sábado, julho 23, 2022

Pluralidades...


São mesmo "Pluralidades", o que encontramos na Oficina de Cultura de Almada, dentro da exposição colectiva da IMARGEM.

Apareço sempre, quando a sala está vazia, para ver coisas que penso que os outros não vêm, através do olhar de alguns amigos, artistas almadenses, que resistem. E fico sempre satisfeito, pela diferença e pela complementaridade.

Andava à volta dos quadros e das esculturas e  pensei na falta que sinto da cultura, das pessoas amigas da cultura de Almada... 

A Cidade parece estar de "luto". Não se trata apenas do rasto da pandemia, estou convencido que se trata também de uma "marca política", de quem prefere destruir o que acha que é dos outros, esquecido de que aquilo que julga ser "dos outros", foi construído "para todos"...

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


sexta-feira, julho 22, 2022

Nunca Irei Perceber os "Grevistas" dos Transportes Públicos...


Nunca irei perceber os "grevistas" dos transportes públicos.

A única coisa que costumam conseguir é a falta de solidariedade dos contribuintes - sempre os principais atingidos pelas suas paragens -, que além de se sentirem lesados, até por já terem pago os seus passes, acabam por ter problemas nos seus empregos.

Quando o cais está cheio de cacilheiros e não se vê movimento humano à sua volta, percebe-se que há "plenários" (este nome é tão fascista...) de trabalhadores, mesmo que estejam sentados (como aconteceu...), a fumar uma cigarrada e a contarem histórias uns aos outros, junto ao edifício que lhes deve servir, entre outras coisas, de vestiário, rente ao cais de Cacilhas.

(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas)


sexta-feira, julho 08, 2022

A Carris Metropolitana na Margem Sul


Já toda a gente esperava que a Carris Metropolitana não viesse melhorar nem resolver coisíssima nenhuma, aqui na Margem Sul, a nível de transportes (é cada vez mais difícil acreditar neste Governo).

Na primeira semana a única coisa que se nota é a supressão de autocarros (várias linhas desapareceram e onde fazem mais falta, nas zonas suburbanas...) e os que circulam como "passam por todo o lado", fazem com um volta de trinta minutos passe a demorar o dobro...

Isto faz lembrar os tempos da "troika" onde a existência de escolas, de hospitais de tribunais e de transportes,  começaram a funcionar consoante o número de utentes existentes e não pelas necessidades locais...

Em relação à Carris Metropolitana não estou a falar "de cor". Na terça-feira como não tinha carro (o meu filho precisou dele...) e tinha de ir à Vale Figueira (Sobreda) resolvi ir à aventura. Descobri que o autocarro que passava pelo local para onde ia, tinha mudado a rota e agora ia para a Charneca de Caparica e já não passava ali. Para não apanhar dissabores maiores fui de metro até Corroios e a partir daqui dei "corda aos sapatos" (o que vale é que gosto de andar...). Ou seja fiz duas caminhadas de 45 minutos (ida e volta) e durante este espaço de tempo só passou por mim um autocarro, quando já estava quase em Corroios, e ia na direcção de Paio Pires...

Sei que os moradores têm protestado, e com razão. E para variar, lá apareceu a presidente do Município de Almada, a colocar "paninhos quentes" no problema, não deixando de abreviar a questão com uma frase  que mais parece um slogan eleitoral (só que não há eleições próximas): "Contamos com todos para melhorar os transportes públicos rodoviários em Almada".

Gostava que este PS "fosse mais trabalho e menos propaganda". Que as coisas bonitas que registam em papel e espalham pela comunicação social se tornassem práticas quotidianas e deixassem de ser promessas... 

Era bom para o país e para todos nós.

(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas)

(texto publicado inicialmente no "Largo da Memória")