quinta-feira, dezembro 31, 2015

Um Melhor 2016


Apesar dos presentes envenenados deixados pelos antigos governantes, como foi o BANIF, continuo a esperar que 2016 seja melhor para todos (excepto para os banqueiros...) que 2015.

(Fotografia de Luís Eme)

quarta-feira, dezembro 23, 2015

Feliz Natal para Todos


Desejo um Feliz Natal a todos aqueles que passam aqui pelo Casario.

segunda-feira, dezembro 21, 2015

Terreiro do Paço Multicolor


No sábado fui passear pela baixa lisboeta natalícia e descobri um movimento nas ruas e nas lojas de outros tempos.

Antes de atravessarmos o rio, no regresso a casa, passámos pelo Terreiro do Paço, para ver as projecções animadas adequadas à época no edifício principal da Praça que também é do Comércio.

É um espectáculo que merece ser visto, numa Lisboa renovada, cada vez mais a pensar no turismo, de dentro e de fora.

quarta-feira, dezembro 16, 2015

A Exposição Anual da Imargem


Amanhã, às 21 horas, será inaugurada na Galeria Municipal de Almada a "Exposição Anual da Imargem", a Associação de Artistas Plásticos mais conceituada do Concelho. 

Além dos trabalhos dos seus associados, há espaço também para a homenagem a António Júlio e Jorge Pé-Curto.

Esta é uma das inaugurações que eu não perco há muitos anos, pela sua qualidade artística e também por ser um local de encontro com vários amigos.

sábado, dezembro 12, 2015

Natal Associativo


A SCALA  a Incrível e a Universidade Sénior Dom Sancho promovem hoje um Espectáculo de Natal, com a participação de várias atracções musicais ligadas às Colectividades do Concelho, no Salão de Festas da Incrível Almadense, às 15.30 horas.

É uma boa oportunidade para se ver o que se faz em Almada no campo da chamada Cultura Popular (que ainda existe e resiste, nestes tempos austeros).

A entrada é gratuita.

sexta-feira, dezembro 11, 2015

A Arte sem Concessão


Vou voltar às belas pinturas que foram feitas no começo do Caramujo, porque houve um "mural" que me fez pensar, por dar a sensação que se tratou de uma "encomenda". Nada de inédito no mundo das artes, diga-se de passagem, mas a Arte deveria ser sempre outra coisa...

Além disso, acho que os exemplos escolhidos, da trabalhadora alentejana dos campos e dos operários da Lisnave, embora façam parte da memória de todos nós, estão longe de ser esperança e futuro em Almada. 

E a Arte é presente. O futuro não existe.

Fora estas questões ligadas às palavras, é mais um excelente exemplo de arte pública de rua, apesar dos seus traço reviverem um pouco o "neo-realismo", sem que mal algum venha ao mundo por isso.

domingo, dezembro 06, 2015

A Menina e o Cacilheiro


Hoje esteve um dia quase londrino.

Mas não vou falar disso. Vou sim falar dos excelentes grafites que foram pintados no começo do Caramujo (Cova da Piedade).

Publico aqui a menina que segura o cacilheiro, pela sua beleza e também pelo simbolismo.
Como todos nós já percebemos, a arte de rua pode ser muito mais que uns rabiscos feios, pintados nas paredes...

sexta-feira, dezembro 04, 2015

O Debaixo do Bulcão


Colaboro há já uns anitos no poezine, "Debaixo do Bulcão", dirigido pelo António Vitorino, jornalista e poeta .

Embora tenha uma saída irregular, é uma publicação especial, a mais livre que conheço. Aceita todo o tipo de colaborações sem qualquer condicionalismo.

Foi por isso que colaborei mais uma vez, no número 42, que é apresentado hoje, às 21 horas, na "Oficina Divagar", rua Serpa Pinto, nº 4, 1º andar (na chamada Almada Velha, próximo da Casa da Cerca).

Não vou estar por compromissos familiares, mas espero que a festa seja bonita.

terça-feira, dezembro 01, 2015

Os Candeeiros do Jardim do Castelo


Já escrevi por aqui sobre os dias curtos, que vão durar pelo menos até Janeiro.

Estive a fazer um trabalho de pesquisa até às 17 horas e quando saí para a rua, já estava escuro, também por culpa do céu, que parecia estar atestado de água e a prometer chuva, talvez para amanhã.

