quinta-feira, setembro 28, 2017

Os "Excelentíssimos Estupores"


Este poema foi escrito a pensar nos políticos nacionais, mesmo assim houve um "estupor" local que se sentiu identificado nestas palavras. É também por isso que não votarei nele, no dia 1 de Outubro...

Volto a frisar que esta escolha é dedicada sobretudo aos políticos "farsantes" que estão a ver o chão a fugir-lhes dos pés, como o caso do senhor que em tempos saía da cartola dos mágicos, que tenta por todos os meios, manter-se à tona de água... Mas parece que está mesmo condenado, pois não acredito que ao fim do dia de domingo, alguém lhe lance alguma bóia de "salvação". Não vale tudo, nem mesmo arranjar "trampezinhos" com o olho no cigano...


Excelentíssimos Estupores

A sanha do poder torna-os sedutores
Além das gravatas de todas as cores,
Distribuem rebuçados de vários sabores
Canetas beijos e sorrisos encantadores,
Porque no final querem sair vencedores.

A vitória floresce a troca de favores
Quase que parecem mercadores
Nos muitos jogos de bastidores
Em que são autênticos doutores
No seu notável papel de impostores.

Denunciados pelos comentadores
Fixam o sorriso amarelo nos televisores
Agarram a cartilha dos ditadores
E deixam cair a máscara de fingidores
Os excelentíssimos estupores.

 Luís [Alves] Milheiro

segunda-feira, setembro 25, 2017

A Minha Participação na 2ª Exposição de Poesia Ilustrada da SCALA" (dois)


Soldados da Paz e do Amor

Quando passo rente ao quartel
olho para os carros e paro,
fecho os olhos e finjo escutar
as sirenes que me arrepiam a pele
quando há fogos para apagar.

Apetece-me entrar
E agradecer aos bombeiros
pela sua valentia
nas guerras de paz e amor,
pela sua enorme vontade de ajudar
quem se debate com o horror,
no meio da aflicção e da perda
e só se liberta a gritar.

Quando passo rente ao quartel
volto a sentir-me rapaz
a usar um capacete de papel
e a sonhar ser um dia
Soldado da Paz.
  
(Poema de Luís [Alves] Milheiro
com fotografia de Luís Eme)

sexta-feira, setembro 22, 2017

Muitos Meses Depois...

Muitos meses depois gostei de voltar a descer as escadas que nos levam da Boca do Vento até ao Ginjal.

Como verifiquei que não se fez nenhuma obra de vulto neste espaço (apenas está colocada uma protecção metálica entre muros já na parte inferior das escadas...), ainda me questiono mais, sobre este fecho forçado, da passagem natural entre Almada e o Ginjal (desde o tempo das mulheres almadenses que desciam até à "Praia das Lavadeiras" - com nascentes de água doce no areal - para lavarem as suas roupas...), durante tanto tempo. 

(Fotografia de Luís Eme)

quarta-feira, setembro 20, 2017

A Gena e a Exposição Anual da Imargem

A Exposição Artística Anual da Imargem é inaugurada amanhã, às 21.30 horas, na Galeria Municipal de Almada.

É uma mostra de arte de grande qualidade, graças ao talento dos pintores, fotógrafos e escultores, que participam neste evento.

Como de costume são feitas algumas homenagens a gente ligada ao mundo das artes. Este ano os artistas homenageados são de Almada e da Imargem. São eles Carlos Morais, Maria Bargado e Gena Souza.

A Gena era uma amiga especial que nos deixou inesperadamente, em Janeiro, e com quem tivemos a oportunidade de partilhar algumas boas aventuras no mundo do associativismo cultural almadense, juntamente com o Américo, o seu companheiro de sempre.

terça-feira, setembro 19, 2017

Inês Medeiros, uma Boa Surpresa

De uma forma completamente inesperada acabei por conhecer e conversar com Inês Medeiros, a candidata do PS à presidência do Município de Almada.

Embora continue a pensar que ela chegou tarde à "corrida" eleitoral (já escrevi aqui sobre a sua candidatura e não fui muito meigo...), fiquei  bastante agradado, não só por ela demonstrar conhecer muitos dos problemas de Almada, mas também por não se furtar a um diálogo aberto e abrangente. Defendeu os seus pontos de vista, mas também aceitou algumas críticas, com um "fair-play" pouco habitual nos políticos.

