quarta-feira, maio 30, 2007

Já Passou um Ano!


Quase que me esquecia que hoje o "Casario" completa um ano de vida...
E seria um esquecimento imperdoável...

Muito sinceramente, pensava que quando chegasse a esta altura, partia para outra... por achar que todas as coisas têm o seu tempo.
O problema, é que, cento e setenta e três "posts" depois, tenho a sensação de que este "filão" ainda não se esgotou... espero não estar enganado.
Esta sensação deve-se, essencialmente, às pessoas amigas (e já são bastante mais que os dedos das duas mãos...) que me visitam e com quem tenho estabelecido um diálogo virtual bastante agradável.

Tinha pensado oferecer flores... mas assim que encontrei esta bonita pintura de Amadeo de Souza-Cardoso, com uma mistura tão genial de motivos e cores, mudei de ideias.
Recebam este "Amadeo", com um abraço de agradecimento, e continuem a vir olhar o Tejo, aqui deste lado, no "Casario do Ginjal"...

Esgoto a Céu Aberto


Quem passa diariamente pela Praça Gil Vicente, já se apercebeu que num dos muitos buracos realizados a propósito das obras do Metro, encontram-se águas residuais a céu aberto, vertidas por uma manilha em mau estado.
Isto já tinha acontecido na semana passada, mas como tinha chovido e não existia um cheiro tão intenso (além de ter desaparecido ao fim de alguns dias), não foi motivo de grandes reparos.
No fim de semana a vala voltou a ficar transformada num pequeno ribeiro de esgotos, só que, com um cheiro muito mais intenso e desagradável.
Hoje é quarta-feira e as águas sujas dos esgotos, continuam ali, para que todos aqueles que vêm ou vão para a Avenida 25 de Abril, possam ver o cuidado que existe com a higiene pública na nossa cidade.
Como se não bastassem os contentores do lixo, sempre apinhados e com lixo de fora, em quase todas as artérias de Cacilhas, temos também mais este bom exemplo de "saúde pública".
Não consigo fazer qualquer ligação entre as obras, que têm de se realizar, e este desleixo do Município, já que ao fim de quatro dias, não foi tomada nenhuma medida para estancar ou "secar" este ribeiro pouco natural, numa zona nobre da Cidade.

NOTA: Só publiquei a notícia hoje porque achei por bem dar o benefício da dúvida à Autarquia e tempo para resolverem o problema. Espero que os leitores de blogues do Município não estejam de greve e passem esta mensagem aos Vereadores do Urbanismo, Ambiente e Saneamento, a bem da qualidade de vida de todos nós.

domingo, maio 27, 2007

Obrigado Bandeira!


Ao ler o Bandeira no "DN", não resisto a reproduzir, mais uma das suas tiras certeiras...
Nunca é demais dizer, que somos um país com excelentes "jornalistas-de-bonecos", capazes de nos oferecerem bonecos, que nem sequer precisam de legendas.
Bandeira, Luís, António, Cid, Rui, Carlos Laranjeira, Martins, entre outros, são de facto, dignos representantes da arte popularizada pelo grande Rafael Bordalo Pinheiro.

Em relação ao conteúdo da tira, parabéns aos "Asas de Portugal"... apesar da concorrência, cada vez mais desleal, de Manuel Pinho, Marques Mendes, Paulo Portas, Mário Lino, Carmona Rodrigues, Correia de Campos, Alberto João Jardim, Santana Lopes, Almeida Santos, (apesar da idade, ainda gosta de fazer umas acrobacias...), entre outros cromos.
Apesar de não se ver um final à vista no célebre "apito dourado", pelo menos este processo tem tido a virtude de fechar o bico a aves da estirpe de Pinto da Costa ou Valentim Loureiro, não lhe permitindo fazer as acrobacias de outros tempos.

sábado, maio 26, 2007

Baía do Seixal


Hoje passei um pedaço da tarde no concelho do Seixal.
Ao olhar para a beleza natural da Baía e para tudo o que a rodeava, tive um pensamento, que começa a ser vulgar em mim...
Pensei que aquele lugar espectacular, num outro país, seria muito mais agradável, para quem vive por lá e também para quem veste a pele de turista.
Claro que esta frase ajusta-se a quase todo o país, de Norte a Sul.
O mais enigmático, é que, apesar das agressões e do mau gosto que todos conhecemos, Portugal continua belo...

