domingo, outubro 05, 2025

O Cinco de Outubro e a Incrível Almadense


Se há colectividade que sempre pugnou pelos valores republicanos (ainda antes do 5 de Outubro de 1910...), foi a Incrível Almadense.

Mesmo durante a ditadura fascista, a Incrível aproveitava as suas sessões solenes, que normalmente se realizavam no dia da República, devido à proximidade da sua fundação (um de Outubro de 1848) com a deste evento, que ofereceu novos valores à sociedade portuguesa, minimizando as mordomias de todos aqueles que pensavam mesmo ter "sangue azul" nas veias.

Normalmente, estas sessões acabavam com vivas à República e à democracia, depois dos discursos vivos e denunciadores do regime de então. Passados quase cem anos, ainda se recordam os discursos do prof. Simões Raposo, grande figura do republicanismo que adorava a Incrível, da mesma forma que era adorado e respeitado por todos os verdadeiros Incríveis.

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


sábado, outubro 04, 2025

Finalmente, o "Largo Fernando Barão"...


O "Largo Fernando Barão" foi prometido para Cacilhas, num lugar bastante feliz (o "Largo do Bombeiros Voluntários de Cacilhas"), mas como esta Associação Humanitária não aceitou de bom agrado  a mudança... e esta escolha acabou por ficar sem efeito.

Felizmente a busca por uma outra artéria não cessou e foi encontrado outro "Largo dos Bombeiros Voluntários" (deste vez podiam ser todos, embora aquele lugar pertencesse em tempos idos aos "heróis" de Almada...), ao lado do Largo Luís de Camões, onde ficam os Paços do Concelho e começa a Rua Capitão Leitão.

E se pensarmos bem, também está por ali, uma boa parte da história de Fernando Barão, um dos grandes associativistas almadenses do século XX.


Sim, o Fernando fez parte de um executivo camarário no começo dos anos setenta do século passado, foi dirigente da Incrível e seu benemérito, durante anos. E foi também um dos bons Provedores da Santa Casa da Misericórdia de Almada, que fica logo ali, depois da esquina.

E ontem, a meio da tarde, foi descerrada a placa, "Largo Fernando Barão", para contentamento dos familiares mais próximos e de todos os amigos, que não quiseram perder mais uma oportunidade de homenagear, o nosso "Barão de Cacilhas".

(Fotografias de Luís Eme - Almada)


quinta-feira, outubro 02, 2025

O tempo das promessas vãs que são levadas pelo vento (esse mesmo, que sopra a quase 100 quilómetros...)


Este tempo de promessas vãs, é do pior que há.

É o tempo da gente que repete as promessas, porque para eles, são isso mesmo, promessas (coisas que sabem que nunca irão fazer...).

Gente que normalmente só encontramos nos cartazes espalhados por aí (e ainda bem).

Pergunto sempre, a mim mesmo, o que é que leva alguém, que foi mau autarca, que em quatro e oito anos, não fez nada de tocante e visível, nada que se diga que melhorou a vida das pessoas que vivem à sua volta, a querer  ser reeleito.

Existem por aí, às dezenas, de Norte a Sul. Têm coisas que não lembram ao diabo, a principal talvez seja a falta de vergonha na cara. 

É gente que mente a todos os espelhos que encontra, até mesmo aos vidros das montras ou de carros, que gostam de mostrar reflexos. E até podiam fazer publicidade a qualquer marca de dentífricos.

É por isso que este tempo de promessas vãs, é do pior que há...

Fotografia de Luís Eme - Almada)


sábado, setembro 27, 2025

Almada: uma cidade que perdeu qualidade de vida e identidade (três)


Não é que eu seja adepto das obras quase "faraónicas", mas em oito anos de governação socialista, não foi feita nenhuma grande obra, estruturante, que beneficiasse os almadenses.

Quando vim viver para Almada em 1987, nem sequer tive a sensação do pouco que existia, no campo da oferta social, cultural e desportiva. Só no começo da década seguinte é que me comecei a integrar e a usufruir da Cidade, que tinha começado a construir duas obras essenciais para o seu crescimento, o Pavilhão dos Desportos do Laranjeiro (à época era dos melhores do país) e o Fórum Romeu Correia, que oferecia, finalmente, a todos os cidadãos locais, uma biblioteca com condições para satisfazer a curiosidade literária e as necessidades de estudo de uma grande comunidade, especialmente os jovens estudantes. Mas esta casa da cultura, além da biblioteca (com dois polos, a sala para gente crescida e a para as crianças...), oferecia um bom auditório, uma sala multiusos (para lançamentos de livros, colóquios, exposições, etc.) e também uma videoteca e uma fonoteca.

