Não tenho dúvida que os pescadores são os melhores companheiros do Ginjal, pelo menos nestes tempos de abandono e de placas intimidatórias...
Nem sequer sei se existe muito peixe na nossa margem do Tejo. Existe sim o prazer em "dar banho à minhoca" (adoro esta expressão), dos pescadores de todas as idades, e às vezes algumas mulheres, também de diferentes idades, entretidos na pescaria e na contemplação das águas do rio que banha o Ginjal.
Houve uma altura que pensei em experimentar esta actividade, por a achar poética. Claro que se o fizesse, teria de levar um caderno ou bloco, misturado com os apetrechos de pesca, para registar aquelas coisas que surgem, de momento. Acabei por não experimentar...
Por falar em pesca e pescadores, lembrei-me de um cacilhense, que não passava sem as suas pescarias no Tejo, mas como não gostava de peixe, oferecia todo o seu pescado aos companheiros de pescaria ou à vizinhança. Falo de Jaime Feio, uma grande figura da cultura almadense, do século XX.