quinta-feira, maio 24, 2007

Os Desertos da Margem Sul


Este governo está povoado de malta danada para a brincadeira. De tal forma que quase que fazem o contraponto com o respectivo presidente do conselho, filósofo de nome, engenheiro de diploma, político de profissão e tristonho de semblante.
Mário Lino, Manuel Pinho e Correia de Campos, então, devem passar o tempo a contar anedotas, com e sem picante. É por isso que, por vezes, se distraem e dizem umas graçolas em público. Só que em vez de conseguirem fazer rebolar plateias, deixam a assistência de boca aberta.
A última das boas foi contada pelo ministro das obras públicas. Cansado de argumentar a favor de Ota, resolveu falar dos desertos do Sul, terras de gente inculta, sem comércio, turismo, indústria, hospitais, escolas, etc.
Mário Lino deve-se ter lembrado dos tempos em que era comunista e percorria o Alentejo em caravana, e fartava-se de comer pó e passar sede, enfiado nos desertos do sul... só que agora já há o Alqueva, o golfe, as coutadas de caça e as praias de luxo do litoral alentejano, senhor ministro.
Claro que não estou nada escandalizado. Já percebi que esta gente do governo acha que pode dizer o que quiser, especialmente depois do almoço, para alegrar o pagode. O senhor ministro nem tem a culpa que lhe tenham servido vinho "estragado" no almoço com os economistas. Se calhar é da mesma colheita que o levou a dizer no Congresso do Oeste (novamente por causa da Ota...), que era engenheiro e que estava inscrito na ordem...

terça-feira, maio 22, 2007

O Túnel para a Outra Banda


Em 1904 houve um Português que quis imitar Júlio Verne, avançando no futuro, até ao ano 2000. Estou a falar de Mello de Mattos e da sua obra "Lisboa no Ano 2000 - Um Olhar Para o Passado a Olhar Para o Futuro", publicada em 1904 e reeditada em 1999, com curiosas ilustrações, como a que acompanha este texto, em que a composição tem o nome de Seixal.
Quando o "Pedrrinho" falou do seu sonho de viajar comodamente de Metro até Lisboa, sem ter de mudar de transportes, lembrei-me logo deste livro.
Não vou relatar todas as peripécias descritas nesta arrojada aventura de engenharia, que permitia atravessar o Tejo através de um túnel, construído debaixo de água (dos 6.327 metros, 2.200 eram debaixo do rio...) olhada de lado pelos jornais (que já não existem: "O Século", "Arauto", "Progresso" e "Novidades"). Vou sim dizer-vos que na imaginação de Mello de Mattos, no dia 5 de Junho de 1994, foi inaugurada solenemente a Estação Subterrânea de Lisboa das Linhas do Sul, após cinco anos de obras (um tempo recorde... se pensarmos no túnel de Santa Apolónia...).
Nesta estação havia comboios de cinco em cinco minutos, para ligação de Lisboa à Outra Banda e também à Estação Subterrânea vinham ter os comboios de luxo do Alentejo.
Embora a Margem Sul não tenha tido o desenvolvimento anunciado, nem tão pouco comboios (só agora se avança com o Metro, cada vez menos consensual...), aconselho a leitura da obra, pela descrição pormenorizada de todas as alterações na Capital e também pelas ilustrações.

segunda-feira, maio 21, 2007

Um Capricho Demasiado Caro


Os comentários dos visitantes no "Casario" são o principal motivo de um novo texto sobre o Metro Sul do Tejo, olhado de lado por um número cada vez maior de pessoas, inclusive governantes.
Houve várias questões colocadas, mas as mais pertinentes prendem-se com o traçado oficial das linhas - que está longe de ser o que melhor serve a população almadense - e com a manutenção do trajecto Corroios-Centro Sul, que além de servir muito pouca gente, está a contribuir para o aumento da "derrapagem" financeira do projecto.
Em relação ao traçado inicial, todos nós temos culpa, porque não manifestámos o nosso descontentamento pelas escolhas feitas pela Autarquia, nos Fóruns de Participação Pública. As únicas pessoas que demonstraram o seu desagrado, publicamente, foram os habitantes da Ramalha.
Ninguém percebe muito bem, porque razão as carruagens do Metro continuam a circular vazias... era preferível acabarem com esta "brincadeira" (demasiado cara para todos nós...) e fazerem-se apenas meia dúzia de viagens diárias de teste.
teimosias que não fazem sentido e esta é uma delas...
Apesar de todos estes percalços, estou convencido que o Metro será de grande utilidade para todos nós... mas até lá, vamos ter de esperar, pacientemente, pelo menos mais dois ou três anos, assistindo a grandes indefinições e também a polémicas, que já fazem parte de todo este "circo" montado por uma empresa que tem um nome curioso, "Barraqueiro", e que está por cá para ganhar dinheiro, com o conluio dos governos central e local...

