segunda-feira, abril 21, 2025

As Portas que Fecham o Ginjal...


O Ginjal está "interdito".


Estas são as "portas" e as "paredes" que fecham o Cais a todos aqueles que gostam de caminhar e conversar com o Tejo...

Pelo habitual ritmo das obras oficiais na Margem Sul, esta "proibição" promete ser por muito tempo.

(Fotografias de Luís Eme - Ginjal)


sábado, abril 19, 2025

"Hoje foi dia do Ginjal ser notícia de televisão e de jornal"


Quem como eu conhece o Ginjal há quase quarenta anos, sabe que todos os problemas de degradação do cais e dos velhos armazéns, não se resolvem apenas com a colocação de placas de xis em xis metros de "perigo de derrocada", como foi feito, pelo menos nos últimos 15 anos, pelo Município.

Também é mentira que existam pessoas que vivem no Ginjal há trinta anos, como disseram na televisão. Lembro-me de quando saíram os últimos moradores, em que havia a expectativa do começo da obras (andaram por lá máquinas a terraplanarem alguns dos armazéns em pior estado, mais próximos da arriba...). Foi há já mais de dez anos.

Sei que entretanto foram passando várias "tribos" pelo Ginjal, desde os romenos, profissionais da mendicidade, em toda a área metropolitana de Lisboa, que depois se mudaram para o Caramujo, até aos migrantes africanos (muito deles devem estar em situação ilegal....) que foram ocupando o "prédio azul" e também as antigas instalações do Clube Naval de Almada, que transformaram quase em "área comercial" , durante e depois da pandemia...

O curioso, é que neste espaço de tempo, não houve qualquer tentativa de expulsar estas pessoas, que viviam em condições de habitabilidade precárias e a espreitar o perigo, diariamente.

Até que chegou o dia de hoje...

E agora, à boa maneira portuguesa, existe um corrupio de "moradores", que dizem viver ali "desde sempre", e que para variar, querem que a Autarquia lhes dê uma casa.

E o Cais do Ginjal vai ficar uns tempos (certamente longos, pelo andar das obras em Almada) "fechado para obras", porque começa a ficar intransitável...

(Fotografia de Luís Eme - Ginjal)

Nota: Texto publicado inicialmente no "Largo da Memória" (10 de Abril).


quinta-feira, abril 10, 2025

"Misturas" - cores e olhares

 


Esta é uma exposição de fotografia, quase antológica. Deve ter sido por isso que escrevi estas palavras:

«Sei que cada vez tenho mais dificuldade em escolher fotografias para exposições.
Talvez tire fotografias a mais… E depois fique meio perdido com a diversidade do mundo que nos cerca. Também podem ser as cores. Ou então, é apenas a inconstância do meu olhar…
Esta é capaz de ser a melhor explicação para estas MISTURAS, que são isso mesmo, quase que podiam ser três exposições dentro de uma.
Sei também que podiam ser muitas outras coisas, podiam ficar presas a um tema.
Mas para quê?»

É inaugurada no sábado, em Almada.


quinta-feira, março 20, 2025

Coincidências quase felizes...


Claro que pode, e deve, ter se tratado apenas de uma coincidência quase feliz (este quase tem a ver com a forma atabalhuada como se resolveu o problema, enchendo o buraco com cimento...).

Mesmo que eu saiba que o "Casario" é lido, mesmo que de relance, pelos poderes e pelas oposições (às vezes ficam com as "orelhas a arder")...

Mas o que é certo é que o "buraco" de uma das passadeiras da Praça Gil Vicente, já foi tapado e ficou menos perigoso para todos. Ponto final.

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


quinta-feira, março 13, 2025

Um buraco de "estimação" no coração de Almada


Sei que as estradas do Concelho de Almada estão cheias de buracos. E que a culpa não é do Inverno (já estavam assim no Verão...). Mas penso que nenhum deve merecer tanta "estimação" dos poderes locais, como este, numa das zonas mais centrais da Cidade, na Praça Gil Vicente.

Há cerca de um mês que este "buraco" se mantém, bem visível, numa das passadeiras mais movimentadas do centro de Almada. Com a queda das chuvas da última semana, este "buraco" quase que desaparece, sendo um perigo tanto para os peões como para os carros. 