Houve também duas obras que vi crescer e que sempre gostei de usufruir, que continuam a ser emblemáticas na cidade, a Casa da Cerca (para mim é o melhor miradouro de Almada e um espaço expositivo e de lazer muito agradável, que foi transformada no Centro de Arte Contemporânea e tem acolhido exposições importantes e tem um belo jardim) e o Parque da Paz, o pulmão verde do Concelho, que foi crescendo ao longo dos anos e hoje se prolonga do Laranjeiro até ao Pragal. No campo das culturas poderia falar também do Museu da Cidade ou da Oficina de Cultura, e no desporto, da construção de piscinas e de pavilhões em todas as Freguesias do Concelho.

A única coisa diferente que os autarcas socialistas fizeram foi a, prestes a inaugurar, "Loja do Cidadão", na Romeira, cuja localização é no mínimo questionável, já que está afastada do centro da cidade. Se pensarmos que a CDU tinha adquirido as antigas instalações da EDP, na rua Bernardo Francisco da Costa, mesmo no centro de Almada (que continua abandonada, vá lá saber-se porquê, oito anos depois...), que seria o local ideal para uma infraestrutura do género, estamos conversados...

O que fizeram sim, foi fechar museus (Música Filarmónica, CIAV e Naval),  assim como outras infraestuturas socioculturais, que foram deslocalizadas e  deixaram de servir as pessoas como deveriam, como são os casos do Arquivo Histórico ou o Núcleo Arquelógico do Concelho.

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


quinta-feira, setembro 25, 2025

Almada: uma cidade que perdeu qualidade de vida e identidade (dois)


Além da notória perda de qualidade de vida nos dois últimos mandatos socialistas, houve também uma tentativa de "afastar" Almada da sua identidade e da sua história, alicerçadas através dos movimentos operários e associativos. 

Em vez de aproveitar (e respeitar) esta marca almadense, o Munícipio preferiu apostar na transformação de Almada numa "cidade satélite" de Lisboa, provavelmente por ter uma presidente demasiado cosmopolita para governar uma terra, que sempre se orgulhou da sua história e do seu passado de resistência e unidade popular.

Isso explica-se pelo fecho de museus (Museu da Música Filarmónica, do CIAV - Centro de Interpretação de Almada Velha e Museu Naval) e também pelo apoio cada vez mais residual ao Movimento Associativo, o que tem provocado o fechar de portas de várias colectividades, desportivas e recreativas, no Concelho.

Mas há mais exemplos. Um Concelho que possui quatro bandas filarmónicas centenárias, activas, merecia que estas fossem mais acarinhadas e apoiadas, não só pelo seu historial, mas também por terem nas suas escolas de música largas dezenas de jovens. Em vez de se dar espaço para estas bandas locais (assim como os vários grupos corais e de música popular...) se exibirem nas ruas e nos vários palcos da Cidade, aposta-se nos cantores nacionais, tanto nas festividades dos Santos Populares como de Natal.

Posso também falar da diminuição de apoios à edição de obras literárias da história local, onde nem mesmo Romeu Correia é acarinhado como merecia, com a autarquia a "esquecer" os compromissos assumidos para a reedição das suas obras mais emblemáticas.

Foi assim, durante os últimos oito anos...

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


terça-feira, setembro 23, 2025

Almada: uma cidade que perdeu qualidade de vida e identidade (um)


Quem tem memória e lucidez, sabe que Almada, oito anos depois da governação socialista, está mais suja e mais descuidada, menos associativa e menos culta.

Nesta minha primeira análise, vou focar-me apenas nos aspectos que são mais visíveis...

Em termos de higiene (tenho abordado vezes demais esta questão, aqui no "Casario"...), a Cidade nunca esteve tão suja e com tanto lixo a céu aberto. E não existe qualquer desculpa. Se hoje se faz mais lixo, se as pessoas deitam mais coisas fora, o serviço de recolha de resíduos urbanos tem de ser mais efectivo, como foi noutros tempos, diário, ou então dia sim dia não, nunca de três em três, ou de quatro em quatro dias.

Na limpeza das ruas e dos espaços verdes, nota-se um descuido, que não existia nas governações anteriores da CDU. Há passeios onde as ervas crescem até quase meio metro, e assim ficam semanas a fio. Há vários parques de recreação que são tudo menos isso, pois tornam-se mais apropriados para os animais fazerem as necessidades que para as crianças brincarem...

E depois temos as artérias, cheias de buracos (nem as principais escapam, como o caso do eixo central, por onde circula o metro...), que fazem que os condutores tenham de ter uma atenção redobrada. E ainda tem acontecido outra coisa, no mínimo curiosa, em vez de repararem o solo, dedicam-se mais à "pintura", criando novas divisões nas estradas, tal como novas passadeiras, em lugares pouco perigosos (como fizeram na minha rua...) ou "zebras", como se estivéssemos na "savana".

Nestes campos a culpa não é apenas do PS. Não podemos, nem devemos ignorar, a existência de uma coligação com o PSD, de mais de sete anos (que teve um final estratégico, pouco tempo antes das eleições, para que eles fingissem não ter nada a ver com o assunto...), em que os vereadores sociais democratas tiveram pelouros ligados ao ambiente, aos espaços verdes e redes viárias. Eles que tanto queriam acabar com o lixo nas ruas (nos cartazes é sempre tudo mais fácil)...

