domingo, janeiro 29, 2012

Outros Carnavais de Almada



Soube na sexta-feira que a Câmara Municipal de Almada decidiu não fazer o corso alegórico carnavalesco este ano.


Não viria mal nenhum ao mundo, se isto acontecesse por questões económicas ou pela duvidosa qualidade do desfile.


Segundo me informaram a Autarquia optou por um espectáculo musical. Pelo que não foi de certeza por questões monetárias.


Estranhas foram as "desculpas" dadas por alguns responsáveis do Município, que disseram não haver interesse das colectividades em participar no corso, sem sequer estas serem  auscultadas.


Apesar de alguma dependência a nível monetário, algumas colectividades encheram-se de orgulho e escreveram ao vereador da Cultura de Almada, onde demonstravam a sua indignação pela "fuga à verdade".


Como de costume, a "montanha deve parir um ratito", mas mais uma vez há alguém que fica mal na fotografia.


Como não sou adepto deste corso (feio e sem alegria...), não vou sentir a sua falta. 


O meu conhecimento da história local faz com que pense que se devia aproveitar as colectividades para fazer ressurgir as "cegadas" e o "enterro do bacalhau", que estas sim, fazem parte da tradição popular almadense. 


O óleo é de Olga Larionova.

quarta-feira, janeiro 25, 2012

O Carteiro de Neruda em Almada



"O carteiro de Neruda" regressa amanhã a Almada, quinze anos depois da sua estreia, ainda no velho teatro da Companhia de Teatro de Almada, que continua fechado (sabe-se lá porquê…).

A dramaturgia de Carlos Porto, feita a partir do romance de Antonio Skármeta, volta a ter encenação de Joaquim Benite e tem em André Gomes, Bernardo de Almeida, Maria Frade e Melânia Gomes os principais actores da peça, que estará em cena na Sala Principal do teatro Azul, de 26 de Janeiro a 5 de Fevereiro.

terça-feira, janeiro 24, 2012

Não à Extinção da Freguesia de Cacilhas


Hoje ao passar pela sede da Junta de Freguesia de Cacilhas, deparei com uma faixa preta, colocada a toda a largura do espaço e que dizia «Não à Extinção da Freguesia de Cacilhas».

Como freguês da Localidade Ribeirinha só posso estar solidário com a sua colocação, por saber que a sua extinção não irá trazer nada de bom para a população local. Infelizmente estes encerramentos devem-se unicamente a razões economicistas.

Todos sabemos que os partidos de direita que estão no poder, querem "vender o país" a retalho. Começaram com a saúde e educação (com o fecho de centros de saúde e escolas) e agora querem pôr fim á política de proximidade praticada pelas Juntas de Freguesia.

Quando será que dizemos, Basta?

domingo, janeiro 22, 2012

Associativismo Versus Autarquia (2)


Um dos aspectos mais pertinentes e também menos debatidos no seio do Associativismo, é a política dos subsídios atribuídos pelo Município.

Normalmente fala-se em surdina, só quando os casos atingem alguma gravidade é que acabam por trespassar para a "praça pública" local.

O caso mais polémico acaba por ser o da  Academia Almadense, que apesar de durante vários anos não ter prestado contas à sua massa associativa e entidades locais, continuou a ser subsidiada. Alguns desses subsídios, parece que ninguém sabe do seu paradeiro. É comum ouvirmos falar dos "trezentinhos" - trezentos mil euros que a Autarquia terá atribuído à colectividade centenária e que nunca constaram nos exercícios dos seus corpos gerentes.

Também se fala sempre dos "milhões" atribuídos às Companhias de Teatro e de Dança de Almada, embora estas duas organizações pertençam mais ao mundo do espectáculo que ao associativismo.

Em relação a estes casos, só poderei acrescentar que ambas as companhias são as grandes privilegiadas por em Almada não existir uma política cultural transparente e bem definida.

E como a maior parte dos dirigentes associativos têm medo que as suas colectividades deixem de ser apoiadas, aceitam a falta de transparência, que existe na atribuição dos subsídios atribuídos pelo Município ao Associativismo...

quinta-feira, janeiro 19, 2012

Associativismo Versus Autarqua (1)


No passado sábado a Associação Amigos da Cidade de Almada realizou um debate sobre Associativismo, um tema que raramente é consensual. Além de não se chegar a consensos, também é comum passar ao lado dos verdadeiros problemas, com demasiada facilidade. Isso acontece porque muitas vezes se tem medo de ferir susceptibilidades, nomeadamente o Município, e de se perder o apoio tão necessário da entidade que tem meios e vocação para o oferecer.

Este encontro felizmente foi diferente, foi muito mais aberto. Houve um tema extremamente pertinente, que foi abordado de forma séria e frontal, pelo presidente da Direcção da SFUAP: a concorrência (desleal) do Município em relação à exploração das piscinas associativas do concelho, que está a colocar em causa a sobrevivência e a manutenção da natação destas colectividades.

Todos sabemos que é impossível a qualquer colectividade concorrer com a Câmara Municipal de Almada.

E é uma pena quando a Autarquia em vez de ser solução, começa a ser um problema, no seio do Associativismo.

sexta-feira, janeiro 13, 2012

A Trafaria Faz Doer


Sempre que vou à Trafaria, interrogo-me sempre: «porquê todo este abandono?»

Pensar que no princípio de século era a praia mais "fina" da Margem Sul e uma das mais concorridas pelas classes mais favorecidas - isso explica a existência de tantos palacetes em ruínas ou a precisarem de obras.

Imagino as dificuldades que passam os autarcas daquela pequena terra, quase abandonada à sua sorte, pelo poder local e nacional.

Fico sempre com a sensação que o 25 de Abril não chegou à Trafaria.

Os Trafarienses, a Vila e o Tejo não mereciam isto.

domingo, janeiro 08, 2012

Cemitério de Barcas


O velho cais do Olho de Boi está a transformar-se num "cemitério de barcas" de recreio.

Para a exploração fotográfica até nem é mau, mas não deixa de ser mais um traço do abandono a que está votada esta Margem Sul do melhor rio do mundo...

quinta-feira, janeiro 05, 2012

Mercados e Mercadores


Há muito tempo que não entrava no velho mercado da rua da Olivença, muito por culpa das pequenas e médias superfícies, e claro, também dos preços e da qualidade dos produtos oferecidos (desde o peixe à fruta, passando pelos legumes...), que deixa muito a desejar.

Ao ver a "exposição" colorida de uma das poucas lojas de roupa que ainda estão abertas em volta do mercado, não resisti e tirei o "boneco".

segunda-feira, janeiro 02, 2012

Andar pelo Ginjal


Uma das coisas que iremos encontrar, pela certa, em 2012, serão mais placas "assustadoras", aqui e ali.

Mas como vivemos pouco de placas (é facílimo virar-lhes as costas...), pior serão as vozes "assustadoras", que nos vão continuar a cercar.

Eles não se contentam com apenas meia-hora por dia. Não nos devemos esquecer que "eles" são os tipos de que fala o Zeca, quando nos diz que: «eles comem tudo, eles comem tudo e não deixam nada.»