Tanto uns como outros, se não estiverem precavidos, poderão ser vítimas da incúria do Município e da Junta de Freguesia local...

É curioso, que nem mesmo com a proximidade das eleições autárquicas, os eleitos mostram alguma preocupação para com os seus concidadãos...

Até apetece dizer, que nem para "tapar buracos", estes autarcas servem.

Mas a imagem fala por si, não são precisas mais palavras.

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


domingo, março 09, 2025

Os "bonecos" de Rino Ceronte na Biblioteca


Na sexta feira passei pela Biblioteca Municipal de Almada e pude ver que os livros continuam muito bem acompanhados, com os "bonecos" do Rino Ceronte.


"Bonecos" que retratam muito bem, algumas das grandes figuras da nossa literatura.

O meu aplauso para o Artista e para os Bibliotecários.

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


sexta-feira, fevereiro 28, 2025

Festa das Artes da SCALA: 30 edições, 264 artistas, 2200 obras


Amanhã é inaugurada na Oficina de Cultura de Almada a 30.ª edição da Festa das Artes da SCALA.

Embora não esteja isenta de interrogações  e até de exclamações, tem algo único, quase impensável nos nossos dias: a continuidade dessa coisa utópica que é a "democracia" no mundo das Artes, onde, a realidade dos dias - quase todos os dias -, passa o tempo a dizer que não há espaço para todos.

Talvez a Festa das Artes da SCALA tenha alguma ficção, daquela que se gosta de misturar com a realidade...


quinta-feira, fevereiro 27, 2025

O Ginjal no filme os "Verdes Anos"...


Uma das coisas curiosas do filme "Verdes Anos", de Paulo Rocha, foi a travessia do rio de cacilheiro e a passagem pelos restaurantes do Ginjal.

Claro que a visita ao saudoso "Floresta do Ginjal", teve uma nota crítica, dita pela personagem interpretada por Paulo Renato. Este sentou-se viu a lista e depois ensaiou uma "saída à francesa".


Já na porta virada para o Ginjal, disse que o restaurante (sem dizer o seu nome...) "era bom para ver as vistas e para enganar estrangeiros", acabando por ir almoçar um pouco mais à frente ou logo ao lado, à "Tasca do Pescador", dos Bagueiras, onde havia sempre peixe e marisco fresco, a preços mais convidativos...

 (Fotogramas do filme "Verdes Anos")


quinta-feira, fevereiro 13, 2025

"três amigos, três olhares (tão diferentes - tão iguais)"

 


(textos da contracapa do folheto da exposição)

«É sempre agradável assistirmos ao reencontro de três Amigos, através da mostra dos seus trabalhos mais recentes, onde é bastante perceptível o seu crescimento artístico.

Embora se notem diferenças nas formas e nas cores que escolhem para se manifestar enquanto artistas, continuam iguais naquilo que é mais importante, transformando esta exposição num verdadeiro hino à amizade.»

Américo D’ Souza


«A Alzira, a Goreti e o Hélder são um bom exemplo de quem olha para a pintura como uma forma de expressão artística, lúdica, onde o prazer de criar, de fazer algo novo, se sobrepõe a qualquer outra coisa.

É bom encontrarmos harmonia, mas também simplicidade, nas cores e formas que escolhem, nas suas tentativas de tornar o mundo numa coisa mais bonita…»

Luís Milheiro


terça-feira, fevereiro 11, 2025

«Há um olhar sobre o passado em Almada. Mas, e o presente, onde é que está?»


Sei que posso estar enganado, até por hoje ser uma pessoa "mal informada" (basta não ter redes sociais, por onde tudo circula...), mas faz-me confusão sentir que não há oposição política em Almada.

Quando se percebe com alguma nitidez, que Almada está muito pior do que era, há dez anos. Basta andar pelas ruas e perceber que nunca existiram tantos buracos nas estradas, tanto lixo à vista de todos, e zonas verdes completamente descuidadas.

Mas posso continuar: a realização de obras públicas de melhoramento são uma desgraça, nunca são cumpridos os prazos (há diferenças superiores a seis meses e até um ano) e sente-se muitas vezes que se gastou "dinheiro para nada", ou seja, ficou tudo, mais ou menos igual.