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


segunda-feira, setembro 22, 2025

«O que é um mau autarca?»


Deverão existir dezenas de definições e explicações do que é um mau autarca.

Claro que a pergunta que me fizeram, trazia "água no bico", queriam que eu concretizasse as críticas que faço, de vez em quando (são menos do que as que devia, reconheço...), à autarca cá do burgo.

Foi por isso que resolvi não pessoalizar a questão.

Disse apenas que um mau autarca é alguém que consegue, quando comparado com o seu antecessor, fazer pior em praticamente todos os domínios, desde a higiene (contentores cheios de lixo e ruas sujas e mal cheirosas...) às artérias (mau estado do piso e mau fluxo de viaturas...), passando depois por os outros sectores mais sensíveis, como são a melhoria dos espaços verdes (sem os tornarem uma "selva", fazendo com que sejam agradáveis para todos...) ou ainda a oferta social, cultural ou desportiva.

Ou seja, alguém, que em vez de melhorar, piora a qualidade de vida dos seus concidadãos.

E nem falei dos dinheiros, de quem gosta de gastar mais do que tem e mal, muito menos dos compadrios, demasiado visíveis, quando se tem o desplante de arranjar empregos para a família e para os amigos...

Claro que depois houve "retratos" para todos os gostos, onde não poderia faltar o sorriso cínico do alcaide de Lisboa...

(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas)

Nota: Texto publicado anteriormente no meu "Largo". Publico-o aqui, porque tenciono escrever sobre a realidade almadense, durante as próximas semanas.


terça-feira, agosto 19, 2025

O desleixo é demasiado evidente, mesmo no meio da Cidade...


Tenho evitado escrever sobre o que se passa apenas a vinte metros da minha casa, para não dar ideias aos muitos "bandidos" que vivem à nossa volta.

Mesmo sabendo que o se passa em Almada, passa-se um pouco por todo o país, não deixa de ser uma vergonha, numa altura em que os incêndios deixaram o país em alvoroço, praticamente desde o começo do mês de Agosto, que ninguém se preocupe em limpar este espaço na Quinta da Alegria, que já foi parque infantil, até ficar estar completamente abandonado (é a sua sina dos últimos anos)...


E a limpeza deste terreno fazia-se em menos de uma manhã, se os autarcas de Almada (tanto da Câmara como da Junta), pensassem mesmo no bem estar das pessoas...

A forma como são tratados espaços públicos como este, fazem com que nunca estacione o carro por perto. 

O abandono é tal, que nem os cães o aproveitam para se recrearem...

(Fotografias de Luís Eme - Almada)


domingo, agosto 17, 2025

Parece que tudo ficou mais perto no Ginjal...


Claro que é apenas "ilusão óptica", mas parece que tudo ficou mais perto no Ginjal. Sim, é notório o aumento da largueza das vistas (vê-se tudo mais longe e mais largo)...

Os restaurantes ainda têm mais filas, de gente que quer "saborear o Tejo" e o Jardim do Rio tornou-se uma das atracções de Verão, para quem gosta do rio, do sol e de sombras (há de tudo...).

(Fotografia de Luís Eme - Ginjal)


segunda-feira, agosto 04, 2025

O Cais do Ginjal voltou a ser devolvido aos amantes do Tejo


Escrevi ontem no meu "Largo", sobre a minha passagem pelo Cais do Ginjal, ao fim da tarde de sábado. Cais que, felizmente, voltou a estar aberto a todos aqueles que gostam de passear rente ao Tejo.


Além do piso ter sido "remendado" (em alguns lugares era uma urgência...), a demolição das paredes dos vários armazéns, em ruínas há décadas, deu mais claridade e amplitude a este cais que se prolonga de Cacilhas à área agradável de restauração do "Atira-te ao Rio" e do "Ponto Final".


Há alguns placares colocados a meio, envolvidos na rede que nos separa da área demolida que dão (muito bem) algumas informações históricas sobre este local, único, no Concelho de Almada.

Foi bom regressar ao Ginjal...

(Fotografias de Luís Eme - Ginjal)


quarta-feira, julho 16, 2025

Não sei se Almada continua a ser a "Capital do Teatro" (mas com toda a certeza que é uma das...)


Persistência, orgulho, resiliência, alegria, competência, diversidade, e poderia continuar a adjectivar um Festival único... Mas o verdadeiro segredo do sucesso é o trabalho, muito trabalho.

É ele que mantém viva a chama do "Festival de Almada", que já vai na sua 42 edição (sem se assustar com a redução de apoios...).

(Fotografia de Luis Eme - Almada)


quarta-feira, julho 09, 2025

"A verdade em cena" nas ruas de Almada...


