sábado, novembro 22, 2008

O Aniversário da Junta de Freguesia Cacilhas

Como de costume, a Junta de Freguesia de Cacilhas, comemorou o aniversário com um jantar, onde há sempre diversão e convívio, entre autarcas, associativistas e comerciantes locais.

O Beira Mar de Almada continua a revelar-se um bom anfitrião, exibindo a excelente nível a dança das suas "muchachas", com ares sevilhanos e também das arábias.
Há também lugar para discursos, para a entrega dos prémios do concurso de gastronomia local, para a primeira apresentação de uma obra literária editada pela Junta sobre Cacilhas, e claro, para colocar a conversa em dia.
Dos discursos retive o desagrado com que o presidente da Junta, Carlos Leal, falou, dos cortes do governo em relação ao apoio às mais pequenas autarquias do país, as Freguesias. Acho um escândalo, por pensar que, de uma forma geral, estes órgãos fazem autênticos milagres de Norte a Sul, quase sempre com parcos meios. Desde a Freguesia do interior, que vai de aldeia em aldeia, buscar a miudagem para a escola, até à Freguesia urbana que apoia algumas actividades desprezadas pelos Municípios...
Das conversas entre amigos, retive o drama de um ex-técnico do Museu da Cidade, o Julião (presente, com uma bonita mostra de fotografias de Cacilhas...), que ao fim de dez anos de trabalho precário na Câmara de Almada, foi despedido.
Casado e pai de filhos, foi atirado para o "lixo", por um Município que gosta de se afirmar solidário, justo e amigo das boas causas.
Claro que esta CDU que governa Almada, não é a mesma que barafusta no parlamento contra a existência do trabalho precário e do novo código do trabalho. É por isso que vos aconselho a lerem o Infinit'os da Minda...

9 comentários:

Anónimo disse...

Contradições...

Carlos Leal, o mestre quase supremo do PCP cá do nosso burgo, mostra-se satisfeito pelo aniversário, mais um, da freguesia de que é presidente.
O que fez esse homem pela dita freguesia? Nada!

Por outro lado, insurge-se contra o governo central pela diminuição dos apoios aos mais pequenos órgãos locais.
Não deixa de ter alguma razão.
O que faz a sua "patroa" Maria Emília no que concerne ao apoio que dá às freguesias do concelho?
Trata todos da mesma forma? Não!

Quanto ao Julião que foi mais uma vítima do trabalho precário que Maria Emília diz não existir mas que é uma realidade, está quase tudo dito.
O município, este município, mostra-se solidário?
Caro Luís, sabemos que esta gente de solidariedade nada tem. Rigorosamente nada.

Anónimo disse...

Out of topic

Sabes que Almada já tem uma estação televisiva?

Vai a http://www.tvalmada.pt/webtv/index_almada_azul.php

Rosa dos Ventos disse...

Pois é!
Se fosse só o Governo a cortar...
E as Câmaras que só têm dinheiro para projectos megalómanos?
Os Presidentes de Junta são uns autênticos pedintes e se não são da mesma "cor" pior, menos levam!

Abraço

Luis Eme disse...

sabes, Observador, tenho muita dificuldade em criticar os presidentes de junta (principalmente os do nosso concelho), que de uma forma geral cumprem o seu papel e têm uma relação próxima com a população. Pelo menos é o que sinto nas freguesias mais urbanas, Almada, Cacilhas e Cova da Piedade. embora cometam erros, muitas vezes por "seguidismo" exagerado do Municipio.

Luis Eme disse...

obrigado pelo "tópico", Observador.

em relação ao Julião, não sabia que existiam situações destas, de tantos anos de precaridade, na Câmara de Almada.

é no minimo vergonhoso. qual é a moral desta gente que nos governa, que se afirma tão democrática, justa e solidária?

Luis Eme disse...

é isso mesmo, Rosa. por isso é que em algumas situações, fazem autênticos milagres...

Lúcia disse...

Não conhecendo a realidade concreta que, muitas vezes descreves, deixa-me dizer que registo sempre a humanidade que transpiras para os teus textos! É esse o caminho, Luís...
Beijinhos

Fernando Antolin disse...

Caro Luis Milheiro: costumo "passar",com muito agrado,pelos seus blogs.Não sendo de Almada,nasci e vivi muito tempo em Santarém,aqui habito há quase um quarto de século,primeiro no Laranjeiro e desde Agosto de 1998 em Almada,precisamente à beira da Junta de Freguesia de Almada.Acredite que durante anos recomendei Almada e arredores(praias da Costa, etc.)a amigos e conhecidos.Hoje lamento não o poder fazer.Almada degradou-se,está suja,mal cuidada,a política do posso-quero-e-mando,sem ouvir ninguém,com a "certeza" de só o que pensamos está certo,que tem pautado a acção da Câmara,"afastou" as pessoas da cidade e não são acções de marketing pontuais que trarão grandes melhoras.O caso do trabalho precário apontado,devia envergonhar,se isso existisse,quem tantas virtudes de diálogo e tolerância apregoa. Até quando Almada continuará a entristecer ??

Um abraço
Fernando Antolin

Luis Eme disse...

como eu o percebo, Fernando.

tenho pena que não sintamos que esta Almada é de todos os almadenses, mas o problema não é nosso...