mas não provocou qualquer incómodo às quatro bandas, que deram um grande espectáculo musical no Salão de Festas da Incrível, que felizmente esteve quase cheio.

sábado, outubro 22, 2011

Namoro ou Encontro de Amigos


Já encontrei mais que uma vez estes dois cães quase juntos, separados por uma porta metálica, que impede quase todo o contacto fisico.


Não percebi se eram namorados ou simples amigos, sei apenas que o cão livre não deixa que o amigo prisioneiro fique só...

O curioso é que assistem à nossa passagem em silêncio, sem qualquer tipo de lamúria, no Ginjal.

domingo, outubro 16, 2011

Velas no Tejo


Hoje ao fim da manhã assisti a uma quase "guarda de honra", prestada por mais de uma dezena de veleiros, a um cargueiro que entrava em Lisboa.


Provavelmente era uma regata, que o navio acabou por a perturbar, até por estar constantemente a "buzinar".

Estes nevoeiros matinais dizem-me que o Inverno anda por aí a sondar e até deve tentar substituir o Outono...

sexta-feira, outubro 14, 2011

José Alaiz, um Paladino da Liberdade


«É já amanhã que a Associação dos Amigos do Concelho de Almada vai homenagear José Alaíz, um grande associativista e democrata, cuja vida foi dedicada a defender os valores colectivos, sem baixar os braços na luta contra a ditadura.

A sessão terá inicio às 16 horas, no hall do cinema da Academia Almadense, com um momento musical, proporcionado pelo Grupo de Cavaquinhos da ARPILF e pelo Grupo de Violinos da SFUAP, depois haverá um colóquio moderado por Carlos Nunes com as participações de Vitor Alaiz (neto do homenageado) e Luís Milheiro, escritor almadense.

Esta iniciativa conta com o apoio do Município, Juntas de Freguesia de Almada e Cova da Piedade e de uma parte significativa do movimento associativo.»

quarta-feira, outubro 12, 2011

Alves Redol Recordado na Incrível


Na próxima quinta-feira, dia 13 de Outubro, às 21 horas, a Incrível Almadense vai recordar o escritor Alves Redol, no ano em que se comemora a centenário do seu nascimento.


A sessão terá início com a projecção de um filme biográfico de 50 minutos, ao qual se seguirá um colóquio com a presença de António Mota Redol (filho de Alves Redol, Vitor Viçoso (professor e estudioso do autor e da sua obra) e Alexandre Castanheira (conviveu com o escritor ribatejano).

Haverá também uma exposição com fotografias de Alves Redol em Almada e também de livros da biblioteca da Incrível sobre autores do neo-realismo.

sexta-feira, outubro 07, 2011

A Roda do Aníbal


Deixo-vos com mais uma bonita fotografia de Aníbal Sequeira, "A Roda".

quinta-feira, outubro 06, 2011

Aníbal Sequeira, 60 Anos de Fotografia


No próximo sábado, dia 8 de Outubro, às 16 horas, será apresentado o livro, "Aníbal Sequeira, 60 Anos de Fotografia", no Salão Nobre do Solar dos Zagalos. Após o lançamento será inaugurada a exposição com o mesmo nome, com 60 fotografias especiais, que retratam um pouco o percurso do Aníbal como fotógrafo amador, nas últimas seis décadas.

É uma daquelas exposições que valem bem a visita, pois tem fotografias extraordinárias, com a beleza única do preto e branco.


Deixo-vos uma imagem, "Campesina", para vos aguçar o apetite...

quarta-feira, outubro 05, 2011

A Visita foi um Êxito


A Visita Guiada a Almada Velha contou coma presença de quase uma centena de pessoas, tornando inviável o percurso previsto inicialmente. Fizemos apenas três paragens para escutarmos as palavras sábias de Alexandre M. Flores, o grande historiador de Almada.


Parámos no Jardim do Castelo, no Miradouro da Boca do Vento e no Largo Prior do Crato, onde existiu a primeira seda da Incrível Almadense.

Na visita às instalações da Incrível foram formados vários grupos, que foram subindo até à biblioteca, sala de reuniões e salão nobre, onde puderam olhar parte do nosso património e ver como preservamos a história da nossa Incrível.

Foi muito bom assistir ao entusiasmo de tantos almadenses, pela história da nossa cidade e também da sua colectividade mais antiga, que está a comemorar cento e sessenta e três anos de vida.

segunda-feira, outubro 03, 2011

Visita a Almada Velha


Uma das boas maneiras de comemorar o 5 de Outubro, em Almada, é participar na Visita à Almada Velha, pelos seus pontos de maior importãncia histórica, guiada pelo prof. Alexandre M. Flores.


O ponto de encontro é junto aos Paços do Concelho, no Largo Luís de Camões, às 10.30 horas.