Achei curiosas as primeiras palavras da presidente da Câmara de Almada, no catálogo da 42.ª edição do Festival (de teatro) de Almada, que está a acontecer na cidade, num texto intitulado, "A verdade em cena", que transcrevo:

«Há uma frase atribuída a Albert Einstein que me parece muito adequada aos tempos que vivemos: "O mundo não será destruído por aqueles que fazem o mal, mas por aqueles que o observam sem fazer nada".»

Sem ter nada de teatro, verifiquei que o lixo continua em abundância junto aos contentores de plástico da Cidade, que só devem ser esvaziados de três em três dias (pelo menos nas ruas que percorro...), pelos serviços municipalizados de higiene urbana.

Não sei se os funcionários estão em greve, ou se agora o lixo só é recolhido de três em três dias. Como todos nós pagamos este serviço através da factura da água do SMAS (resíduos urbanos...), acho vergonhoso o que se está a passar nas ruas de Almada, e claro, uma grande falta de respeito pelos Almadenses.

Como estou plenamente de acordo com o que, supostamente, disse Einstein, estou aqui, novamente, a denunciar este problema grave de falta de higiene pública na nossa Cidade.

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


quarta-feira, julho 02, 2025

Até há sofás e cadeiras, para esperarmos sentados...


Há mais de quatro dias que se mantém, imponente, a "lixeira" no cimo da Rua Emília Pomar, sem que exista qualquer sinal dos serviços de limpeza da União de Juntas ou do Município, em retirar estes monos da via pública. 

Nem mesmo o calor dos últimos dias, fez com que existisse mais atenção e cuidado com a higiene nas ruas da Cidade (há mais lugares onde o lixo se acumula...).

Talvez os governantes locais estejam convencidos que as próximas eleições autárquicas  "são favas contadas", e que as pessoas, já estão de tal maneira habituadas à sujidade das ruas, que nem ligam...


Não ilibo os "porcos" que transformam as nossas ruas em lixeiras, da mesma forma que também não aceito que a União de Juntas e o Município,  não façam o seu trabalho, através dos respectivos serviços de limpeza.

É uma pena, que o que em outros lugares é normal (ter uma cidade limpa e agradável), em Almada seja uma utopia...

(Fotografias de Luís Eme - Cacilhas - tiradas em dias diferentes)


terça-feira, junho 17, 2025

Ficamos sempre mais pobres, mesmo sem nos apercebermos...


Embora Almada seja uma cidade grande, é quase uma "aldeia" no campo cultural.

É por isso que quando nos deixam duas pessoas num curto espaço de tempo (uma semana...), ligadas ao mundo dos livros, perguntamos, por onde andámos, que nunca tivemos "tempo" para ter uma simples conversa (ao telefone não conta...) com elas...

Falo de Armindo Reis e Teresa Rita Lopes, professores, escritores e poetas... O homem esguio que gostava de escrever para crianças e a mulher de olhos cor de mar, que viveu sempre apaixonada por Pessoa.

Se com a Teresa Rita só falei, uma vez, ao telefone, com o Armindo, começámo-nos a cumprimentar há menos de um ano, de uma forma simpática, por almoçarmos às segundas no mesmo restaurante e termos um ou outro amigo em comum...

Não foi por nos deixarem que passaram a ser boas pessoas ou melhores escritores. Até porque nos deixaram os seus livros para os revisitarmos... Mas não deixa de ser estranho, que tenhamos vivido na mesma cidade e tenhamos passado a vida a percorrer ruas diferentes...

Nota: texto publicado inicialmente no "Largo da Memória".

(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas)


sexta-feira, junho 13, 2025

Depois do abandono veio a arte (quase do disfarce...)


Apesar da "criatividade" de alguém (um bom "idiota" diga-se de passagem...), que quis transformar as piscinas municipais de São Paulo numa "galeria de arte", no final de mais um mandato socialista, não me parece suficiente para esconder o abandono de mais de uma década da única piscina da Cidade...

Aliás, a degradação das instalações é tal, que parece que as piscinas são muito mais velhas, em idade e em abandono... 

Sim, durante oito anos, o PS e o seu companheiro de coligação (PSD) fizeram de conta que não existiam as duas piscinas, tal como fizeram com tantas outras coisas. 

Mas não há nada como a "inovação", especialmente quando se aproximam eleições, para transformar um antigo espaço de desporto e lazer, numa singular galeria de arte...

Vinha para casa a pensar, se só eu é que achava aquela ideia ligeiramente, estapafúrdia, apesar do ar "pós-moderno" da operação de "transformismo"... E não é que, ao passar pela Rua Capitão Leitão, descubro um sinal (bem visível, diga-se de passagem) de protesto, no Centro de Trabalho do PCP.

É a oposição a acordar de um sono de quase quatro anos...

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


quinta-feira, junho 12, 2025

A Piscina "artística" de Almada...


Soube da "transformação" das antigas piscinas da Academia Almadense em galeria de arte, pelos jornais.