Por estar na chamada Almada Velha, acabei por dar um salto ao miradouro do Jardim do Castelo, para olhar o Rio, a Ponte e Lisboa, já com algumas luzes acesas.

Quando voltei costas vi que os candeeiros do Jardim, também se começavam a acender e dar uma atmosfera mais intimista aquele lugar, quase sempre calmo.

Quando já estava no portão da saída para o Castelo, lembrei-me que tinha a máquina na bolsa e disparei...

sexta-feira, novembro 27, 2015

Almada Homenageia o Cante


Amanhã Almada festeja o 1º aniversário do Cante Alentejano, Património da Humanidade, com um colóquio (com vários painéis) e um espectáculo desta música tradicional alentejana, ao cair da noite.

Esta homenagem decorre na Academia Almadense e tem o dedo do meu amigo Eduardo.

quinta-feira, novembro 26, 2015

A Lardosa em Almada


Amanhã vou apresentar o livro, "Imagens da Minha Terra, Lardosa (Castelo Branco)", da autoria do meu amigo Aníbal Sequeira, uma monografia histórica muito bem ilustrada com as suas bonitas fotografias, que já foi apresentada nesta bonita Aldeia da Beira Baixa.

Aníbal fez muito bem em fazer a história da Terra onde nasceu (algo que ainda ninguém tinha tido a coragem para fazer...), focando os seus lugares mais importantes, sem se esquecer das pessoas (tão bem fotografadas...)

A apresentação realiza-se na Biblioteca da Escola Cacilhas-Tejo, Praça Gil Vicente, Cacilhas, às 17 horas.

Estão desde já todos convidados.

Esta é uma das fotografias de Aníbal Sequeira, que está presente no livro, "Teimosia", que escolhi por o burro ser um ex-libris cacilhense e fazer parte da história da Localidade Ribeirinha.

quarta-feira, novembro 25, 2015

segunda-feira, novembro 16, 2015

Estes Dias Cada Vez Mais Pequenos...


Não gosto nada destes dias tão curtos em que ainda antes das 18 horas começa a escurecer.

Nesta altura do ano o Sol quase que não passa pelo Ginjal, fica tudo mais húmido e agreste à beira do Tejo...

segunda-feira, novembro 09, 2015

Três Irmãs Diferentes


O teatro também pode ser a surpresa, a diferença, especialmente quando se escolhe uma peça antiga (ou usada, se quiserem...), que de vez em vez visita os palcos profissionais e amadores.

Foi o que aconteceu na noite de sábado na Sala Experimental do Teatro Azul (acho mais bonito que Joaquim Benite...) com as "Três Irmãs (Making Of)", que tirando o nome das personagens principais (Irina, Olga e Masha) e a referência  a Moscovo, é uma peça que se afasta de Tchecov e vai por outros caminhos, envolvendo-se com a nossa realidade e com os nossos problemas (a realização de um documentário sobre nós...) ao mesmo tempo que criava uma interacção pouco habitual com o público (perguntas ao público, contacto físico como um abraço ou o dar as mãos em corrente, distribuição de chá e bolinhos...).

Foi uma peça divertida e surpreendente, foi teatro. Parabéns ao "Teatrão" de Coimbra, ao encenador Marco António Rodrigues e aos actores Inês Mourão, Isabel Craveiro, João Amorim, João Santos, Margarida Sousa e Rui Raposo.

domingo, novembro 08, 2015

Miguel Oliveira na Ribalta do Motociclismo Mundial


Miguel Oliveira venceu o Grande Prémio de Motociclismo de Valença na sua categoria (moto 3) e sagrou-se vice-campeão do mundo.

É uma proeza extraordinária para o desporto português e almadense.

Para a próxima época Miguel vai competir na categoria de moto 2, e de certeza com sucesso, pois talento é coisa que não falta ao jovem piloto de Almada.

(foto retirada do site "A Bola")

sábado, novembro 07, 2015

Ilusão de Óptica ou de Outra Coisa...


Hoje tenho estado entretido a enviar fotografias para a "lixeira" e a libertar o disco do computador. 

Este é mais um dos problemas do mundo digital, a facilidade do "clique" faz com que se acumulem fotografias, por vezes quase iguais (quando damos por ela temos centenas de fotografias de pouco préstimo...).

