terça-feira, janeiro 30, 2018

Fuzileiros no Ginjal...

Próximo da hora do almoço, olhei o Tejo e descobri junto à Boca do Vento umas embarcações estranhas a navegarem muito próximo da Margem Esquerda. Pareceram-me logo veículos anfíbios, semelhantes aos velhos "lark's" dos fuzileiros.


A curiosidade fez com que descesse as escadas e assistisse ao seu desembarque na Praia das Lavadeiras, junto ao restaurante "Atira-te ao Rio".

Percebi que andavam em exercícios e aproveitaram para fazer uma pausa no Ginjal...

(Fotografias de Luís Eme)

sábado, janeiro 27, 2018

A Mania de Proibir, de Fechar, Continua...


Hoje de manhã fui dar a minha "volta" e quando me preparava para descer as escadas que nos levam do Morro para o Largo de Cacilhas, descubro uma vedação com o já famoso emblema da protecção civil.

Desta vez "infringi as regras" e desci as escadas (mais por curiosidade, para ver o que se passava...). A meio descobri que era possível descê-las sem qualquer risco, pois não descobri nada de anormal (nada que não existisse há anos...) e até havia uma passagem ao lado da vedação já nas proximidades do Largo...

Continuo sem perceber esta "sanha" de colocar placas  e "portas" em vez de resolver os problemas de segurança, nesta nossa Almada...

(Fotografia de Luís Eme)

quarta-feira, janeiro 17, 2018

Alexandre Castanheira (1928 - 2018)

Alexandre Castanheira deixou-nos há poucas horas, aos noventa anos de idade.

Escritor, poeta, professor, resistente e associativista, foi uma das grandes figuras da cultura almadense do século XX. 

Sei que a amizade não se agradece, mas também não se esconde. É por isso que digo que foi um prazer muito grande conviver (e aprender tantas coisas...) com este excelente companheiro e amigo das "ruas da cultura" da nossa Cidade de Abril.

Em sua homenagem vou deixar aqui um dos poemas que lhe dediquei:

O Outono do Adeus
  
As árvores despiam-se
As folhas despediam-se

Tu estavas diferente,
Já não conseguias
Enganar o coração.
Muita coisa mudara
Com e sem distanciação

A tua vida soprava ao vento,
Sonhos, poemas e ilusões

No fundo de ti
O Partido deixara de estar
Acima da família

A tua filha, a tua companheira
Simbolizavam, cada vez mais,
A tua Liberdade

Querias sair da clandestinidade
Querias ser cidadão
A tempo inteiro
Em qualquer cidade...


Nota: Escrevi este poema quando ele fez 85 anos, a pensar na sua partida para o exílio em Paris, depois de ter dedicado 15 anos da sua vida à luta antifascista, na clandestinidade, ao serviço do PCP e da Liberdade...

(Fotografia de Fernando Viana - da última vez que estivemos juntos, num evento cultural, o colóquio, "A Incrível na História da Resistência em Almada", realizado a 6 de Maio de 2017, no Salão de Festas da nossa Incrível... Como se percebe estamos todos a ouvi-lo, embevecidos, eu o Carlos e o Alfredo, tal como a plateia...)

terça-feira, janeiro 09, 2018

Um Segundo Ginjal...


O Casario tem estado um bocado "às moscas" (mesmo que elas não sejam "fruta desta época...).

Hoje esteve um quase belo dia de Inverno, daqueles bons para fazer subir as águas das barragens mais alguns centímetros.

Mesmo sem "chover a cântaros", choveu o suficiente para chegar a casa com as calças molhadas.

Vim no São Jorge e quando estava quase a chegar à minha margem, tirei uma fotografia, que acaba por ser o segundo Ginjal de 2018 (com gaivota)...

(Fotografia de Luís Eme)

terça-feira, janeiro 02, 2018

Um Primeiro Ginjal...

As paredes do extenso Cais do Ginjal, povoadas de cor, também querem dizer coisas...

Sei que os "artistas" nem sempre as concretizam da melhor maneira. Mas esse é o dia a dia de quem cria (com mais ou menos talento), chegar à aproximação do tal sonho que quis ser uma história, um poema ou uma imagem...

Não tenho sonhos ou desejos para este lugar. Só o conheci decadente. E devo confessar, que tenho algum receio da sua transformação (tantas vezes prometida e adiada...).

(Fotografia de Luís Eme)