Fiquei surpreendido pelas notícias que fui lendo e quis ver o que realmente se passava lá para os lados do São Paulo de Almada. 

Foi por isso que esta tarde passei por lá.

Afinal, as piscinas continuam a ser piscinas (muito degradadas, diga-se de passagem...), sem água e com as paredes ocupadas pela obra gráfica de um artista angolano (cartazes simbólicos), sobre as guerras de Angola, com a companhia de música também das áfricas.


Tenho mais coisas a dizer sobre esta temática, com menos arte, diga-se de passagem. 

Fica para amanhã...

(Fotografias de Luís Eme - Almada)


domingo, maio 25, 2025

Uma Exposição de Abril Extraordinária


Hoje de manhã, ao som dos motores que aceleravam nas velhas instalações da Lisnave, olhava com olhos de ver para a exposição de fotografia, "Venham Mais Cinco", que é nada mais nada menos que o olhar de vários fotógrafos estrangeiros (dos bons) sobre a Revolução de Abril e os dias quentes que se seguiram. 

Esta mostra de fotografia está patente num dos espaços das instalações do "Arco Ribeirinho do Sul" (ao lado da Escola Profissional da Lisnave...) e não no interior da Lisnave.


Posso dizer, desde já, que é  uma das melhores exposições sobre a Revolução de Abril e o PREC que tenho visto (e já vi muitas....). A variedade e qualidade dos olhares dos fotógrafos conseguiu captar algumas imagens com uma beleza muito singular, graças aos sorrisos e poses espontâneas de muitos dos "actores" retratados e também aos acontecimentos que retrata.

É uma exposição a não perder, por todos aqueles que se identificam e gostam de Abril. E está à nossa espera até ao dia 24 de Agosto...

(Fotografias de Luís Eme - Margueira)


domingo, maio 18, 2025

O Ginjal hoje já é uma coisa diferente


Com as terraplanagens que se estão a fazer nos velhos armazéns ao longo do Cais do Ginjal, notam-se as mudanças, já é uma coisa diferente.

Há a esperança de que se avance, que depois de se destruir, se construa, que se dê uma nova vida e um novo rumo, a um dos lugares mais aprazíveis da "Outra Banda" (tem mais significado histórico que "Margem Esquerda"), graças ao Tejo...

(Fotografia de Luís Eme - Ginjal)


sábado, maio 10, 2025

"Diferentes de Todas as Outras"


Não fui à inauguração, no fim da tarde de quinta feira. E fiz bem.

Foi muito melhor visitar o Convento dos Capuchos na sexta feira de manhã e ter todo aquele espaço só para mim (pode parecer egoísta, mas adoro visitar exposições das quais sou o único visitante...) e ver se esta mostra de arte era mesmo: "Diferentes de Todas as Outras" (o título estranha-se mais depois "entranha-se"...).


Embora esperasse uma exposição maior, com mais obras, gostei sobretudo da homenagem que é feita ao grande Manuel Cargaleiro (o principal responsável pelas exposições de artes plásticas que se realizaram no Convento dos Capuchos entre 1955 e 1961), que por questões políticas, não teve o tratamento que merecia em Almada, nos tempos da governação da CDU (isso explica que não exista um único espaço museológico no Concelho onde sempre viveu e sim no Seixal e em Castelo Branco...).

(Fotografias de Luís Eme - Monte de Caparica)

Nota: texto publicado inicialmente no "Largo da Memória".


quarta-feira, abril 30, 2025

Homenagem a Mário Araújo


Mário Araújo, uma das grandes figuras do Movimento Associativismo e da História da Resistência de Almada, vai ser homenageado na tarde de 4 de Maio (domingo), na Academia Almadense (cinema velho).

Quem já privou com o Mário, sabe o quanto ele preza a solidariedade, a igualdade e a fraternidade. Está sempre disponível para os outros, imbuído num espírito colectivo cada vez mais raro, que pede meças a este tempo estranho, onde o "eu" quer ser quem mais ordena.


domingo, abril 27, 2025

A Incrível continua a fazer a diferença em Almada


É um orgulho sentir, que mesmo nestes tempos, difíceis e complexos, para todas as coisas que tenham como forma de expressão, o colectivismo, a Incrível Almadense, continua a querer, e a ser, diferente, mantendo-se fiel às suas raízes de resistência popular e democrática.

Apesar de não sermos muitos, todos os que participámos na "Tertúlia de Abril", que se realizou ontem na sede social da "Catedral do Associativismo Almadense", saímos de lá mais ricos, porque surge sempre algo de novo nos testemunhos da Gente de Abril que viveu intensamente o antes e o depois da Revolução.

Voltei a ter dificuldades em moderar, porque as palavras ditas eram demasiado importantes para serem "cortadas" a meio. Sabia que qualquer um dos convidados, poderia estar a tarde toda a contar os episódios que viveu, como agente activo ou como simples observador.

