sábado, fevereiro 27, 2010

Tributo Poético a Almada

Foi hoje apresentado o caderno de poesia, "Tributo a Almada", da autoria do prof. Alexandre Castanheira, inserido na colecção "INDEX POESIS" - que já chegou ao número 78 - antecedendo a habitual sessão de "Poesia Vadia", que tem lugar no café "Le Bistro", em Almada, no último sábado de cada mês.

A apresentação foi animada por Francisco Naia, que cantou e musicou alguns poemas do bonito caderno, de uma das grandes referências da vida cultural almadense.
Não é por acaso que a capa é do pintor Albino Moura, pois as palavras poéticas agora editadas, de Alexandre Castanheira, acompanharam o álbum da exposição, "Almada do Meu Olhar", da sua autoria, que esteve patente na Oficina de Cultura em 2008.

sexta-feira, fevereiro 26, 2010

Cacilhas de João Vaz

Ainda fui a tempo de ver a bonita exposição de João Vaz, organizada pelo Município de Setúbal, na Casa da Baía (Avenida Luísa Todi), que só está patente ao público até ao dia 28 de Fevereiro.

João Vaz (1859 - 1931) foi um excelente pintor de "Marinha", que também pintou Cacilhas, como podem ver neste belo óleo, que escolhi para capa do livro que escrevi com Fernando Barão. Fez parte do "Grupo do Leão", que reuniu alguns dos melhores pintores naturalistas do século XIX e XX.
Melhor que esta exposição só a bela surpresa que encontrei no Museu do Trabalho.

quarta-feira, fevereiro 24, 2010

Dias com Quatro Estações

Os dias não estão apenas pintados de negro, em apenas um só dia encontramos a calmia primaveril, o brilho do Sol de Verão (de trovoada...), o cinzento e o castanho do Outono, e claro, a chuva e o frio de Inverno...

a fotografia mostra um "grafitte" da Quinta da Arealva.

domingo, fevereiro 21, 2010

A Festa das Artes da SCALA

Ontem, a meio da tarde, depois da inauguração da Festa das Artes da SCALA - que pode ser visitada na Oficina de Cultura de Almada, até ao dia 28 de Fevereiro -, foi apresentada a obra, "a palavra, o traço, a imagem - antologia de artes e letras de almada", com a presença da generalidade dos autores e também muitos amigos que encheram esta sala de Cultura da nossa cidade.

sexta-feira, fevereiro 19, 2010

A Palavra, o Traço, a Imagem

Amanhã, após a inauguração da "Festa das Artes da SCALA", na Oficina de Cultura de Almada, será apresentada a obra, "a palavra, o traço, a imagem - antologia de artes e letras de almada" (a qual coordenei), com trabalhos artísticos de trinta scalanos, de poesia, conto, ensaio, pintura, ilustração, artesanato, escultura e fotografia.:

Abrantes Raposo, Alberto Afonso, Américo Morgado, Aníbal Sequeira, Artur Vaz, Conceição Freitas, D’Souza, Diamantino Lourenço, Fernando Barão, Jorge Gomes Fernandes, José Manuel Oliveira, Jukka Murtosaari, Laura Guinot, Luís Alves Milheiro, Luís Bayó Veiga, Lurdes Andrade, Manuela Vasconcelos, Manuel Alves Pereira, Manuel Delgado, Mara Mendes, Maria Amélia Cortes, Maria Gertrudes Novais, Maria Ermelinda Toscano, Maria Luísa Nunes, Maria Manuel Pires, Mártio, Nogueira Pardal, Roger, Victor Aparício, Zulmira Laram.

quinta-feira, fevereiro 18, 2010

Festa das Artes da SCALA


A Oficina de Cultura começa a ser pequena para a Arte dos Scalanos, como poderão comprovar no próximo sábado, na inauguração da Festa das Artes da SCALA, às 16 horas.

São quase nove dezenas de obras de pintura, ilustração, desenho, escultura, artesanato e fotografia.

quarta-feira, fevereiro 17, 2010

A Política de Proximidade das Juntas

Por saber das dificuldades que as Juntas de Freguesia enfrentam em termos financeiros, sinto que a generalidade das Autarquias do Concelho de Almada cumprem muito bem o seu papel, através de uma política de proximidade para com os cidadãos.

Um dos bons exemplos é o Gabinete de Apoio ao Cidadão, da Junta de Freguesia de Almada, gratuito.

terça-feira, fevereiro 16, 2010

O Tarzan do Café

Antes de começar a escrever estas palavras no café, pensei em como o frio é terrível, pois até tinha afastado o "Tarzan" do nosso café...

