sexta-feira, dezembro 30, 2016

A Homenagem a Elias Garcia


Tal como tem acontecido nos últimos anos, O Farol, Associação de Cidadania de Cacilhas, vai mais uma vez prestar homenagem a José Elias Garcia, uma das grandes figuras do movimento republicano, na segunda metade do século XIX, que chegou inclusive a ser presidente do Município de Lisboa.

Apesar de ser um dos seus biógrafos (penso que o livro que escrevi com Abrantes Raposo, continua a ser a única biografia existente...), não tenho participado nesta homenagem.

Não o faço porque não me parece que seja algo que dignifique a vida e obra deste grande cacilhense, que foi tantas coisas, muitas das quais permanecem praticamente desconhecidas pelos almadenses (sim, eu sei que a maior parte das pessoas não lêem os livros que escrevemos...).

Ano após ano, penso que se poderiam explorar as suas várias facetas, como a de deputado, jornalista ou ainda de principal reformador da educação em Lisboa ainda na monarquia (onde fez um trabalho muito meritório com a criação das primeiras escolas primárias públicas...).

Não tenho nada contra esta homenagem. Apenas penso que Elias Garcia merece muito mais que um ramo de flores e meia-dúzia de palavras de circunstância, na passagem do seu aniversário.

(Fotografia de Luís Eme)

quarta-feira, dezembro 28, 2016

A Destruição e Banalização do Bem Público


Se há coisa que me incomoda nestes tempos quase de selvajaria, é a destruição e banalização do que é de todos, o que se entende por bem público.

A Margem Sul é pródiga em "bandidos" que se entretêm a riscar paredes, portas, muros, e até monumentos.

O "burro e as crianças", continua igual em Cacilhas. Igual não. Agora está protegido por São Ronaldo, que espreita (um bom exemplo do que se pode fazer com tintas...).

Mas mais que esta protecção "divina", já devia ter sido alvo de limpeza por quem de direito (a União de Juntas...), para oferecer uma outra imagem de Cacilhas, aos muitos turistas que passam pelas ruas Cândido dos Reis e António Feio.

De Agosto a Dezembro, passaram mais de quatro meses.

(Fotografia de Luís Eme)

quinta-feira, dezembro 22, 2016

Feliz Natal Para Todos

Desejo um Feliz Natal a todos aqueles que costumam passar aqui pelo "Casario", para ver as vistas.

A fotografia que publico - da minha autoria - mostra a Praça da Liberdade de Almada nesta época festiva.

domingo, dezembro 18, 2016

Uma Cidade Quase a Gritar, ao Fim do Dia...


A festa de Natal da SCALA tinha acabado e lá vim eu a pé, até Cacillhas. Já na Avenida Afonso Henriques reparei na fila enorme de carros e nos polícias que condicionavam o trânsito, proibindo a passagem por algumas ruas.

Olhava as pessoas dentro dos carros, quase em fúria, provavelmente a maldizer a hora que tinham vindo às compras ou simplesmente passear na Cidade...

Já na Gil Vicente perguntei a um polícia se tinha havido algum acidente. Disse-me que não, era apenas a "Corrida de São Silvestre de Almada".

Já tinha estranhado a data da prova, mas nunca mais liguei ao assunto. Agora voltei a estranhar, o dia e também a hora. Para quem não saiba as "Corridas de São Silvestre" normalmente realizam-se no último dia do ano e festejam (embora a morte não seja uma festa...) a data do falecimento de São Silvestre, um papa mártir da igreja católica, ainda dos tempos do Império Romano, que depois foi canonizado, sendo um dos primeiros Santos da Religião Católica.

O que é facto é que os organizadores das provas de corrida, que nem sequer devem saber (ou ter a curiosidade de...) quem foi Silvestre, acham que, tal como o Natal, a corrida de São Silvestre também pode ser quando o homem quiser...

E claro que é um absurdo fazer esta corrida tradicionalmente nocturna, às 19 horas, no centro de Almada... pois é hora de ponta em qualquer cidade num sábado das vésperas de Natal...

(Fotografia de Luís Eme)

sábado, dezembro 10, 2016

"Conflito de Interesses"...