(Fotografia de autor desconhecido)

domingo, setembro 17, 2017

A Minha Participação na "2ª Exposição de Poesia Ilustrada da SCALA" (um)




As Gentes que Abandonamos

As pessoas não desaparecem
Milagrosamente das nossas vidas.

Não há borrachas que apaguem memórias…
Nem que nos fazem esquecer as boas e más histórias.

Umas são quase empurradas,
Outras escapam-se no meio dos dedos
E outras são simplesmente abandonadas

Sim,
Abandonamos pessoas
Que um dia amámos
Como outros fazem com os animais
Que dizem amar.
Deixamos-as vezes demais à deriva
No meio de qualquer mar
Completamente sós
Sem lhe perguntar
Se trouxeram colete de salvação
Ou se sabem nadar…

(Poema de Luís [Alves] Milheiro com foto de Luís Eme)

quinta-feira, setembro 14, 2017

2.ª Exposição de Poesia Ilustrada da SCALA


No sábado, dia 16 de Setembro, às 16 horas, será inaugurada a 2.ª Exposição Colectiva de Poesia Ilustrada da SCALA, na Sede da SCALA, em Almada (rua Conde Ferreira).

Vou participar com alguns poemas e algumas fotografias.

domingo, setembro 10, 2017

Henrique Mota, um Amigo Inteiro


Hoje acordei a pensar em dois amigos, dos melhores que se podem ter pela vida fora.

O mais curioso é que um deles faz anos hoje, o Henrique Mota, o biógrafo e o historiador dos desportistas almadenses (escreveu uma obra ímpar a nível nacional, de quatro excelentes volumes, sobre os grandes "Desportistas Almadenses"). São já 97, e de certeza que terá muito boa gente a abraçá-lo nesse lugar misterioso, que espera por todos nós.

Poderia escrever, escrever, escrever, sobre o que ele foi. Mas acho que fui muito feliz num pequeno poema que escrevi e lhe dediquei, pois está lá muito do que ele representou para mim:


Amigo Inteiro
  
Foste tanta coisa,
atleta, treinador
dirigente e historiador

Correste e venceste,
tanta corrida da vida
sempre de cabeça erguida

Mas o que sempre foste
foi um amigo inteiro
e o melhor companheiro.

É por tudo isto
que te recordo com ternura
e sei que o teu bom exemplo
perdura.

Luís [Alves] Milheiro


sábado, setembro 09, 2017

O Caminho Mais Fácil de Resolver os Problemas...

O caminho mais fácil de resolver os problemas do Ginjal é sempre fechar, proibir, entaipar ou colocar sinais de perigo...

Deve ser por essa razão que as escadas da Boca do Vento de Almada estão fechadas há largos meses. Com toda a certeza que durante este período de tempo aumentaram os utilizadores do elevador panorâmico, mas não havia necessidade...

Eu sei que também é o meu lado "anarquista" a falar, mas estou farto da utilização de placas de proibição, como "solução" para os vários problemas do Ginjal.

Custa-me a acreditar que não exista qualquer forma legal de obrigar os proprietários a fazer as obras necessárias... 

Mas no caso particular das escadas da Boca do Vento, tenho quase a certeza de que elas estão debaixo da alçada no Município (ou da Junta de Freguesia)... 

Eu sei que se trata de uma zona sem moradores, ou seja, sem eleitores. Mas é uma tristeza a forma como os governantes, locais e nacionais, tratam o Ginjal. Até por ser um dos pontos do concelho mais procurados por turistas...

(Fotografia de Luís Eme)

sexta-feira, setembro 08, 2017

Romeu Correia, Rio de Contos & Esquecimentos...


Apesar de ter criado no princípio do ano um blogue de homenagem ao escritor almadense Romeu Correia (para os mais distraídos informo que estamos a comemorar em 2017 o Centenário do seu nascimento...), nem sempre me é possível divulgar notícias de algumas actividades realizadas em sua homenagem, porque as entidades que as organizam "ignoram" a existência desta "casa" do Romeu (e a minha, claro..).

Continuo a pensar que o Romeu Correia está acima de quaisquer "jogos de vaidades", más vontades ou outra coisa qualquer. É por isso que tento publicar e divulgar tudo o que seja feito em sua homenagem, independentemente das pessoas ou instituições que as organizam. 

Resta-me esperar que "O Rio de Contos" com o Romeu - que ainda deve estar a decorrer no "Forno de Cima" (Pragal) -, tenha sido um êxito.

sábado, setembro 02, 2017

sexta-feira, setembro 01, 2017