A visita está integrada nas comemorações do 163º aniversário da Sociedade Filarmónica Incrível Almadense.

domingo, outubro 02, 2011

Almada Cidade Sem Livrarias


Com o fecho da "Livraria", Almada fica sem uma única livraria no coração da cidade.


São sinais de crise, mas também do pouco investimento que se faz na cultura no nosso país. E neste aspecto há uma grande responsabilidade dos operadores televisivos (todos, especialmente da RTP), que têm descido a fasquia da qualidade abaixo daquilo que devemos considerar razoável, em nome de uma coisa que só eles entendem, as "audiências"...

A livraria já fechou há uns dias, mas como não tinha tirado nenhuma fotografia ao local, a má notícia foi adiada...

domingo, setembro 25, 2011

Um Domingo Bonito, Pouco Outonal


Agora tenho quase sempre companhia para passear ao longo do rio.


Mesmo quando digo que vou andar muito, a minha filha não desiste de me fazer companhia e lá vamos nós, de mão dada, do centro da Cidade, à Boca do Vento, para depois descermos para o Olho de Boi, onde "desaguamos" na margem sul do rio, continuando a caminhada ao longo do Ginjal, a caminho de Cacilhas...

E hoje estava um domingo bonito, pouco Outonal, com muitos pescadores espalhados pelos lugares que julgam ter mais "peixe"...

sexta-feira, setembro 23, 2011

Cacilhas - Imagens d' antigamente


Amanhã será apresentado em Cacilhas, no auditório da Escola Cacilhas-Tejo, às 16 horas, a obra, "Cacilhas - Imagens d' antigamente", da autoria de Luís Bayó Veiga, editada pela Junta de Freguesia de Cacilhas com o apoio da SCALA.


Além de ter escrito o prefácio, também vou colaborar na sua apresentação.

Posso desde já adiantar, que é um livro/ álbum, bastante bonito, com 44 imagens antigas de Cacilhas, acompanhadas de notas explicativas relevantes em relação à sua importância histórica.

quarta-feira, setembro 21, 2011

A Ermelinda do Alexandre e do Romeu


No sábado à noite o Salão de Festas da Incrível Almadense foi palco do lançamento da peça de teatro, "Uma Sereia Chamada Ermelinda", da autoria de Alexandre Castanheira, baseada no romance, "Cais do Ginjal, de Romeu Correia, editada pela Junta de Freguesia de Almada.


A apresentação da peça foi antecedida pelas palavras do autor e ainda com a interpretação de um pequeno trecho, por Carlos Canhão (que fez o papel do reacionário Sabino Costa na peça), e por Alexandre Castanheira (que fez de Rómulo, o jovem protagonista da peça).

Luisa Basto subiu ao palco de seguida, para cantar (e encantar) alguns poemas de Romeu Correia e Alexandre Castanheira.

Na segunda parte do programa a obra foi apresentada pelo prof. Paulo Sucena, tendo também usado da palavra o presidente da Junta de Freguesia de Almada, eng. Fernando Mendes e o autor, prof. Alexandre Castanheira, que encerrou a sessão.

Eu, que assisti à representação da peça e li o texto, sei que ambas honram a memória de Romeu Correia, pois Alexandre Castanheira manteve bem viva a alma do "Cais do Ginjal", com as agruras da ditadura bem presentes, tal como a carga simbólica da Sereia, que se chamava Ermelinda...


segunda-feira, setembro 19, 2011

As Crónicas do Luís


Aqui está o livro, que foi apresentado na tarde de sábado, na Escola Cacilhas-Tejo, da autoria de Luís Bayó Veiga, editado pela Junta de Freguesia de Cacilhas.


É uma colectânea de crónicas que caminha para o ensaio histórico, já que cada um dos doze textos aborda temas da história de Cacilhas, focando os seus lugares mais importantes, algumas tradições e também as colectividades mais importantes da Freguesia no contexto histórico.

Mais uma obra que engrandece o património literário cacilhense, de leitura obrigatória para todos os amantes desta Localidade especial.



sexta-feira, setembro 16, 2011

Sábado à Noite


No próximo sábado, dia 17 de Setembro, às 21 horas, será apresentada no Salão de Festas da Incrível Almadense a peça de teatro, "Uma Sereia Chamada Ermelinda", da autoria do prof. Alexandre Castanheira.


Esta obra editada pela Junta de Freguesia de Almada é baseada no livro, "Cais do Ginjal", da autoria de Romeu Correia e será apresentada pelo dr. Paulo Sucena.

O lançamento será antecedido por uma pequena apresentação da peça, por parte do autor, complementada pela interpretação de algumas canções, pela extraordinária voz de Luísa Basto, que cantará poemas de Romeu Correia e Alexandre Castanheira e também de um breve momento teatral, para dar um pouco a ideia do significado da peça no contexto de então.

