O 25 de Novembro de 1975, continua a ser uma data pouco consensual.
Para a verdadeira esquerda é um dia triste, significa o fim do sonho, o regresso ao passado, com a porta de novo aberta ao capital (e de facto eles começaram a regressar às suas casas no Restelo, vindos principalmente do Brasil)...
Para o centro e esquerda democrática continua a ser um marco histórico da Revolução de Abril, porque simbolizou o regresso da democracia e da liberdade, sem qualquer tipo de ameaça ditatorial...
Para a direita foi quase um "milagre". Foi a possibilidade de voltarem a respirar e a sonhar com o país desigual que tinham ajudado a construir (e a destruir...) até 24 de Abril de 1974, e continuarem a obra, com os resultados que todos conhecemos, trinta e quatro anos depois...
Claro que esta pequena análise, é demasiado simplista. Mas é difícil fazer história, a uma distância tão curta e com tantos intervenientes ainda vivos, cada um a puxar a "brasa à sua sardinha"...
A escolha do cartaz da autoria de Vespeira, não é inocente. O MFA, tal como no 25 de Abril de 1974, voltou a ser o principal protagonista do 25 de Novembro de 1975, como garante da Liberdade...
10 comentários:
Dificilmente haverá consenso, Luís.
Mesmo quando a História for escrita, dependerá de quem a escrever.
Mas quem viveu, e de forma intensa, o 25 de Novembro, sabe contar como foi...
Beijinho, Luís
Apetece dizer, contem-me como foi, verdadeiramente...
Beijos, Luís M.
'Mas é difícil fazer história, a uma distância tão curta e com tantos intervenientes ainda vivos, cada um a puxar a "brasa à sua sardinha"...'- Assino.
Beijinhos, Luís
A História precisa de tempo para respirar.
Bjs
É difícil e nunca haverá consensos.
Se houvesse, era sinal de que não se vivia em democracia.
Os mesmíssimos acontecimentos são interpretados de forma diferente por duas pessoas.
Já pensaste que até as feições de cada um são bonitas ou feias, parecidas com A ou com B, conforme os olhos que as vêem?
Abraço
tens razão, Maria.
haverá sempre duas leituras, no minimo...
isso dava quase um livro, M. Maria Maio...
é a verdade, Lúcia...
sem dúvida, Paula...
mas analisar e escrever história é diferente das conversas de café, Ana...
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