sexta-feira, junho 28, 2013

Centro de Interpretação de Almada Velha


Amanhã, às 11 horas, é inaugurado o Centro de Interpretação de Almada Velha, na Antiga Ermida do Espírito Santo, que foi tantas coisas durante o século XX...

O nome pela qual é mais conhecida, é nada mais nada menos que, "Salão das Carochas". Não sei a origem deste nome, sei sim que foi palco de cultura, sede de mais que uma colectividades. Dançou-se, fez-se teatro, fez-se desporto, discutiu-se, e sei lá que mais...

Agora vai ser o Centro de Interpretação de Almada Velha, uma coisa mesmo virada para o século XXI.

Não sei se este é o seu melhor uso, sei apenas que se trata de um lugar que sempre o conheci fechado, pelo que a sua abertura, enquanto espaço de conhecimento e de cultura, tem de ser entendido sempre como uma mais valia para Almada.

Estarei lá, na sua inauguração.

segunda-feira, junho 24, 2013

A Procissão de S. João Baptista


Embora more em Almada há vinte seis anos, só ontem é que assisti à primeira parte  da procissão de S. João.

Sim, primeira parte. No fim da tarde de 23 de Junho S. João é levado da Igreja de Santiago para a Capela da Ramalha, onde pernoita e fica até ao fim da tarde seguinte, quando se assiste à segunda parte da procissão, com o seu regresso à Igreja de Santiago, no percurso inverso.

É uma procissão de quase duas horas e que exige alguma resistência física, apesar da maior parte dos participantes pertencerem à terceira idade. Parte da Igreja de Santiago, no Jardim do Castelo, percorre a rua Capitão Leitão até ao Cabo da Vila e depois segue na direcção do Pragal, descendo na direcção da Capela da Ramalha, na rotunda junto à estátua de Fernão Mendes Pinto.

Há duas lendas associadas a estes festejos, a primeira relata um caso de amor entre um soldado cristão das tropas do rei D. Afonso Henriques e uma bonita princesa moura, que acabaria por provocar uma batalha entre portugueses e mouros, na Ramalha, que teria contado com a ajuda de S. João, na vitória lusitana.

A segunda lenda fala também de uma batalha, mas já nos tempos de D. Sancho I, ocupado com a reconquista do território e que travou uma batalha contra MIramolim de Marrocos e vence, mais uma vez com as boas graças de S. João.

Associada a esta lenda e à procissão era organizado também um arraial, um desfile de carroças e galeras,  e engalanadas com canas verdes e flores campestres, que transportavam pessoas e merendas, acompanhados por ranchos de folgazões, que se faziam acompanhar por músicos das bandas das colectividades de Almada e animavam a festa. 

Estes festejos pagãos das colheitas realizaram-se até aos anos sessenta do século passado. 

Segundo rezam algumas crónicas, o seu fim estará ligado aos desacatos provocados pelo consumo excessivo de vinho da região, que fazia com que algumas  rivalidades locais viessem ao de cima e a festa acabasse da pior maneira.

quinta-feira, junho 20, 2013

A Casa da Cerca Festeja Vinte Anos


A Casa da Cerca, um dos lugares mais bonitos de Almada, faz a bonita idade de vinte anos e no dia 22 de Junho está em festa das dez às duas horas da manhã, com um dia cheio de Arte e Diversão.

Quem ainda não conhece este espaço de artes, com jardins agradáveis e um dos melhores miradouros sobre o Tejo e Lisboa, não deve perder a oportunidade de visitar a Cerca em Festa.

quarta-feira, junho 19, 2013

Cacilhas em Festa


Apesar da crise, é bom ver as pessoas a passearem na rua Cândido dos Reis e a frequentarem os restaurantes locais (apesar das contra indicações deste governo...).

Um dos aspectos curiosos, é que a decoração das ruas tenha sido feita pela  Associação de Reformados de Cacilhas (ARPIFC), com materiais reciclados.


Infelizmente as fotos que tirei não lhe fazem justiça, pois as ruas estão muito bonitas.

É mais uma prova que todos somos importantes na sociedade, independentemente da idade, apesar dos "mutantes" que governam este país pensarem outras coisa (ou se calhar nem pensam quase nada, pelo menos de jeito)...

quinta-feira, junho 13, 2013

O Tejo e o Fernando


Hoje é dia do António, Santo, casamenteiro e "partidor" de bilhas, mas também do Fernando, que foi muitas "pessoas", na nossa literatura.

Muitas vezes penso se o Fernando vinha ou não com alguma frequência a Cacilhas, se petiscou qualquer coisita nas tascas que antecederam os restaurantes do Ginjal ou se apenas se ficou pelos seus retiros lisboetas.

Se veio e ficou por ali, rente ao cais, à procura de golfinhos ou até de sereias, só ficou a ganhar, provavelmente até algum poema... 

O óleo é de João Beja.

terça-feira, junho 11, 2013

Os 500 Anos do Foral Manuelino


Como já vem sendo costume, foi mais um fim de semana rico em actividades culturais pelo concelho de Almada.


Uma das actividades mais curiosas foi a comemoração dos 500 Anos do Foral  Manuelino, com a sua recriação histórica e a realização de um pequeno mercado, no Jardim do Castelo.

sexta-feira, junho 07, 2013

Tudo Pode Ser Cultura


Ontem realizou-se mais uma "Tertúlia do Dragão", organizada pela SCALA.

Para a gente da cultura o título poderia não ser o mais apetecível, "Alimentação para Séc. XXI". 
Mero engano, pois foi uma excelente tertúlia, graças à capacidade de comunicação da  nossa convidada, Ana Paula Marum, médica, que, através de uma linguagem bastante acessível, conseguiu transmitir-nos uma série de dados estatísticos (assustadores...) sobre os efeitos das alterações dos hábitos alimentares no nosso país, especialmente nas camadas mais jovens da nossa população.

Houve uma interacção  muito boa entre todos, não só pelas questões que foram levantadas pela assitência, mas também através  do preenchimento de um pequeno inquérito, que depois foi descodificado e analisado pela dra. Ana Paula, para satisfação de todos os presentes, que mais uma vez perceberam que tudo pode ser Cultura.

O óleo é de Ernesto Arrisueno.