Algumas delas têm algumas particularidades (distantes da beleza), como a que aqui publico, em que a Lisnave mudou de lugar e passou para trás dos primeiros prédios da avenida 25 de Abril, em Cacilhas...

domingo, novembro 01, 2015

Dia de Procissão e Devoção em Cacilhas


A Senhora do Bom Sucesso, Santa Padroeira de Cacilhas, cuja devoção remonta ao terramoto de 1 de Novembro de 1755, saiu mais uma vez à rua, na Procissão centenária que percorre as principais artérias da localidade e também visita o Tejo, que desta vez apenas a esperava com um patrulha da Marinha de Guerra, sem a presença de pescadores, sempre tão amigos da Santa (foram eles com as suas vigílias diárias que impediram que os republicanos depois do 5 de Outubro de 1910, destruíssem as imagens da Igreja, como fizeram noutros lugares religiosos do Concelho, como no Seminário de Almada ou na Quinta do Vale de Rosal, na Charneca de Caparica).

sexta-feira, outubro 30, 2015

O Hamlet de Shakespeare, da Sophia e do Luís


Era para escrever sobre o "Hamlet" aqui (peça a que assisti ontem no Teatro Azul), mas quando dei por isso, já tinha começado a escrever no "Largo". Mesmo assim achei que devia escrever algo aqui, no "Casario".

Estava um pouco receoso com o que me esperava: uma peça com a duração de quatro horas e ainda por cima um "clássico" de Shakespeare (faz-me impressão  esta obsessão dos encenadores pela obra do dramaturgo inglês, quando há tanta história interessante para transformar em teatro...).

Mas saí do teatro satisfeito, apesar do adiantar da hora (e a peça começou às 20 horas...), muito graças à interpretação do jovem Hamlet, Guilherme Gomes, e também por ter a oportunidade (provavelmente a derradeira) de aplaudir Luís Miguel Cintra, que só com a sua presença enche qualquer palco, que foi também o encenador da tradução da nossa grande Sophia de Mello Breyner Andresen.

segunda-feira, outubro 26, 2015

As Minhas Queridas Fontes Orais de Almada


Eu sei que cada livro tem sempre mais que uma história. Além de tudo aquilo que se conta, existem sempre inúmeros episódios que se vivem em seu redor. Não há histórias sem pessoas, que acabam por ser protagonistas de muitas conversas das minhas viagens no tempo.

Embora só me tenha integrado nos meios culturais almadenses, nos anos 1990, sinto-me um privilegiado por ter tido o prazer de conhecer tanta gente que me ensinou a amar este Concelho que possui particularidades únicas. 

Se por um lado foi Romeu Correia quem me abriu as janelas e me apresentou a cidade de Almada, por outro, o meu saudoso amigo Henrique Mota fez muito mais que isso. Além de me abrir janelas e portas, caminhou a meu lado, como o verdadeiro companheiro que sempre foi, apesar de me levar quarenta e dois anos de avanço nesta coisa que se chama vida.

Infelizmente uma boa parte deles já partiu...

É difícil ordená-los cronologicamente, mas vou tentar: Romeu Correia, Henrique Mota, Adelino Moura, Arménio Reis, Francisco Bastos, Victor Aparício, Miguel Cantinho, António Calado, Sérgio Malpique,  Hélio Quartin, Idalina Alves Rebelo, Mário Rodrigues, Leonel Guerreiro...

Do  vivos, Fernando Barão é a pessoa por quem senti e sinto mais afinidades nas coisas da Cultura, isso explica que tenhamos feito muitas coisas em conjunto, especialmente da SCALA. Para muitos era o seu "Delfim", mas nós somos mais que isso, somos verdadeiros amigos.

Além do Fernando é bom continuar a contar com a amizade e a "memória" de Carlos Durão, Diamantino Lourenço, Abrantes Raposo, Virgolino Coutinho, Orlando Laranjeiro, Carlos Guilherme, Francisco Gonçalves, Alexandre Castanheira, António Coelho,  Luís Bayó Veiga, Mário Araújo, António Reizinho, Vitor Rosado, Américo Souza, Fernando Moura, Carlos Martins, entre outros amigos.

Sei que sem o seu apoio, amizade e testemunhos, não tinha ido tão longe nesta caminhada já longa pelas ruas da "história de Almada".

O óleo é da Maluda (lá ao longe vê-se o lado de cá...).

sábado, outubro 24, 2015

Homenagem a António Henriques


Hoje, às 15.30 horas, será descerrada uma placa de homenagem a António Henriques, no Salão Nobre da Incrível Almadense.