Estou a falar de um senhor simpático, presença diária no "Repuxo", que de vez em quando me conta algumas das suas aventuras futebolisticas, dos tempos em que era um avançado centro de eleição, de uma equipa que já não há, "Os Unidos de Lisboa", que andou pela primeira divisão no tempo dos cinco violinos.
Uma das suas maiores glórias - e prazeres, diga-se de passagem -, foi ter metido um golo ao Azevedo, guarda-redes dessa equipa mítica onde "tocavam" os cinco violinos (Travassos, Vasques, Jesus Correia, Albano e Peyroteo) e da selecção, no campo do Sporting, no Campo Grande.
Era muito jovem na época e houve um colega de trabalho que lhe deu uma encomenda para entregar ao guarda-redes do Sporting. Antes do início do jogo lá foi fazer a entrega. Mas foi tão mal recebido pelos "leões" (num tempo em que os jogadores mais antigos eram tratados por senhor pelos mais novos, além de terem ainda outros privilégios de balneário...).
Não esperava aquela recepção, cheia de piropos ofensivos. Irritado deixou a encomenda num dos bancos e virou costas às "vedetas" que faziam as delícias nos campos de futebol da época, deixando-os de boca aberta com o atrevimento. Não estavam era à espera que o atrevimento continuasse dentro do terreno de jogo...
"Tarzan" fez uma grande jogatana, trocando os olhos aos defesas do Sporting, em especial a Octávio Barrosa, um central grande e intratável. Marcou um golo que ainda hoje recorda, escapando ao defesa leonino que não gostou nada da brincadeira e lhe apontou o dedo, como quem diz, «cá estou à tua espera». E não esperou pela demora, levou mais dois ou três nós cegos, que só não deram golo, porque o Azevedo era mesmo um guarda-redes extraordinário...
Depois de escrever estas palavras, lá chegou o "Tarzan", acenou-me à entrada do café e sentou-se na esplanada, ao lado do seu companheiro de todos os dias. Desde que foi proibido de fazer nuvens de fumo no interior do café, fica sempre na esplanada, faça frio, chuva, vento ou calor...
É caso para dizer, o senhor Pereira continua a fazer jus à alcunha que ficou dos estádios, continua um autêntico "Tarzan", mesmo no café...

sexta-feira, fevereiro 12, 2010

As Palavras em Jogo de José do Carmo Francisco

A obra, "As Palavras em Jogo" da autoria de José do Carmo Francisco, já chegou às livrarias, editada pela Padrões Culturais.

Ao longo das suas 220 páginas são recuperadas do pó do relativo esquecimento 30 entrevistas e 1 memória, lembrando deste modo 30 anos de jornalismo do autor. No universo multifacetado dos entrevistados há um abrangente olhar sobre o Desporto e a Sociedade: Álvaro Cunhal, Américo Guerreiro de Sousa, António Alçada Baptista, António Roquete, Carlos Mendes, Clara Pinto Correia, Daniel Sampaio, David Mourão-Ferreira, Dinis Machado, E.M. Melo e Castro, Eduardo Guerra Carneiro, Eduardo Nery, Fausto, Francisco dos Santos, Francisco José Viegas, Helena Marques, Joaquim Pessoa, José Duarte, José Fernandes Fafe, José Manuel Mendes, José Nuno Martins, José Quitério, Lídia Jorge, Luís Filipe Maçarico, Mário Jorge, Matos Maia, Mia Couto, Nicolau Saião, Rita Ferro, Romeu Correia e Urbano Tavares Rodrigues.
As entrevistas e a memória de Francisco dos Santos (1878-1930), o primeiro português a jogar em Itália, foram publicadas entre 1992 e 1996 na Revista A BOLA MAGAZINE que entretanto cessou publicação. Algumas delas foram mais sintéticas devido à falta de espaço mas todas apresentam o interesse do depoimento das diversas figuras públicas sobre a sua relação com o Desporto. Apenas dois aspectos: primeiro – algumas trazem anexos em verso e em prosa do entrevistado que muito enriquecem o conteúdo final; segundo – a partir destes textos é possível organizar um perfil do futebol em Portugal no século XX desde a memória de Francisco dos Santos em Roma na primeira década ao Eusébio da década de setenta aqui recordado por José Duarte passando pelo Mário Jorge dos anos oitenta e sem esquecer António Roquete que jogou nas década de vinte e de trinta além de Francisco José Viegas que recorda Madjer e de Dinis Machado que lembra nomes dos anos 40, 50 e 60 como Araújo, Passos, Jesus Correia, Arsénio, Vasques, Travassos, Germano, Matateu, Jaime Graça, Hernâni, Águas, Humberto Coelho, Ian Rush, Yazalde, Carlos Gomes, Azevedo, Bento, Banks, Yashine, um nunca acabar de homens, de memórias e de mitos. Sem esquecer as motos de Eduardo Guerra Carneiro e as bicicletas de Lídia Jorge.
A presença de Romeu Correia, entre os 30 entrevistados, merece uma referência, não fosse ele cacilhense e também guardador das margens do Tejo e do Ginjal.

quarta-feira, fevereiro 10, 2010

Um Absurdo por Corrigir...