Em Almada é a coisa mais normal do mundo que existam "conflitos de interesses" deste género...


quinta-feira, dezembro 08, 2016

"50 Anos - 50 Pontes, do Tejo e de Abril"


"Vestígios Industriais no Ginjal" foi o título que dei a esta minha fotografia que faz parte da exposição, "50 Anos - 50 Pontes, do Tejo e de Abril", que será inaugurada amanhã às 17 horas na sede da SCALA, em Almada.

(Fotografia de Luís Eme)

terça-feira, dezembro 06, 2016

"50 Anos - 50 Pontes, do Tejo e de Abril"


"50 Anos - 50 Pontes, do Tejo e de Abril" é o título da minha exposição de fotografia que vai ser inaugurada na próxima sexta-feira, em Almada, na sede da SCALA (rua Conde Ferreira - antiga Delegação Escolar), às 17 horas.

Se estiverem por Almada e quiserem aparecer, serão bem recebidos e verão a forma como consegui escolher 50 fotografias com a Ponte Sobre o Tejo, de ambas as margens e também do meio do rio e "construir" uma exposição...

sábado, dezembro 03, 2016

Um Associação, um Leilão, uma Fotografia...

Eu sei, o tempo não vai ser uma grande ajuda para logo. Mas também sei que existem chapéus de chuva, carros e que dentro da sede da SCALA até estamos confortáveis...

Já falei várias vezes por aqui da SCALA, a Sociedade Cultural de Artes e Letras de Almada, a primeira colectividade de que me fiz associado em Almada (com o privilégio de ser o seu primeiro sócio não fundador...). Isso aconteceu em 1994, o ano da fundação da Associação.

Fui e sou dirigente há vários anos, porque esta sim, é a "minha colectividade" de Cidade que escolhi para viver em 1987 (parece que afinal não caí de para-quedas...). Penso como o Orlando, não se pode gostar de todos os clubes da mesma maneira. Quando isso acontece, provavelmente não gostamos de nenhum...

É por isso que a SCALA e a Incrível Almadense são os meus "clubes" de Almada (o meu clube pequeno e o meu clube grande...). Poderei ser associado de outras colectividades, mas por razões que já se afastam do coração.

Isto de escrever directamente no "bloguer" tem esta coisa boa de nos fazer divagar e afastar do tema principal que nos ditou a prosa. Hoje à tarde realiza-se um pequeno "leilão" de obras (maioritariamente pinturas) oferecidas por vários sócios criadores da SCALA, que se disponibilizaram logo para ajudar (com a oferta de obras) quando o Município de Almada nos cedeu o espaço que hoje é a nossa sede e que precisava de obras de beneficiação. Como a SCALA não é mal agradecida decidiu organizar a "Exposição Colectiva de Pequeno Formato", com  36 obras de vinte artistas, integralmente oferecidas à nossa Associação.

Embora a maior parte das obras sejam pinturas em resolvi oferecer uma fotografia (sim, este Cacilheiro...), que quase disfarcei de pintura, para que não ficasse "desajustada" na exposição.

E agora só esperamos que esta sessão benemérita seja um sucesso.

Se por acaso não sabe o que vai oferecer a este ou aquele amigo, apareça logo na sede da SCALA, a partir das 16 horas (rua Conde Ferreira - Antiga Delegação Escolar - Almada). Tem muito por onde escolher e a preços simpáticos.

(Fotografia de Luís Eme)

quarta-feira, novembro 30, 2016

Duas Cidades (Aparentemente) com Ideias Trocadas...


Sei que posso não ter os dados todos, por estar afastado do desporto (pelo menos muito mais que há 20 anos em que fazia jornalismo desportivo...) e por não viver nas Caldas.

Mas quando vejo que Almada se candidatou a "Cidade Europeia do Desporto 2018" e as Caldas da Rainha a "Cidade Europeia da Criatividade 2020", ficou com a sensação que bem poderiam trocar de candidaturas.

Almada, embora possua muito melhores infraestruturas que em 1996 (para recuar apenas os tais 20 anos...), tem muito menos "vida desportiva", menos clubes e menos gente a praticar desporto. E se pensarmos na vocação e qualidade competitiva, ainda ficamos mais para trás.

