sábado, setembro 30, 2006

Almada a Terra e as Gentes


O Concurso "Almada a Terra e as Gentes" completou em 2006 a viagem fotográfica pelas onze freguesias do Concelho, com a visita à bonita vila da Trafaria.
Foi inaugurada ontem, na Oficina de Cultura de Almada a exposição do Concurso, com os melhores trabalhos apresentados a concurso, nas duas modalidades (cor e preto e branco).
Esta iniciativa desenvolvida pela SCALA - Sociedade Cultural de Artes e Letras de Almada (uma colectividade cultural de Cacilhas), entre 1997 e 2006 contou, ao longo das suas dez edições, com a participação de 264 fotógrafos, que apresentaram 1.506 fotografias, quase todas de inegável beleza.
A sua 1ª Edição teve lugar em 1997 e foi sobre Cacilhas...
Como devem calcular, o Ginjal foi um dos espaços de inspiração dos muitos fotógrafos que se associaram a esta iniciativa singular, provavelmente única no país.
Se gosta de fotografia, não deixe de visitar a Oficina de Cultura, dará o seu tempo por bem empregue...

quarta-feira, setembro 27, 2006

Um Jornal de Cacilhas


No livro “Júlio César Machado – Estórias e paparocas” de Vítor Wladimiro Ferreira, a propósito da figura de Manuel Lourenço Roussado (Lisboa 1823 - Liverpool 1909) pode ler-se o seguinte: «Roussado era já, foi sempre, para a vida de rapaz, Manuel Roussado; no trato oficial foi sempre Manuel Lourenço Roussado, desde 1852 em que foi empregado da Secretaria da Procuradoria-geral da Coroa, até 1870, em que principiou a ser Barão de Roussado. Era a alegria em pessoa. Faceto, bem disposto, nédio, pimpão, armando bem o soneto, deleitando-se com o epigrama. Esse homem resistiu comigo muito tempo à desmoralização do século, mas não à da bolsa e, por isso empreendemos, além desse jornal (O Folhetim) várias empresas literárias de que o tempo com a sua ingratidão apagou hoje a memória. Tivemos por exemplo, com Eduardo Tavares e Nicolau de Brito um jornal em Cacilhas (O Almadense).»
Texto de José do Carmo Francisco
Nota: O jornal "O Almadense" é o título com mais história de Almada, já que teve oito séries (a última saiu em 1994, embora só com meia dúzia de números). Foi publicado pela primeira vez em 1855, em Cacilhas. Este artigo é ilustrado pela primeira página do nº 1, com a curiosidade de ser um «Semanário Literário e Recreativo», e tinha como redactores Nicolau de Brito e Eduardo Tavares, referidos no texto de José do Carmo Francisco.
Numa altura, em que Almada não possui um jornal de referência, é importante relembrar a história do jornalismo almadense, povoada de títulos e bons jornalistas.

domingo, setembro 24, 2006

As Burricadas de Cacilhas


As Burricadas voltaram hoje a Cacilhas, numa festa organizada pelos Escuteiros Locais, com o objectivo de reviver alguns quadros da história da Freguesia.
Ainda que sem o encanto de outrora, foram disponibilizados meia dúzia de jumentos, que foram o encanto de muitas crianças, menos familiarizadas com estes animais, que de burro têm quase nada.
Desde o final do século XIX até ao princípio dos anos trinta do século XX, as "burricadas" eram um dos grandes atractivos dos turistas que visitavam a Margem Sul, maioritariamente da Capital. Os lisboetas aproveitavam o facto de o comércio estar aberto ao domingo em Cacilhas (nessa época a quinta feira era o dia de descanso dos cacilhenses), para se deliciarem com o passeio de barco pelo Tejo, o almoço de marisco ou peixe, nas tascas e restaurantes ribeirinhas, e, finalmente, para ajudar a digestão, o célebre passeio de burro pelas redondezas...

