quarta-feira, fevereiro 27, 2019

25.ª Edição da Festa das Artes da SCALA


Vou participar mais uma vez na "Festa das Artes da SCALA",  que será inaugurada no próximo sábado, na Oficina de Cultura. É a 25.ª exposição artística colectiva que esta Associação cultural almadense realiza neste espaço (segundo as más línguas tem os seus dias contados e poderá ser a última realizada neste espaço, explicarei porquê, brevemente...).

Participo com três fotografias a preto e branco.

segunda-feira, fevereiro 25, 2019

Uma Rua para o Zé Pedro em Almada


Disseram-me que o Zé Pedro, o saudoso líder dos "Xutos e Pontapés", vai ter uma Rua em Almada.

Provavelmente estavam à espera que criticasse esta decisão camarária, só que eu gostei da ideia... 

E vou mais longe, acho que se trata de uma bonita homenagem, a alguém que foi mais almadense, que a maior parte dos vultos que têm nomes de ruas no nosso concelho.

A banda mais emblemática de rock do nosso país é de vários lugares, e um deles, é Almada. E não o digo apenas porque o Tim e o João Cabeleira são "filhos da terra".

Digo-o porque durante anos os "Xutos" ensaiaram no centro de Almada, numa garagem que fica próxima do quartel dos Bombeiros Voluntários de Almada, que visitei mais que uma vez.

(Fotografia de Alexandre Nobre)

quinta-feira, fevereiro 21, 2019

Adeus Lisboa

[...]     
Vou até à Outra Banda
no barquinho de carreira.
Faz que anda mas não anda;
parece de brincadeira.
[...]

António Gedeão (do poema "Adeus Lisboa")

(Fotografia de Luís Eme)

quarta-feira, fevereiro 13, 2019

O Livro como Obra de Arte


No sábado à tarde fui à Casa da Cerca assistir a uma conferência bastante educativa, com Ana João Romana, que nos falou da "Lenda de São Julião Hospitaleiro" (que desconhecia...) e que também inspirou Amadeo de Souza-Cardoso, que fez um quase desconhecido Livro com Obras de Arte, inspirado na lenda, escrita por Flaubert (que copia integralmente e ilustra...), em 1912, quando ainda estava em Paris.

Não fazia ideia que no século XVIII William Blacke publicara um minúsculo livro  (mais pequeno que o A5...) com a sua arte, ou seja, os seus poemas e as suas pinturas (inspiradas nas suas palavras). Algo que seria complementado quase um século depois por William Morris, um dos grandes pioneiros do design moderno... 

Foi muito bom ouvir a Ana João, que com uma linguagem simples, ofereceu às pessoas que a rodeavam (quis que a conversa fosse quase em mesa redonda...), mais conhecimento sobre essa coisa bonita, que é o livro como obra de arte.

Gostei de aparecer e de aprender mais um pouco sobre estas coisas do mundo das artes, que complementam a exposição "O Futuro do Passado", patente na sala principal de exposições da Casa da Cerca.

(Fotografia de Luís Eme)

sábado, fevereiro 09, 2019

A Petição para uma "Terceira Ponte"


Quando soube da apresentação de uma petição pública, por uma nova travessia do Tejo (túnel Algés-Trafaria), a primeira coisa que pensei, foi que se devia tratar de um grupo de pessoas que queriam marcar a sua posição, política, mesmo que esta estivesse longe de ser uma prioridade, especialmente para a Trafaria.

Para mim, a grande prioridade para a Trafaria, continua a ser a "reconquista" da sua praia, passando de estaleiro das pequenas embarcações para estância balnear (apesar da poluição, tem melhores condições naturais que a maior parte das nossas praias fluviais...)

Mas depois percebi que era uma iniciativa das gentes da Charneca de Caparica e da Sobreda (as freguesias com mais habitantes do Concelho), e que elas têm toda a legitimidade em procurar uma forma de chegar mais cedo a casa, sem perderem o tempo que perdem nas travessias do Rio.

O que eu não sei, é se os peticionários sabem que estão a falar de uma localização que está inserida no chamado "Canal do Tejo", que em alguns lugares do rio, tem a profundidade de 75 metros... O que é capaz de dificultar um pouco as coisas no campo da engenharia e nos custos...).

sexta-feira, fevereiro 08, 2019

As "Danças Políticas" da Dança em Almada...

A notícia da criação da Casa da Dança de Almada, em Cacilhas, num primeiro olhar, pareceu-me quase uma "brincadeira", por saber que já existe há bastantes anos na Cidade, a Companhia de Dança de Almada.

Mas vamos lá transcrever a notícia que li no "JN":

"A Companhia Paulo Ribeiro - Associação Cultural receberá 120 mil euros para a concretização, dinamização e programação deste projecto, a instalar no Ponto de Encontro, em Cacilhas", indica, em comunicado, o Município do distrito de Setúbal. Segundo a mesma fonte, a Casa da Dança de Almada será uma estrutura centrada na dança contemporânea, com dois objectivos principais: "garantir uma oferta de qualidade ao nível da programação de espectáculos de dança contemporânea e promover o ensino das diferentes modalidades de dança contemporânea e, sobretudo, junto da população mais jovem de lançar novos horizontes e de resgatar talentos."

Este episódio faz com que comece a acreditar que os "boatos" que ouço por aí têm alguma razão de ser, e que possa haver mesmo uma "guerra surda", socialista, que quer acabar com o que entende serem os "feudos comunistas" associativos e culturais.

Como sempre me manifestei contra o "compadrio" que existia entre a CDU e algumas associações, no passado, não posso aceitar, de maneira nenhuma, que também se façam "perseguições políticas", no presente...

(Fotografia de Luís Eme)

terça-feira, fevereiro 05, 2019

O Associativismo Almadense e o Elitismo Cultural


As demasiadas "transferências" de gente da Capital para Almada, para exercerem funções de chefia em órgãos culturais do Município, faz com que se olhe demasiadas vezes para a cultura local, como uma coisa quase se segunda, principalmente quando esta é difundida pelo movimento associativo.

Até posso perceber que gostem mais de "lagosta" que de "jaquinzinhos" (embora estes hoje sejam muito mais procurados por quem vem de fora...), mas sempre ouvi dizer que os gostos não se devem discutir. A qualidade sim, pode e deve ser discutida. E essa, posso dizer com alguma propriedade, que tem deixado muito a desejar, naquela que quer ser a "grande sala de visitas" de Almada, a Casa da Cerca. 

Nunca esqueço uma exposição que esteve patente neste lugar único de Almada, que acabei por visitar com os meus filhos e os meus sobrinhos, depois deles andarem a brincar nos seus jardins. Quando lhes perguntei o o que achavam da exposição, o meu sobrinho mais velho,  com a sua "alma de artista", torceu o nariz e disse-me que era capaz de fazer muito melhor, que os quadros que estavam na parede. E tinha toda a razão. As telas penduradas resumiam-se a bocados de cimento atirados para cima do tecido, que depois tinham sido pintado com tintas claras...

Volto a dizer mais uma vez: espero que as pessoas de Lisboa desçam à terra, porque Almada não é a Capital do País...

(Fotografia de Luís Eme)