sexta-feira, maio 18, 2007

Hoje é o Dia dos Museus


Este dia é feito a pensar em todos nós, inclusive naqueles que passam à porta destes espaços de história e arte e ficam indecisos se devem ou não entrar... entrem hoje porque é o Dia Internacional dos Museus e não se paga.
O Município de Almada também nos propôe um dia diferente, com uma programação diversificada no Museu da Cidade, no Museu Naval e no Núcleo Medieval Moderno de Almada Velha.
É verdade, hoje as descidas e subidas no Elevador da Boca do Vento de Almada, também são gratuitas...

A fotografia que ilustra este pequeno texto é da Rua dos Pescadores da Costa de Caparica, no começo da década de cinquenta e tem dedicatória. É dedicada à Isabel Victor, que faz do seu "Caderno de Campo", um roteiro permanente dos museus do nosso país e do mundo na blogosfera.

quarta-feira, maio 16, 2007

O Tarifário do Metro


A notícia divulgada hoje no “Diário de Notícias”, de que José Manuel Maia, Presidente da Assembleia Municipal de Almada, defende que 50 cêntimos seria o preço ideal para o troço recentemente inaugurado do Metro do Sul do Tejo, entre Corroios e Cova da Piedade e não os 85 actuais, assim como a validade dos passes multimodais e não um pagamento extra de oito euros e meio, vem ao encontro do pensamento da população.
E ajuda a explicar o porquê, das bonitas carruagens continuarem a circular quase sem passageiros...
Esta história é muito “portuguesa”. Faz-me lembrar os vários dirigentes futebolísticos que preferem colocar os bilhetes para os jogos a 15 euros e ter o estádio às moscas, com trezentas pessoas e menos, a colocá-los a 5 euros e ter três mil adeptos nas bancadas...
Se fizermos as contas, as receitas no estádio triplicavam...
E é óbvio, que com preços mais baixos, as carruagens também passavam a ter mais do triplo dos passageiros (o que é nem é preciso muito) e das receitas...
Palavras para quê, são gestores portugueses...

segunda-feira, maio 14, 2007

Quem foi que Disse que as Árvores Quando Caem, Caem de Pé?


Pensava que as árvores da Praça Gil Vicente iam acabar por ser baptizadas como as "sobreviventes", após a passagem do pesadelo (necessário claro...), que são as obras do Metro.
Mas não... hoje assisti à queda da primeira...
E não caiu de pé, como consta na frase que alguém popularizou...
Foi feita em pedaços...

sábado, maio 12, 2007

"V Campus" Despediu-se de Almada


Almada despediu-se hoje do "V Campus Euroamericano de Cooperação Cultural".

Vou deixar algumas pequenas notas, coisas simples, que me apeteceu sublinhar.
Podemos ter muitos defeitos, como portugueses, mas continuamos a saber receber como poucos. Os nossos visitantes da "latina-américa" estavam maravilhados com a cidade e com a forma como foram tratados e fizeram um reconhecimento público. Melhor elogio que este é difícil...
Gostei bastante que a Biblioteca Municipal tivesse disponibilizado várias obras sobre o concelho, para os participantes interessados. Como escritor local fiquei satisfeito por saber que os nossos livros vão atravessar o Atlântico e ser, no minimo, folheados por chilenos, argentinos, brasileiros, mexicanos ou colombianos, entre outros povos participantes.
Em relação ao "Campus", pelas palestras que ouvi e pelas experiências que foram apresentadas pelos convidados, fiquei com a sensação de que somos um país menos desenvolvido com os chamados países latino-americanos encaixados no "terceiro mundo", como o Chile, a Colômbia, o Uruguai, o México ou a Argentina.
Espero que tenha sido só sensação...
Foi notória a pouca expressão da língua portuguesa neste encontro. Claro que a culpa só pode ser dos Estados, português e brasileiro...
E por fim, uma última palavra de apreço, para todos os elementos do Munícipio, desde o funcionário mais simples à Presidente da Autarquia. Fizeram realmente um grande trabalho durante estes últimos dias. E para eles, este "Campus" começou antes de 8 de Maio e vai acabar depois...

