sábado, abril 25, 2020

"Os Cravos de Abril"

E se nascessem cravos nas encostas do Ginjal (não seria nenhum "fenómeno do entroncamento", bastaria semeá-los...)? Era no mínimo, uma beleza...

Porque hoje se festeja a Liberdade e a Revolução, oferece-vos mais um poema e uma fotografia da minha exposição, "Cravos da Liberdade - Fotografias com Palavras":

Os Cravos de Abril

Sei que OS CRAVOS DE ABRIL
podem nascer em qualquer lugar
graças à luz e ao calor primaveril
que também se reflecte no nosso olhar

Sei que OS CRAVOS DE ABRIL
são as balas da nossa Revolução
que de tão pacíficas e certeiras
tocaram-nos em cheio no coração.

(Fotografia de Luís Eme - Ginjal)

sexta-feira, abril 24, 2020

"Cravos Caídos"


Em 2014 fiz uma exposição individual de fotografia ilustrada, com Cravos (sempre presentes), algum Tejo e também algum Ginjal. Chamei-lhe "Cravos da Liberdade - Fotografias com Palavras".

Todos os que passaram em Abril pelo "Espaço Doces da Mimi", em Almada, puderam vê-la...

Cravos Caídos

CRAVOS CAÍDOS
na praia que foi de pobres e vagabundos
quase sempre abandonados e esquecidos
em todas as "guerras dos mundos"...

CRAVOS CAÍDOS
na praia que foi das lavadeiras
que presas aos seus trabalhos doridos
passaram por ali as vidas inteiras.


(Fotografia de Luís Eme - Ginjal)

quinta-feira, abril 23, 2020

Uma Cidade, um Livro, um Amigo...


Morava em Almada há meses, sem qualquer referência familiar, associativa ou cultural, nesta cidade. Era um quase perfeito "anónimo".

Claro que não vim morar para esta Cidade, apenas porque sim. Tinha feito 25 anos e queria "fixar-me", ter o meu canto. Os meus pais, mesmo à distância de cem quilómetros, apoiaram-me de imediato.

Por razões profissionais a Margem Sul era uma boa opção, mas não podia ficar muito longe da Capital... Sabia que não queria ir viver para a Cruz de Pau ou para o Miratejo, por exemplo. Depois de ter visto duas ou três casas, levaram-me pela primeira vez à Quinta da Alegria. Gostei logo do lugar, daquela encosta virada para o Rio (nem pensei nos inconvenientes da Lisnave, que ficava em frente...).

Depois, já no interior do apartamento, que ainda estava em construção, fiquei maravilhado com a vista da janela da sala e pensei: "que bom, tanto Tejo..." 

Havia ainda outra vantagem, a pé, estava a dez, doze minutos do cais de Cacilhas, com a travessia do Rio, a vinte de Lisboa. E por aqui fiquei, há já trinta e três anos...

As palavras são assim, queria falar de um livro e de um amigo e onde já vou (e até me devo estar a repetir, mas isso é o que menos interessa)...

Pois, queria dizer eu de que... meses depois, andava eu a "vagabundear" no interior da Barateira - a mais espaçosa loja de livros usados que conheci -, quando descobri os "Desportistas Almadenses" (primeiro volume), uma obra que me chamou logo atenção, porque o desporto sempre fizera parte da minha vida, e na época, também profissionalmente.

Longe estava eu de pensar que seis anos depois, entrevistaria o autor da obra (para o "Record"), e ganharia um amigo, dos melhores que conheci pela vida fora: Henrique Mota, que fará em Setembro cem anos.

Por hoje ser o Dia do Livro, não posso esquecer que, depois de crescido, foram os jornais e os livros que me ofereceram mais amigos pela vida fora...

quarta-feira, abril 22, 2020

O (bom) Acolhimento do Liberdade


O Liberdade Futebol Clube, que fica na Mutela, comemora no próximo mês (28 de Maio) o seu primeiro centenário.

Descobri há dias que o seu pavilhão polidesportivo está a ser utilizado como espaço de acolhimento de pessoas sem abrigo do Concelho, numa parceria com o Município de Almada.

Embora esta não seja a forma sonhada pelos seus associados e dirigentes, para o Liberdade Futebol Clube comemorar os seus cem anos de vida, talvez seja a mais solidária...

(Fotografia de Luís Eme - Mutela)

terça-feira, abril 21, 2020

Brincar ao "Ontem e ao Hoje", na Mutela...

Muito graças ao sempre histórico e apelativo, blogue "Almada Virtual Museum",  de Rui Granadeiro, especialmente ao seu último texto, alusivo à Mutela e ao livro "Memórias da Minha Rua", de Cecília do Carmo Alves, resolvi pegar numa "fotografia tripla" publicada e perceber o que mudou (muito pouco diga-se de passagem...), através do meu olhar fotográfico...


A primeira fotografia exigiu um pouco mais de atenção, para descobrir a "casa do portão", por já não ter os seus pisos superiores...


As outras foram mais fáceis. A do Beco está mais próxima, devido aos carros estacionados...


Esta última fotografia está mais aberta, mas dá para ver que é o mesmo prédio (obrigado Rui!)... E tirando a cor, pouca coisa mudou na Mutela.

(Fotografias de Luís Eme - Mutela)

quarta-feira, abril 15, 2020

Bom Dia "Cantores"!

Penso que foi na televisão que ouvi alguém a lamentar-se, que nem sequer ouvia os pássaros...


Mas se há "gente" que tem regressado às cidades, sem medos de "viroses", é a passarada.


Como calculam, não estou a falar de pombos ou gaivotas. Mas de melros, pardais, entre outros pequenos cantores... Até descobri um casal de corvos na antena de televisão dos vizinhos da frente...

(Fotografias de Luís Eme - Almada)

domingo, abril 05, 2020

A Metáfora de uma Cidade (do país e do mundo)...

Esta fotografia não é apenas a metáfora de uma "cidade (quase) fechada", mas de um país, de um planeta, quase, "interrompido por momentos"...

(Luís Eme - Almada)