
Podia dizer que José Pacheco Pereira ensandeceu, mas não, ele esta a ser igual e ele próprio.
Nasceu como um espaço de opinião, informação e divulgação de tudo aquilo que vivia ou sobrevivia nas proximidades do Ginjal e do Tejo, mas foi alargando os horizontes...
Podia dizer que José Pacheco Pereira ensandeceu, mas não, ele esta a ser igual e ele próprio.
O teatro de Almada tem palcos, grupos, actores e até poetas, como a Anyana, que escreveu este bonito poema, do qual transcrevo o início e o final:
Há dois ou três anos, o meu filho perguntou-me, se as crianças na Palestina e em Israel, também brincavam...
Algumas brincam mesmo nos cenários de batalhas, porque são quase "filhas da rua". Gozam de uma liberdade excessiva, com todos os perigos que existem nos territórios de guerra, com minas e bombas perdidas aqui e ali...
As primeiras imagens que guardo na memória, do Tejo e de Cacilhas, são dos anos sessenta, pouco tempo depois da inauguração da Ponte Salazar.
As palavras nunca precisaram de ficar reduzidas a palavrões para nos incomodarem. Por exemplo a palavra exterminar, sempre me irritou. Talvez por estar ligada a vários holocaustos.
As pessoas deixaram de acreditar no colectivo, abandonaram bandeiras, que também funcionavam como âncoras, noutros tempos...
Não é de espantar que apareça por aí um novo partido e que queira ocupar o espaço entre o PS e o PSD.
Hoje é o Dia Internacional da Mulher.
Poderia publicar um poema ou escrever sobre o porquê de gostar de mulheres. Se o fizesse, teria obrigatoriamente de falar da sua beleza, das suas curvas, da sua pele macia, do seu olhar, do seu cheiro, da sua sensibilidade, e de tantas outras coisas, que todos nós conhecemos e adoramos. Mas não vou por aí, prefiro falar de coisas mais “terra a terra”, como a forma aparentemente fácil, como me entendo com estes seres quase “divinais”...
Até podia dar como exemplo a blogosfera, onde visito e sou mais visitado, por mulheres que por homens, mas este espaço é virtual, e como diz o meu amigo Zé Gomes, está tão longe de ser um exemplo do mundo. É por isso que vos vou oferecer um exemplo mais concreto, de muitos que fazem parte do meu dia a dia, e que diferenciam o homem da mulher.
As duas primeiras vezes que levei o carro à inspecção, fui atendido por uma técnica. As coisas correram normalmente, com naturalidade, simpatia e respeito mútuo. Este ano, para variar, calhou-me um “macho”...
Acho que as coisas começaram logo ligeiramente estranhas, porque o sujeito olhou-me quase como o ar daqueles polícias, das “operações-stop”, que andam à procura de alguma coisa para nos ensaboar o juizo, com o seu tom ameaçador característico, deixando no ar a forte possibilidade de sermos multados, embora depois acabem por nos mandar embora, com a promessa que para a próxima não escapamos (felizmente as poucas vezes que me mandaram parar, só encontrei destes agentes e ainda não fui multado...).
Como diz o povo, o que nasce torto, tarde ou nunca se endireita, e tem toda a razão, pois as coisas lá foram correndo para o torcido, quase sem palavras. O melhor exemplo disto foi a meu pouco à vontade com o homem, ao ponto de acontecer a coisa caricata de ele me mandar travar e eu acelerar...
O ar pouco simpático do fulano, quase que deixava no ar, “desta não escapas” (embora acabasse por passar, com a anotação de ter de mudar as lâmpadas dos piscas...), e eu fiquei um pouco nervoso, o que não acontecera das duas vezes que tinha sido atendido por duas benditas mulheres, que simplesmente me trataram de uma forma normal, naquele centro de inspecções...
Embora as minhas palavras tenham “viajado” uns quilómetros, até ao centro de inspecções, não deixam de ser um elogio às mulheres, por serem diferentes, por não terem medo de tratar os clientes com cordialidade, com as devidas distâncias...
A fotografia é um hino à beleza da Mulher (é de 1989, com o exemplo de cinco modelos estupendos, que passados quase vinte anos, ainda continuam em grande forma...), e como é óbvio, também é dedicada, aos pobres homens, que se têm de contentar, discretamente, com 364 míseros dias, sem festas, flores, aplausos, etc.
Os dias vão passando, a um ritmo cada vez mais avassalador...
Não queria escrever mais sobre as obras do "metro", mas é impossível passar ao lado de tanta "agressão" diária aos peões almadenses.
A fotografia que escolhi, quase de certeza, que foi tirada como resposta à pergunta que faço, por parte da Catarina Furtado, que nunca quis ser apenas um "bibelot" televisivo.
Não fui, mas apeteceu-me bastante ir, marchar pela Liberdade e Democracia...