domingo, maio 30, 2021

15 anos e 1812 textos depois...


Foi no dia 30 de Maio de 2006, que publiquei o meu primeiro "post" num blogue criado por mim, este mesmo, o "Casario do Ginjal".

E entretanto já passaram 15 anos... Pelo caminho surgiram outros blogues da minha autoria, porque escrever sempre foi uma coisa fácil, talvez em demasiados registos, mas ninguém é perfeito.

Como gosto, sobretudo de escrever, tenho permanecido fiel aos blogues. Sei que isso também acontece porque dou preferência a este ambiente calmo, menos propenso a mal-entendidos e a confusões (as redes sociais são muito isso...).

E enquanto continuar satisfeito, vou continuar por aqui.

(Fotografia de Luís Eme - Ginjal)


segunda-feira, maio 24, 2021

Uma Cidade Quase Sem Identidade...


Nos últimos anos Almada tem vindo a perder a sua identidade, muito pelo desaparecimento da indústria (especialmente a naval) e pela perda de importância do associativismo no dia a dia dos almadenses.

Claro que ainda falo dos tempos antes da gestão socialista, embora a actual presidente da Câmara tenha deixado bem claro, que queria tornar Almada numa "cidade satélite" de Lisboa...

Pode ser muito bom para o "negócio" esta aproximação a Lisboa, mas quando deixamos de ter uma identidade própria, vamos perdendo história e orgulho do que fomos e do que somos...

Mas talvez Almada, Amadora, Seixal, Barreiro ou Loures, continuem condenadas a serem apenas "Cidades-Dormitórios" da Capital... 

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


quinta-feira, maio 06, 2021

O Primeiro Fato do Jaiminho...


Uma das coisas que a pandemia nos roubou foi o convívio próximo com os amigos.

Embora tenha feito parte de várias tertúlias ao longo dos anos, nos últimos tempos só era assíduo a uma, a "Tertúlia do Bacalhau com Grão", que ocupava a maior mesa do Restaurante Olivença, às segundas-feiras (que fica na rua com o mesmo nome, em Almada, junto ao mercado).

Um dos amigos que conhecia apenas um pouco mais que de vista, era o Jaime Soares, que todos tratamos por Jaiminho, que fora um dos grandes andebolistas do Almada e também o primeiro presidente da Junta de Freguesia de Almada, pós-Abril e que começou a trabalhar cedo demais no estaleiro Parry & Son, em Cacilhas.

A partir de certa altura o Jaiminho começou a sentar-se ao meu lado e começámos a cultivar uma amizade e um respeito mútuo que perdurará no tempo, por comungarmos dos mesmos princípios e sermos muito frontais na nossa forma de estar e de nos relacionarmos com os outros. Nem mesmo a sua surdez foi um obstáculo para esta boa camaradagem tardia e genuína.

As coisas que eu aprendi sobre a história recente de Almada, com os relatos das vivências do Chico, do Orlando e do Jaiminho, nas conversas bastante animadas no nosso canto da mesa, graças às suas memórias de elefante e ao seu companheirismo.

Estava a arrumar fotografias quando descobri este "post-it", que escolhi para "ilustrar" estas palavras e está patente no Museu Naval de Almada. 

É o testemunho do Jaiminho sobre o "seu primeiro fato", comum à maioria dos jovens operários almadenses...

(Fotografia de Luís Eme - Almada)