Só que descobri sentado na esplanada um amigo, que tinha a mesa cheia de papéis, para um seu novo projecto literário.
Acabei por trazer o café para a sua mesa e acabámos por ficar a conversar, uma boa meia-hora, sobre livros, sobre culturas, sobre o associativismo e sobre algumas pessoas que nos são queridas.
Uma das coisas que retive na nossa conversa, foi o "deserto" que se começa a fazer notar nos meios literários locais. Há vinte anos havia cerca de três dezenas de pessoas que escreviam sobre história local e hoje estas resumem-se a meia-dúzia.
Ambos estivemos de acordo com as causas. A principal talvez seja de este tempo fingir que já não é para livros, pelo menos em papel. E depois há um decréscimo de apoio (bastante significativo...) à publicação de obras sobre história local por parte das autarquias (Município e Juntas de Freguesia...).
As pessoas além de terem menos poder monetário (somos todos mais pobres, com a excepção da meia-dúzia de pessoas do costume), também já não são parvas, para se aventurarem em pagar do seu bolso, livros que são de interesse local (é o meu caso pessoal...).
(Fotografia de Luís Eme - Almada)
1 comentário:
E é pena o que está a acontecer com os livros de interesse local.
Uma boa semana.
Um abraço.
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