quinta-feira, março 31, 2016

As Minhas Primeiras (não) Memórias do Ginjal...


Estive a pensar e tenho a certeza de que a primeira memória que tenho do Ginjal é uma não memória. Ou seja, vi o Ginjal num tempo em que ainda não tinha “olhos de ver”…

A primeira vez que vim à Margem Sul deverá ter sido em 1966, 1967. Mas as memórias que tenho são muito soltas. Há duas imagens que me assaltam com mais nitidez: a viagem de cacilheiro, em que me recordo de estar ao colo do meu pai, provavelmente para ter altura suficiente para espreitar o rio e as suas margens da janela, onde de certeza vi pela primeira vez o Ginjal, ainda que ele não me apareça no filme da viagem. Recordo também (não sei porquê…) os bancos de madeira envernizados do barco, que provavelmente ainda não tinha ganho a cor laranja.

Outra memória que tenho é de ver os barcos muito pequeninos (de certeza que foi do miradouro do Cristo Rei…). Mas não guardei qualquer imagem da Ponte que, ou já estaria construída ou na fase final da sua construção).


Embora não o possa assegurar, penso que não inventei estas memórias. A única coisa que sei é que a viagem em família até à Margem Sul foi mesmo realizada, embora nunca me tenham dado o ano exacto. Mas anda pelos anos que eu registei.

(Fotografia de autor desconhecido)

quarta-feira, março 23, 2016

Muralma 16

Esteve patente na Oficina de Cultura, uma excelente exposição de arte urbana, de quatro artistas almadenses (Skran, G. Delaunay, Klit, Ketam), em mais uma edição da  "Quinzena da Juventude".

Gostei muito do que vi. Este painel da autoria de G. Delaunay explica um pouco as minhas palavras.

(Fotografia de Luís Eme)

segunda-feira, março 21, 2016

A Clara tem Razão...


A Clara tem razão, a poesia é isto tudo...

Poesia é Vida

A poesia é
o musical
da minha vida
poesia é melodia
que há em mim
Poesia é frescura
num Verão quente
Poesia é linda
Quando sentida
Poesia é:
Simplesmente Vida…


                    Clara Mestre

(Óleo de Conceição Silva)

sexta-feira, março 18, 2016

O Que não se Vê do Casario do Ginjal...

Normalmente quem passeia ao longo do Cais do Ginjal só se apercebe das ruínas de todo aquele Casario de uma forma episódica, porque as paredes e os muros são isso mesmo...

Claro que é possível penetrar no "coração" deste lugar onde quase já não há presença humana, pelo menos de uma forma fixa. Aqui e ali existem portas semi-abertas, buracos ou janelas partidas, que o ar de abandono e de perigosidade, está longe de nos convidar a entrar...

Mas com uma objectiva mais curiosa é sempre possível ver o se esconde por detrás do Cais, sem ser preciso andar por cima e por baixo dos "destroços" que resistem a quase todos os "invernos"...

(Fotografia de Luís Eme)

domingo, março 13, 2016

Homenagens Feitas no Tempo Certo

Se há coisa que me deixa feliz é descobrir aqui e ali, uma escola ou uma biblioteca a quem foi dado o nome de alguém que ainda está no "mundo dos vivos" e que se destacou como um cidadão de excepção.

Como já perceberam não me estou a referir aos vários autarcas que tiveram o desplante de colocar o seu nome em pavilhões, centros culturais e afins, durante os seus "reinados". 

Falo sim de pessoas completamente independentes dos credos políticos, que foram homenageadas simplesmente pelo contributo que deram à sociedade onde estamos inseridos, nas suas áreas de acção.

É por isso que fico muito feliz que no Concelho de Almada existam as Escolas Secundárias Daniel Sampaio e Francisco Simões. 

(Fotografia de Luís Eme)

sábado, março 05, 2016

Uma Homenagem com Amizade e Emoção

A sessão de homenagem a Sérgio Malpique correu muito bem, com a presença de quase uma centena de pessoas, que se quiseram associar à evocação de um grande Cidadão e Desportista Almadense, na comemoração do seu Centenário. 

Além da projecção de um filme biográfico realizado por Modesto Viegas (com textos meus...), das intervenções sentidas da mesa de honra e também dos convidados (com destaque para a intervenção de fundo do Orlando Laranjeiro...), não posso deixar de escrever sobre a emoção sentida pelas "Velhas Glórias" do andebol do Almada, que jogaram com o Sérgio, quando foram chamados ao palco, para serem aplaudidos e tirarem uma fotografia que ficará para a história.