sábado, setembro 23, 2006

As Matinés Dançantes do Ginjal


Aquele que foi um dos grandes restaurantes de referência de Cacilhas, a "Floresta do Ginjal", mudou de ramo, há já alguns anos.
Pouco tempo depois de ter fechado as portas como casa de pasto, alguns empresários resolveram utilizar o espaço vago como sala de espectáculos musicais, apresentando bandas de música alternativa.
Era comum cruzarmo-nos nas imediações do Ginjal com gente que primava pela diferença, essencialmente pela sua forma peculiar de vestir e pentear. Ao passarmos pela "Floresta" éramos obrigados a escutar sons metálicos que aconselhavam as gaivotas a voar para outras freguesias.
Hoje a música continua, mas é bastante diferente...
O som que sai das janelas é mais calmo e tenta reviver os bailes e as músicas mais apropriadas para se dançar aos pares, dos anos cinquenta e sessenta.
Pelas suas portas entram homens e mulheres de meia idade, à procura de muitas coisas, com um destaque especial, para o combate à solidão.
Uns querem companhia para dançar e namorar, se houver tempo...
Outros pretendem ir mais longe. Procuram um companheiro ou companheira, para partilharem o resto das suas vidas, encurtadas pela força vertiginosa do tempo.
Ao ouvir um tango, lembrei-me que, por falta de tempo - sempre o tempo... -, nunca aprendi a dançar convenientemente este bailado argentino, sensual e fatalista...

sexta-feira, setembro 22, 2006

A Semana da Hipocrisia


O Dia Europeu sem Carros comemora-se no nosso país há sete anos.
Embora não tenha a certeza, penso que o Município de Almada é um dos pioneiros desta iniciativa, à qual tem aderido sempre.
Embora seja de louvar a participação do Concelho na Semana Europeia da Mobilidade, é uma pena, que em sete anos, não exista qualquer indicador de mudança no trânsito e no próprio ordenamento de Almada. Os carros continuam a encher a cidade e a ocupar os passeios, dificultando a passagem dos peões e dos deficientes que se fazem transportar de cadeiras de rodas, obrigando-os a circular nas estradas, porque é a única maneira de contornar os obstáculos de quatro rodas. As tão badaladas ciclovias contam-se pelos dedos e existem em lugares afastados da cidade. o Metro continua em “banho-maria” e a ser uma incógnita, pelo menos no centro da cidade. Os transportes públicos não melhoraram nada, em alguns casos a oferta até piorou...
Ou seja, esta comemoração não passa de mais uma “Semana de Hipocrisia”, onde o trabalho realizado pelas Autarquias não passa de uma brincadeira, sem qualquer efeito prático. É uma pena...
É a Política à Portuguesa, no seu melhor.

terça-feira, setembro 19, 2006

A Praia da Margueira


No livro «Ao fim da memória» de Fernanda de Castro (Edição Círculo de Leitores) há uma curiosa referência à praia da Margueira. Assim: «Também me lembro da casa da minha bisavó, em Cacilhas, isto é, lembro-me de uma casa onde havia sempre muita gente, onde não me obrigavam a beber café com leite, onde ninguém me ralhava nem me punha de castigo. O resto, os pormenores, o tempo se encarregou de mos revelar; á medida que íamos crescendo, os meus irmãos e eu. Era uma casa pombalina, cor-de-rosa. Nem pequena nem enorme, tinha janelas de sacada com grades pintadas de verde e muitos vasos de sardinheiras nas varandas. A casa de jantar e a sala, ambas muito grandes, tinham pinturas a fresco nas paredes, cenas de caça na primeira, anjinhos, instrumentos musicais e grinaldas de flores na segunda. Os quartos, excepto o da minha bisavó e o da tia Emiliana, eram alcovas com portas de vidrinhos que davam para a sala e para a casa de jantar. O sótão, enorme, tinha um delicioso cheiro a pó e a bafio. Por uma grande escada de pedra chegávamos aos aposentos da tia Emiliana que se compunham de sala, quarto de dormir, quarto de vestir e lavagens. O quarto de dormir tinha uma janela que dava para o Tejo, podendo ver, quando estava deitada, o vaivém das fragatas no rio. No pátio lajeado da cozinha havia outra escada de pedra toda enredada numa trepadeira que dava umas flores esverdeadas chamadas «martírios».
A quinta que me parecia muito grande era, na realidade, pequena e bastante mal tratada por falta de água e por já não haver, nessa altura, hortelão nem jardineiro. Ainda assim tinha algumas árvores de fruto, pereiras e macieiras, alguns pés de uva moscatel, uma enorme amoreira e duas figueiras que davam uns figos pequenos mas muito doces. E havia ainda o mirante, a praia da Margueira e o poço onde – dizia a cozinheira Guilhermina – viviam lagartos e lacraus.
(texto de José do Carmo Francisco
e óleo de Alfredo Keil)

