Almocei um dia destes com um amigo que continua a escrever no seu jornal de sempre. Nunca o tinha visto tão desencantado com o panorama actual do jornalismo.
Nada do que me disse era surpresa. Há muito tempo que noto que os jornais (e as televisões) são quase todos iguais. Nunca como agora se fizeram tantas capas iguais (e não acredito que existam espiões nas redacções ou que acha qualquer interesse que isso aconteça) no mesmo dia, porque as pessoas pensam o jornalismo da mesma maneira, a mais fácil.
Eles ainda não perceberam que a frase de "cassete", «é isto que as pessoas querem», está tão gasta, especialmente na televisão, que o "lixo" normalizado começa a ser devolvido à procedência...
Pensava que os jornais de papel iam durar mais, mas agora já não sei. Se não se inverter o caminho, penso que serão cada vez mais insignificantes...
Culpados? Na primeira analise (demasiado simplista), os directores. Claro que eles não estão só nesta caminhada. Os donos e accionistas que acham que vender jornais é a mesma coisa que vender sabonetes ou frigoríficos, são os grandes responsáveis por mais esta crise...