Quando o Luís Bayó Veiga deixou ontem o comentário de que a fotografia do Cine-Incrível e do começo da Rua Capitão Leitão estava ao contrário, pensei logo em repeti-la, porque se há alguma coisa que está ao contrário em toda esta história, não será a fotografia, com toda a certeza.
A fotografia foi tirada a um dos vidros dos Paços do Concelho, cujo reflexo produz esse efeito.
Aliás, ela já foi colocada assim, como uma metáfora deste tempo, em que o "poder do dinheiro", provoca a "cegueira" a tanta gente...
Neste caso em particular, acaba por ser isso que está em causa, pois o "vil metal" é colocado acima de todas as coisas.
A Incrível nunca colocou em causa a lei ou o senhorio. Foi este senhor que entrou nas nossas instalações (são nossas enquanto pagarmos renda...), sem tentar sequer dialogar ou tentar chegar a um consenso, sobre o que lhe pertencia e o que era propriedade da Incrível (muito menos sobre um valor de renda que fosse justo para ambas as partes...).
E o mais grave, é que nem se dignou a respeitar os 170 anos de história da Incrível Almadense, algo que sempre foi feito pelo seu pai...
(Fotografia de Luís Eme)