Nessa época os clubes mais representativos da Cidade estavam no auge (Ginásio Clube do Sul e Almada Atlético Clube), além de terem as suas equipas de andebol nas divisões principais, em praticamente todos os escalões, praticavam outras modalidades com sucesso. A Naide Gomes, por exemplo, fez atletismo no Ginásio. A SFUAP tinha uma das melhores equipas de natação do país. E também existiam mais competições populares (mais corridas de estrada por exemplo...) e os "desaparecidos" Jogos Desportivos de Almada (penso que era assim que se chamavam...), e como seria normal, mais clubes populares.

O desporto ainda não se tinha "burocratizado", dificultando a vida aos chamados "clubes pobres" (e também aos "ricos", o Almada e o Ginásio que o digam...), com uma série de obrigatoriedades, que embora fossem necessárias, a já habitual desresponsabilização do Estado, fez com que a factura final fosse endereçada aos clubes...

Mudando de Cidade, as Caldas é uma "terra onde quase não se passa nada" no campo cultural, e a única criatividade que salta à vista é a dos alunos da Escola Superior de Arte e Design, mas distante dos caldenses. Exactamente o contrário de Almada, onde há quase um "criativo" por lar...

Mas os "inteligentes" de cada uma destas duas cidades é que sabem com que linhas se cozem...

quinta-feira, novembro 24, 2016

Romeu no Centro Cultural de Belém

A exposição de retratos de Fernando Lemos que está patente numa das salas do Centro Cultural de Belém, merece ser visitada por todos os amantes de fotografia e também por quem gosta de ver pessoas famosas retratadas.

Claro que nos anos quarenta e cinquenta ser-se famoso era uma coisa muito diferente dos nossos dias, não havia televisão e muito menos programas de "fama instantânea"...


Romeu Correia está muito bem acompanhado nesta excelente mostra de retratos de Fernando Lemos, que foi um "renascentista" da cultura, pois também se dedicou às letras e às artes plásticas e fez parte do movimento surrealista português, antes de emigrar e se fixar no Brasil.

(fotografias de Luís Eme)

segunda-feira, novembro 21, 2016

A Escrita e a Pintura de Romeu Correia e Louro Artur


Romeu Correia e Louro Artur serão homenageados amanhã, às 18 horas, na Sala Pablo Neruda do Fórum Romeu Correia, com a sessão comemorativa, "Romeu Correia e Louro Artur - A Escrita e a Pintura".

Merecerão um destaque especial os 40 anos da publicação do livro de contos, "Um Passo em Frente" (Prémio Literário Ricardo Malheiros); os 8 anos do "Painel de Azulejos sobre a Obra de Romeu Correia, da autoria de Louro Artur; e claro, a passagem do 99º aniversário do escritor almadense.

(Fotografia de Luís Eme)

sábado, novembro 19, 2016

A Cidade do Teatro


Hoje, ao começo da tarde (às 15 horas) vai ser apresentado na Casa da Cerca o livro, "A Cidade do Teatro", coordenado por Sarah Adamopoulos com textos de António Vitorino, Isabel Mões, Nuno Bernardo e Xico Braga.

Estou curioso em folhear esta obra que pretende historiar (embora vá mais longe...) os vinte anos da Mostra de Teatro de Almada (uma espécie de festival do teatro amador - ou parecido - que se faz por aqui).

Esta curiosidade deve-se ao facto de ter conversado com a Sarah Adamopoulos, coordenadora da obra, várias vezes, especialmente sobre a história do teatro da Incrível e de ter cedido várias imagens do teatro e da sua história. A seu pedido também acabei por escrever um pequeno texto sobre o que entendi ser o período de ouro da "Arte de Talma" na "Sociedade Velha" de Almada (anos 50 e 60 do século passado).

sexta-feira, novembro 18, 2016

Uma Bela Surpresa na Dom Sancho

Eu que pensava que era cedo demais para se estar a comemorar Romeu Correia, não tenho feito outra coisa, que não seja escrever sobre o Romeu aqui no "Casario"...

Claro que isso tem acontecido mais por culpa de "terceiros" (só ontem é que publiquei uma carta minha...). 

Ontem, por exemplo, estive nas instalações da Universidade Sénior Dom Sancho I, onde assisti à inauguração da sua biblioteca e também de uma exposição sobre a vida e obra de Romeu Correia. Exposição que antecedeu o inicio de um ciclo de conversas sobre o escritor (com a satisfação de ouvirmos o Romeu antes dos convidados, graças à projecção de uma entrevista que ele deu à RTP), que irá acontecer todos os meses, ao dia 17, dia de aniversário do autor almadense, até ao mês de Novembro do próximo ano.

