24 de Abril de 1974 foi um dia que nasceu igual a tantos outros, cheio de indefinições, para muitos portugueses.
Milhares de jovens viam aproximar-se a chamada idade adulta, em que teriam de "defender a pátria" nas "nossas áfricas" e não sabiam o que fazer. Fugir ou ficar, era quase a mesma coisa que levantar ou baixar os braços ao país...
Pelo menos uma centena de homens e mulheres encontravam-se na clandestinidade, a lutarem contra a ditadura marcelista, com os olhos despertos para qualquer movimento estranho, logo que acordavam e com a mala feita, preparada para qualquer eventualidade...
Milhões de trabalhadores mal pagos sonhavam com a possibilidade de mudarem de vida, de emigrarem para conseguir ter aquilo que não lhes era permitido na terra onde nasceram...
Eram muito poucos os que acreditavam (e sabiam) que a Revolução estava tão perto, que ia sair à rua no dia seguinte...
A foto é de Rui Esteves.
10 comentários:
Espero que estejas, a esta hora, a ver o filme sobre o 25 de Abril. E que tenhas visto, antes, o programa de rtp-2. Que vai continuar toda a noite... Ficarás com dados históricos mais rigorosos para tua análise e conhecimento. E para te emocionares. Porque eu já estou, desde há algumas horas...
Beijonho, Luís, e um cravo Vermelho
O 25 de abril me desperta um sentimento que não sei explicar, porque nasci no Brasil e minha família (a que estava próxima a mim) não vivenciou de perto.
Quando fui morar no Porto, o primeiro almoço na casa da minha família por parte de mãe, foi ouvir sobre como havia sido o 25 de abril pra eles. Ouvi emocionada.
Acho que tem a ver com raízes e com liberdade e meu pai se foi exatamente nesse dia, há um ano, é outro tipo de liberdade, nesse caso, individual, e tenho certeza que ele está bem melhor que os últimos anos passados, quase sem enxergar, junto de mim e livre.
Cravos pra ti e junto, um beijinho.
Haja esperança, ainda...
Beijos, e um cravo para ti, Luís M.
Não me lembro quase nada deste dia. Embora já andasse na escola primária.
Nem do dia 25 de Abril. Lembro-me dos anos seguintes, das manifestações que se faziam nas ruas.
Nunca percebi porquê. Afinal de contas já tinha oito anos.
beijinho Luís
Uma foto deveras bonita!
vi algumas coisas, não tudo, Maria...
mas foi uma boa ideia da RTP, desta vez com memória.
cravos, rosas e outras flores que gostas, para ti, Cris.
sim, M. Maria Maio, Abril também é esperança.
eu lembro-me de algumas coisas, Alice, de brincar no quintal, de ver a minha mãe preocupada a trocar informações com a vizinha de cima...
bonita e simbólica, Cap...
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