É ou não é, uma boa maneira de terminar o sábado?

Sábado à Tarde


Amanhã, ás 16 horas, é apresentado em Cacilhas, no auditório da Escola Secundária Cacilhas-Tejo, o livro, "Crónicas d'agora sobre Cacilhas d'outrora", da autoria de Luís Bayó Veiga, um emérito cacilhense que, felizmente, está a "nascer" para o mundo dos livros como autor.


Quem gosta de Cacilhas e de livros, não deve perder este lançamento.

quinta-feira, setembro 15, 2011

«É aqui que é o mar?»


Parou junto ao cais das colunas e ainda surpreendido, perguntou a quem estava por ali, «é aqui que é o mar?»


A meia-dúzia de pessoas que estavam por ali, olharam-no com cara de caso mas não lhe disseram qualquer palavra.

Nem mesmo quando quis saber onde estavam as ondas maiores que os homens grandes...

Limitaram-se a sorrir...

(Relato verídico contado por um homem do interior, da primeira vez que desembarcou a Lisboa, de comboio, vindo da Beira Alta, sem ainda nunca ter visto o mar. Mar que julgava assustador, gigantesco e infinito, pelas histórias que foi ouvindo contar, até descobrir o Tejo, aos 20 anos de idade...)

domingo, setembro 11, 2011

O Mundo Mudou


O mundo mudou para pior há dez anos, em todos os campos.


A vida deixou de ser o que era.

Voltámos a fazer distinções entre pessoas, a cor, o credo - e até a forma de vestir - voltaram a ser importantes e a fazer com que fossemos olhados de lado um pouco por todo o lado.

Viajar tornou-se uma coisa mais estranha, se tivermos a cor de pele mais escura, se usarmos turbante ou lenço, há uma forte possibilidade de sermos revistados nos aeroportos.

Como acontece em todas as mudanças, o cidadão comum é quem mais sofre e mais perde...

Foram os cidadãos nova-iorquinos as grandes vitimas da guerra entre o mal e o bem, que muda de sentido, consoante o continente onde nos encontramos.



quarta-feira, setembro 07, 2011

O Cais do Ginjal e o Seu "Coração Novo"


Mesmo sabendo que as notícias publicadas no "Almada Boletim" valem o que valem, não pude deixar de ler com atenção a reportagem sobre o plano de pormenor que está a ser desenvolvido por Samuel Torres de Carvalho.


Embora saiba que é apenas um projecto no papel, não me parece mal.

Como não sou um entendido na matéria, fico sempre na dúvida, até que ponto é que a Câmara pode realizar um plano de pormenor em terrenos privados, obrigando os donos a cingirem-se às suas regras e planos urbanísticos...

segunda-feira, setembro 05, 2011

Um Cacilheiro na Régua


Durante a minha viagem ao Norte encontrei um "cacilheiro azul" atracado a um dos cais da Régua.


Presumo que tenha feito parte da frota da Transtejo, pois o seu modelo era idêntico ao "Marvila", que ainda há pouco tempo fazia as travessias entre a Trafaria e Belém.

quarta-feira, agosto 24, 2011

Atravessar o Tejo no Velho "Ferry"


Gostei bastante de regressar a Cacilhas no velho "ferry", de voltar a ter a possibilidade de viajar no seu varandim que quase abraça o Tejo.


Nas minhas viagens até Lisboa tenho apanhado os pequenos cacilheiros ou os novos "ferrys", que quase parecem uma prisão, nem sequer pudemos sentir a "maresia" do rio...

domingo, agosto 21, 2011

A Diluição dos Valores de Esquerda


Uma das coisas que mais que me tem irritado na CDU nos últimos anos (e que fez com que deixasse de votar nesta força política...), é a existência de dois discursos e duas políticas nesta coligação. Existe um para o país, difundido na Assembleia da República, que contraria completamente o discurso local, ao ponto de se encontrarem cada vez menos diferenças na governação da CDU de Almada ou do PSD nas Caldas, por exemplo, pois a política desenvolvida de mão dada com o capital, tanto poderia ser desenvolvida pelo PS, PSD ou até mesmo o CDS.


É esta paixão pelo IMI (e dependência...), que me faz pensar que a Margueira (com uma marina e muito mais construções), estará sempre à frente dos projectos de requalificação do Ginjal e da Quinta do Almaraz.

quinta-feira, agosto 18, 2011

Ainda o Ginjal e o Futuro


Em 1993 os proprietários (Imobiliária e Construtora Grão-Pará; João Teotónio Pereira Junior Lda; Soturis; Castro e Melo) de então da área do Ginjal realizaram um projecto extremamente completo, cujo programa preliminar abordava todas as áreas de estudo, inclusive a caracterização climática de toda a zona, por possuir um microclima muito especial.