Os primeiros convidados desta excelente iniciativa foram Jorge Silva (que apenas conhecia de vista), as professoras Elisa Araújo, Natália Pinto e o João Vasco, neto do Romeu. Todos eles deram o seu testemunho pessoal, sem qualquer artificialismo e com bastante emoção (especialmente o Vasco). Foi também aquele o Romeu que eu  conheci...

Gostei particularmente da intervenção da professora Elisa, por ter ela contado a história da passagem da Escola Secundária do Feijó (conhecida pela "escola das vacas", por ter uma vacaria rente à escola... e que eu desconhecia) a Escola Secundária Romeu Correia.

(Fotografia de Gena Souza)

quinta-feira, novembro 17, 2016

Uma Carta Para o Romeu...

«Não sei se ainda andas por aqui, como o Chico nos costuma contar (sim ele diz que não vamos logo embora, ficamos por cá uns tempos a ver como param as modas...), Romeu.
Se andas, talvez estejas um pouco espantado por teres ganho tantos amigos novos, especialmente agora que te aproximas dos cem anos (hoje ainda são só noventa e nove...), essa idade sempre memorável.
Mas ainda bem que é assim, é sinal que não te vão esquecer, pelo menos nos tempos mais próximos. E tem ainda outra vantagem, todos aqueles que nunca souberam da tua existência, talvez sintam alguma curiosidade em conhecer-te melhor e peguem num dos teus livros, que tanto pode ser um romance, uma peça de teatro ou uma colectânea de contos (os ensaios e biografias não recomendo tanto, porque não têm a tua magia de extraordinário contador de histórias), e vão de viagem contigo.
Claro que há quem não tenha esquecido a tua "vaidade", e até me fale do tempo em que usaste laço em vez de gravata e andavas nas ruas de Almada de nariz empinado. Outros continuam a insistir na tese de que não devias ter aceitado dar o teu nome a uma rua, por estarmos em plena ditadura. Não te preocupes, eu "desarmo-os" sempre com a mesma "arma" que gostam de usar: a tua "vaidade". Se eras vaidoso como te pintavam, por que carga de água não ias aceitar a atribuição de uma rua? Ainda por cima quando normalmente este privilégio só era concedido depois de se partir...
Claro que tenho de ter cuidado com os argumentos que uso, não posso falar da tua simplicidade, e até insegurança, a espaços, que notava nas nossas conversas, ainda dizem que estou a inventar um "Romeu novo"...
E antes que me esqueça, parabéns Romeu.
Mas festa festa, vai ser a do ano que vem. Por isso vê lá se ficas por cá, pelo menos mais um ano. Até por saber que te vais emocionar e divertir bastante, nesta caminhada festiva.»

(Fotografia de Fernando Lemos)

sábado, novembro 12, 2016

Romeu Recordado com Palestra e Visita Guiada


Depois da excelente palestra do historiador Alexandre Flores sobre a vida de Romeu Correia, a que assistimos nas instalações da USALMA, Louro Artur - autor do mural sobre o escritor almadense, que foi colocado em frente das piscinas que pertenceram à Academia - fez uma visita guiada à sua obra de arte, contando vários pormenores sobre a sua história e também sobre as personagens que retratou.

Ou seja, ontem foi uma boa tarde para recordar Romeu em Almada.

(Fotografia de Luís Eme)

sexta-feira, novembro 04, 2016

quinta-feira, novembro 03, 2016

Contar para Viver, Viver para Contar...


As "Tertúlias" alimentam-se muito deste jogo de palavras: "contar para viver, viver para contar..."

É o que espero ouvir logo de Carlos Alberto Rosado, um grande associativista almadense, que irá falar das suas "Memórias das Gentes e Lugares da Rua Conde Ferreira", para todos aqueles que aparecerem às 21 horas na sede da SCALA, que fica nada mais nada menos, que na famosa Rua Conde Ferreira...

domingo, outubro 30, 2016

Ainda Existem Flores no Jardim


Ontem à noite fui assistir à peça, "Ainda Existem Flores no Jardim", no Salão de Festas da Incrível Almadense, encenada e produzida pelo Cénico Incrível Almadense. E posso desde já acrescentar que foi uma bela surpresa, mesmo tratando-se de um monólogo.