A placa foi subscrita por cem sócios, que se associaram a esta homenagem, na passagem do Centenário de um dos Incríveis mais ilustres da já história da "Sociedade Velha".

E eu, como um dos principais promotores desta iniciativa, só posso estar bastante feliz, pelo que conseguimos fazer, com meios tão limitados.

quarta-feira, outubro 21, 2015

"António Henriques, o Historiador da Incrível"


O historiador Alexandre M. Flores teve o privilégio de conhecer António Henriques, com quem privou e teve bastantes conversas sobre o associativismo e a história de Almada. É pois uma das pessoas que melhor poderá retratar este grande almadense.

É por isso que quem gosta da história de Almada, não deve perder a sua conferência sobre António Henriques, no próximo sábado, às 16 horas, no Salão de Festas da Incrível.

sábado, outubro 17, 2015

Filatelia e Coleccionismo na Oficina de Cultura em Almada


Foi inaugurada hoje na Oficina de Cultura a  "9.ª Mostra de Filatelia e Coleccionismo" organizada pela secção de Filatelia da ARPCA (Associação de Reformados de Almada).

Passei por lá já ao fim da tarde porque esta é uma daquelas exposições que despertam sempre o interesse de quem gosta de coleccionismo (especialmente de selos e postais).

Um dos aspectos curiosos e não menos importantes, é os organizadores escolherem sempre um tema local (normalmente um monumento...) para ser  a imagem de marca de cada exposição, com direito a selo e tudo.

Este ano o laureado é o Farol de Cacilhas.

Já sabem, se quiserem visitar esta exposição em Almada, podem fazê-lo até ao dia 25 de Outubro.

segunda-feira, outubro 12, 2015

Os 167 Anos da Incrível


A Incrível Almadense está a comemorar o seu 167.º aniversário durante todo o mês de Outubro.

Ontem à tarde teve lugar a Sessão Solene, o momento mais simbólico da comemoração, pela presença das forças vivas de Almada e também por se homenagearem os sócios com 25 e 50 anos de vida associativa na colectividade, com os respectivos diplomas e emblemas de prata e ouro.

A Banda continua a abrir a sessão, por todas as razões: por ser a essência da fundação da Sociedade Filarmónica e por continuar a ser um dos motivos de maior orgulho da Incrível, muito graças à juventude dos seus músicos.

quinta-feira, outubro 08, 2015

As "Imagens" da Lardosa de Aníbal Sequeira


Será com grande prazer  que me desloco amanhã ao fim da tarde à Lardosa, aldeia da Beira Baixa, para participar na apresentação do livro, "Imagens da Minha Terra, Lardosa (Castelo Branco)", da autoria de Aníbal Sequeira, conhecido nos meios culturais sobretudo como grande fotógrafo amador (premiado a nível internacional).

Desta vez Aníbal vestiu a pele de "historiador" e fez uma monografia sobre a aldeia onde nasceu, ilustrada com as suas magníficas fotografias, que prefaciei com muito agrado, pela amizade que nos liga e pelo valor da obra.

domingo, outubro 04, 2015

O Outono Mostra-se nas Ruas


Este fim de semana acolheu as primeiras chuvas (os pingos de Verão são outra coisa...) e os primeiros sopros daquele vento que gosta de colocar tudo aquilo que pode a voar.

Foi por isso que hoje de manhã a minha rua dava os primeiros sinais da chegada do Outono, para lá do que está estabelecido nos calendários...

Apesar destes sinais, o dia está com uma temperatura amena, pelo menos aqui por Almada. 

E gostei de ver filas de pessoas nos corredores da escola onde votei...

sexta-feira, outubro 02, 2015

Uma Boa Surpresa na Oficina Divagar


Ontem ao fim do dia passei pela Oficina Divagar (rua Serpa Pinto, 4, 1º andar), para ver a exposição, "Centro Cultural de Almada - Para a História de uma Experiência Associativa na Cidade", organizada por António Vitorino (que teve a gentileza de me fazer a visita guiada).

Fiquei agradavelmente surpreendido pela quantidade e qualidade de informação sobre esta Associação, que foi extremamente activa nos anos 1980 e 1990 nos meios culturais almadenses e que tem ficado esquecida quando se fala da história recente do movimento associativo.

