Estou a fazer as malas, vou até aos mares do sul.
À procura de descanso, de uma agitação diferente, e até de mais paciência para brincar com os meus filhotes, por exemplo...
Nasceu como um espaço de opinião, informação e divulgação de tudo aquilo que vivia ou sobrevivia nas proximidades do Ginjal e do Tejo, mas foi alargando os horizontes...
Maria Barroso é a grande homenageada de 2010, do "Festival de Teatro de Almada".
É uma homenagem justissima, de alguém que viu a sua carreira nos palcos ser interrompida, devido ao facto de lutar contra a ditadura salazarista, ao lado de seu marido.
É verdade. Há muita gente que começou a gostar de poesia em Almada, graças a Maria Barroso. Conheço várias...
O Ginjal sempre foi um lugar especial para os jovens almadenses entregues aos cuidados da rua. Procuravam refúgio para as suas brincadeiras rente ao Tejo, ao mesmo tempo que assistiam à faina diária dos carregadores de tóneis de vinho, fardos de cortiça ou de outra coisa qualquer que fosse preciso embarcar nos barcos de médio e longo curso.
Nesse tempo ainda era possível ver os golfinhos em cardumes, divertidos com os seus mergulhos nas águas. Havia ainda outro atractivo, não menos importante, desta espécie marinha: alimentavam-se dos chocos do rio mas só lhes comiam à cabeça, o resto ficava a boiar e vinha dar à praia.
(Escrevi este texto a partir da leitura de um trabalho, ainda inédito, de José Luís Tavares, sobre a sua juventude...)
No domingo começa o "Festival Teatro Almada", naquela que é já a sua 27 ª edição, organizado pela Companhia de Teatro de Almada e pelo Município de Almada.
Além de ser o maior acontecimento cultural da cidade, é também o maior festival de teatro do nosso país e um dos melhores da Europa.