sexta-feira, janeiro 31, 2020

A Rua Capitão Leitão e a República em Almada


A Chamada Almada Velha continua fiel a Primeira República, mantendo os mesmos nomes que ofereceu às suas ruas, praças e travessas, depois do 4 de Outubro (Almada voltou a antecipar-se, tal como tinha feito na Revolução Liberal...).

Se o Capitão Leitão (a rua principal, a antiga Rua Direita...), ainda veio do 31 de Janeiro de 1891, Elias Garcia, Henriques Nogueira, Heliodoro Salgado, Rodrigues Freitas, José Fontana, Latino Coelho, vieram com o fim da Monarquia, ocupar as principais artérias da Vila de então.

E a minha Incrível fica logo no começo da Rua Capitão Leitão.

E hoje festeja-se a primeira grande tentativa de derrubar o "antigo regime", que mesmo derrotada, foi menos tímida no Porto.

(Fotografia de Luís Eme - Almada)

terça-feira, janeiro 28, 2020

A Vida Real é Outra Coisa...

Há uns dias estive numa reunião e passado algum tempo verifiquei que algumas pessoas estavam mais preocupadas com o que se passava, dizia e comentava, no "facebook", que com a vida real.

Quase de uma forma automática insurgi-me contra esta "forma de pensar", que, infelizmente, não deve estar distante da "forma de viver".

Fiquei a pensar que devia ser bom para a "saúde mental" destas pessoas se passassem um pouco de menos tempo nesta rede social e  apanhassem mais ar, dando uma ou duas voltas pelas ruas da cidade...

(Fotografia de Luís Eme - Almada)

terça-feira, janeiro 21, 2020

Os 90 Anos do Chico


Francisco Gonçalves, um dos melhores actores amadores de Almada e da nossa Incrível Almadense, festeja hoje o seu nonagésimo aniversário.

Para nós, mais chegados ele é o Chico, mas o mais importante de tudo, é ele ser das melhores pessoas que conheço.

Apesar de ter entrado no clube restrito dos "noventa", continua a conservar no olhar, uma limpidez rara, que não só afasta todas as "nuvens" que nos cercam, como é capaz de descobrir o melhor que existe dentro de cada um de nós.

sábado, janeiro 18, 2020

Só Podia ser uma Coisa Assim...


Como passei ali mesmo ao lado, resolvi dar um pulito ao Cristo-Rei e ver as vistas.

Não fiquei muito surpreso ao descobrir o "destino" dado ao barracão construído nas traseiras do monumento, que me fez fazer um comentário por aqui, graças ao péssimo gosto estético, da pessoa, ou pessoas, que terão tido a infeliz ideia.

Mas outros valores se levantam e nada melhor para o negócio, que uma loja central, à vista de todos os que olham para a figura quase gigante do Cristo-Rei, mesmo quando ele está de costas...

(Fotografia de Luís Eme - Almada)

quarta-feira, janeiro 15, 2020

A Quase Ausência de Informação...


Já escrevi aqui sobre a distribuição da "Agenda Cultural de Almada", que raramente chega às bancas no começo do mês. Ou seja, há sempre uma série de iniciativas que passam ao lado dos almadenses, às vezes estamos a chegar ao dia 10 e ainda não existe qualquer sinal da "agenda"...

Mas pior que isso é a ausência de informação sobre inaugurações de exposições ou lançamentos de livros, em várias Casa da Cultura de Almada.

É curioso, porque quando se usava papel, chegava a receber convites em duplicado pelo correio. Agora que existem os e-mails, praticamente sem custos, não recebo notícias. 

Um dos casos mais estranhos é o da Oficina de Cultura de Almada, mas já nem sequer me incomodo com o assunto. Quando passo por lá, se descobrir alguma exposição, entro e aprecio (de vez enquanto publicito por aqui...), mas não deixo de lamentar este "deixa andar", esta quase vontade de "não informar"...

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)

domingo, janeiro 05, 2020

O Centenário de Henrique Mota


Este ano que agora começa, é o ano em que se comemora o centenário do nascimento de Henrique Mota, o grande historiador do desporto almadense e  um dos melhores amigos que conheci em Almada.

Foi por estas duas razões que resolvi criar um blogue sobre a sua história de vida, para que pelo menos neste ano de 2020, o Henrique possa ser recordado, pelo muito que deu a este Concelho, que adoptou como seu.

quinta-feira, janeiro 02, 2020

A Quase "Imortalidade" do Fernando...


Um dos meus melhores amigos de Almada faz hoje a bonita idade de 96 anos.

Felizmente, não se tem notado muito os anos a passarem por ele. Os únicos problemas que o acabam por limitar, são a perda de visão - que já não lhe permite fazer duas das coisas que mais gostava: ler e escrever - e a artrose nos joelhos, que lhe limita um pouco os movimentos. 

Continua com uma lucidez invejável e com a sua bonomia de sempre (tem sempre duas ou três anedotas novas "guardadas no bolso", para os amigos...). É sempre um prazer estar na sua companhia.

Às vezes sinto que ele "já não tem idade", que atingiu quase a "imortalidade". Sei que isto pode parecer estranho, mas as pessoas que conviveram com Manoel de Oliveira, devem perceber o que eu quero dizer.

Parabéns, Fernando.

(Fotografia de Luís Eme - Verdizela)