![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjK_1r5pB6j7Byo-I0mjjLYUmQnUjF5QsALRIinEsTyjN3s9qdNT96NkvuyTTPXitJe5huSLt8gCXHb-Jc-dyTDSFi9Qd4qmDtgfhSlGHbQoVQI6_dhIlqHWwaHHHhKprZme-5u/s320/a+fer+recan+c+cadeira+de+verga+ma.jpg)
Os dias de verão vastos como um reino
Cintilantes de areia e maré lisa
Os quartos apuram seu fresco de penumbra
Irmão do lírio e da concha é nosso corpo
Tempo é de repouso e festa
O instante é completo como um fruto
Irmão do universo é nosso corpo
O destino torna-se próximo e legível
Enquanto no terraço fitamos o alto enigma familiar dos astros
Que em sua imóvel mobilidade nos conduzem
Como se em tudo aflorasse eternidade
Justa é a forma do nosso corpo
Cintilantes de areia e maré lisa
Os quartos apuram seu fresco de penumbra
Irmão do lírio e da concha é nosso corpo
Tempo é de repouso e festa
O instante é completo como um fruto
Irmão do universo é nosso corpo
O destino torna-se próximo e legível
Enquanto no terraço fitamos o alto enigma familiar dos astros
Que em sua imóvel mobilidade nos conduzem
Como se em tudo aflorasse eternidade
Justa é a forma do nosso corpo
Poema da grande senhora da poesia portuguesa, Sophia de Mello Breyner Andresen, óleo de Manuel Amado...