Mara Martins, a Rosa, tem uma interpretação de grande qualidade. 

Conseguiu comunicar durante mais de uma hora (a peça não teve qualquer intervalo) com o público, sempre em movimento e sempre em diálogo com ela própria e com as figuras imaginárias que o autor criou, desde o marido, o desaparecido António (cabide de pé alto...) aos funcionários invisíveis do lar ou ainda ao Agostinho, a sua "tábua de salvação", ou a "última flor do jardim".

Ainda por cima se trata de um "assunto" tão actual... Rosa tinha sido abandonada pelos filhos num lar, que tinha os dias contados, o que lhe alimentara a esperança de um deles a vir buscar para voltar a "viver"... Quando já estava a baixar os braços e a enfrentar a realidade, resolveu ler a carta fechada que recebera logo no inicio da peça, mas apenas para ler no fim. Era a carta de um "anjo" ou de uma "flor" (sim há flores masculinas, o cravo é uma delas...), que a iria levar do lugar onde normalmente não se passa nada e apenas se espera a viagem final.

(Fotografia de Luís Eme)

sexta-feira, outubro 28, 2016

A Magia da Incrível, 168 Anos Depois...

Amanhã será inaugurada na sede da SCALA - rua Conde Ferreira, Almada - uma exposição onde se mostrarão 20 marcos da história da Incrível Almadense (escolhidos por mim...).

É uma das muitas formas de homeangear aquela que é a "Mãe" do Movimento Associativo Almadense.

segunda-feira, outubro 24, 2016

Miradouros da Outra Banda (4)

Hoje vou falar de um dos Miradouros da Outra Banda, onde é possível sentir mais a proximidade do Tejo.

Falo da Boca do Vento, que além do Miradouro, tem um elevador panorâmico que nos leva para a Fonte da Pipa e Ginjal e também um bar com esplanada para o melhor rio do mundo...


Escolhi duas fotografias, porque nos oferecem dois ângulos diferentes onde podemos ver várias lisboas, a que nos leva até Belém e a que nos faz alcançar a Praça do Comércio.

(Fotografias de Luís Eme)

sábado, outubro 15, 2016

Miradouros da Outra Banda (3)

Este é o meu miradouro preferido, aliás "miradouros".

A Casa da Cerca (ou Palácio...) além de ser o Centro de Arte Contemporânea de Almada, tem uma das melhores vistas para o rio e para Lisboa e possui um dos melhores jardins à beira-Tejo plantado.

É uma maravilha puder desfrutar de uma paisagem tão rica, que pode ser apreciada praticamente de todos os ângulos e em todas as direcções. Ou seja, a Cerca tem muitos miradouros à nossa espera, é só escolhermos o que mais nos satisfaz o olhar...

Escolhi esta fotografia, porque está lá o Tejo, as barcas e também Lisboa...

(Fotografia de Luís Eme)

segunda-feira, outubro 10, 2016

Miradouros da Outra Banda (2)

Hoje apresento aqui no "Casario" o miradouro do Jardim do Castelo, que perdeu a imponência do passado, desde que foi autorizada a construção de um restaurante panorâmico neste local, que entre outras coisas, "roubou" uma boa parte da beleza a este espaço que devia ser completamente aberto aos almadenses e aos turistas...

(fotografia de Luís Eme)

sexta-feira, outubro 07, 2016

Miradouros da Outra Banda (1)

Uma das melhores riquezas turísticas da Outra Banda são os seus miradouros.

Almada Velha (o Centro Histórico...) nasceu protegida pelas arribas que descem até ao Tejo. Estas condições naturais ajudaram a que surgissem vários miradouros, que depois de serem retocados pela mão humana, são um dos melhores cartões de visita de Almada.

Este é apenas um deles, o miradouro do Seminário de Almada, que dá razão a todos aqueles que acham que é na Outra Banda que se encontram os melhores "olhares" sobre Lisboa e sobre o Tejo...

(Fotografia de Luís Eme)

segunda-feira, outubro 03, 2016

O 4 de Outubro em Almada

Amanhã, 4 de Outubro, festeja-se mais uma vez a República em Almada, que tal como sucedeu em Loures, na Moita e no Montijo (então Aldeia Galega), foi proclamada um dia antes da data oficial.