quinta-feira, maio 10, 2007

O Largo de Cacilhas


O Largo de Cacilhas nunca se conseguiu libertar, da sua sina, de ser apenas um ponto de partida e de chegada, entre o Sul e o Norte do nosso país.
Ainda hoje é assim. As pessoas mal saem dos cacilheiros enfiam-se nos autocarros ou nos seus veículos próprios e até amanhã Cacilhas...
Esta fotografia dos anos cinquenta é prova disso, mostra-nos o Largo povoado de carros ligeiros e de camionetas de carreira, à espera de clientes...

terça-feira, maio 08, 2007

Almada Recebe V Campus Euroamericano

O Concelho de Almada inaugurou esta tarde o V Campus Euroamericano de Cooperação Cultural, um espaço privilegiado de partilha, reflexão e aprendizagem entre os continentes Europeu e Americano (com uma predominância clara dos povos iberoamericanos).
Este encontro vai promover vários eventos, entre os dias 8 e 12 de Maio, fomentando o diálogo intercultural entre todos os participantes.
Almada sucede a grandes cidades e marca a estreia portuguesa na organização do Campus. A Primeira Edição teve lugar em Barcelona, Espanha, em 2000; no ano seguinte transferiu-se para Cartagena de Las Indias, Colômbia; a partir de 2003 o Campus passou a ser organizado com carácter bienal, primeiro em Sevilha, Espanha, e dois anos depois em Salvador da Bahia, Brasil. E em 2007, chegou a Portugal e a Almada.
Ainda é cedo para tecer comentários, positivos ou negativos, de qualquer forma, trata-se de uma grande iniciativa do Município de Almada, na tentativa de colocar a Margem Sul do Tejo no mapa-mundo da cultura.

segunda-feira, maio 07, 2007

Fonte da Alegria


Em 1933 um restaurante do Ginjal já publicitava a concorrência que fazia aos vizinhos de Lisboa.
Estou a falar da "Fonte da Alegria", que se situava onde hoje está o restaurante-marisqueira "Farol", próximo do cais de embarque dos cacilheiros.
O curioso são as palavras do anúncio, que nos dizem que é a única casa que rivaliza com as congéneres da Capital.

sexta-feira, maio 04, 2007

A Praia das Lavadeiras


Hoje tive o prazer de ver algumas fotografias antigas de Cacilhas, da autoria de um grande amigo, cacilhense de gema, que é o que se poderá chamar, um "renascentista" da cultura.
Estou a falar de Fernando Barão, Poeta, Escritor, Fotógrafo, Actor... além de ser uma das grandes referências do Associativismo do concelho de Almada.
Nesta fotografia dos anos cinquenta, descobrimos uma mulher a executar a tarefa que popularizou esta praia, junto a um poço natural, rodeada de alguidares com roupa branca. Uns metros mais à frente, encontramos alguma roupa estendida na areia a secar.

Nos edifícios que se vêem ao fundo existem hoje dois bons restaurantes, o "Atira-te ao Rio" e o "Ponto Final", que continuam a cativar turistas, apesar do abandono que tanto tem prejudicado o Ginjal...

quarta-feira, maio 02, 2007

Esta Tira Vale por Dez Mil palavras...


Os homens dos bonecos da nossa imprensa são quase todos muito bons. É por isso que conseguem transmitir com os seus desenhos, mensagens mais fortes que muitas das palavras difundidas nas páginas dos jornais...

O Bandeira deu-nos um bom exemplo na edição de ontem do "Diàrio de Notícias". A sua tira vale bem dez mil palavras...

terça-feira, maio 01, 2007

Primeiro de Maio


Um desejo?

Porque não dois ou três?

Que este dia não seja apenas um feriado,
Que o desemprego baixe, sem a habitual publicidade enganosa e aldrabosa dos governos,
Que os trabalhadores não precisem de trabalhar, vergados pelo capitalismo (como na imagem...)
E que se acabem os roubos descarados, aos bolsos dos trabalhadores, cada vez com mais deveres e menos direitos...

Bom Primeiro de Maio para todos!