quarta-feira, julho 15, 2009

Partir...

É sempre bom partir de férias, mudar de ares, recarregar baterias para mais um ano de trabalho, que vem logo a seguir...
E tanto podemos partir de veleiro, de comboio, de avião, de carro, de bicicleta ou a pé...
O que é preciso é fazer as malas (ou a mochila) e partir.
Depois é fazer de conta que o mundo vai mudar, acordar sem preocupações, jornais ou televisões. Reapreender a respirar de peito aberto, os ares do campo ou do mar. Passear sem pressas dentro da noite, com tempo para descobrir as estrelas...
O "Veleiro Branco" é de António Soares Marques Perdigão.

Uma Exposição a não Perder

Foi inaugurada no passado sábado na Casa da Cerca a exposição, "Albino Moura, na Memória do Tempo, Retrospectiva 1959 - 2009".

É uma excelente viagem artística pela arte do pintor almadense, com uma grande variedade de técnicas e de temáticas. São obras que reflectem meio século de uma vida extremamente rica no campo das artes...
Vale a pena passar por Almada, pela exposição e pelo sitio magnífico onde ela se encontra, não fosse a Cerca um dos melhores e mais agradáveis miradouros que se debruçam sobre o Tejo e sobre a cidade de Lisboa.
A "Ponte Sobre o Tejo, Vista do Alto de Santa Catarina", é um muitos quadros que podem ser apreciados...

terça-feira, julho 14, 2009

A Cultura Política Local

Há muitas coisas que me fazem confusão em Almada.

Uma delas é o PS ganhar praticamente todas as eleições no Concelho, excepto as Autárquicas e nunca ter conseguido dar a volta à situação, ao longo dos últimos trinta e cinco anos. Algumas pessoas mais crédulas até falam da existência de um trato político entre o PCP e o PS (a escolha de alguns candidatos até pode fazer pensar que sim...).
Isto acontece graças aos méritos políticos da CDU e de Maria Emília de Sousa.
Se olharmos para o percurso político da Presidente, novamente candidata, reparamos que ela começou por presidir uma Junta de Freguesia, a de Almada, depois foi vereadora, e finalmente chegou à presidência da Câmara.
É por isso que eu pergunto, porque razão o PS nunca apostou numa figura local? Claro que dou exemplos, gosto sempre de dar exemplos...
Conheço dois casos paradigmáticos no universo socialista: António Anastácio, que foi durante anos presidente da Junta de Freguesia da Charneca de Caparica, ou num caso mais recente, Francisca Parreira, que conseguiu conquistar a Freguesia da Trafaria à CDU nas últimas eleições e possui um grande carisma.
Acho que ninguém devia estar no poder 20 anos, quanto mais 30, isso faz muito mal à democracia dos países e cidades onde existe essa perpetuação de poder. Mas as pessoas não são parvas, quando não existem alternativas credíveis, ou não vão votar (por isso é que as taxas de abstenção crescem de eleição para eleição), ou votam em quem lhes dá um mínimo de garantias...

domingo, julho 12, 2009

Campanha em Grande

O PS está a apostar numa campanha em "grande", no concelho de Almada.
Pelo menos é a impressão com que se fica olhando para os cartazes.
Só não sei onde anda o candidato a três meses das eleições.
O dito cujo nem aparece nos cartazes...

quinta-feira, julho 09, 2009

Raul Pereira de Sousa

É inaugurada hoje, às 21 horas, na Galeria de Arte de Almada a exposição, "Raul Pereira de Sousa, Apontamentos Biográficos".

