O antigo crítico de arte escreve (no facebook, claro...) sobre a ligação de Francisco Simões ao "PCP de amigalhaços e cumplicidades em várias direcções", ao mesmo tempo que fala também "corrupção autárquica e dinheiro fácil". Refere depois que Simões foi vereador "da APU na Margem Sul, por onde multiplicou estátuas e monumentos".
O crítico é ignorante porque devia saber que Francisco Simões saiu do PCP no começo dos anos 1980, numa das primeiras cisões do partido (pós-Abril). E que eu saiba, nunca mais voltou (normalmente trata-se de uma viagem sem retorno...).
É mentiroso e caluniador, porque Francisco Simões durante anos não teve qualquer obra pública da sua autoria em Almada, onde foi vereador da Cultura. E as obras que existem, hoje, estão patentes nas estações da Fertagus. Ou seja, não tiveram qualquer intervenção autárquica.
Eu como escrevi mais que uma vez contra a "arte da ferrugem" de José Aurélio (até aqui no "Casario"), que ocupa demasiadas praças e jardins de Almada, tal como também lamentei que não existisse uma única obra de Francisco Simões (que não conheço pessoalmente...) no Concelho onde nasceu, não poderia deixar de me manifestar contra esta "cultura de ódio, mentira e inveja" que continua a proliferar nas redes sociais.
(Fotografia de Luís Eme - Pragal)
2 comentários:
Sendo verdadeiros os factos que enuncia,deixei essa cidade haverá meio século,
aparece uma ponta da minha suspeita,que era haver rivalidades de vária ordem
subjazendo às "razões" para o tal pedido de remoção.E é pena se Alexandre Pomar,crítico consagrado de Arte,fez tais publicações em rede que não uso.
Mas havia mais "protestantes",conhecidos.
Como não vi qualquer espécie de "pornografia" na dupla estátua e tais "protestantes" eram conhecedores da actuação da antiga Censura,desconfiei do
clássico "gato escondido com rabo de fora".Aguardemos.
Pessoalmente,escrevi,não aprecio o estilo de Simões por não evoluir,é óbvio,
imediato,agradável,consumível.Ora estas características são habitualmente
favoráveis à exposição pública,gosta-se à primeira.É natural que entidades públicas ou privadas privilegiem a sua aquisição.Nada contra se diversificarem com outras,não necessáriamente ferros retorcidos sobre calhaus
que também parecem repetir-se.
Mas tudo isto é subjectivo quando avaliamos estéticamente qualquer obra de Arte. Daí a prudência, evitar qualquer forma de Censura é o princípio básico.
Ontem dei com outra semelhante à que reproduz acima,sem pernas.
As entidades públicas e as privadas deveriam diversificar,por todas as razões.
Este estilo está "garantido";guardada uma razoável distância lembra-me o sucesso do "menino da lágrima".
O que não é defensável é ressuscitar qualquer espécie de censura.
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