E no próximo sábado realiza-se uma "conversa" sobre o CCA, às 21 horas, uma boa oportunidade para falar das culturas de outros tempos na nossa Cidade.

quinta-feira, outubro 01, 2015

Não Faltaram Amigos na Incrível Hoje à Tarde


A inauguração da exposição, "António Henriques, um Homem Incrível", correu muito bem, com a presença de dezenas de amigos, que aproveitaram para visitar, mais uma vez,  os espaços nobres da nossa Colectividade, desta vez embelezados com a criatividade e o gosto de António Henriques em guardar coisas com história. 

Apesar de ter a agenda cheia, o presidente da Câmara de Almada, Joaquim Judas, não quis faltar a esta iniciativa, o que muito honrou a família Incrível.

quarta-feira, setembro 30, 2015

Depois da Biografia a Exposição


Na próxima quinta-feira, dia 1 de Outubro, às 17.30 horas, será inaugurada a exposição, "António Henriques, um Homem Incrível", no edifico da sede social da Incrível Almadense (sala de reuniões do 2º andar, com ligações ao Salão de Festas, Biblioteca e Salão Nobre).

Estou directamente ligado a esta iniciativa com o meu amigo Carlos Guilherme (também fomos os autores da biografia do seu pai e agora é a vez da exposição...).

Apesar da simplicidade desta mostra, ambos sabemos que poderá ser muito importante para a concretização de um "espaço-museológico" na Incrível, a curto prazo.

Para que isso seja possível basta conciliar vontades, o que nem sempre é fácil no mundo dos humanos...

Eu e o Carlos que o digamos.

Se puderem apareçam!

segunda-feira, setembro 28, 2015

Visita Guiada ao Caramujo


No sábado à tarde participei numa visita guiada à antiga zona industrial da Cova da Piedade, que tinha como epicentro o Caramujo, pela sua proximidade com o Tejo, organizada pelo Museu da Cidade e pelo Centro de Arqueologia de Almada.

Aprendi algumas coisas, como acontece sempre nestes passeios. Por exemplo não fazia ideia que o cais que se prolongava ao longo do Caramujo esteve activo até ao final dos anos 1960, princípios dos anos 1970 (começou a ter problemas de assoreamento depois da construção dos Estaleiros da Lisnave...).

Mas o pior de toda aquela história é o seu abandono (aqui também entra a Câmara Municipal de Almada, proprietária dos Silos e de toda a zona envolvente). 

Provavelmente acabará por ser tudo destruído, depois de anos e anos de pilhagem, só não sabemos em que ano...

No final da visita guiada realizou-se um colóquio no Museu da Cidade onde se iriam debater questões relativas ao passado, presente e futuro do espaço. Não tinha pensado ir por várias razões. Uma delas é o facto de estar cansado de participar em encontros onde se dizem muitas coisas interessantes para no fim ficar tudo na mesma...

sexta-feira, setembro 25, 2015

Bombeiros de Cacilhas em Festa na "Rua Direita"


Os Bombeiros Voluntários de Cacilhas estão a festejar o seu 125º aniversário na Rua Cândido dos Reis, com uma exposição dos seus carros mais emblemáticos e com mais história.

As viaturas de outros tempos, assim como outro material auxiliar, podem ser visitados até domingo, naquela que foi a Rua Direita de Cacilhas durante muitos anos.

É uma visita que vale a pena.

E parabéns à mais velha colectividade de Cacilhas, que continua a ser um dos orgulhos dos cacilhenses, assim como a todos os seus "Soldados da Paz".

terça-feira, setembro 22, 2015

«O poder chama sempre os oportunistas.»


Ainda a propósito da conversa de ontem, ela acabou por "resvalar" para a actualidade, para as eleições de 4 de Outubro.

Conhecedores da pacatez do nosso amigo resistente comunista (ninguém diz o que está ali, porque ele sempre gostou de usar os louros apenas na comida...), oferecemos-lhe algumas "farpas", com factos da governação comunista da nossa Cidade.

Em algumas coisas deu-nos razão, noutras nem tanto. Para depois nos dizer o que já todos sabíamos:
«Não tenham ilusões, o poder, seja ele qual for, chama sempre os oportunistas.»

E com esta nos calou...

segunda-feira, setembro 21, 2015

«Belos tempos aqueles em que fiz campismo selvagem!»


Falava-se de justiça, do uso e abuso das escutas telefónicas, e claro, da evolução tecnológica nesse campo, que permite ouvir conversas a longa distância, quando um antigo resistente antifascista se saiu com esta:
«Belos tempos aqueles em que fiz campismo selvagem!»

