quarta-feira, maio 30, 2018

Mais um Exemplo da Nossa "Sociedade do Espectáculo"...


Ontem assisti à oitava edição dos "Talentos da António", uma espécie de "ídolos" escolar, com duas variantes, música e dança de um dos agrupamentos de escolas de Almada.

De uma forma geral gostei do que vi, especialmente da dança (com bastante qualidade e diversidade...).

Mas como considero que tenho gosto, achei a entrega dos prémios injusta. Ou seja, como costuma acontecer muito por aí, penso que os prémios não foram atribuídos aos melhores.

Por exemplo na dança, o que foi premiado foi o "número", a coreografia (os "efeitos especiais" feitos pela professora que encheu o palco de pó...), e não a qualidade da bailarina, que não executou um único exercício de dificuldade média... Quando houve três excelentes participantes a nível técnico, tanto na ginástica rítmica, no ballet ou simplesmente na conjugação feliz da música com a ginástica.

Na música aconteceu o mesmo. Foi premiada a diversidade (alguém que cantou - pessimamente - ao mesmo tempo que tocava dois instrumentos...) e não a qualidade vocal.

Só me resta lamentar que, mais uma vez, o "espectáculo" tenha suplantado a "qualidade individual", algo que começa a acontecer com frequência no nosso país.

Quem esteve bem foi o actor que fez parte do júri, que teve o cuidado de dizer aos participantes que não venceram, para não se preocuparem, porque os únicos culpados foram os elementos do júri...

(Fotografia de Luís Eme)

terça-feira, maio 22, 2018

Júlio Pomar, Cacilhas e o Tejo...


Júlio Pomar, um dos maiores artistas plásticos do nosso país, deixou-nos hoje.

Na meninice passou por Cacilhas várias vezes, para visitar a  tia, a poetisa Emília Pomar. E deixou-nos o seu testemunho da localidade ribeirinha desse tempo:

«Viver em Lisboa quando era miúdo era perfeitamente infernal. Quando atravessava o rio para visitar uma tia com a minha mãe, o que era o desembarque em Cacilhas? Há um poema de António Nobre sobre os pobrezinhos nas procissões e nas romarias, pedem tanto, os coitadinhos.»

(Fotografia de autor desconhecido)

sexta-feira, maio 18, 2018

"Arte em Festa" é Apresentada Hoje


A terceira edição da  "Arte em Festa", que decorre no Concelho de Almada entre 25 de Maio e 19 de Junho, organizada pela Imargem é apresentada hoje na sua sede /Galeria.

quinta-feira, maio 17, 2018

Romeu Correia, entre dedicatórias & aproximações


Um dos poemas do caderno, "romeu correia, entre dedicatórias & aproximasções", é a "visita guiada", num percurso familiar ao "Casario":


visita guiada

a visita começou em Cacilhas
a bonita terra dos “orelhudos”
e de tantas outras maravilhas
que não davam espaço a sisudos

com a tua arte de contador de histórias
falaste do Arrobas, do Elias Garcia
e de tanta gente de felizes memórias
utilizando alguns pós de fantasia

depois vieram os lugares mágicos
que não trouxeram apenas encanto
focaste os acontecimentos trágicos
salvos por um ou outro “santo”

quando abriste a porta dos restaurantes
sentimos o aroma das belas caldeiradas
convocaste mais personagens apaixonantes
que na tua voz se tornaram encantadas

depois caminhámos em direcção ao “Rio-Mar”
era ali que começava e acabava o Ginjal
com tantas aventuras para contar
e quase sem darmos por isso,
estávamos no Ponto Final

Luís [Alves] Milheiro


sábado, maio 12, 2018

Agenda Municipal Continua Fora de Horas


Não consigo compreender, por que razão é que a "Almada Agenda" (agenda cultural em papel...) continua a ser distribuída ao público, praticamente a meio do mês.

Não faz muito sentido que metade das notícias impressas na Agenda percam actualidade e só cheguem ao conhecimento dos almadenses depois de terem acontecido.

Já ouvi várias versões sobre  o facto (inclusive a mudança de fornecedores...), mas nenhuma me convence.

A única coisa que sei, é que já estamos em Maio, e ainda não se conseguiu resolver o problema, com prejuízo para os agentes, para as actividades culturais desenvolvidas e sobretudo para a população do Concelho.

domingo, maio 06, 2018

Incêndio nos Antigos Armazéns em Ruinas...


Como todos sabemos, a maldade humana revela-se nas pequenas e grandes coisas.

Foi dessa forma que parte dos antigos armazéns e casas de habitação dos operários da Teotónio Pereira, no Ginjal, já em ruínas, foram alvo de um incêndio, que fez com que agora só fiquem a restar apenas as paredes, de cimento e pedra...

(Fotografia de Luís Eme)