O convite enumera quase todas as suas facetas de uma vida cheia: infância e juventude; um pai especial; o espeleólogo; o velejador; o arquitecto naval; o designer; o artista plástico; o investigador de história local; o escritor; o político.
Sim, ele foi isto tudo...
Raul Pereira de Sousa foi uma das grandes figuras de Almada na segunda metade do século vinte.
Como investigador de história local conseguiu "dar cabo" de uma série de mistificações que andaram disfarçadas de verdades, durante mais de um século.
A História de Almada dos nossos dias assenta sobretudo no estudo de fontes credíveis e não em lendas. E isso ficou a dever-se em grande parte a Raul Pereira de Sousa.

quarta-feira, julho 08, 2009

Balada do Cais das Colunas


Balada do Cais das Colunas (a José Cid)

Cais das Colunas, janela
Do Tejo, do Mar da Palha
Registas um barco à vela
Que noite e dia trabalha
Bote, batel ou canoa
Bateira, falua, enviada
Traz o peixe de Lisboa
No preço de quase nada
Varino, muleta, fragata
Cangueiro, proa redonda
Catraio onde a serenata
Não tem voz que responda
E a palha que deu nome
Ao mapa deste estuário
Pode ser sinal de fome
Num lugar ao contrário
Da Chamusca, alagados
Os campos sem animais
Sobe a água nos valados
Há notícias nos jornais
Mistério, o Tejo amplia
Em homens e cacilheiros
E na faina do dia a dia
Os sonhos são verdadeiros
E povoam todo o luar
Da noite do que persiste
As horas de trabalhar
Não dão para ser triste
Inscrevem-se na paisagem
Nos barcos, mercadoria
Ligam uma, outra margem
Na mais teimosa alegria

José do Carmo Francisco


Recebi este poema do José do Carmo Francisco, com um agradecimento por ter chamado os barcos do Tejo pelo seu nome, no livro, "Cacilhas, a Gastronomia, a Pesca e as Tradições Locais", que escrevi com Fernando Barão. Eu é que agradeço esta bonita Balada...

terça-feira, julho 07, 2009

26º Festival de Almada

Não gosto de me repetir, foi por isso que deixei passar uns dias, desde o começo do Festival de Teatro de Almada.
Mas é impossível passar ao lado desta iniciativa cultural, que trás gente de vários "mundos" a Almada.
Joaquim Benite queixou-se da crise à "Visão", de ter um orçamento mais reduzido para este ano. Mas absurdo seria o contrário...
A imaginação faz sempre milagres, quando há menos dinheiro...
E Viva o Teatro!

segunda-feira, julho 06, 2009

Sempre o Café...

O café continua a ser o espaço mais pluralista que conheço para se conversar (e desconversar, claro). Mesmo os temas gastos, levam sempre uma nova roupagem, com poucos de vista que têm a virtude de interrogar e abanar as nossas "verdades" feitas...
Desta vez falámos do comércio, das mudanças nos hábitos de consumo, desde que a crise apertou mais a sério. Houve alguém que disse (e muito bem), que quando temos dinheiro, vamos às compras e trazemos o que precisamos e o que não precisamos. Quando o que temos está todo contadinho, só trazemos mesmo aquilo que precisamos, e sempre que possível, produtos "brancos". Adeus marcas, adeus supérfluos...
E não estou a falar dos pobrezinhos que sobrevivem com pensões miseráveis, esses sempre viveram assim. Estou a falar da classe média.
É muito por isso que as lojas vão fechando, um pouco por todo o lado. As pessoas cada vez consomem menos...

O óleo "fantástico" é de Jacques Resch.

sexta-feira, julho 03, 2009

Breve História da Incrível

A Incrível Almadense, a colectividade mais antiga de Almada, quase com 161 anos de vida, em 1984 viu a sua história ser contada através de banda desenhada.
Os autores desta façanha foram João Carvalhal e Luís Bouça.
A página que publicamos é a segunda da história, exactamente quando resolvem criar o nome da Sociedade...

quarta-feira, julho 01, 2009

Coisas Únicas

No mês passado fui ver a exposição de Júlio Pomar, no Palácio dos Anjos, do Centro de Arte Manuel Brito, em Algés.

Recomendo a exposição, para quem gosta de Pomar e também para os que pensam que não gostam...).
Mas a surpresa estava guardada para os jardins do palácio, onde deveria estar a decorrer um curso de arte, com alunos de todas as idades, presos ao papel e ao objecto artístico...
Não resisti e tirei uma fotografia, cuja simetria me deixou encantado...