E depois com mais sorrisos e histórias de outras lutas, contou que o campismo foi uma das melhores formas que eles encontraram para lutar contra a PIDE e os seus bufos, quase sempre sem pedalada para os seguirem nas longas caminhadas pelos campos (confessou não se lembrar de ter existido nenhum infiltrado nos grupos campistas de que fez parte, embora pudessem estar alguns presentes...). Ainda acrescentou: «no meio da natureza, nos campos abertos, só os pássaros tinham ouvidos, mas esses tinham mais que fazer que perderem tempo connosco.»

E quando a conversa avançou para as redes sociais, ainda exclamou, entre sorrisos: «Na minha juventude não me lembro de sentir curiosidade por saber coisas da vida, dos outros. Acho que era assim com toda a gente, tirando uma ou outra coscuvilheira, que faziam de jornal da rua.»

Nova risota geral.

A fotografia é da autoria do meu amigo Fernando Barão, também ele campista nesses tempos diferentes...

domingo, setembro 13, 2015

Fim de Tarde no Ginjal


O que vejo?
Dias cada vez mais curtos...
Um céu povoado de nuvens, pelo menos hoje.
Há menos pessoas nas esplanadas.
O areal, esse promete...
Umas coisas acabam, outras começam, e a vida, essa continua.

quarta-feira, setembro 09, 2015

Revisitar Cacilhas Através da Pintura de Carlos Canhão


Esta é uma das obras da exposição, "Junto ao Tejo e Mais Além" (de Carlos Canhão, Maria de Lurdes Couto e a Tânia Franco), que pode (e deve) ser visitada na Oficina de Cultura de Almada, na Praça S. João Baptista, da autoria de Carlos Canhão. 

O pintor almadense pintou a praia da Margueira, com vista para o Largo de Cacilhas e também para a Lapa (que desapareceu com as obras da estrada que liga Cacilhas à Cova da Piedade).

Felizmente através da pintura é possível reconstruir o passado...

terça-feira, setembro 08, 2015

A Praia da Fonte da Pipa


O Sol felizmente ainda continua quente, para satisfação de quem está de férias.

A Margem Sul continua a ser uma atracção para muitos turistas, que talvez queiram fugir da Capital, onde quase se fala mais inglês que português.

Na Margem Sul, olha-se mais e fala-se menos...

Na fotografia as escadas que nos levam para a pequena praia da Fonte da Pipa, logo a seguir ao Ginjal e ao Elevador Panorâmico.

quinta-feira, agosto 27, 2015

O Turismo quase Arqueológico


O Ginjal é mesmo um pólo de turismo. Os restaurantes "Atira-te ao Rio" e o "Ponto Final" são a delícia de milhares de turistas que escolhem o nosso país para passear à descoberta do que não há lá pelas suas terras.

Como tenho escrito invariavelmente por aqui, o Tejo é o melhor chamariz desta gente que também gosta da proximidade das ruínas e do ar abandonado, algo que encontram com mais facilidade em Portugal, Itália e Grécia, que nos seus países "politicamente correctos", cheios de regras (que nos têm impingido com demasiada facilidade) e hipocrisias.

Só estranho que não haja mais gente a molhar os pés (e até um pouco mais...) na Praia das Lavadeiras, que banha estes dois lugares de boas comidas e vistas. A água até já começa a ser transparente...

quarta-feira, agosto 26, 2015

Um dos "Hotéis" Sem Estrelas na Nossa Banda


Não deixa de ser curioso que os novos "nómadas" que fogem da guerra e arriscam a vida para chegar ao Velho Continente, quando são entrevistados para a televisão, sonham com a Suécia e com a Alemanha, nunca com Portugal...

Eles conhecem o mundo e sabem o que querem e o que não querem. Sabem quais são os países de primeira, de segunda e de terceira na Europa.

E o que não querem mesmo é ficar num dos muitos "hotéis" sem estrelas, que abundam no nosso país.

Este que ficou na fotografia fica na Cova da Piedade, rente às velhas fábricas do Caramujo...

quarta-feira, agosto 19, 2015

Cacilhas e o Tejo ao Fim da Tarde


Uma legenda?

Campolide é já ali, entre S. Jorge e Seixal, com  Lisboa lá longe, do outro lado do Tejo...

terça-feira, agosto 18, 2015

A Solidão de Lisboa em Agosto


Estamos tantas vezes sós, no meio de uma multidão...

