Há palavras mais fortes que outras, que usamos ao sabor da inspiração e que muitas vezes têm de ser terceiros a chamarem-nos a atenção, como se fizéssemos mau uso delas ou fossemos injustos.
É então que nos "salta a tampa" e dissemos o que devemos e não devemos.
Depois de ter desabafado, de ter dito que sim, que eram um bando de gente que se servia do trabalho dos outros para ascender a cargos superiores e que muitas vezes nem sequer sabiam estar, ao ponto de deixarem cadeiras vazias, sem sequer justificar a ausência.
Mas ele lá conseguiu que eu apagasse a palavra "demagogia" no texto, em nome de "interesses superiores", neste tempo em que o que falta em coragem e honestidade, sobra em "conversa da treta".
Lembrei-me logo da minha Mãe, boa nestas coisas dos "paninhos quentes" e do meu Pai, claro, demasiado apaixonado pela liberdade para se deixar condicionar...
Nestes casos sei que sou muito mais "Pai", por isso é que às vezes preciso que me coloquem "travões", especialmente quando estão em causa interesses colectivos e não individuais.
O óleo é de David Adickes.