Embora não conheça o projecto actual ao pormenor, o mapa que foi divulgado pela comunicação social não difere muito do desenvolvido no princípio da década de noventa.

Foi pena que a Autarquia tenha colocado uma série de obstáculos e que não viabilizasse o projecto de então, tendo sido perdidos quase vinte anos.

Hoje a realidade é diferente, há novos proprietários do Ginjal e a posição do Município também parece ser mais aberta.

Mas falta o principal: dinheiro para grandes obras.

Por isso é que penso que se perdeu uma oportunidade de ouro em 1993, de se desenvolver e dar uma vida nova ao Ginjal.

quinta-feira, agosto 11, 2011

O Futuro não Existe


Uma moçoila que sabe das minhas "peregrinações" pelo Ginjal, perguntou-me: «consegues imaginar o Ginjal no futuro?»


Ofereci-lhe um não, redondo.

Ela estranhou.

Expliquei-lhe então que este é o Ginjal que conheço desde o final da década de oitenta, quando vim morar para Cacilhas, um pouco mais vandalizado e arruinado pelos humanos e pelo tempo, mas nada que altere muito a paisagem.

Claro que queria algo diferente rente ao nosso Rio, para muito melhor, mas tenho dificuldade em arranjar-lhe um futuro, Catarina...

domingo, agosto 07, 2011

A Maré Cheia


As chamadas "marés vivas" têm proporcionado uma visão diferente do Ginjal e de toda a Margem Sul do Tejo.


Se por um lado, quando o Tejo enche, parece capaz de inundar Cacilhas e Lisboa, também quando a maré vaza, as praias desaparecidas do Ginjal voltam a ganhar espaço e a recordar outros tempos, outros banhos, mais de domingo...

Na fotografia encontramos pescadores (sempre presentes...) e dois cacilheiros, que quase se cruzam nas suas viagens entre o Sul e o Norte...

quinta-feira, agosto 04, 2011

Almada é que Tem


Nem era para falar nisso, mas como vinha "encartado" no boletim municipal cá do burgo, o folheto com a publicidade televisiva que nos tem passado em casa, que diz cheia de orgulho: «Almada... a melhor vista que Lisboa tem!», achei que devia dizer alguma coisa.

O problema pode ser meu, mas entendo que a vista é nossa, tal como os miradouros, e é o que Almada tem de melhor, a vista sobre Lisboa (na falta de outras coisas...) e não o contrário. E não me venham dizer que é tudo conversa de publicitário.

Para provar esta história das vistas, deixo por aqui uma fotografia fresquinha, tirada ontem ao fim da tarde, do miradouro do Jardim do Castelo, um dos tais que nos limpam o olhar.

segunda-feira, agosto 01, 2011

Voltei...


Voltei, mas não fui em que trouxe a chuva...

Lá para Sul até estava um Sol bem agradável.

sábado, julho 16, 2011

Em Agosto Volto


Como tem sido hábito, na segunda quinzena de Julho vou de férias. Tento mesmo que seja um período de descanso, é por isso que me afasto de todas as rotinas do dia a dia, inclusive a blogosfera.


São quinze dias em que não terei nenhum computador por perto (eles também vão de férias...), porque sabe bem voltar a um mundo mais calmo, mesmo que seja por pouco tempo, sem relógios e sem a pressão de ter de cumprir prazos.

Em Agosto volto.

quinta-feira, julho 14, 2011

O Mar-Tejo


Estes dias ventosos têm oferecido ondas ao rio, fazendo que o Tejo pareça um mar.

Claro que falo de um mar pouco selvagem, sem ondas para surfistas...

segunda-feira, julho 11, 2011

As Casas de Madeira da Costa


Eu nunca tive dúvidas que as casa de madeira que invadiram várias praias da Costa de Caparica, não tinham qualquer valor histórico, nem sei porque lhe chamam palheiros...


Também foi esta a conclusão dos estudos encomendados pela famosa "CostaPolis", pelo que acabarão por ser derrubadas.

O argumento (falso) de que as casas de madeira estavam ao nível das construídas pelos pescadores da Vieira de Leiria e das margens do Tejo e Sado, lá caiu por terra.

Estas casas sempre foram habitações de veraneio de algumas famílias que viram ali uma boa oportunidade de ter uma casa de férias de baixo custo, no domínio público marítimo, numa altura em que as praias da Costa estavam longe de ser concorridas como na actualidade.

sexta-feira, julho 08, 2011

Praias do Ginjal sem Banhistas


Embora o Tejo esteja muito menos poluído, as praias do Ginjal continuam praticamente sem freguesia, se esquecermos claro, a meia-dúzia de miúdos, quase filhos da rua, capazes de refrescar o corpo nas águas do rio, sem preocupações com doenças de pele ou outras...

E nestes dias quentes, apetece tanto um mergulho...