Senti isso no meio desta Lisboa cheia de gente garrida, com pele quase vermelha, que adoram tudo o que é português, até as pessoas simpáticas (menos os portugueses que não gostam de trabalhar e que lhe aparecem nas reportagens "manipuladas" das televisões dos seus países...) que lhes respondem em inglês - por muito manhoso que seja - ou por gestos a praticamente todas as suas questões.

Acho que começam aí as diferenças. Ai de nós se desatarmos a fazer perguntas em português em Paris ou Londres (os hipotéticos portugueses que nos podem responder na nossa língua mãe, só estão dentro das anedotas, a não ser que lhes pisemos os calos e eles soltem um sonoro, "foda-se", cabrão de merda, vai pisar outro!", identificando-se automaticamente). Levamos sobretudo com narizes empinados, ar enfastiado, e claro, a língua deles, ao seu ritmo, por vezes perto do incompreensível...

Mas eu nem era para escrever sobre estas visões de um Agosto que se quer prolongar pelo ano inteiro, graças aos guias que dizem que Lisboa é o melhor destino turístico da Europa. Queria escrever sobre o café ausente dos amigos que escolhem Agosto para escaparem à "solidão" da Cidade...

sábado, agosto 15, 2015

Muito Tejo, Muito Tejo...


O Vento apareceu esta semana e tem oferecido ondas ao Tejo.

E os cacilheiros já fazem parte do Rio, e como diz Ary dos Santos no seu poema "O Cacilheiro" (final):

Se um dia o cacilheiro for embora
Fica mais triste o coração  da água
E o povo de Lisboa dirá, como quem chora,
Pouco Tejo, pouco Tejo, muita mágoa.

terça-feira, agosto 11, 2015

Flores do Ginjal


Sem nada para dizer, publico esta minha  fotografia de Julho, que é o que é: Flores do Ginjal.

Isto acontece porque o "Casario" há já algum tempo que também é um blogue de retratos do Luís Eme...

sexta-feira, agosto 07, 2015

Uma Dupla Festividade


Hoje dia 7 de Agosto, há dois grandes almadenses que comemoram o seu aniversário. 

António Henriques se estivesse entre nós comemorava hoje o seu centésiimo aniversário, pois nasceu em Cacilhas, a 7 de Agosto de 1915.

Orlando Laranjeiro comemorou hoje o seu 85º aniversário, numa festa partilhada com os seus principais amigos, ele que nasceu em Sesimbra a 7 de Agosto de 1930.

Publicamos a capa do CD comemorativo do centenário de António Henriques, porque as letras no seu interior cantadas por Luisa Basto e o poema declamado por Orlando Laranjeiro, são da autoria do próprio Orlando, um poeta almadense que oferece uma musicalidade especial às suas palavras rimadas.

terça-feira, agosto 04, 2015

Fim de Tarde no Ginjal


Há pouco Tejo neste fim de tarde (domingo...), com o rio praticamente sem ondas.

Ando e sinto que nada mudou nas paredes, nem nas pessoas...

São quase todas de fora, os que passeiam e os que se plantam nas esplanadas do "Atira-te ao Rio" e do "Ponto Final".

Escuto distraído inglês, francês e espanhol (este de forma mais audível, porque os nossos vizinhos são muito mais palavrosos...). Pouco português, porque até os empregados de mesa tentam acompanhar a "dança" das palavras dos clientes.

Perguntam-me porque tenho de voltar sempre aqui.

Respondo com uma frase curta: «porque amo este lugar».

quinta-feira, julho 16, 2015

As Praias Abandonadas da Outra (Nossa) Banda


Quando escutei que a praia da "Ponta dos Corvos" (ou Ponta do Mato...), entre o Alfeite e o Seixal, tinha sido premiada pela Quercus, pela qualidade da sua água, pensei nas praias mais próximas do Oceano, do Ginjal ao Olho de Boi, onde apenas meia dúzia de míudos mais entregues a si próprios se aventuram nas suas águas...

domingo, julho 12, 2015

O Fascínio da Cor


No jardim próximo do elevador da Boca do Vento, há várias pinturas urbanas (hoje chamo-lhe isto...) que são escolhidas como cenário da fotografias, provavelmente pela cor, pois não acredito que seja pelo "design"...