Nota: Existiam duas Praias da Margueira, a Nova e a Velha. A Nova fica mais ou menos no local onde hoje se encontra o Quartel dos Bombeiros de Cacilhas, a Velha, no começo da Avenida 25 de Abril. A fisionomia local era completamente diferente, como devem calcular, ainda sem as Avenidas e sem a Lisnave, que acabaria por conquistar bastante terreno ao Tejo.

segunda-feira, setembro 18, 2006

O Ginjal na Literatura V


"Memórias do Ginjal"

"Memórias do Ginjal" acaba por ser o aspecto mais visivel do projecto "Ginjalma", desenvolvido desde 1994 pelo Centro de Arqueologia de Almada, com o objectivo de caracterizar o espaço do Cais de Ginjal, em Cacilhas, nos campos histórico, antropológico e social.

Esta obra editada em 2000 pelo Centro de Arqueologia de Almada e coordenada por Elizabete Gonçalves é bastante importante para o Concelho, uma vez que retrata muito bem toda aquela zona ribeirinha, graças ao testemunho de vários cacilhenses com ligações afectivas e profissionais ao Ginjal.

Podemos ainda acrescentar, que este livro está estruturado de uma forma bastante apelativa e é uma mais valia para o Património Local.

sábado, setembro 16, 2006

A Luminosidade do Ginjal


Lisboa é conhecida como a Cidade Branca, porque a luz solar entra em todas as suas colinas sem pedir licença, em qualquer estação do ano.
O Ginjal, graças à sua situação geográfica privilegiada, também é um Cais "Branco", com uma luminosidade muito própria, capaz de nos "iluminar" o ano inteiro.
Ás vezes achamos graça a alguns comentários de forasteiros, que deixam escapar com um sorriso, que não sabem o que fizemos para ter este país, este clima e estas paisagens tão especiais.
Normalmente não sabemos o que responder. Outras vezes inventamos...
Foi o que eu fiz, quando Ingrid me disse qualquer coisa parecida, num português com pronúncia do Norte da Europa. Disse-lhe que tinhamos andado por aí, a descobrir mundo, e o sujeito a quem costumamos chamar Deus, em vez de nos cobrir de ouro, achou por bem, dar-nos um país dourado...