A informação (ainda incerta...) espalhada por alguns republicanos em Cacilhas da sua vitória na Capital fez com uma boa parte dos operários industriais abandonassem as fábricas e viessem para as ruas comemorar a queda da Monarquia. 

A manifestação atingiu tais proporções que os Paços do Concelho e o Castelo de Almada foram ocupados e posteriormente hasteadas as bandeiras da República a 4 de Outubro de 1910, com as principais figuras locais deste movimento a discursarem e a gritarem vivas à República, nas escadarias do edifício sede do Município de Almada.

Amanhã a festa começa com música e depois, às 18.15 horas decorrerá uma Tertúlia na Sala Pablo Neruda do Forum Romeu Correia, que irá recordar este dia na história de Almada, onde também irei participar, organizada pelos Amigos da Cidade de Almada.

sábado, outubro 01, 2016

Os "Pormenores" do Luís e do Modesto...


Na próxima quinta-feira regressam a Almada as "Tertúlias da SCALA", com a projecção multumédia, "Pormenores, Imagens d'hoje sobre Lisnoa d'ontem", da autoria de Luís Bayó Veiga e Modesto Viegas.

Os autores sintetizam desta forma este trabalho que já foi projectado na FNAC do Chiado:

'Caminhando pelas ruas de Lisboa, em particular nas zonas mais tradicionais, ainda é possível nos dias de hoje, observar com um olhar mais atento, pormenores, aspectos curiosos e objectos insólitos, que se encontram nas fachadas dos prédios, nas lojas antigas ou em sítios diversos que ainda resistem no mesmo local desde sempre e que são testemunhos da Lisboa do passado.
Passamos por eles várias vezes, porém, a rotina dos nossos trajectos diários, faz com que nem sequer lhes demos atenção ou lhe dedicamos especial interesse.
Se por acaso nos chamam a atenção para eles ou os descobrimos, ficamos surpreendidos e olhamo-los como se nunca os tivéssemos visto...
O conjunto de olhares e descobertas que vamos fazendo por Lisboa fora, conduz-nos a uma enorme vontade de colaborar na preservação de tudo aquilo que ainda resiste, sinais de um tempo, e que fazem parte de uma identidade e alna tão própria reportada ao quotidiano que pertenceu a uma Lisboa de outrora...»

sexta-feira, setembro 30, 2016

"O Tejo e a Natureza" da Clara

Amanhã é inaugurada na sede da SCALA (às 16 horas) a exposição individual de fotografia, "O Tejo e a Natureza", de Clara Mestre.

Mas mais importante que a exposição (embora tenha fotografias bonitas...) é o amor que esta senhora - com a idade da minha mãe - tem pelas coisas da cultura.

Sinto que dentro dela está "uma jovem", que não lhe dá tréguas, pelo menos na vontade de criar e de fazer coisas. E foi graças a esta energia que surgiu a exposição da Clara, com vinte e uma fotografias que transpiram paz e beleza, com e sem a ajuda do Tejo.

(A exposição pode ser visitada na sede da SCALA às terças, quartas, quintas e sextas, das 15 às 18 horas - rua Conde Ferreira - antiga Delegação Escolar - Almada).

(Fotografia de Clara Mestre)

domingo, setembro 25, 2016

As Burricadas de Cacilhas

Cacilhas voltou a encher-se de gente, para felicidade dos comerciantes da rua Cândido dos Reis, graças a mais uma edição das "Burricadas de Cacilhas".

Nos últimos anos tenho passado pela rua, vejo as bancas de artesanato e pouco mais... É a explicação que encontro para não ter assistido à nova versão de corridas, com animais patrocinados pelo comércio local, em que em vez de serem os burros a correr são as pessoas, umas a frente outras atrás, que quase correm pelos animais. Por este andar, num ano destes, as "burricadas" são realizadas com corridas em que os "atletas" levam os burros às cavalitas...

(Fotografia de Luís Eme)

quarta-feira, setembro 21, 2016

Convite

A exposição colectiva anual da Imargem será inaugurada amanhã, às 21.30 horas, na Galeria Municipal de Almada. 

Este ano serão homenageados três artistas plásticos almadenses, sócios fundadores desta Associação Cultural: Carlos Canhão, Francisco Bronze e Louro Artur.