Com o aparecimento do metro de superfície em Almada, verificaram-se uma série de alterações no trânsito local. Algumas acabaram por ser revistas, como as mudanças de sentido de algumas ruas (sem qualquer sentido, feitas apenas a olhar para as plantas e mapas da cidade...), que não melhoraram em nada a circulação rodoviaria.

Uma das coisas que não se alterou, infelizmente, foi a inexistência de qualquer paragem coberta dos autocarros dos TST, no eixo central da cidade.
Com este tempo chuvoso, não consigo perceber porque razão as pessoas têm de estar à chuva, à espera do respectivo autocarro.
Apesar de Almada se afirmar como cidade solidária e igualitária, nota-se que existem cidadãos de primeira e de segunda, consoante o tipo de transporte que utilizam...
Se se trata de uma questão estética, há muitos tipos de paragens cobertas que se enquadram na paisagem urbana, sem que a cidade fica mais feia...

domingo, fevereiro 07, 2010

O Jardim do Castelo

Este coreto recuperado, do centenário Jardim do Castelo de Almada, já deu muita música aos almadenses e visitantes, especialmente quando as Bandas Filarmónicas eram um dos principais meios de difusão musical nas vilas e cidades do nosso país.
Foi também palco de concertos onde esteve patente a grande rivalidade associativa entre a Incrível e a Academia Almadense, como nas festas de S. João de 1921.
Nesse ano a Incrível resolveu ensaiar "A Campanone", uma zarzuela muito bonita, para fechar o espectáculo. Como as paredes desse tempo também já tinham ouvidos, o eco chegou à Academia, que como actuava primeiro, resolveu ensaiar a mesma, estragando a surpresa Incrível.
Como devem ter calculado, esta afronta irritou e de que maneira os Incríveis, que acharam aquele plágio "criminoso".
Mas o maestro Alfredo Reis de Carvalho não se deu por vencido e fez algo único, depois de colocar a sua banda a tocar a bonita "Campanone", saiu do coreto e deixou os músicos a tocarem sem a sua regência, para espanto de toda a gente.
Esta prova de confiança do maestro deixou toda a gente maravilhada, especialmente os Incríveis, que foram os últimos a rir, e os que riram com mais felicidade...

sexta-feira, fevereiro 05, 2010

As Manifestações Estudantis

Ontem estranhei logo de manhã a confusão de trânsito, rente à escola de Cacilhas-Tejo. Ao passar percebi, os meninos e as meninas estavam em greve, e pasme-se, queriam correr com a Alçada, que ainda há pouco tempo resolveu os diferendos entre o ministério e os sindicatos.

Estranhei ainda mais passar pela Capitão Leitão e ver o nosso principal tribuno, o vereador António Matos, de megafone na mão, a incentivar a luta dos estudantes.
Afixaram umas tarjas nos Passos do Concelho, numa diziam que queriam acabar com os exames nacionais (pudera, era muito melhor passar sem ter de estudar, isso todos sabemos...) e também contra a privatização do ensino público. Esta ainda me deixou mais perplexo, porque tirando o ensino superior, não me parece que o ensino obrigatório possa ser privatizado. Claro que sempre existiram colégios particulares, não é coisa de agora.
O que ainda é mais caricato é assistirmos a reportagens televisivas, em que se percebe claramente que muitos daqueles miúdos não sabem o que estão ali a fazer, nem quais são as suas reivindicações. Embora isto também se passe em muitas manifestações de gente crescida...

quarta-feira, fevereiro 03, 2010

As Escadas do Ginjal

As chuvas e o mau tempo também deixaram marcas no Ginjal.

Como as arribas são arenosas, vão sempre caindo pedaços de terra que se transformam rapidamente em barro. Isto acontece com frequência nas escadas que fazem a ligação entre o final do Ginjal e a Boca do Vento, embora desta vez tenha sido mais que o habitual, ao ponto de obrigar os visitantes a fazerem alguma ginástica, pelo menos a subir, já que a meio as escadas, estas estão cobertas de lama, pedras e pequenos de troncos de árvores.
Estou a falar dos visitantes que não se intimidam com placas proibitivas ou com separadores metálicos que tentam cortar o respectivo caminho.
Acho bem que coloquem estes sinais, mas acho ainda melhor que removam a areia, as pedras e os troncos que caíram, sem ficarem à espera que chegue a Primavera, à boa maneira portuguesa...