quarta-feira, setembro 13, 2006

Uma Cidade em Trespasse


Apesar da Autarquia de Almada andar há meia dúzia de anos, a acenar com alguns projectos megalómanos, para a Quinta do Almaraz e para a Margueira, descubro uma cidade, que "morre" um pouco, todos os dias.
Assusta-me bastante o que se está a passar com o comércio em Almada.
Só em três vias de Cacilhas - Rua Cândido dos Reis, Rua D. Sancho I e Avenida 25 de Abril -, encontrei vinte e uma casas comerciais fechadas, ou em vias disso, com avisos informativos de venda ou trespasse.
Se continuasse a contagem pelo centro da cidade, sei que este número ultrapassava a centena.
O começo dasta crise começou com a inauguração do Almada Fórum", uma grande superfície comercial, capaz de "secar" tudo à sua volta, graças à sua excelente oferta.
Os responsáveis do Município, cujo discurso "propagandista" surge sempre cheio de palavras bonitas, como a solidariedade, a igualdade e a justiça social, esquecem-se, cada vez mais, de as colocar em prática...
Quem diria que o "Comunismo" ia realizar uma união de facto com o "Capitalismo", tão às claras...
Infelizmente, não vi, nem vejo, uma única medida da Câmara de Almada, que tenha como objectivo a protecção ou o desenvolvimento do comércio local.
É por isso que as ruas estão cada vez mais desertas... e Almada prepara-se para ser, dentro de pouco tempo, uma cidade com menos pessoas e menos vida.
Hesitei no título desta crónica, que também poderia ser a "Balada da Cidade Triste"...

segunda-feira, setembro 11, 2006

Cinco Anos Depois...


Cinco anos pode ser uma eternidade,
Ou ser apenas o dia seguinte...

Nova Iorque não voltou a ser igual,
As pessoas perderam tantas coisas...
Até a liberdade de serem quem eram.
O simples gesto, de um aceno ou sorriso,
Foi suprimido pela ditadura da segurança,
Assim como qualquer palavra circunstancial
Trocada na rua, com estranhos.

Cinco anos pode ser uma eternidade
Ou ser apenas o dia seguinte...

Podemos banalizar o que aconteceu
Fingir que as Torres Gémeas desapareceram,
Num truque qualquer de magia,
Podemos dizer que a vida continua,
Que o que já lá vai, lá vai...

Cinco anos pode ser uma eternidade
Ou ser apenas o dia seguinte...

Mas os rostos daqueles que partiram,
Sem marcar qualquer viagem,
Permanecem vivos no coração de Nova Iorque.
Sim, coração, de Nova Iorque!
O coração de qualquer cidade
São sempre os seus habitantes.


(foto de Fina e palavras de Luís MIlheiro)

sexta-feira, setembro 08, 2006

A Revolta dos Marinheiros


Há setenta anos o nosso Tejo foi palco da célebre “Revolta dos Marinheiros”, que colocou as duas margens do rio em polvorosa, pelos muitos tiros disparados e pela agitação nas águas, provocada pela fuga dos militares revoltosos. Na imagem podem ver o estado em que ficou um dos navios ocupados.
Embora o texto que se segue, seja um pouco extenso, achei que era importante saberem o que realmente aconteceu...

