quarta-feira, julho 26, 2023

Quase que podia dizer: "não há Papa que não dê fartura"...


No domingo tinha descoberto um conjunto de oito casinhas portáteis, para as necessidades liquidas e sólidas, já na saída do Largo de Cacilhas, na direcção do Canecão e até fiz um ligeiro comentário no meu "largo". Ontem, reparei que perto do Farol estavam instaladas bastantes mais.

Pois é, felizmente, os visitantes mais afoitos e necessitados já não precisam de procurar os cantos mais escondidos de Cacilhas para pelo menos "verter águas".

A grande questão é que irá acontecer a todas aquelas "casinhas azuis" quando terminarem as Jornadas da Juventude. Provavelmente, desaparecem...

E lá voltam os cantos a ficarem "perfumados" com o xixi de várias nacionalidades... Nada de estranhar, num País como o nosso e com políticos como os nossos, que gostam sobretudo de impressionar o "Mundo", ou seja quem vem de fora...

(Fotografias de Luís Eme - Cacilhas)


quarta-feira, julho 12, 2023

Esta indiferença e indolência, em relação ao Poder Local, a cair no exagero...


O comentário de "Alma'Almada" ao último texto que escrevi, deixou-me a pensar.

Ele levanta uma série de questões, pertinentes e reais.

-Será que teremos de considerar Almada um concelho e uma cidade como casos perdidos?
- Saberão estes autarcas para que foram eleitos?
- Pensarão estes autarcas, só por terem sido eleitos, que sabem tudo e estão no procedimento certo?

E depois responde:

Eles sabem tudo... eles sabem tudo...
(E) não querem que os outros pensem, opinem, sugiram, critiquem construtivamente, façam "reparos".
São no fundo os construtores de um autoritarismo democrático para instauração de ditadura democrática porque chegaram ao poder por via do voto dito democrático.
Repudiamos estas atitudes e esta postura.

E eu fiquei a pensar, entre outras coisas, que talvez os almadenses estejam demasiado velhos e cansados para se revoltarem, para olharem à sua volta com olhos de ver (somos uma população cada vez mais envelhecida)... 

Uma boa parte dos jovens que se vêem na Cidade são originários de outros continentes (asiático e sul-americano). Para eles Almada é apenas um ponto de passagem...

E estamos condenados a isto...

Só penso é que este partido que governa Almada e o País, devia mudar de nome. Nem sequer é social democrata, quanto mais socialista.

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


sexta-feira, julho 07, 2023

A dificuldade cada vez maior em não entrar na "onda pessimista"...


Embora eu por natureza, não seja pessimista, tenho cada vez mais dificuldade em olhar para Almada, com esperança e com uma boa perspectiva de futuro.

E também por isso que escrevo menos aqui no "Casario", não me apetece nada fazer o papel de "profeta da desgraça".

Mas há problemas sérios, que ninguém se preocupa em resolver. O lixo continua a acumular-se junto aos contentores, em muitos lugares da Cidade. Sei que a culpa muitas vezes é das pessoas que nem se dão ao trabalho de abrir o contentos e colocar lá os sacos do lixo. Há zonas verdes que parecem "matagais". Mas o mais grave são os buracos nas estradas. É difícil encontrar uma rua que não tenha um buraco (apesar de não chover, alguns transformam-se em "crateras" obrigando-nos a pequenos desvios, que nos fazem mudar de faixa de rodagem).

Não estou a pensar em criar algo parecido com a "Associação de Cidadãos Automobilizados", que além de ter feito um trabalho extraordinário na divulgação dos grandes problemas que existiam em Lisboa no trânsito e nas ruas (havia coisas completamente absurdas...), até chegou à vereação do Município. Mas esta falta de respeito por todos nós, por parte das Autarquias locais (Câmara e Junta), continua a ultrapassar os limites do razoável.

Por exemplo, o "buraco" que existe próximo do mercado, continua lá (já se pode dizer, meses depois...). A única diferença, foi que tiraram o balde de tinta vazio que lá estava e colocaram uma peça de plástico, usada quando existem obras nas estradas, que o mantém quase escondido...

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


domingo, julho 02, 2023

Não me arrependo de nada, mas acabaram-se as "pérolas" para os "ditos cujos"...


Tomei uma decisão, depois dos presidentes das duas Juntas de Freguesia urbanas do Concelho (de forças políticas diferentes...) nem sequer se terem dado ao trabalho de responder a um meu pedido de audiência, para falar sobre um projecto literário sobre a comemoração dos 50 anos da Revolução de Abril.

Continuarei a gastar o meu tempo, mas não gasto nem mais um cêntimo, em livros da minha autoria sobre história local.

A principal "vitima" desta decisão é um livro que já estava quase pronto sobre os 175 anos de vida da Incrível Almadense, que em princípio seria apresentado durante o mês de Outubro, nas comemorações deste aniversário redondo da "Catedral do Associativismo Almadense".

Olho para trás e verifico que só sobre história local são quase duas dezenas de livros publicados nos últimos vinte e três anos (sem contar com a mais de uma centena de folhetos e cadernos...), com particular incidência na freguesia de Cacilhas, onde habito. Merecia no mínimo, um pouco mais de respeito, enquanto autor.

Não me arrependo de nada do que fiz até agora, mas sinto que se acabaram as "pérolas" para os "ditos cujos"...

(Fotografia de Luís Eme - Caramujo)