É mais uma boa oportunidade para ver do melhor que se faz em Almada no campo das artes plásticas.

sábado, setembro 17, 2016

A Conversa entre os Fotógrafos e o Público

A exposição, "Três Fotógrafos, Três Olhares", em que participo com os meus amigos, Aníbal Sequeira e Modesto Viegas, na Oficina de Cultura de Almada, encerra amanhã.


Às 16 horas está marcado um encontro entre os fotógrafos e todos aqueles que sintam curiosidade em saber a história das fotografias expostas, o percurso dos fotógrafos e os seus segredos (se é que os têm...).

É uma boa forma de fecharmos esta exposição.

(Fotografia de Luís Eme e Gena Souza)

quarta-feira, setembro 14, 2016

À Sombra do Cristo Rei


A música é um dos melhores legados da cultura almadense. 

São inúmeras as bandas e os músicos que nasceram, cresceram e encontraram inspiração na Margem Sul.

"À Sombra do Cristo Rei" - um cd (distribuído na revista "Blitz" de Setembro) e um espectáculo que se vai realizar na próxima sexta feira, às 22.30 horas, no "Cine Incrível" - é uma forma de homenagear todas estas bandas e estes músicos de Almada.

Tim é o "pai" do projecto e dá voz a vários sucessos de bandas como os UHF, Roquivários, Da Weasel, Margem Sul ou Agora Colora, acompanhado pelos filhos, Sebastião e Vicente, e também por Nuno Espírito Santo.

Na entrevista que deu à revista disse: «senti uma nostalgia dos primeiros concertos a que assisti na Incrível Almadense... UHF, Iodo...»

Almada e a Cultura agradecem a lembrança.

quinta-feira, setembro 08, 2016

sábado, setembro 03, 2016

A Festa Esteve Boa

Apesar da concorrência da Festa do Avante (é mesmo um acontecimento na Margem Sul...), a inauguração da exposição, "Três Fotógrafos, Três Olhares", correu bem. 

Apareceram vários amigos e amigas, que não quiseram deixar de apreciar as fotografias de Aníbal Sequeira, Modesto Viegas e Luís Eme (esse mesmo...), que lhes ofereceram três exposições completamente diferentes, que acabam por se completar, graças à diversidade temática.

Amigos que também puderam escutar quatro bonitas canções do projecto musical, "Palavras de Abril, Cantigas de Maio", que deu outro brilho à sessão.

(fotografia de Luís Eme)

sexta-feira, setembro 02, 2016

"Repuxo & Sentimento"

Esta é uma das minhas fotografias menos artísticas da exposição que é inaugurada amanhã ("Três Fotógrafos, Três Olhares").

Mas achei por bem escolhê-la, pelo significado do lugar, um café luminoso, onde conheci muita gente de bem e recebi as lições mais importantes sobre a história de Almada...

E também pela flor e folha, colhidas pela minha filha. O seu nome diz tudo...

(Fotografia de Luís Eme - série "Blue & Yellow")

quarta-feira, agosto 31, 2016

É já no Sábado...


No próximo sábado, dia 3 de Setembro, às 16 horas, será inaugurada na Oficina de Cultura de Almada a exposição, "Três Fotógrafos, Três Olhares", na qual participo com os meus amigos Aníbal Sequeira e Modesto Viegas.

Posso acrescentar que acabam por ser três exposições dentro de uma, com três percursos completamente diferentes, o que torna a visita à exposição ainda mais interessante.

Após a inauguração haverá um momento musical com o projecto, "Palavras de Abril, Cantigas de Maio".

quinta-feira, agosto 25, 2016

O Rio, as Gentes e a Barcas...

O Ginjal é muito afectivo, apesar do seu ar desleixado consegue misturar e abraçar tudo.

O Rio que lhe dá vida e cor, as gentes que lhe dão voz, gestos e cheiros... e as barcas que são as únicas que fazem quase estafetas, entre Cacilhas e Lisboa...

(Fotografia de Luís Eme)

sexta-feira, agosto 19, 2016

Quase que me Esquecia....

Quase que me esquecia de festejar a fotografia, e com uma imagem tirada hoje ao fim da tarde, em mais um dos meus passeios pedestres pelo Ginjal.

