Ao fim da manhã assisti a uma discussão estúpida, e ao mesmo tempo, normal, pelo menos nesta Almada em constantes mudanças...
Uma senhora farta de esperar e ao ver que nenhum carro parava para a deixar passar, resolveu aproveitar uma aberta para atravessar a passadeira...
Num ápice apareceu um condutor apressado a apitar e a mandar a senhora atravessar a estrada na passadeira... a senhora respondeu-lhe à letra, perguntando-lhe se ele era céguinho, apontando para o sinal.
O homem ainda barafustou, até que percebeu que tinha feito asneira e arrancou apressado, sem abrir mais à boca, enquanto a senhora abanava a cabeça.
Eu que vinha atrás, sorri com aquele quadro.
Como condutor que sou, sei que muitas vezes esquecemos os sinais e olhamos apenas para a estrada, e como não vemos as riscas da passadeira, é sempre a andar.
Só que os sinais são soberanos.