E é por isso que foi um prazer imenso passar a tarde de ontem na companhia de Mário Araújo, Joaquim Judas, Luísa Ramos,  José Manuel Maia, António Matos, e também, de uma plateia interessada pela história recente do nosso país, na nossa Incrível.


quinta-feira, abril 24, 2025

Tertúlia de Abril na Incrível


Na tarde de 26 de Abril a Incrível Almadense quer ouvir contar histórias de Abril, através do testemunho das "Gentes de Abril" da nossa Cidade, num ambiente tertuliano.

Nestas conversas, com e em Abril, há sempre alguma coisa de novo que fica, sobre a história do nosso país, da nossa cidade e das nossas gentes...

Se puderem apareçam. 


segunda-feira, abril 21, 2025

As Portas que Fecham o Ginjal...


O Ginjal está "interdito".


Estas são as "portas" e as "paredes" que fecham o Cais a todos aqueles que gostam de caminhar e conversar com o Tejo...

Pelo habitual ritmo das obras oficiais na Margem Sul, esta "proibição" promete ser por muito tempo.

(Fotografias de Luís Eme - Ginjal)


sábado, abril 19, 2025

"Hoje foi dia do Ginjal ser notícia de televisão e de jornal"


Quem como eu conhece o Ginjal há quase quarenta anos, sabe que todos os problemas de degradação do cais e dos velhos armazéns, não se resolvem apenas com a colocação de placas de xis em xis metros de "perigo de derrocada", como foi feito, pelo menos nos últimos 15 anos, pelo Município.

Também é mentira que existam pessoas que vivem no Ginjal há trinta anos, como disseram na televisão. Lembro-me de quando saíram os últimos moradores, em que havia a expectativa do começo da obras (andaram por lá máquinas a terraplanarem alguns dos armazéns em pior estado, mais próximos da arriba...). Foi há já mais de dez anos.

Sei que entretanto foram passando várias "tribos" pelo Ginjal, desde os romenos, profissionais da mendicidade, em toda a área metropolitana de Lisboa, que depois se mudaram para o Caramujo, até aos migrantes africanos (muito deles devem estar em situação ilegal....) que foram ocupando o "prédio azul" e também as antigas instalações do Clube Náutico de Almada, que transformaram quase em "área comercial" , durante e depois da pandemia...

O curioso, é que neste espaço de tempo, não houve qualquer tentativa de expulsar estas pessoas, que viviam em condições de habitabilidade precárias e a espreitar o perigo, diariamente.

Até que chegou o dia de hoje...

E agora, à boa maneira portuguesa, existe um corrupio de "moradores", que dizem viver ali "desde sempre", e que para variar, querem que a Autarquia lhes dê uma casa.

E o Cais do Ginjal vai ficar uns tempos (certamente longos, pelo andar das obras em Almada) "fechado para obras", porque começa a ficar intransitável...

(Fotografia de Luís Eme - Ginjal)

Nota: Texto publicado inicialmente no "Largo da Memória" (10 de Abril).


quinta-feira, abril 10, 2025

"Misturas" - cores e olhares

 


Esta é uma exposição de fotografia, quase antológica. Deve ter sido por isso que escrevi estas palavras:

«Sei que cada vez tenho mais dificuldade em escolher fotografias para exposições.
Talvez tire fotografias a mais… E depois fique meio perdido com a diversidade do mundo que nos cerca. Também podem ser as cores. Ou então, é apenas a inconstância do meu olhar…
Esta é capaz de ser a melhor explicação para estas MISTURAS, que são isso mesmo, quase que podiam ser três exposições dentro de uma.
Sei também que podiam ser muitas outras coisas, podiam ficar presas a um tema.
Mas para quê?»

É inaugurada no sábado, em Almada.


quinta-feira, março 20, 2025

Coincidências quase felizes...


Claro que pode, e deve, ter se tratado apenas de uma coincidência quase feliz (este quase tem a ver com a forma atabalhuada como se resolveu o problema, enchendo o buraco com cimento...).

Mesmo que eu saiba que o "Casario" é lido, mesmo que de relance, pelos poderes e pelas oposições (às vezes ficam com as "orelhas a arder")...

Mas o que é certo é que o "buraco" de uma das passadeiras da Praça Gil Vicente, já foi tapado e ficou menos perigoso para todos. Ponto final.

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


quinta-feira, março 13, 2025

Um buraco de "estimação" no coração de Almada


Sei que as estradas do Concelho de Almada estão cheias de buracos. E que a culpa não é do Inverno (já estavam assim no Verão...). Mas penso que nenhum deve merecer tanta "estimação" dos poderes locais, como este, numa das zonas mais centrais da Cidade, na Praça Gil Vicente.

Há cerca de um mês que este "buraco" se mantém, bem visível, numa das passadeiras mais movimentadas do centro de Almada. Com a queda das chuvas da última semana, este "buraco" quase que desaparece, sendo um perigo tanto para os peões como para os carros. 