Falo de Jorge Coelho da Silva (com a fotografia da equipa da época de 1951/52 nas mãos), Alberto de Oliveira ("Machicha"), Américo Silva, António Gramaço, João Cardana, Joaquim Boieiro,  Orlando Laranjeiro.

(Fotografia de Gena Souza)

sexta-feira, março 04, 2016

Homenagem a Sérgio Malpique na Passagem do seu Centenário (3)

Em 1944 a Direcção Geral dos Desportos organizou um curso de treinadores de Atletismo, com o Sérgio Malpique a ficar em primeiro lugar com 17 valores.

O curso deu-lhe o estímulo para tentar fazer reviver esta modalidade de tão boa memória em Almada, aproveitando a fundação do Almada Atlético Clube a 20 de Julho de 1944, através da fusão entre o Pedreirense e o União Almadense. Mas infelizmente não o conseguiu...

Foi então que em boa hora lhe surgiu a ideia de trazer o andebol de onze para Almada.

No início, para conseguir formar uma equipa socorreu-se dos amigos da JACA e da Marinha e em Dezembro o Almada Atlético Clube fez a sua estreia oficial do Andebol de onze contra o Benfica, no Campo Grande.  O Almada seria derrotado por 10 a 1, com o golo de honra dos almadenses a ser marcado pelo Sérgio.

Nada que desanimasse os pioneiros da modalidade na nossa Terra. Sérgio percebeu que era necessário fazer formação e criou uma equipa de juniores, de onde sairiam grandes campeões nas épocas seguintes, que transformariam Almada numa Cidade do Andebol.

E tudo isto graças ao Sérgio Malpique, que é recordado por todos como o "Pai do Andebol" na nossa Terra...

quinta-feira, março 03, 2016

Luísa Basto, 45 anos a Cantar o Povo e a Liberdade

Amanhã realiza-se um espectáculo musical da comemoração dos 45 anos de carreira de Luísa Basto, uma das vozes mais bonitas e expressivas de Almada, às 21 horas, no Salão de Festas da Incrível Almadense.

Como muito bem diz o cartaz, são 45 anos da Luísa a cantar o povo e a liberdade.

Todos nós que conhecemos e admiramos a Luísa, ficamos sempre com a sensação de que ela poderia ter ido muito mais longe, com a sua qualidade vocal e interpretativa. 

Mas a vida é o que é. 

O que ninguém deverá ter dúvidas é que a Luísa Basto continua a ser uma das nossas grandes interpretes do fado e da canção.

(Fotografia de Luís Eme)

quarta-feira, março 02, 2016

Homenagem a Sérgio Malpique na Passagem do seu Centenário (2)

Quando Sérgio Malpique, António Calado, Francisco Avelar e Agostinho Brilhante criaram a JACA (Juventude Atlética Clube Almadense) em 1933, estavam longe de pensar que iriam revolucionar a prática do atletismo, com os seus métodos de treino. Além de obterem  excelentes resultados a nível nacional, conseguiram despertar o interesse de uma mão cheia de jovens pela prática do atletismo, pelo prazer de correr, saltar e lançar.

Brilharam nas nossas principais pistas, ganharam campeonatos, bateram recordes. Todos os conheciam e respeitavam como os "Atletas de Almada".

Foram eles: Sérgio Malpique, António Calado, Francisco Avelar, Agostinho Brilhante, Francisco Rosa da Silva, José Gonçalves, João Carapinha, Romeu Correia, Ramiro Ferrão, Fernando Faneca, Gilberto Monteiro. Aniceto Bicho, José Paninho, José Moreira, José Nunes, João Rodrigues, Henrique Figueiredo, Rodolfo Gerardo, José Rodrigues Dias, Alexandre Segurado, Américo "dos Velhos", Orlando Avelar e Francisco Bastos. Havia ainda uma falange de apoio, donde se destacavam Libânio Ferreira, Jorge Coelho da Silva e Miguel Cantinho.

terça-feira, março 01, 2016

Homenagem a Sérgio Malpique na Passagem do seu Centenário (1)


Sérgio Malpique se estivesse entre nós tinha completado 100 anos no passado dia 15 de Fevereiro.

Alguns amigos não esqueceram o Cidadão e o Desportista exemplar - que tanto honrou a hoje Cidade de Almada - e organizaram uma homenagem, que se realiza no próximo sábado, 5 de Março, a partir das 16 horas, no novo Auditório da Academia Almadense (o edifício do antigo cine-teatro entretanto restaurado pelo Município).