«A Revolta dos Marinheiros, de 8 de Setembro de 1936, foi uma das primeiras grandes agitações sociais promovidas com o apoio directo do Partido Comunista Português, através da ORA (Organização Revolucionária da Armada), a sua célula no interior da Marinha de Guerra Portuguesa, que começara a ter alguma força junto dos marinheiros, ao ponto de assustar os comandos da nossa Armada.
Esta revolta teve algumas singularidades, a maior das quais, ter sido desencadeada apenas por marinheiros e grumetes, com idades entre os dezoito e os vinte e dois anos.
As comemorações do décimo aniversário da revolução do 28 de Maio de 1926, que tiveram o ponto alto na Praça do Comércio que se encheu de gente, fruto da presença de uma grande massa de representantes dos sindicatos e trabalhadores obrigados a comparecer, transportados em camionetas fretadas pelos patrões, com a ameaça de desemprego para todos aqueles que se recusassem a participar na festa, marcariam o início da revolta.
As intimidações aos operários para engrandecerem a festa do Estado Novo também chegaram ao navio que prestava honras militares às altas individualidades do poder. A sua guarnição recebera ordens superiores para levantar os braços em frente do Cais das Colunas e soltar urras de aclamação. Mas os marinheiros fizeram ouvidos de mercador e quando passaram junto ao cais não fizeram qualquer gesto, permanecendo apenas em sentido. Essa atitude louvável fez com que o comando, e até a própria PIDE, começassem a ter alguns marinheiros debaixo de olho.
Com o começo da Guerra Civil Espanhola, o NRP Afonso de Alburquerque partiu para o país vizinho, com a missão de escalar alguns portos a sul e recolher os portugueses radicados nessas paragens que quisessem regressar a Portugal.
Quando o navio chegou a um porto ocupado pelas forças governamentais, foram dadas ordens superiores, proibindo toda a guarnição de sair para terra.
Os problemas surgiriam, dias depois, quando atracaram noutro porto, sob o domínio das tropas de Franco e foram concedidas licenças.
As praças recusaram-se a sair, como protesto pela dualidade de critérios do comando, provocando mau estar a bordo. O comandante do navio ao constatar que parte da sua guarnição simpatizava com o governo da Frente Popular Espanhola, eleito democraticamente pelo povo, fez a respectiva denúncia ao poder central.
A denúncia foi tal que mal o navio entrou no Tejo, já a PIDE estava plantada no cais, à espera dos prevaricadores. Quase toda a guarnição sofreu penas disciplinares, embora a fatia maior coubesse a 17 dos marinheiros envolvidos, que foram imediatamente expulsos da Marinha, sem direito a qualquer defesa.
A atitude injusta e prepotente da chefia da marinha semeou no seio da classe de praças um ambiente de indignação e de revolta que os levou a planearem uma acção de luta armada, que ficaria conhecida para a história como a “Revolta de Setembro”.
O grande objectivo era ocupar os três navios fundeados no Tejo e sair à barra, fora do alcance das peças de artilharia, ameaçando disparar contra a Assembleia da República, exigindo a libertação dos camaradas que ainda se encontravam presos.
A revolta acabou por ser reprimida sem dó nem piedade pelas forças afectas ao Estado, a que nem a aviação faltou.
O plano de sabotagem abortou devido à traição de alguns elementos que fingiram estar ao lado dos revoltosos.
Nessa noite de 8 de Setembro de 1936, em que estiveram envolvidas 200 praças, resultaram: 5 marinheiros mortos nos confrontos; 92 julgados em tribunal militar; 82 condenados a penas entre os 2 e os 16 anos de prisão; 34 dos quais foram inaugurar o Campo do Tarrafal (5 pereceram aos maus tratos e ao clima agreste da Ilha de Santiago).
O governo levantou logo o boato de que os marinheiros eram uns traidores que queriam entregar os navios à vizinha Espanha.
A ditadura tremeu com este acto de coragem. A prova foi a repressão que se seguiu no interior da Armada portuguesa.
Como os fascistas não se poupavam a meios para se manterem no poder, escolheram os marinheiros mais incómodos para estrearem o presidio do Tarrafal que ficou conhecido internacionalmente como o “Campo da Morte Lenta”.»
In "Almada e a Resistência Antifascista", de Luís Alves Milheiro

quarta-feira, setembro 06, 2006

Os Telhados do Ginjal


Quem olhar os Telhados do Ginjal (que talvez sejam de vidro para quem tem passado a vida a atirar pedras aos do vizinho...), pensa várias coisas: quanta incúria; quanto abandono; quanta miséria; e por aí fora...
Mas também pensa no desperdício que por ali vai, quando existe tanta gente no Concelho a fazer cultura com a "casa às costas" e em sitios exiguos.
Espaços grandes, bem situados, que poderiam ser catedrais ao serviço das Artes e dos Ofícios, de uma Almada, que ora se orgulha da sua história fluvial, ora se encolhe e vira as costas ao Rio.
Porque será que os nossos "ministros" locais, fingem esquecer, que o casamento de Cacilhas com o Tejo é coisa milenar, e que só temos a ganhar com o reforço desta união?
Talvez a sabedoria popular possa dar umas dicas:
«Não há pior cego que o que não quer ver.»
«Não há pior surdo que o que não quer ouvir.»