domingo, dezembro 30, 2018

Carlos Alberto Rosado (1937 - 2018)


Carlos Alberto Rosado, deixou-nos ontem, vitima de morte súbita.

Almada fica mais pobre, pois perde um grande associativista e um grande ser humano. 

Actualmente o Carlos era Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Incrível Almadense e da Associação das Colectividades do Concelho de Almada.

Além de ser um bom amigo, foi uma das pessoas mais solidárias e generosas que conheci nos últimos anos.

(Fotografia de Luís Eme)

quinta-feira, dezembro 27, 2018

A Beira-Rio em Dezembro...


Nestes dias frescos, não é das coisas mais agradáveis, ficar parado à beira-rio, mesmo que seja numa esplanada com uma vista única. 

É também por isso que os restaurantes quer ficam no "coração" do Ginjal, têm sempre uma manta à espera dos clientes...

(Fotografia de Luís Eme)

quinta-feira, dezembro 20, 2018

Olá Associativismo...


Toda a gente que de alguma forma está, ou esteve, ligada às colectividades de Almada, sabe que elas já viveram dias melhores.

Mas nos últimos anos as coisas pioraram, muitas portas se fecharam, para não se voltarem a abrir.

Há ainda casos estranhos, como o da quase "usurpação" das instalações do Clube Recreativo da Ramalha, pelos "rendeiros"...

A única coisa que sei, é que há demasiada passividade de algumas instituições, como a Associação das Colectividades do Concelho de Almada e algumas juntas de Freguesia, que andam sempre demasiado distraídas em relação ao que se passa à sua volta...

(Fotografia de Luís Eme)

sábado, dezembro 15, 2018

A História de Cacilhas Está mais Rica


As "Crónicas d'agora sobre Cacilhas d'outrora (Vol.II)" do Luís Bayó Veiga vieram enriquecer, ainda mais, a já fecunda, literatura cacilhense.

Apesar da sua aparente simplicidade, é um livro que oferece algo de novo à história da localidade ribeirinha, devido à riqueza de uma boa parte das biografias de figuras cacilhenses que constam neste volume. Algumas ainda não tinham merecido a atenção de nenhum escritor local, outras nunca tinham sido tão aprofundadas, como neste conjunto de crónicas históricas, muito bem ilustradas.

sábado, dezembro 08, 2018

Uma Colectividade Piedense com uma História Diferente...


Esta fotografia tem as iniciais e o símbolo de uma das colectividades da Cova da Piedade, com uma das histórias mais curiosas do seio do movimento associativo almadense.

História que me foi contada pelo meu amigo Mário, filho de um dos fundadores do Clube Recreativo Piedense.

Embora a vertente cultural e recreativa tenha sido a principal motivação para a fundação das grandes  Colectividades Centenárias de Almada ainda no século XIX (Incrível, SFUAP e Academia), que felizmente continuam activas, o Recreativo Piedense foi fundado, no final dos anos vinte do século passado, por uma razão, que até poderá parecer de somenos importância: a criação de um clube para se realizarem bailes (devido ao reduzido espaço oferecido pela sala de danças da SFUAP, que rapidamente ficava lotada e não possibilitava a entrada a mais casais...).

Foi este aspecto simples, que uniu três amigos, que resolveram formar um clube, ao mesmo tempo que alugaram um espaço, com condições para a realização dos tão desejados bailes, de domingo à tarde.

Para todos aqueles que aderiram ao Recreativo Piedense, acabaram-se assim os tempos de espera intermináveis, à porta da sala dos bailaricos da "Sociedade da Piedade"...

(Fotografia de Luís Eme)

quarta-feira, dezembro 05, 2018

Uma Boa Notícia e um Presente...


Hoje, por ter recebido uma boa notícia, vou mostrar aqui no "Casario" o quadro inspirado no Ginjal, que uma pessoa especial me ofereceu e que eu resolvi "levar a passear" hoje de manhã, à beira Tejo...

(Fotografia de Luís Eme)

terça-feira, dezembro 04, 2018

A Lisnave no Museu Naval

O Museu Naval no Olho de Boi  inaugurou na segunda metade do mês de Novembro a exposição, "Pórtico de Identidade, a Lisnave em Almada".

É uma exposição identificativa dos estaleiros, embora na minha opinião não consiga dar a verdadeira dimensão dos estaleiros (era maior do que transparece...). Mas não deixa de ser uma boa homenagem à maior empresa de sempre do concelho de Almada.

Trata-se de uma exposição de longa duração, ficará pelo Olho de Boi largos meses, com toda a certeza...

(Fotografia de Luís Eme)

sábado, dezembro 01, 2018

Um Ano no Mínimo Estranho...

Este último ano em Almada, governado pelo PS, coligado com o PSD, tem sido no mínimo estranho.

Como já tenho dito, achava a mudança  política benéfica (mais de 40 anos no poder, mesmo da CDU, fazem sempre mal à democracia...), embora não tivesse a expectativa de que se realizassem grandes melhorias.

Infelizmente as coisas têm corrido pior do que eu pensava, pelo menos na Cultura e no Associativismo, que são as áreas que melhor conheço.

Até posso oferecer alguns exemplos: sobrevalorização e desinvestimento dos espaços culturais existentes do Município; "dança de cadeiras" quase permanente nas chefias, com a nomeação de demasiados "lisboetas", sem que tenham qualquer ligação ou conhecimento da realidade local; diminuição drástica dos apoios ao movimento associativo; desleixo informativo em relação aos almadenses (a agenda cultural tem saído quase sempre a meio do mês, ou seja, depois de metade das coisas terem acontecido...); e o pior de tudo, ausência de qualquer informação e esclarecimento às muitas dúvidas que persistem em relação ao presente e futuro, nos meios culturais e associativos. 

Uma das coisas que mais me irritava na governação da CDU, eram os tiques "autocráticos" de alguns vereadores (o poder de largos anos tem esse efeito nas pessoas...). Tiques que se mantêm neste novo quadro governativo, a começar pela Presidente...

É por isso que acho pertinente a colocação desta faixa em vários lugares de Almada pela CDU (ao contrário de um amigo comunista, com quem conversei há dias...), quanto mais não seja para "abrir olhos" a quem está no poder...

(Fotografia de Luís Eme)

terça-feira, novembro 27, 2018

A Vigilante e o Preguiça...


Hoje passei pelo Ginjal, ao fim da manhã, quase a furar o nevoeiro.

Junto ao "Atira-te ao Rio", a maré baixa fez com que um coelho aparecesse rente à Praia das Lavadeiras (saiu de um dos buracos do cais e não de qualquer cartola...) e colocou alguns funcionários em guarda.

Um deles colocou a conversa em dia comigo e disse que não estavam à "caça de ratazanas" (embora elas habitem por ali às dezenas, sim fico-me apenas pelas dezenas...), mas sim à procura de um coelho que veio até à margem do Tejo. E depois queixou-se da senhora que passa por ali, mais que uma vez por dia, a alimentar a "gataria do Ginjal", que  foi perdendo a vontade e a destreza de se deliciar com os primos do Jerry.


Nem de propósito, acabei por me cruzar com um destes "anafados", que como levava um saco, miou-me, à procura de um doce. Depois de perceber que não havia nada para ele, rebolou-se e ficou por ali, deitado no paredão.

(Fotografias de Luís Eme)

sexta-feira, novembro 23, 2018

Uma Mensagem de Parede e a "Sexta Feira Preta"...

Não posso dizer que seja coisa que me incomode, ver tanta gente atrás da "sexta feira preta".

Só espero é que não tenham comprado muito "gato por lebre".

Mas os anarquistas "pintores de parede", têm razão. Capitalismo é "guerra", nem que seja às nossas carteiras...

(Fotografia de Luís Eme)

quinta-feira, novembro 15, 2018

Encontro de Leitores de Saramago


A Biblioteca José Saramago, no Feijó,  Almada, homenageia o seu patrono com um fim de semana cheio de actividades, no "3º Encontro Ibérico de Leitores de Saramago".

quarta-feira, novembro 14, 2018

IMARGEM 2018

A exposição anual da Imargem é sempre um bom motivo para apreciar o trabalho artístico de alguns amigos.

Sem que encontre uma explicação lógica, a mostra de arte foi transferida da Galeria Municipal para o hall da Academia Almadense, onde será inaugurada, ao fim da tarde de 16 de Novembro (sexta-feira)...

sábado, novembro 10, 2018

Professor Silva Marques, um Grande Mestre e Pedagogo de Almada


O professor António Silva Marques, grande mestre e pedagogo, que teve uma influencia decisiva na implantação do desporto escolar em Almada, na sua Emídio Navarro, deixou-nos na quarta-feira.

Além de professor memorável (daqueles que recordamos para a vida toda...), era um homem das culturas e de tudo o que contribuísse para o enriquecimento do ser humano, como pudemos testemunhar através de um convívio extremamente rico, no sempre vivo Movimento Associativo Almadense.

E como gostava muito de Almada, a Terra que o adoptou, até lhe dedicou um pequeno livro de quadras...

quinta-feira, novembro 08, 2018

A Exposição do 40.º Aniversário do Núcleo do Laranjeiro


Visitei hoje a exposição comemorativa do 40.º Aniversário do Núcleo Desportivo Juvenil do Laranjeiro, patente no edifício-sede da Junta de Freguesia do Feijó e Laranjeiro.

É uma bela homenagem ao melhor clube de atletismo do concelho de Almada, que têm formado autênticos campeões, com mais de uma dezena de recordistas nacionais, em vários escalões. E claro, os cinco atletas que formou e que se tornaram internacionais no escalão máximo: Carlos Silva,  Arnaldo Abrantes e Sílvia Cruz (estes três foram atletas olímpicos), Dário Manso e Carla Tavares.


Nesta jornada de festa é importante não esquecer todos os treinadores e dirigentes que tanto deram de si ao longo destes 40 anos, que têm no Armindo o melhor exemplo.

(Fotografias de Luís Eme)

sexta-feira, novembro 02, 2018

Começa Hoje...


A "22.ª Mostra de Teatro de Almada" começa hoje e oferece dezenas de espectáculos aos almadenses, pelos grupos de teatro do Concelho (amadores e profissionais), até ao dia 18 de Novembro.

(Fotografia de Luís Eme)

quinta-feira, novembro 01, 2018

Dia da Senhora do Milagre


Hoje em Cacilhas é dia de procissão, dia de festa para a Senhora do Bom Sucesso, a padroeira da localidade ribeirinha.

A procissão realiza-se desde o século XVIII e recorda de uma forma simbólica o "milagre" que ocorreu durante o Terramoto de 1755, em que rezam as crónicas que foi um pescador, curiosamente também ele Pedro, que pegou na imagem da Santa e ao ergue-la aos céus e a pedir ajuda divina, foi atendido... as águas que ameaçavam destruir a então Aldeia de pescadores...

(Fotografia de Luís Eme)

domingo, outubro 28, 2018

"A Biblioteca Encantada" na Incrível

Hoje de manhã assisti à peça infantil, "A Biblioteca Encantada", um original de Iris Paracas, encenado e interpretado pelo Cénico Incrível Almadense.

Embora seja suspeito, por gostar de livros e de bibliotecas, achei a peça extremamente feliz e didáctica, numa altura em que se lê de outras formas, usando normalmente menos papel e menos palavras.

Foi bom ver as personagens a saltarem dos livros e a fazerem companhia à Alice, uma menina que pensava que não gostava de ler... Pensava!


Toda aquela roda viva de personagens, a entrar e a sair do palco, fez com que o público seguisse com entusiasmo a peça do princípio ao fim.

E também foi boa ideia a possibilidade das crianças presentes, puderem subir ao palco e tirar fotografias com as personagens após o final da peça.

(Fotografias de Luís Eme)

sábado, outubro 27, 2018

Quando a Democracia Fica Doente...


Em entrevista dada à "Gazeta das Caldas" (edição de 19 de Outubro) Luís Patacho, líder local do PS e da oposição disse algo sobre as Caldas da Rainha, que se poderia perfeitamente encaixar no poder local de Almada, antes das últimas eleições:

«Em Ciência Política, quando uma força política está mais de 20 anos consecutivos a gerir, seja um país, seja uma câmara municipal, seja uma região autónoma, já não se considera tecnicamente uma Democracia. Chama-se a isso um regime híbrido. Porquê? Porque o próprio sistema não é capaz de se regenerar, de criar alternância e portanto a Democracia estará como um doente.»

Concordo com as palavras de Luís Patacho. E mesmo estando próximo do PCP (ideologicamente...), sabia que era bom para a democracia e para Almada, que a CDU perdesse as últimas eleições. Mais de 40 anos de poder, acabam por provocar uma grande incapacidade de se olhar à volta e de se fazer  autocrítica...  Além de clientelismo, compadrio, etc.

Não acredito que Almada ganhe algo de substancial com a coligação do PS e do PSD (pelo contrário...).  Acredito sim, que a CDU, quando voltar ao poder, irá ter uma  postura diferente, vai voltar a olhar para os almadenses.

(Fotografia de Luís Eme)

quarta-feira, outubro 24, 2018

A Ingratidão é o Pão Nosso de Cada Dia do Associativismo...

No associativismo a simplicidade e o sentido colectivo, por vezes são entendidos como defeitos. Poderia dar dezenas de exemplos. Mas apenas falo de dois amigos (o Carlos e o Diamantino), com quem tenho realizado muito trabalho associativo, e nunca foram homenageados como mereciam.

O mais grave é me lembrei disso porque um deles está com problemas de saúde (que espero que se resolvam com brevidade...) e o outro está com quase noventa anos...

O mais caricato é o que normalmente acontece. Ao longo de mais de vinte anos de prática de associativismo, reparo que muitas vezes são os próprios homenageados que se metem a jeito (alguns até quase que exigem...), para que se realizem as ditas festas.

E é por isso que, cada vez tenho menos dúvidas de que a simplicidade e humildade, são quase defeitos neste nosso país, cada vez mais cheio de "pavões", que a única coisa que fazem de válido é encher o peito de ar e dizer umas "larachas", para quem os ouve...

(Fotografia de Luís Eme)

domingo, outubro 21, 2018

Os "Resistentes" de 2018

Embora não tenham sofrido as agruras dos "resistentes" de 1872 e de 1894, que dizem muito do carácter e da dignidade da Incrível Almadense, os músicos da banda da Colectividade mais antiga de Almada, também lutam para honrar a sua história e para arranjar um lugar no futuro para ela.


De manhã deram música a todos os que apareceram no Largo Gabriel Pedro e à tarde honraram os pergaminhos incríveis no tradicional encontro de bandas (já é XVI...) com as Sociedades  Musical Aljustrelense (que grande banda!, jovem, mas de grande qualidade) e  Filarmónica Alverquense, no Salão de Festas da Incrível, que continua a ser a "Catedral do Associativismo Almadense".

(Fotografia de Luís Eme)

sexta-feira, outubro 19, 2018

As Formas e Volumes de António Júlio


Gostei muito de ter passado ontem pela Galeria Municipal de Almada, para ver a exposição "António Júlio, Formas e Volumes" (amanhá é o último dia...).

Os desenhos, as esculturas e as pinturas deste almadense (por adopção), que nos deixou em 2015, mereciam com toda a certeza, mais publicidade e mais público.

(Fotografia de Luís Eme)

domingo, outubro 14, 2018

Rui Madeira deu Espectáculo na Lisnave

Se houve alguém que deu espectáculo na  pista improvisada da Lisnave, durante o dia de ontem, foi Rui Madeira, um dos grandes pilotos da história do automobilismo almadense.

(Fotografia de Luís Eme)

sábado, outubro 13, 2018

Lisnave Volta a ter Vida (por um só dia...)

A organização do "Almada Extreme Sprint" no território da antiga Lisnave teve no mínimo uma virtude, voltou a dar vida a este lugar, completamente abandonado há quase duas décadas.


A entrada livre possibilita ao público ver os carros de corrida a acelerarem pelas estradas largas e livres, mas também o espaço e os armazéns, completamente subaproveitados, e os  vestígios, a caminho da ruína, daquele que foi um dos grandes estaleiros navais europeus...

(Fotografias de Luís Eme - na primeira podem ver-se os carros do piloto almadense, Rui Madeira, que foi campeão do mundo de ralis na sua categoria, que apadrinhou e participa na prova)

sexta-feira, outubro 12, 2018

Sem Qualquer Desculpa...


Um ano de governação é mais que suficiente, para que se acabem com dúvidas ou desculpas, sobre o que continua a correr menos bem no nosso Concelho.

E há de facto muita coisa a correr menos bem em Almada (sem me afastar muito da Cultura e do Associativismo...).

O facto da "Agenda Cultural" ao dia 12 ainda não ter sido distribuída ao povo almadense, é apenas um sinal (pequenino...) do aparente "desnorte" (não sei se propositado ou não...), do governo local, socialista e social-democrata...

(Fotografia de Luís Eme)

segunda-feira, outubro 08, 2018

"A Vitória de Saramago" (texto de 1998)


«Foi com grande alegria que vimos José Saramago deixar o hall de entrada da sala, destinada aos eternos perdedores do Prémio Nobel da Literatura, com a serenidade que o caracteriza, depois de ser “Levantado do Chão” pela Real Academia Sueca da Língua.
O país voltou a sorrir de satisfação – e com a Expo 98 ainda tão perto na nossa memória... --, ao ponto de transformar a vitória de Saramago, num êxito de todos os portugueses. Foram erguidas bandeiras de Norte a Sul, levando bem alto “Todos os Nomes” deste escritor, digno herdeiro de Camões, Eça, Camilo, Pessoa, Aquilino e Torga.
A Escandinávia dobrara pela primeira vez a coluna à língua portuguesa. Depois de um longo “Ensaio Sobre a Cegueira”, acabou por reparar uma  injustiça quase do tamanho deste século!...
Embora Saramago seja um caso à parte, se fizermos uma “Viagem a Portugal”, encontramos uma mão cheia de poetas e ficcionistas que também poderiam ter sido inscritos nos “Apontamentos” da Academia Sueca.
Quando dizemos que ele é um caso à parte, estamos a basear-nos  num estranho casamento das Letras com Números que nos prova que Saramago é o escritor português vivo, mais conhecido e lido no mundo inteiro.
A sua obra literária é um manancial de estórias sobre a nossa História, “Deste Mundo e do Outro”, não sendo por isso de estranhar que alimente algumas polémicas. E quando se fala de coerência – uma palavra usada para dignificar Saramago e todos os seus camaradas que se mantém fiéis ao comunismo --, devemos fazer uma vénia ao Município de Mafra que continua a defender que “O Memorial do Convento” ofende o bom nome dos seus habitantes; e ao Papa, que  ao folhear “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, continua a perguntar a Deus com um olhar triste e angélico, “Que farei Com este Livro?”, por manterem vivas as suas opiniões divergentes em relação ao escritor.
 Mesmo sabendo que este não é o melhor momento para  falarmos da nossa taxa de analfabetismo, não devemos esconder a nossa triste realidade usando o Nobel da Literatura como peneira.
Saramago sentiria, “Provavelmente Alegria”, se usássemos o seu Prémio para sensibilizar os portugueses a visitarem o campo aberto das letras, mostrando-lhes o poder da luz “Poética dos Cinco Sentidos” que nos ilumina nas nossas viagens deliciosas pelo interior dos livros.
E se nos fosse permitido sonhar, gostaríamos que o Nobel produzisse o mesmo êxito na Literatura que as medalhas milagrosas de Carlos Lopes e Rosa Mota obtiveram no Atletismo, fomentando de uma forma avassaladora a leitura nas escolas e nos lares portugueses, arrebatando toda “A Bagagem do Viajante” de Lanzarote e de outros grandes escritores.»

(texto da minha autoria publicado no boletim "O SCALA", nº 8, Inverno de 1998, de homenagem ao nosso Prémio Nobel da Literatura - fotografia de autor desconhecido)

sábado, outubro 06, 2018

Os 170 Anos da Incrível Almadense, um Colosso Associativo e Cultural

A Sociedade Filarmónica Incrível Almadense comemora o seu 170.º aniversário durante todo este mês de Outubro, com dezenas de iniciativas culturais e recreativas.

A Colectividade possui uma história inigualável no panorama associativo português, tendo conseguido resistir de uma forma verdadeiramente "incrível" (os seus padrinhos sabiam o porquê de lhe oferecerem este nome...) a todas as contrariedades que foi forçada a enfrentar nos séculos XIX, XX e XXI.

E este século XXI, talvez seja o mais complicado de gerir, porque o associativismo já não é o que era, pela própria evolução da própria sociedade, e também pela forma como tem sido desprezado pelos poderes políticos (local e nacional) e económicos.

A Incrível embora se mantenha bastante activa, tem poucas receitas próprias e prepara-se para enfrentar uma "batalha jurídica", comum a muitas outras associações e a muitos portugueses, porque os novos senhorios (herdeiros) querem aumentar a renda da Sede para valores "impossíveis". 

Sede que é ocupada pela Incrível há mais de cem anos. E não menos importante, durante esta longa permanência na rua Capitão Leitão, todas as obras de beneficiação neste espaço foram realizadas e pagas pela Incrível Almadense (nos últimos anos com o apoio do Município...),  Algumas obras foram de tal forma avultadas (substituição do telhado, das portas e janelas, reforço das paredes, pinturas, etc), que até houve uma espécie de compromisso de cavalheiros, dos anteriores senhorios, de não aumentarem a renda à Instituição mais antiga de Almada.

Mas como "já não existem cavalheiros", todos os Incríveis sabem que a coisa poderá ficar complicada, se não existir bom senso e o apoio efectivo do Poder Local Almadense, para enfrentar mais este "obstáculo"...

É por tudo isto que hoje à tarde lá estarei no Salão de Festas da Incrível, para assistir a mais uma sessão solene.

(Fotografia de Luís Eme)

segunda-feira, outubro 01, 2018

As Pausas...


As pausas que fazemos, aqui e ali, de algumas coisas da vida, podem ser voluntárias ou involuntárias...

Sim, podemos ser nós a fecharmos portas atrás de nós, mas também podem ser os outros a fechar portas, antes de termos oportunidade de entrarmos...

Mas como em tudo na vida, é no aproveitar que está o ganho.

Sim, uma das coisas que as "pausas" têm de bom, é  obrigarem-nos a reflectir, a pensar, não só nos porquês, mas também em coisas mais importantes, que estão algures dentro num poema-canção, "o que faço aqui"... e também "de quem me esqueci"...

(Fotografia de Luís Eme)

sexta-feira, setembro 28, 2018

O Portugal Manso...

As povos são que são. Nós portugueses, somos seguramente, pouco dados a aventuras e sobressaltos. E tenho muita dificuldade em culpar o Salazar por isso.

Normalmente gostamos do conforto, preferimos sempre não sermos incomodados. Acreditamos que há sempre alguém que faz barulho e luta por nós na rua.

Gritamos muito, mas é em casa e nos cafés, no convívio com os amigos. E agora também fazemos "revoluções" nas redes sociais. 

Quando chega a hora de agir, tentamos sempre escapar. Somos capazes de inventar mil desculpas para não termos de fazer alguma coisa, para não lutarmos pela mudança.

Embora tenha falado na primeira pessoa do plural, felizmente não faço parte do Portugal destes portugueses. 

Talvez a culpa seja do "sangue gitano", que ainda corria nas veias do meu pai...

(Fotografia de Luís Eme)

segunda-feira, setembro 24, 2018

Os Maus Exemplos têm Sempre Seguidores...


Noto que o apego ao poder se faz sentir na actualidade, de uma forma cada vez mais obsessiva e descabida.

Isso acontece até nas pequenas associações, que gerem tostões...

Tenho algum receio que o "brunismo", que forçou o Sporting a uma quase revolução, comece a ser repetido por dirigentes incompetentes, que só se conseguem manter "à tona de água" com manobras pouco democráticas e com o cada vez mais popular, "chico-espertismo", que tanto mal tem feito (e continua a fazer...) ao nosso país...

(Fotografia de Luís Eme)

terça-feira, setembro 18, 2018

O Ginjal com Barcas e Gentes ao Fim da Tarde...


Toda a gente quer ganhar dinheiro com os turistas.

Esta é a explicação óbvia para o encontro com tantas barcas a passearem Tejo abaixo, Tejo acima, povoadas de gente, cada vez mais rendida aos encantos do melhor rio do mundo...

E é também por isso que a gente de fora continua a encher as esplanadas e  os passeios rente às duas Margens.

(Fotografia de Luís Eme)

sexta-feira, setembro 14, 2018

Mais Vale Tarde que Nunca...

Depois de anos de "abandono", os autarcas da junta de Freguesia "acordaram" e andam por aí, a tapar buracos nas ruas e nos passeios.

O mais curioso, é a "auto-publicidade" que fazem, deixando em cada obra a "marca pessoal".

É caso para dizer: «É de político!»

(Fotografia de Luís Eme)

quinta-feira, setembro 13, 2018

Os (meus) Verdadeiros Prémios...


Os verdadeiros "prémios" que tenho recebido nestas andanças da cultura, reflectem-se sobretudo nos sorrisos de felicidade que recebo de alguns amigos, facilmente transmissíveis e genuínos.

São transmitidos por pessoas que que não estavam à espera que os seus trabalhos depois de expostos, expandissem tanto brilho...

Isso aconteceu mais uma vez, neste último sábado.

(Fotografia de Luís Eme)

quarta-feira, setembro 12, 2018

O Associativismo é Outra Coisa...


Faz-me confusão esta coisa de duas ou três pessoas se juntarem, para beneficiarem de apoios (como por exemplo conseguirem expor os seus trabalhos ou lançar os seus livros...), como se fossem um "colectivo".

Mas faz-me ainda mais confusão algumas instituições irem na cantiga...

Eu sei que está tudo a mudar muito rapidamente, mas o Associativismo que conheço, e pratico, é outra coisa...

(Fotografia de Luís Eme)

quarta-feira, setembro 05, 2018

3ª Exposição de Poesia Ilustrada da SCALA

Irei participar mais uma vez na Exposição de Poesia Ilustrada organizada pela SCALA (a terceira), que será inaugurada no próximo sábado, às 16 horas, com alguns poemas e fotos.