domingo, outubro 30, 2016

Ainda Existem Flores no Jardim


Ontem à noite fui assistir à peça, "Ainda Existem Flores no Jardim", no Salão de Festas da Incrível Almadense, encenada e produzida pelo Cénico Incrível Almadense. E posso desde já acrescentar que foi uma bela surpresa, mesmo tratando-se de um monólogo.

Mara Martins, a Rosa, tem uma interpretação de grande qualidade. 

Conseguiu comunicar durante mais de uma hora (a peça não teve qualquer intervalo) com o público, sempre em movimento e sempre em diálogo com ela própria e com as figuras imaginárias que o autor criou, desde o marido, o desaparecido António (cabide de pé alto...) aos funcionários invisíveis do lar ou ainda ao Agostinho, a sua "tábua de salvação", ou a "última flor do jardim".

Ainda por cima se trata de um "assunto" tão actual... Rosa tinha sido abandonada pelos filhos num lar, que tinha os dias contados, o que lhe alimentara a esperança de um deles a vir buscar para voltar a "viver"... Quando já estava a baixar os braços e a enfrentar a realidade, resolveu ler a carta fechada que recebera logo no inicio da peça, mas apenas para ler no fim. Era a carta de um "anjo" ou de uma "flor" (sim há flores masculinas, o cravo é uma delas...), que a iria levar do lugar onde normalmente não se passa nada e apenas se espera a viagem final.

(Fotografia de Luís Eme)

sexta-feira, outubro 28, 2016

A Magia da Incrível, 168 Anos Depois...

Amanhã será inaugurada na sede da SCALA - rua Conde Ferreira, Almada - uma exposição onde se mostrarão 20 marcos da história da Incrível Almadense (escolhidos por mim...).

É uma das muitas formas de homeangear aquela que é a "Mãe" do Movimento Associativo Almadense.

segunda-feira, outubro 24, 2016

Miradouros da Outra Banda (4)

Hoje vou falar de um dos Miradouros da Outra Banda, onde é possível sentir mais a proximidade do Tejo.

Falo da Boca do Vento, que além do Miradouro, tem um elevador panorâmico que nos leva para a Fonte da Pipa e Ginjal e também um bar com esplanada para o melhor rio do mundo...


Escolhi duas fotografias, porque nos oferecem dois ângulos diferentes onde podemos ver várias lisboas, a que nos leva até Belém e a que nos faz alcançar a Praça do Comércio.

(Fotografias de Luís Eme)

sábado, outubro 15, 2016

Miradouros da Outra Banda (3)

Este é o meu miradouro preferido, aliás "miradouros".

A Casa da Cerca (ou Palácio...) além de ser o Centro de Arte Contemporânea de Almada, tem uma das melhores vistas para o rio e para Lisboa e possui um dos melhores jardins à beira-Tejo plantado.

É uma maravilha puder desfrutar de uma paisagem tão rica, que pode ser apreciada praticamente de todos os ângulos e em todas as direcções. Ou seja, a Cerca tem muitos miradouros à nossa espera, é só escolhermos o que mais nos satisfaz o olhar...

Escolhi esta fotografia, porque está lá o Tejo, as barcas e também Lisboa...

(Fotografia de Luís Eme)

segunda-feira, outubro 10, 2016

Miradouros da Outra Banda (2)

Hoje apresento aqui no "Casario" o miradouro do Jardim do Castelo, que perdeu a imponência do passado, desde que foi autorizada a construção de um restaurante panorâmico neste local, que entre outras coisas, "roubou" uma boa parte da beleza a este espaço que devia ser completamente aberto aos almadenses e aos turistas...

(fotografia de Luís Eme)

sexta-feira, outubro 07, 2016

Miradouros da Outra Banda (1)

Uma das melhores riquezas turísticas da Outra Banda são os seus miradouros.

Almada Velha (o Centro Histórico...) nasceu protegida pelas arribas que descem até ao Tejo. Estas condições naturais ajudaram a que surgissem vários miradouros, que depois de serem retocados pela mão humana, são um dos melhores cartões de visita de Almada.

Este é apenas um deles, o miradouro do Seminário de Almada, que dá razão a todos aqueles que acham que é na Outra Banda que se encontram os melhores "olhares" sobre Lisboa e sobre o Tejo...

(Fotografia de Luís Eme)

segunda-feira, outubro 03, 2016

O 4 de Outubro em Almada

Amanhã, 4 de Outubro, festeja-se mais uma vez a República em Almada, que tal como sucedeu em Loures, na Moita e no Montijo (então Aldeia Galega), foi proclamada um dia antes da data oficial.

A informação (ainda incerta...) espalhada por alguns republicanos em Cacilhas da sua vitória na Capital fez com uma boa parte dos operários industriais abandonassem as fábricas e viessem para as ruas comemorar a queda da Monarquia. 

A manifestação atingiu tais proporções que os Paços do Concelho e o Castelo de Almada foram ocupados e posteriormente hasteadas as bandeiras da República a 4 de Outubro de 1910, com as principais figuras locais deste movimento a discursarem e a gritarem vivas à República, nas escadarias do edifício sede do Município de Almada.

Amanhã a festa começa com música e depois, às 18.15 horas decorrerá uma Tertúlia na Sala Pablo Neruda do Forum Romeu Correia, que irá recordar este dia na história de Almada, onde também irei participar, organizada pelos Amigos da Cidade de Almada.

sábado, outubro 01, 2016

Os "Pormenores" do Luís e do Modesto...


Na próxima quinta-feira regressam a Almada as "Tertúlias da SCALA", com a projecção multumédia, "Pormenores, Imagens d'hoje sobre Lisnoa d'ontem", da autoria de Luís Bayó Veiga e Modesto Viegas.

Os autores sintetizam desta forma este trabalho que já foi projectado na FNAC do Chiado:

'Caminhando pelas ruas de Lisboa, em particular nas zonas mais tradicionais, ainda é possível nos dias de hoje, observar com um olhar mais atento, pormenores, aspectos curiosos e objectos insólitos, que se encontram nas fachadas dos prédios, nas lojas antigas ou em sítios diversos que ainda resistem no mesmo local desde sempre e que são testemunhos da Lisboa do passado.
Passamos por eles várias vezes, porém, a rotina dos nossos trajectos diários, faz com que nem sequer lhes demos atenção ou lhe dedicamos especial interesse.
Se por acaso nos chamam a atenção para eles ou os descobrimos, ficamos surpreendidos e olhamo-los como se nunca os tivéssemos visto...
O conjunto de olhares e descobertas que vamos fazendo por Lisboa fora, conduz-nos a uma enorme vontade de colaborar na preservação de tudo aquilo que ainda resiste, sinais de um tempo, e que fazem parte de uma identidade e alna tão própria reportada ao quotidiano que pertenceu a uma Lisboa de outrora...»