Hoje de manhã encontrei vários modelos femininos a fazerem poses nestes bancos.

quinta-feira, julho 09, 2015

Teatro, Ginjal, Almada e Lisboa


Nesta fotografia cabem o Teatro, o Ginjal, Almada e Lisboa.

terça-feira, julho 07, 2015

Uma Agradável Surpresa no Miratejo


Ontem fiz parte do júri que apreciou os trabalhos finais do Curso Profissional de Técnico de Turismo da Escola Ruy Luís Gomes, do Miratejo.

Foi uma agradável surpresa ver as excelentes apresentações daqueles catorze alunos, a maior parte delas dedicadas ao Concelho de Almada e que poderiam ser colocadas em prática com relativa facilidade (e sem grandes custos...), beneficiando o turismo do nosso Concelho. 

Sei que uma das coisas coisas mais fáceis de fazer quando se fala das escolas é dizer mal do ensino... mas ao assistirmos ao trabalho realizado e ao ouvirmos os agradecimentos dos alunos às professoras e professores, percebemos que há muito coisa bem feita nas "casas da educação".

Era importante que os sectores do turismo e da educação do Município estivessem atentos a estas iniciativas e tirassem proveito da criatividade e do espírito de iniciativa destes alunos. 

Ficávamos todos a ganhar, com toda a certeza. 

domingo, julho 05, 2015

A Criatividade e o Cinema


Quando vi este cartaz da "23 ª Edição das Curtas - Vila do Conde" (que decorre de 4 a 12 de Julho), achei-o muito bem conseguido.
O autor é o João Faria, que está de parabéns, assim como os teimosos que continuam apostados em levar o cinema e a cultura a uma mediana cidade portuguesa.

Eu sei que às vezes é mais fácil fazerem-se coisas em pequenos centros urbanos que nas chamadas grandes urbes, mas mesmo assim não deixam de estar de parabéns.

Há já quase 20 anos também fiz o projecto de um Festival de Cinema em Almada, que nunca passou do papel, por várias razões, a principal: falta de apoios concretos. Eu já sabia que lá de cima só costuma cair chuva, de vez em quanto, e uma tarefa que quisesse ter sucesso teria de ser bem alicerçada, em meios humanos e materiais, o que nunca foi possível obter...

Hoje olho para trás e penso que já passou o meu tempo de fazer iniciativas que querem saltar das fronteiras de Almada (até por já ter chatices de sobra...).

sábado, julho 04, 2015

sábado, junho 27, 2015

A História das Artes Plásticas em Almada


A história das Artes Plásticas em Almada, continua por fazer. Felizmente ainda estão entre nós vários "actores" dos primeiros grandes movimentos artísticos que se realizaram em Almada, e que sempre que são convidados falam da história de Almada no campo das artes, que acaba por se confundir com a história das suas vidas, com essa coisa agradável, de acrescentarem sempre mais algum dado novo e importante.

Foi o que aconteceu no serão de sexta feira, quando a IMARGEM (na sua excelente programação da "Arte em Festa", que decorre até ao fim do mês), convidou Francisco Bronze, Jorge Norwick e Louro Artur, para nos falarem de "Artes Plásticas: Três Monentos - Três Comentários".

Louro Artur falou mais que os seus dois companheiros, provavelmente por ter a memória mais fresca e também por sempre se ter interessado pela componente histórica no mundo das artes (até por ter sido professor...). 

Viajámos pelas exposições do Convento dos Capuchos (anos 1950), pelo movimento artístico do café "Dragão Vermelho" (1959 a 1961), sem ignorar as várias exposições feitas nas Colectividades e o papel cultural das bibliotecas associativas, muitas vezes contrariado pelas direcções... E claro, os elementos que colaboraram nas muitas iniciativas realizadas, alguns apenas apoiantes, como foi o caso de Jaime Feio e Alfredo Canana, mas não menos importantes na sua divulgação.

Falámos ainda do "Manifesto Cultural" dos anos 1960, do mistério dos imensos quadros perdidos ao longo dos anos, oferecidos ao Município Almadense (desde os anos 1950...) e com mais suavidade do que a organização queria, do "Alternativa - Festival Internacional de Arte Viva" (teve três edições em Almada, 1981, 1982 e 1983).

Tudo isto para dizer que foi muito bom ouvir estes três artistas plásticos, que são uma parte importante da história das Artes Plásticas de Almada, até como fundadores da IMARGEM.

A fotografia é de Gena Souza.