Mas onde noto mais diferenças é na oferta cultural. É muito menor. Isso também acontece por que se tentou, com êxito, asfixiar o associativismo local (há dezenas de colectividades que fecharam portas nesta última década, por falta de apoio...).

Lá estou eu a deixar a "caneta" escrever sozinha... 

O que que queria dizer, é muito simples. Faz-me confusão que o vereador António Matos, eleito pela CDU, faça excelentes retrospectivas do passado, do trabalho meritório que o seu partido realizou em Almada e nunca fale do presente. 

E tem tanta coisa para criticar!

Daí a pergunta que dá título a estas minhas palavras: «Há um olhar sobre o passado em Almada. Mas, e o presente, onde é que está?»

Até parece que está tudo bem em Almada, pelo menos para a CDU...

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


sábado, janeiro 18, 2025

A desagregação de freguesias que não chegou a Almada (nem às Caldas da Rainha)...


Consultei a lista das freguesias que são ser desagregadas de outras (são cento e trinta e cinco) e não encontrei qualquer sinal do Concelho de Almada, mesmo que algumas uniões sejam autênticos erros de casting, pelo menos para quem conhece a história local e o dia a dia destes pequenos centros urbanos.

O mesmo se passou em relação às Caldas da Rainha, onde até existe uma união entre uma freguesia urbana unida a duas rurais (Nossa Senhora do Pópulo, Coto e São Gregório)... e irá continuar a existir. Aqui é que se deve sentir o "abandono autárquico"...

Mesmo assim, estou satisfeito, pelas mais de cem freguesias que voltam a caminhar, apenas com os seus pés. Sei que se trata de uma reposição justa e uma forma de servir melhor as suas populações.

Sei do que falo. Assisti às mudanças de um concelho com o de Almada, que passou de onze para cinco freguesias. O que foi mais notório foi a "desresponsabilização" dos autarcas, com a velha desculpa, de que lhe era impossível estar em todo o lado ao mesmo tempo. Isso fez, entre outras coisas, que cada vez apoiassem menos as colectividades recreativas, culturais e desportivas, tal como outras instituições que serviam os almadenses. Neste caso particular, diziam sempre que não havia dinheiro para tudo...

Por se tratar de um Concelho onde há um grande envelhecimento da população (especialmente nos centros urbanos mais antigos, como são os casos de Almada, Cacilhas, Cova da Piedade ou Trafaria), a anterior divisão de freguesias permitia uma maior proximidade junto das populações. Infelizmente, esta ligação foi desaparecendo com o tempo, assim como a própria identidade dos lugares, quase sempre com uma história muito própria, e bastante rica, como são os casos de Cova da Piedade, Trafaria ou Cacilhas.

Se acho natural que as freguesias do Feijó e Laranjeiro, assim como a Charneca e Sobreda de Caparica, devem permanecer unidas, acho que pelo menos a Cova da Piedade, o Pragal e a Trafaria, deviam ser freguesias autónomas.

Todos tínhamos a ganhar, especialmente os habitantes destes pequenos centros urbanos.

(Fotografia de Luís Eme - Almada)

Nota: Este texto foi publicado primeiro no "Largo da Memória".


sexta-feira, janeiro 17, 2025

O oportunismo político dos "agentes da limpeza" de Almada


Já a pensar nas próximas eleições autárquicas, o PSD, afastou-se do PS e agora finge que não tem nada a ver com a governação dos últimos oito anos no Concelho de Almada.

O mais curioso, é que os pelouros onde constavam a higiene e limpeza, pertenceram aos sociais democratas, que antes de se coligar com os socialistas, usou como bandeiras eleitoral o "lixo nas ruas" (as fotografias valem sempre por muitas palavras...).

Infelizmente o lixo, em vez de diminuir nas ruas, aumentou. É sempre mais fácil colar e afixar cartazes, que resolver os problemas das pessoas, neste caso em particular, dos almadenses.

A grande "novidade" deste afastamento do PSD da coligação que governou Almada, é o chumbo do orçamento de 2025, que segundo os entendidos, aconteceu pela primeira vez desde que se realizam eleições autárquicas...

Vamos ver como é que os almadenses reagem a estas "traições" oportunistas, já nas próximas eleições...

De uma coisa ninguém tem dúvidas, o tal "lixo" nunca saiu das ruas.

(Fotografia de Luís Eme - Almada)