Quando estamos entre homens, é normal ouvirmos a frase batida: «Para quê um dia da mulher? Elas não são iguais a nós? Aliás, cada vez têm a mania que são mais espertas e inteligentes que nós. »
Claro que na prática as coisas não são nada assim.
Infelizmente, quase trinta e três anos depois da Revolução de Abril, esta história dos direitos iguais entre homens e mulheres, continua a ser quase uma ficção.
Somos uma sociedade onde não se perdeu o hábito de fingir que está tudo bem, mesmo quando sabemos que o vizinho do segundo andar gosta de se encharcar em álcool e, vá-se lá saber porquê, deixa a mulher marcada a negro, tal como tantos cobardes, que escondem as frustrações e os complexos, dentro das quatro paredes, com a distribuição de porrada pela mulher e pelos filhos...
Se fossemos realmente todos iguais, nos direitos e deveres, podíamos apagar o Dia Internacional da Mulher do calendário...
Mas enquanto isso não passar de uma frase batida, beijem e abracem as mulheres que amam com ternura e ofereçam-lhe flores, sempre que vos apetecer, sem estarem à espera do dia 8 de Março...
Claro que na prática as coisas não são nada assim.
Infelizmente, quase trinta e três anos depois da Revolução de Abril, esta história dos direitos iguais entre homens e mulheres, continua a ser quase uma ficção.
Somos uma sociedade onde não se perdeu o hábito de fingir que está tudo bem, mesmo quando sabemos que o vizinho do segundo andar gosta de se encharcar em álcool e, vá-se lá saber porquê, deixa a mulher marcada a negro, tal como tantos cobardes, que escondem as frustrações e os complexos, dentro das quatro paredes, com a distribuição de porrada pela mulher e pelos filhos...
Se fossemos realmente todos iguais, nos direitos e deveres, podíamos apagar o Dia Internacional da Mulher do calendário...
Mas enquanto isso não passar de uma frase batida, beijem e abracem as mulheres que amam com ternura e ofereçam-lhe flores, sempre que vos apetecer, sem estarem à espera do dia 8 de Março...
17 comentários:
É isso, Luís, é assim que deveria ser...
E hoje, neste dia, deixo-te um beijo.
Gostei!
Eu preferia mais igualdade nos salários, mais protecção na maternidade, menos mulheres espancadas e mortas pelos companheiros!
Mas enquanto a luta continua o 8 de Março é para festejar!
Um abraço para ti!
Maravilhoso!!! Muito obrigada por este texto, Luís!!! :)
beijo
Não espero pelo Dia da Mulher para lhe dar uma flôr, para a tratar com carinho, para lhe dar o que merece, ou seja, um tratamento digno.
É por isso e só por isso que a comemoração deste dia diz-me pouco.
Não há utopia na minha opinião. Antes, a realidade do meu pensamento.
Para aplaudir de pé!
Parabéns por este post.
Todos os homens deveriam pensar assim. O Mundo seria melhor.
Aproveito e convido a dar uma olhada de como passei o dia da Mulher.
bjo
Ana Paula
"beijem e abracem as mulheres que amam com ternura e ofereçam-lhe flores"
Luís éme, subscrevo mas, já agora, tomem-lhe o gosto e dividam-se isso pelos outros dias do ano ...
em diferentes intensidades, porque nem todos os dias são dias, mas nã percam a vontade !
Um beijo para ti Maria e para todas as mulheres deste mundo, ainda tão desigual...
Tens toda a razão, Rosa. A luta continua, ainda é tempo de erguer os braços e festejar o Dia da Mulher.
É um grande absurdo, Zé do Carmo da Francisco!
Quantas mulheres não silenciam esta dor permanente, com uma cumplicidade que já não é deste tempo.
Cris, o texto levanta apenas um pouco do véu, do muito que ainda existe por aí...
Era bom que todos os homens fossem assim, repórter.
Mas não são, é por isso que faz todo sentido existir um Dia da Mulher.
É pouco? Claro que é. Mas um é sempre mais que zero...
Senta-te Maria! (soube bem, ver-te de pé a aplaudir...)
As coisas estão a mudar... felizmente, as mulheres estão a perder o medo de denunciar...
E isso é bom. Claro que ainda falta percorrer um caminho demasiado longo...
Claro que seria Ana...
Concordo contigo Isabel.
O ano tem 365 dias... não digo que compremos flores todos os dias (embora as floristas agradecessem...), mas beijos e abraços não custam nada e sabem tão bem...
Luís, como a nossa conquista tem sido lenta e por isso, dolorida, um texto como o teu, é muito mais agradável do que um ramo de flores(adoro flores) - neste dia especialmente -, para mim que sempre luto através da arma que tenho, a argumentação, para obter os meus direitos. O que quero dizer, é que por seres homem, é muito bacana ler um texto bastante realista a nosso(das mulheres) respeito. :)
beijinho e bom fim de semana.
Obrigado pelas tuas palavras Cris.
Beijinhos para ti também.
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