Almada foi elevada a cidade há exactamente 34 anos...
Escolhi a caixa de entrada do suplemento especial do jornal "O Setubalense", de 22 de Junho de 1973, para ilustrar esta pequena efeméride.
Segundo a crónica, assinada por Vitor Cláudio, foi um acontecimento histórico...
Nesta altura Almada era uma terra a caminho da modernidade.
Ainda colhia os frutos da construção da Ponte sobre o Tejo, entre Alcântara e Almada, e também da instalação dos Estaleiros da Lisnave na Margueira, em Cacilhas. Estaleiros que chegaram a dar emprego, nos seus tempos áureos, a perto de cinco mil trabalhadores...
Bons tempos para a economia local...
18 comentários:
Almada hoje está a deixar de ser dormitório e de poiso dos almadenses por razões conjunturais de uma gestão danosa dos seus recursos naturais e do seu território,onde um dos últimos actos ruinosos dessa gestão é a entrega de um espaço públco dos almadenses a uma empresa para explorar um monopólio de transporte público, o MST.
Esta Câmara sempre foi antimonopolista, não é verdade?
Os almadenses deixam de ter acesso à utilização desse espaço do centro da cidade, (a não ser que paguem para o usar) o qual passa a ser um privilégio da MTS mediante uma concessão de 30 ou 40 anos.
Foi um tempo de acreditar.
Um beijinho.
P.S. Escrever muito sempre, mas para guardar na gaveta (na última).
Conheço Almada há 47 anos. Tantos quantos tenho de vida.
Quando Almada foi elevada a cidade tinha 12 anos mas lembro-me bem do orgulho que senti... não percebia muito bem qual era a vantagem desse título mas via-o como se fosse uma atribuição de mérito e fiquei vaidosa, imagina.
Mais tarde, sobretudo durante a licenciatura em Geografia e Planeamento Regional, descobri que esse "caminho da modernidade" tivera muitos espinhos que provocaram feridas ainda hoje por sarar e que o ser cidade não trouxera, propriamente, nenhum valor acrescentado ao desenvolvimento sócio-económico do concelho.
Mesmo assim, considero que esta foi uma boa lembrança: parabéns à aniversariante cidade de Almada.
Um abraço,
Quem se lembra da Parry & Son?
(pronunciava-se parrison)
Quem se lembra da Companhia Portuguesa de Pescas?
E outras empresas mais pequenas que existiam antes de Almada ser elevada a cidade.
Também fiquei orgulhoso com a elevação. Mas, não sei bem porquê, cedo receei que o acontecimento não fosse devidamente acompanhado.
Posso comparar com a Costa de Caparica?
Parabéns à cidade e aos seus habitantes...
Tenho memória da importância da Lisnave, das excursões ao Cristo Rei e da facilidade que a Ponte trouxe à travessia para a margem esquerda (de repente apeteceu-me escrever para o deserto, mas parece que já passou...)
Beijinhos
Parabéns Almada.
Não sei se ganhaste muito, mas estás de parabéns!
Eu vim morar para Almada exactamente em 1973. Não sei como era antes da elevação a cidade, mas parece-me que agora está muito melhor.
E parece-me, também, que uma das melhores coisas que o MST vai fazer a Almada é retirar do "espaço público" o trânsito automóvel que tanto me incomoda enquanto peão.
Já tenho feito comentários sobre o(s) monopólio(s) do(s) grupo(s) Barraqueiro/Arriva. Tenho muitas dúvidas sobre esse "negócio".
Mas não confundamos as coisas, por favor!
António Vitorino
Pequeno esclarecimento:
"Não sei como era antes da elevação a cidade, mas parece-me que agora está muito melhor", significa que me parece estar melhor agora do que estava quando eu vim para cá morar (e não melhor do que estava antes de ser elevada a cidade).
António Vitorino
Já lá vai o tempo em que a CDU lutava contra os monopólios, Em Almada...
Que grande "última gaveta", Maria...
Claro que Almada mudou e beneficiou deste novo estatuto de cidade, mas como é óbvio, cometeram-se e continuam a cometer-se muitos erros, Minda...
Penso que não podem nem devem ser feitas comparações, Repórter.
A Costa nem sequer é concelho...
Parabéns, que nem sei se foram recordados por alguém do Município, Maria...
Ganha-se sempre Vili...
Estranho era não estar melhor, Vitorino.
Em 1973, embora a ditadura estivesse no fim, ainda imperava. Como sabes com a democracia instituiu-se o poder local e fizeram-se muitas coisas boas na Cidade e no País.
Só que o poder (todo ele) modifica as pessoas, quase sempre para pior, principalmente se for perpetuado durante anos e anos, como acontece em Almada.
E quem fica a perder é a cidade e os seus habitantes...
Hoje, não tenho qualquer dúvida, estamos em perda.
Meu caro: se me permite a correcção, a Lisnave chegou a ter mais de 10 000 (dez mil)trabalhadores. Um abraço.
Claro que permito, e agradeço, Tomás.
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