O céu estava meio cinzento, quase bonito. Quando sai de casa até pensei que ia apanhar uma chuvita pelo caminho...

(Fotografia de Luís Eme)

terça-feira, agosto 16, 2016

Vandalismo em Cacilhas


Um dos monumentos de Cacilhas da autoria do escultor Jorge Pé Curto foi vandalizado por um bandalho qualquer, que até deixou rasto (as iniciais pintadas podem ser um bom ponto de partida para a sua identificação, por muito codificada que pareça a assinatura...).

Não vale a pena dizer o que quer que seja sobre um acto destes, muito menos falar de Património, num país que no Verão tem demasiada gente que continua a gostar de "brincar aos fogos"...

Arte? É outra coisa. Liberdade? Também é outra coisa...

(Fotografia de Luís Eme)

quarta-feira, agosto 10, 2016

Molhar os Pés na Praia das Lavadeiras


No coração do Ginjal não há só dois belos restaurantes com duas concorridas esplanadas que quase escorregam para dentro das águas do Tejo.

Há também uma praia, que estes turistas que por ali passam e molham os pés, nem sonham que se chamava a "Praia das Lavadeiras", e se lhes dissesse que era ali que muitas mulheres da Vila de Almada vinham lavar a roupa, pensam que lhes estou a contar alguma "história de cordel"...

(Fotografia de Luís Eme)

segunda-feira, agosto 08, 2016

A Medalha Olímpica de Telma



Felizmente hoje foi o dia de Telma Monteiro e a nossa atleta almadense conquistou finalmente uma medalha olímpica (depois de vários títulos europeus e mundiais).

Espero que esta conquista do bronze abra o caminho a novas conquistas dos vários super campeões portugueses que brilham no Rio de Janeiro.

O tenista João Sousa foi outro dos destaques do dia com uma excelente actuação  no jogo disputado com o argentino Juan Del Potro, que ontem ganhara a Djokovic, o actual número da modalidade. Embora não existam vitórias morais ele saiu derrotado por dois um mas actuou a grande nível.

(Fotografia retirada do site de "A Bola")

sábado, agosto 06, 2016

Há Cinquenta Anos Foi Assim...

Há cinquenta anos, a 6 de Agosto de 1966 todos os caminhos foram dar à nova Ponte Sobre o Tejo, que finalmente iria unir a Capital ao Sul do país e provocar um crescimento desmedido em toda a Margem Sul, especialmente nos Concelhos de Almada e Seixal.

Nesta fotografia assistimos à chegada do Presidente do Concelho (mais pomposo que primeiro-ministro), Oliveira Salazar, que sempre torceu o nariz a esta obra (votou contra, tal como o ministro das finanças de então, no Conselho de Ministros de 14 de Janeiro de 1959 e que seria aprovada por maioria), mas foi forçado a aceitá-la, em nome do progresso (outra palavra que lhe fazia cócegas...).


Ele também "fingiu" não querer aceitar o nome, "Ponte Salazar"... mas lá ficou, pelo menos até à Revolução de Abril de 1974...

(Fotografias de autor desconhecido)

sexta-feira, agosto 05, 2016

Ponte Sobre o Tejo - Antes e Depois

Estas duas fotografias são bastante elucidativas do que mudou na paisagem do Tejo.

É o antes e o depois...


Embora não tenham sido tiradas exactamente do mesmo local, são ambas da zona de Belém, na Margem Norte do Rio. 

E valem bem as tais "mil palavras"...

(fotografias de autor desconhecido)

quinta-feira, agosto 04, 2016

Ponte Sobre o Tejo - a Construção

As obras de construção da Ponte sobre o Tejo decorreram entre Novembro de 1962 e Agosto de 1966, naquela que foi a obra mais arrojada do "Estado Novo", transformando um sonho de quase um século em realidade.

Houve muitos aspectos inovadores e impressionantes nesta notável obra de engenharia. Mas aquele a que iremos dar um maior relevo e homenagear serão aos muitos operários, que foram forçados a ser uns autênticos "trapezistas" (muitas vezes sem qualquer rede).


Apesar dos riscos corridos houve poucas vitimas mortais (pouco mais de uma dezena, embora oficialmente só tenham sido divulgado quatro...).

Talvez tenham beneficiado da vigia atenta do "Cristo Rei"...

(Fotografias de autores desconhecidos)