sábado, setembro 30, 2023

O Busto de Romeu Correia nos Jardins do Museu do Teatro


Na manhã de domingo fui ao Museu do Teatro e do Traje, propositadamente para ver o busto de Romeu Correia, da autoria de Francisco Simões, colocado nos seus jardins.

Tudo isto porque um dos meus amigos me disse, com alguma lata: «Aquilo parece-se tudo menos com o Romeu. Pode ser qualquer careca, que não rape o cabelo na totalidade.» Além de sorrir fiquei a pensar que tinha de "ver para crer" (sou muito como S. Tomé)...

E o que encontrei nos jardins foi um busto demasiado grande e um pouco desproporcionado, diga-se de passagem. 

Ao contrário do meu amigo encontrei parecenças com o grande escritor de Almada, mas na minha opinião está longe de ser um trabalho perfeito. 

Mas o que mais me "chocou" foi a Obra de Arte estar colocada na relva, sem qualquer base de apoio. Penso que se tivesse uma base (como todos os outros bustos colocados naquela parte do jardim), ficaria mais "normal"...

Mas é o Romeu que está ali. Sem qualquer dúvida.

Não faço ideia porque razão foi colocado nos jardins deste Museu e não em Almada. Mas isso já são "contas de outro rosário"...

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)


quinta-feira, setembro 28, 2023

Calúnias, Mentiras e Ignorância...


Ao ler a notícia publicada na revista "Sábado" ainda sobre a estátua de Camilo, no Porto, obra do escultor almadense, Francisco Simões, perdi todo o respeito intelectual que tinha por Alexandre Pomar.

O antigo crítico de arte escreve (no facebook, claro...) sobre a ligação de Francisco Simões ao "PCP de amigalhaços e cumplicidades em várias direcções", ao mesmo tempo que fala também "corrupção autárquica e dinheiro fácil". Refere depois que Simões foi vereador "da APU na Margem Sul, por onde multiplicou estátuas e monumentos".

O crítico é ignorante porque devia saber que Francisco Simões saiu do PCP no começo dos anos 1980, numa das primeiras cisões do partido (pós-Abril). E que eu saiba, nunca mais voltou (normalmente trata-se de uma viagem sem retorno...).

É mentiroso e caluniador, porque Francisco Simões durante anos não teve qualquer obra pública da sua autoria em Almada, onde foi vereador da Cultura. E as obras que existem, hoje, estão patentes nas estações da Fertagus. Ou seja, não tiveram qualquer intervenção autárquica.

Eu como escrevi mais que uma vez contra a "arte da ferrugem" de José Aurélio (até aqui no "Casario"), que ocupa demasiadas praças e jardins de Almada, tal como também lamentei que não existisse uma única obra de Francisco Simões (que não conheço pessoalmente...) no Concelho onde nasceu, não poderia deixar de me manifestar contra esta "cultura de ódio, mentira e inveja" que continua a proliferar nas redes sociais.

(Fotografia de Luís Eme - Pragal)


sexta-feira, setembro 22, 2023

Uma boa conversa de café com livros (de Almada)...


Passei pelo café e pensava beber a bica ao balcão, porque tinha um destino no horizonte.

Só que descobri sentado na esplanada um amigo, que tinha a mesa cheia de papéis, para um seu novo projecto literário.

Acabei por trazer o café para a sua mesa e acabámos por ficar a conversar, uma boa meia-hora, sobre livros, sobre culturas, sobre o associativismo e sobre algumas pessoas que nos são queridas.

Uma das coisas que retive na nossa conversa, foi o "deserto" que se começa a fazer notar nos meios literários locais. Há vinte anos havia cerca de três dezenas de pessoas que escreviam sobre história local e hoje estas resumem-se a meia-dúzia.

Ambos estivemos de acordo com as causas. A principal talvez seja de este tempo fingir que já não é para livros, pelo menos em papel. E depois há um decréscimo de apoio (bastante significativo...) à publicação de obras sobre história local por parte das autarquias (Município e Juntas de Freguesia...).

As pessoas além de terem menos poder monetário (somos todos mais pobres, com a excepção da meia-dúzia de pessoas do costume), também já não são parvas, para se aventurarem em pagar do seu bolso, livros que são de interesse local (é o meu caso pessoal...).

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


quarta-feira, setembro 13, 2023

50 Associações, 50 Fotógrafos...


Desta vez não procurei ficar bem informado (e até tenho uma boa fonte...), sobre uma iniciativa do Município, em que convidou 50 fotógrafos para tirara fotografias a 50 Colectividades Almadenses. Mas imagino que a iniciativa se prenda com os "50 anos de Almada como Cidade".

Fiquei a saber desta acção cultural porque um dos meus amigos foi requisitado como "modelo fotográfico". E explicou-me de uma forma sintética o que se passava.

Não estou contra. Apenas estranho que a história do Associativismo se misture com a história da Cidade, quase de uma forma panfletária, ao mesmo tempo que se finge que está tudo bem nas colectividades almadenses, cada vez mais sufocadas economicamente. E sem que recebam o apoio devido do Poder autárquico, para além de serem usadas neste quase "concurso de fotografias"...

Tudo isto me cheira mais a salazarismo que a Abril, que também está quase a chegar aos 50 anos...

(Fotografia de Luís Eme - Almada)