Tanto uns como outros, se não estiverem precavidos, poderão ser vítimas da incúria do Município e da Junta de Freguesia local...

É curioso, que nem mesmo com a proximidade das eleições autárquicas, os eleitos mostram alguma preocupação para com os seus concidadãos...

Até apetece dizer, que nem para "tapar buracos", estes autarcas servem.

Mas a imagem fala por si, não são precisas mais palavras.

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


domingo, março 09, 2025

Os "bonecos" de Rino Ceronte na Biblioteca


Na sexta feira passei pela Biblioteca Municipal de Almada e pude ver que os livros continuam muito bem acompanhados, com os "bonecos" do Rino Ceronte.


"Bonecos" que retratam muito bem, algumas das grandes figuras da nossa literatura.

O meu aplauso para o Artista e para os Bibliotecários.

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


sexta-feira, fevereiro 28, 2025

Festa das Artes da SCALA: 30 edições, 264 artistas, 2200 obras


Amanhã é inaugurada na Oficina de Cultura de Almada a 30.ª edição da Festa das Artes da SCALA.

Embora não esteja isenta de interrogações  e até de exclamações, tem algo único, quase impensável nos nossos dias: a continuidade dessa coisa utópica que é a "democracia" no mundo das Artes, onde, a realidade dos dias - quase todos os dias -, passa o tempo a dizer que não há espaço para todos.

Talvez a Festa das Artes da SCALA tenha alguma ficção, daquela que se gosta de misturar com a realidade...


quinta-feira, fevereiro 27, 2025

O Ginjal no filme os "Verdes Anos"...


Uma das coisas curiosas do filme "Verdes Anos", de Paulo Rocha, foi a travessia do rio de cacilheiro e a passagem pelos restaurantes do Ginjal.

Claro que a visita ao saudoso "Floresta do Ginjal", teve uma nota crítica, dita pela personagem interpretada por Paulo Renato. Este sentou-se viu a lista e depois ensaiou uma "saída à francesa".


Já na porta virada para o Ginjal, disse que o restaurante (sem dizer o seu nome...) "era bom para ver as vistas e para enganar estrangeiros", acabando por ir almoçar um pouco mais à frente ou logo ao lado, à "Tasca do Pescador", dos Bagueiras, onde havia sempre peixe e marisco fresco, a preços mais convidativos...

 (Fotogramas do filme "Verdes Anos")


quinta-feira, fevereiro 13, 2025

"três amigos, três olhares (tão diferentes - tão iguais)"

 


(textos da contracapa do folheto da exposição)

«É sempre agradável assistirmos ao reencontro de três Amigos, através da mostra dos seus trabalhos mais recentes, onde é bastante perceptível o seu crescimento artístico.

Embora se notem diferenças nas formas e nas cores que escolhem para se manifestar enquanto artistas, continuam iguais naquilo que é mais importante, transformando esta exposição num verdadeiro hino à amizade.»

Américo D’ Souza


«A Alzira, a Goreti e o Hélder são um bom exemplo de quem olha para a pintura como uma forma de expressão artística, lúdica, onde o prazer de criar, de fazer algo novo, se sobrepõe a qualquer outra coisa.

É bom encontrarmos harmonia, mas também simplicidade, nas cores e formas que escolhem, nas suas tentativas de tornar o mundo numa coisa mais bonita…»

Luís Milheiro


terça-feira, fevereiro 11, 2025

«Há um olhar sobre o passado em Almada. Mas, e o presente, onde é que está?»


Sei que posso estar enganado, até por hoje ser uma pessoa "mal informada" (basta não ter redes sociais, por onde tudo circula...), mas faz-me confusão sentir que não há oposição política em Almada.

Quando se percebe com alguma nitidez, que Almada está muito pior do que era, há dez anos. Basta andar pelas ruas e perceber que nunca existiram tantos buracos nas estradas, tanto lixo à vista de todos, e zonas verdes completamente descuidadas.

Mas posso continuar: a realização de obras públicas de melhoramento são uma desgraça, nunca são cumpridos os prazos (há diferenças superiores a seis meses e até um ano) e sente-se muitas vezes que se gastou "dinheiro para nada", ou seja, ficou tudo, mais ou menos igual.

Mas onde noto mais diferenças é na oferta cultural. É muito menor. Isso também acontece por que se tentou, com êxito, asfixiar o associativismo local (há dezenas de colectividades que fecharam portas nesta última década, por falta de apoio...).

Lá estou eu a deixar a "caneta" escrever sozinha... 

O que que queria dizer, é muito simples. Faz-me confusão que o vereador António Matos, eleito pela CDU, faça excelentes retrospectivas do passado, do trabalho meritório que o seu partido realizou em Almada e nunca fale do presente. 

E tem tanta coisa para criticar!

Daí a pergunta que dá título a estas minhas palavras: «Há um olhar sobre o passado em Almada. Mas, e o presente, onde é que está?»

