quinta-feira, agosto 27, 2015

O Turismo quase Arqueológico


O Ginjal é mesmo um pólo de turismo. Os restaurantes "Atira-te ao Rio" e o "Ponto Final" são a delícia de milhares de turistas que escolhem o nosso país para passear à descoberta do que não há lá pelas suas terras.

Como tenho escrito invariavelmente por aqui, o Tejo é o melhor chamariz desta gente que também gosta da proximidade das ruínas e do ar abandonado, algo que encontram com mais facilidade em Portugal, Itália e Grécia, que nos seus países "politicamente correctos", cheios de regras (que nos têm impingido com demasiada facilidade) e hipocrisias.

Só estranho que não haja mais gente a molhar os pés (e até um pouco mais...) na Praia das Lavadeiras, que banha estes dois lugares de boas comidas e vistas. A água até já começa a ser transparente...

quarta-feira, agosto 26, 2015

Um dos "Hotéis" Sem Estrelas na Nossa Banda


Não deixa de ser curioso que os novos "nómadas" que fogem da guerra e arriscam a vida para chegar ao Velho Continente, quando são entrevistados para a televisão, sonham com a Suécia e com a Alemanha, nunca com Portugal...

Eles conhecem o mundo e sabem o que querem e o que não querem. Sabem quais são os países de primeira, de segunda e de terceira na Europa.

E o que não querem mesmo é ficar num dos muitos "hotéis" sem estrelas, que abundam no nosso país.

Este que ficou na fotografia fica na Cova da Piedade, rente às velhas fábricas do Caramujo...

quarta-feira, agosto 19, 2015

Cacilhas e o Tejo ao Fim da Tarde


Uma legenda?

Campolide é já ali, entre S. Jorge e Seixal, com  Lisboa lá longe, do outro lado do Tejo...

terça-feira, agosto 18, 2015

A Solidão de Lisboa em Agosto


Estamos tantas vezes sós, no meio de uma multidão...

Senti isso no meio desta Lisboa cheia de gente garrida, com pele quase vermelha, que adoram tudo o que é português, até as pessoas simpáticas (menos os portugueses que não gostam de trabalhar e que lhe aparecem nas reportagens "manipuladas" das televisões dos seus países...) que lhes respondem em inglês - por muito manhoso que seja - ou por gestos a praticamente todas as suas questões.

Acho que começam aí as diferenças. Ai de nós se desatarmos a fazer perguntas em português em Paris ou Londres (os hipotéticos portugueses que nos podem responder na nossa língua mãe, só estão dentro das anedotas, a não ser que lhes pisemos os calos e eles soltem um sonoro, "foda-se", cabrão de merda, vai pisar outro!", identificando-se automaticamente). Levamos sobretudo com narizes empinados, ar enfastiado, e claro, a língua deles, ao seu ritmo, por vezes perto do incompreensível...

Mas eu nem era para escrever sobre estas visões de um Agosto que se quer prolongar pelo ano inteiro, graças aos guias que dizem que Lisboa é o melhor destino turístico da Europa. Queria escrever sobre o café ausente dos amigos que escolhem Agosto para escaparem à "solidão" da Cidade...

sábado, agosto 15, 2015

Muito Tejo, Muito Tejo...


O Vento apareceu esta semana e tem oferecido ondas ao Tejo.

E os cacilheiros já fazem parte do Rio, e como diz Ary dos Santos no seu poema "O Cacilheiro" (final):

Se um dia o cacilheiro for embora
Fica mais triste o coração  da água
E o povo de Lisboa dirá, como quem chora,
Pouco Tejo, pouco Tejo, muita mágoa.

terça-feira, agosto 11, 2015

Flores do Ginjal


Sem nada para dizer, publico esta minha  fotografia de Julho, que é o que é: Flores do Ginjal.

Isto acontece porque o "Casario" há já algum tempo que também é um blogue de retratos do Luís Eme...

sexta-feira, agosto 07, 2015

Uma Dupla Festividade


Hoje dia 7 de Agosto, há dois grandes almadenses que comemoram o seu aniversário. 

António Henriques se estivesse entre nós comemorava hoje o seu centésiimo aniversário, pois nasceu em Cacilhas, a 7 de Agosto de 1915.

Orlando Laranjeiro comemorou hoje o seu 85º aniversário, numa festa partilhada com os seus principais amigos, ele que nasceu em Sesimbra a 7 de Agosto de 1930.

Publicamos a capa do CD comemorativo do centenário de António Henriques, porque as letras no seu interior cantadas por Luisa Basto e o poema declamado por Orlando Laranjeiro, são da autoria do próprio Orlando, um poeta almadense que oferece uma musicalidade especial às suas palavras rimadas.

terça-feira, agosto 04, 2015

Fim de Tarde no Ginjal


Há pouco Tejo neste fim de tarde (domingo...), com o rio praticamente sem ondas.

Ando e sinto que nada mudou nas paredes, nem nas pessoas...

São quase todas de fora, os que passeiam e os que se plantam nas esplanadas do "Atira-te ao Rio" e do "Ponto Final".

Escuto distraído inglês, francês e espanhol (este de forma mais audível, porque os nossos vizinhos são muito mais palavrosos...). Pouco português, porque até os empregados de mesa tentam acompanhar a "dança" das palavras dos clientes.

Perguntam-me porque tenho de voltar sempre aqui.

Respondo com uma frase curta: «porque amo este lugar».