No próximo sábado José Freitas, treinador de natação da SFUAP, vai apresentar o seu livro autobiográfico, "José Freitas (O Golfinho de Gibraltar) - Memórias", no pavilhão da colectividade piedense, pelas 16 horas.
A 16 de Setembro de 2005, escrevi no "Jornal de Almada" uma crónica em sua homenagem (José Freitas, o "Homem-Peixe"), na rúbrica "Almada no Centro do Mundo", que assinava no semanário almadense. É com todo o prazer que a transcrevo no "Casario":
«A SFUAP e o concelho de Almada têm a felicidade de contar com o numeroso clã da “família Freitas” na direcção técnica da secção de natação desta Sociedade, já centenária. Desde o avô – a figura central desta crónica – aos filhos e netos, toda a família tem dedicado grande parte das suas vidas à colectividade da Cova da Piedade, que é, cada vez mais, uma referência da natação nacional.
Lisboeta natural da freguesia do Socorro, José Freitas nunca perdeu de vista o Tejo, onde aprendeu a nadar, numa época em que as piscinas eram uma raridade e a água do rio tinha um “manto” azul prateado, com o qual recebia alguns ilustres visitantes, donde se destacavam os golfinhos.
A sua ligação ao Tejo fez com que se transformasse num nadador de médio e longo curso, passando horas e horas dentro de água. A especialização em grandes distâncias longas aproximou-o do então famoso Baptista Pereira, que foi imortalizado por Soeiro Pereira Gomes no romance “Esteiros”, através da personagem Gineto, nadador de quem se fez amigo e com quem treinou inúmeras vezes nas águas do Tejo.
Depois de muitas vitórias e classificações honrosas, dentro e fora do país, José Freitas preparou com afinco aquela que seria uma das suas missões mais arriscadas, a Travessia do Estreito de Gibraltar.
Em Setembro de 1962 conseguiu o feito de atravessar o Estreito de Gibraltar em tempo recorde, uma das grandes proezas desportivas da época.
Depois de se retirar como nadador de competição, tornou-se técnico de natação.
Graças ao trabalho que desenvolveu na Capital, José Freitas acabou por ser convidado pela direcção da SFUAP para organizar e lançar as escolas de natação do clube. Felizmente, para todos nós, no já longínquo ano de 1968, o técnico de natação aceitou o desafio que lhe colocaram, desenvolvendo de uma forma extraordinária a modalidade na Margem Sul.
Além de ter ensinado a nadar milhares de almadenses, José Freitas criou a vertente competitiva no clube da Cova da Piedade, formando uma das melhores equipas nacionais, donde têm saído grandes atletas nível internacional, com extraordinários resultados desportivos, com particular destaque para Ana Francisco, campeã europeia de juniores.
Depois de muitas vitórias e classificações honrosas, dentro e fora do país, José Freitas preparou com afinco aquela que seria uma das suas missões mais arriscadas, a Travessia do Estreito de Gibraltar.
Em Setembro de 1962 conseguiu o feito de atravessar o Estreito de Gibraltar em tempo recorde, uma das grandes proezas desportivas da época.
Depois de se retirar como nadador de competição, tornou-se técnico de natação.
Graças ao trabalho que desenvolveu na Capital, José Freitas acabou por ser convidado pela direcção da SFUAP para organizar e lançar as escolas de natação do clube. Felizmente, para todos nós, no já longínquo ano de 1968, o técnico de natação aceitou o desafio que lhe colocaram, desenvolvendo de uma forma extraordinária a modalidade na Margem Sul.
Além de ter ensinado a nadar milhares de almadenses, José Freitas criou a vertente competitiva no clube da Cova da Piedade, formando uma das melhores equipas nacionais, donde têm saído grandes atletas nível internacional, com extraordinários resultados desportivos, com particular destaque para Ana Francisco, campeã europeia de juniores.
Não temos dúvidas que José Freitas é digno do maior respeito e aplauso de todos nós, pela sua grande dedicação, e amor, ao desporto almadense.»
6 comentários:
Conheci o José Freitas quando era miúdo.
É um grande homem e um enorme profissional, autêntico fabricante de campeões.
Eu que nasci e vivo em terra seca fico sempre com uma "invejazita" daqueles que vivem quase dentro de água.
Ainda ontem pude ver e atravessar o Tejo "de José Freitas", ali para o lado de Abrantes.
Que boa sensação, a de ver o rio a correr...
Abraço
e encheu o pavilhão da SFUAP, de forma merecida, Observador...
e se ele nadou no Tejo, Rosa...
Eu o vi muitas vezes a nadar no Belo Tejo
Eu queria comprar o livro dele, alguém sabe como devo fazer se souberem digam para arturbarata18@gmail.com
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