Até parece que está tudo bem em Almada, pelo menos para a CDU...

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


sábado, janeiro 18, 2025

A desagregação de freguesias que não chegou a Almada (nem às Caldas da Rainha)...


Consultei a lista das freguesias que são ser desagregadas de outras (são cento e trinta e cinco) e não encontrei qualquer sinal do Concelho de Almada, mesmo que algumas uniões sejam autênticos erros de casting, pelo menos para quem conhece a história local e o dia a dia destes pequenos centros urbanos.

O mesmo se passou em relação às Caldas da Rainha, onde até existe uma união entre uma freguesia urbana unida a duas rurais (Nossa Senhora do Pópulo, Coto e São Gregório)... e irá continuar a existir. Aqui é que se deve sentir o "abandono autárquico"...

Mesmo assim, estou satisfeito, pelas mais de cem freguesias que voltam a caminhar, apenas com os seus pés. Sei que se trata de uma reposição justa e uma forma de servir melhor as suas populações.

Sei do que falo. Assisti às mudanças de um concelho com o de Almada, que passou de onze para cinco freguesias. O que foi mais notório foi a "desresponsabilização" dos autarcas, com a velha desculpa, de que lhe era impossível estar em todo o lado ao mesmo tempo. Isso fez, entre outras coisas, que cada vez apoiassem menos as colectividades recreativas, culturais e desportivas, tal como outras instituições que serviam os almadenses. Neste caso particular, diziam sempre que não havia dinheiro para tudo...

Por se tratar de um Concelho onde há um grande envelhecimento da população (especialmente nos centros urbanos mais antigos, como são os casos de Almada, Cacilhas, Cova da Piedade ou Trafaria), a anterior divisão de freguesias permitia uma maior proximidade junto das populações. Infelizmente, esta ligação foi desaparecendo com o tempo, assim como a própria identidade dos lugares, quase sempre com uma história muito própria, e bastante rica, como são os casos de Cova da Piedade, Trafaria ou Cacilhas.

Se acho natural que as freguesias do Feijó e Laranjeiro, assim como a Charneca e Sobreda de Caparica, devem permanecer unidas, acho que pelo menos a Cova da Piedade, o Pragal e a Trafaria, deviam ser freguesias autónomas.

Todos tínhamos a ganhar, especialmente os habitantes destes pequenos centros urbanos.

(Fotografia de Luís Eme - Almada)

Nota: Este texto foi publicado primeiro no "Largo da Memória".


sexta-feira, janeiro 17, 2025

O oportunismo político dos "agentes da limpeza" de Almada


Já a pensar nas próximas eleições autárquicas, o PSD, afastou-se do PS e agora finge que não tem nada a ver com a governação dos últimos oito anos no Concelho de Almada.

O mais curioso, é que os pelouros onde constavam a higiene e limpeza, pertenceram aos sociais democratas, que antes de se coligar com os socialistas, usou como bandeiras eleitoral o "lixo nas ruas" (as fotografias valem sempre por muitas palavras...).

Infelizmente o lixo, em vez de diminuir nas ruas, aumentou. É sempre mais fácil colar e afixar cartazes, que resolver os problemas das pessoas, neste caso em particular, dos almadenses.

A grande "novidade" deste afastamento do PSD da coligação que governou Almada, é o chumbo do orçamento de 2025, que segundo os entendidos, aconteceu pela primeira vez desde que se realizam eleições autárquicas...

Vamos ver como é que os almadenses reagem a estas "traições" oportunistas, já nas próximas eleições...

De uma coisa ninguém tem dúvidas, o tal "lixo" nunca saiu das ruas.

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


quinta-feira, janeiro 02, 2025

Uma Almada que se quer e deseja diferente


Esta fotografia tirada no último dia do ano, com as flores que foram colocadas junto ao busto de José Elias Garcia, na rua com o mesmo nome, em Cacilhas, pelo "O Farol", tem um simbolismo especial.

Depois de este espaço ter sido "pichado" e usado como "reservatório de lixo", durante meses a fio, sem que alguém dos vários poderes locais, se preocupasse seriamente com o assunto, foi limpo e  fez-se finalmente  justiça a um espaço de homenagem a um grande republicano (quando ainda era proibido sê-lo...), nascido em Cacilhas.

Continuamos a acreditar que a melhor forma de combater os "selvagens" que não sabem respeitar o espaço público, que é de todos, é mantê-lo em bom estado de conservação, de forma a que esta gente vá percebendo, que é uma beleza poder usufruir das coisas em perfeitas condições, e não sujas ou destruídas...

É uma boa forma de começar o ano, com uma imagem simbólica, de quem gostava de ver uma Almada mais limpa e mais bonita (mesmo sabendo que, por ser ano de eleições, muita coisa irá mudar para melhor, para fazer esquecer os anos de desleixo das autarquias socialistas do Concelho...).

(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas)