quinta-feira, abril 30, 2015

Novo Objecto Promocional do Ginjal


Embora seja quase ridículo falar do desabamento de uma pequena parte do Cais do Ginjal, se pensar na tragédia que aconteceu no Nepal, não posso deixar de comentar o comunicado do Município, que empurra toda a responsabilidade do que aconteceu  para cima da empresa - Tejal - Empreendimentos Imobiliários Lda. - proprietária de 90 % daquela área.

A Câmara Municipal de Almada queixa-se da ausência de resposta da empresa, quando lhe foi solicitado que fizesse obras de beneficiação no local, por este estar cada vez mais em risco para todos aqueles que por ali circulam.

Também diz que foi decidida a interdição total da circulação automóvel naquele espaço.

Embora saiba que há acordos que se estabelecem entre várias entidades (e devem ser respeitados...) faz-me alguma confusão que toda a margem do rio rente ao Ginjal seja considerada "privada". Será que no futuro podemos ser proibidos de circular por ali? Podem-nos "roubar" o Tejo?

E claro que ainda hoje circularam carros pelo Ginjal, sem contar com os parados, de todos aqueles que utilizam o espaço como "parque de estacionamento" (e não existe qualquer sinal de proibição visível)...

Não deixa de ser curioso que o veiculo acidentado - a fotografia foi tirada na tarde de hoje - continue no mesmo local onde caiu (como foi notícia na televisão, talvez esteja a ser utilizado como objecto promocional do Ginjal)...

domingo, abril 26, 2015

E Agora? O Ginjal Fica Cortado ao Meio?


Ontem passei pelo Ginjal e estranhei (do alto do miradouro da Boca do Vento) ver gente a passar para cá e para lá com aqueles fatos com cores luminosas, ao longo do Cais do Ginjal.

Desci e quando me aproximei do local que anteriormente já estava protegido com grades (devido à destruição de  parte do paredão), um bombeiro veio barrar-me a passagem e dizer que tinha de voltar para trás. Vi que se passava para o outro lado com relativa facilidade, mas com o alarmismo do "soldado da paz", que colocara em perigo a sua própria vida (palavras dele...) para me vir avisar, não tive outro remédio se não voltar para trás. Não tirei qualquer fotografia, porque nem sequer me deixaram aproximar muito do local.

À noite pude ver uma imagem com um carro caído no interior da cratera (não sei como foi possível, já que esta estava sinalizada, talvez um descuido do condutor...), agora muito maior...

Não sei se é desta que  os vários poderes (Porto de Lisboa e Câmara Municipal de Almada) que empurram as responsabilidades para os ombros uns dos outros vão continuar a encher o Ginjal de placas e de grades ou se farão - finalmente - alguma coisa. Estamos cá para ver e escrever.

Em 2011 escrevi algo sobre a proibição da passagem de carros, até por ser um lugar de risco, em 2014 voltei à carga, mas os "sabões" querem lá saber dessas coisas...  

Quando já estava a subir as escadarias que me levavam à Boca do Vento, reparei que até um patrulha da Polícia Marítima andava a cirandar a zona.

sábado, abril 25, 2015

Em Almada há o Liberdade F. C.


Como acontece todos os anos, Abril reúne uma boa parte das Colectividades Almadenses, no centro de Almada, depois de um desfile onde se dão vivas ao 25 de Abril e escutam alguns discursos dos políticos da Terra.

Passei por lá, quase de fugida. Ainda tirei algumas fotografias. Esta talvez seja a mais simbólica, ao aproveitar a presença de atletas do Liberdade F. C. (fundado a 28 de Maio de 1920), sentados a assistir à festa deste dia especial...

quinta-feira, abril 23, 2015

Abril Aproxima-se, Mas...


Não sei porquê, mas este é o ano que estou mais a leste de Abril.

Acho que estou farto disto tudo. Da hipocrisia de sempre, especialmente de quem se sente mais "dono" de Abril que o resto do mundo (sim, estou a falar da esquerda que tem e está no poder, como acontece aqui em Almada...).

Muitos dos seus gritos estão carregados de falsas emoções, não escondem uma vida cheia de "ismos", a começar nesse mesmo, o oportunismo que cabe em todas as revoluções, aproveitado pelos "bem falantes", que sempre foram melhores a "caçar" votos que os verdadeiros democratas, empurrados para as filas de trás...

Tudo isto para dizer que não foi Abril que falhou, foram sim as pessoas, que têm e tiveram poder.

O óleo é de Nikias Skapinakis.

domingo, abril 19, 2015

Os Contrastes do Modesto


Na tarde de ontem assisti ao lançamento do livro de fotografias, "Contrastes  / naturezavsurbano", da autoria do fotógrafo almadense, Modesto Viegas, na Livraria Ferin.

A obra foi apresentada por Rúben  Neves, amigo, fotógrafo e companheiro de muitas das aventuras registadas  no álbum (com e sem animais).

Gostei de ter aparecido e de assistir a uma apresentação onde o companheirismo e a amizade, substituíram com grande vantagem a coloquialidade que surge por vezes nestes lugares,  oferecendo mais alegria e descontracção ao momento.

O livro é de uma beleza inquestionável, com oitenta belas imagens, num "contraste" que passa a ser, por agora, o melhor cartão de visita do Modesto, enquanto "fixador de imagens".

sexta-feira, abril 17, 2015

Ver Passar os "Eléctricos"


Na minha paragem do "metro" há um grupo de homens da terceira idade que se junta por ali, sentados, a ver passar as composições do comboio (que também é eléctrico para uns tantos...).

Não sei do que falam, talvez das pessoas que entram e saem pelas portas automáticas, da outra cidade desaparecida, que tinha ali a chamada "fonte luminosa"... ou até de futebol ou mulheres, de preferência mais roliças que eles...

domingo, abril 12, 2015

A Ternura e a Verdade do Orlando


Num tempo em que a hipocrisia e o cinismo parecem ganhar uma série de batalhas por esse quotidiano fora, sabe bem saber (e sentir...) que somos amigos de alguém que é admirado sobretudo por ser um ser humano de excepção, que procura ser coerente com os seus ideais e com os seus princípios, dia sim dia sim.

Refiro-me a Orlando Laranjeiro, uma referência para todos aqueles que amam as suas colectividades, sem estarem a espera de receber qualquer dividendo em troca, que não seja a honra de as bem servir.

Sei que isto parece coisa do século passado mais ainda existe (felizmente)...

E este seu parágrafo diz tudo:

«Aqueles homens que davam parte substancial da sua vida à sua Colectividade trabalhando desinteressadamente para a comunidade, só podiam irradiar dos seus olhos e dos seus gestos: Ternura! Eu sou associativamente um humilde produto dessa gente; desse Associativismo emulativo e de paixão; desse Associativismo eminentemente popular quer se queira quer não.»

quinta-feira, abril 09, 2015

Tarde de Poesia com Orlando Laranjeiro


No sábado, dia 11 de Abril, às 16 horas, será inaugurada a exposição, "Era uma Vez um Associativista...", no Espaço Doces da Mimi (Almada), organizada pela SCALA.

Após a inauguração decorrerá a "Tarde de Poesia com Orlando Laranjeiro", um dos bons poetas de Almada, que consegue oferecer uma musicalidade muito própria às suas palavras bonitas.

Ofereço-vos um dos seus poemas, muito simbólico em relação aos dias de hoje...

“O Amigo”
                           
Esqueceste amigo!
Quando mais era preciso
Que te lembrasses
Esqueceste amigo!
Ou talvez não saibas
Que quando a dor
Nos abafa e deprime
Quando o peito estala
E nos oprime
Necessitamos por vezes
De uma simples palavra de conforto
Ou de um pequeno gesto a dizer-nos:
Estou contigo!
E é tão fácil amigo
E tão verdade
Quando dentro de nós
Mora de facto a amizade.
Mas se nada disto sentes
Se nada disto entendes
Ou achas que não mereço
Então…
É com mágoa que reconheço
E te digo
Que não és
Nem nunca foste
Meu amigo!                                                                                                              
Orlando Laranjeiro

segunda-feira, abril 06, 2015

Abril, Mês de Cravos e de Águas Mil


Depois de uns dias quase de Verão, o verdadeiro Abril, da sabedoria popular, apareceu lá fora, pintando o céu de negro e fazendo cair as suas águas mil...

Parece que ao sair de casa, tenho de levar chapéu e uma roupa menos leve...

É caso para dizer: Abril no seu esplendor.

sexta-feira, abril 03, 2015

Arte e Bom Gosto em Abril


Não vou falar da "falácia" da capa, da Agenda de Almada de Abril, em que depois do 25 de Abril, alguém escreveu que o povo é quem mais ordena. Antes fosse. Talvez estivesse mais gente importante atrás das grades...

Mas não é sobre isso que eu quero falar. Quero falar do design (Henrique Cayatte), da capa (José Monginho) e do departamento gráfico do Município, que fazem desta publicação ("Almada Agenda") muito mais que um objecto informativo.

E apesar de todos os revezes, mesmo em Terras que se dizem de Abril, é bom que não se esqueçamos de continuar a gritar, «25 de Abril, Sempre!»