No dia 18 de Outubro, quinta feira, às 21 horas realiza-se mais um colóquio, inserido nas comemorações do 164º aniversário da Incrível Almadense, no Salão de Festas da Colectividade. Desta vez o tema é: "Bandas Filarmónicas Associativas, que Futuro?".
É um tema pertinente e terá a participação dos presidentes das quatro Colectividades do Concelho de Almada centenárias que têm bandas filarmónicas e escolas de música: José Luís Tavares (Incrível Almadense); Luís Gonçalves (S.F.U.A.Piedense); Domingos Torgal (Academia Almadense) e Helder Lopes (S.F. Trafariense).
As bandas filarmónicas são a génese da fundação destas quatro colectividades, daí que sejam acarinhadas de uma forma especial pelos seus dirigentes. Mas além das bandas possuem escolas de música, ou seja, substituem o Estado nesta função educativa sem receberem qualquer tipo de apoio. As únicas entidades que apoiam as bandas são as autarquias locais (Juntas de Freguesia e Município, com a oferta de instrumentos). Noutros tempos também havia algumas entidades particulares que davam o seu apoio, também através da oferta de instrumentos, mas na situação actual, de crise permanente, estes apoios são quase inexistentes.
De uma forma geral, as bandas e as suas escolas de música, mesmo bem geridas, não são actividades lucrativas. É cada vez mais difícil para as colectividades arranjarem meios financeiros para pagarem aos maestros e professores.
Penso que são razões de sobra para falarmos do presente e do futuro das Bandas Filarmónicas.
O óleo é de Louro Artur.