Sei que há lugares mais complicados que outros, como são os casos da Lisnave e do Ginjal, para se fazer algo de novo, embora 20 e 30 anos, seja já tempo e abandono a mais. E não têm faltado projectos para estes lugares ao longo dos tempos...
Mas há coisas mais simples, que também não se resolvem. Quando a Câmara Municipal, ainda nos tempos da CDU, adquiriu as antigas instalações da EDP, que ficam no centro de Almada (e são de tal forma grandes e importantes que podem ser adaptadas para quase tudo: falou-se muito de Loja do Cidadão, Unidade de Saúde de Cuidados Continuados, Serviços Públicos Camarários, etc), não o fez com toda a certeza, para que continuassem abandonadas, a serem degradadas pelo tempo e pelo vandalismo. É por isso que pergunto: como é que é possível que este PS (aliado ao PSD), ainda não tenha conseguido encontrar uma solução que sirva os almadenses, num dos espaços mais centrais de Almada?
Mas tudo isto é ainda mais triste se pensarmos na obra feita ou a fazer (em que se gasta dinheiro, não se cumprem prazos e fica quase tudo na mesma...). Foi assim na Praça Gil Vicente, no Largo de Cacilhas e agora no Jardim Público dr. Alberto Araújo (junto ao antigo tribunal). Há quase um ano que o jardim está encerrado ao público. Felizmente, este mês abriu-se o caminho que nos leva do Largo Gabriel Pedro à Rua Capitão Leitão. Embora tenham cercado e fechado este jardim antes de Junho, a data em que foi afixado o início das obras, que segundo as indicações do cartaz deveriam demorar 180 dias. Ora, como estamos praticamente em Abril, mesmo só a contarmos com o tal Junho do cartaz, já passaram mais de 300 dias desde o "começo afixado"...
Quem vive em Almada há mais de três décadas, como eu, nota uma diferença gritante entre os mandatos da CDU (que deixou mesmo obra...) e este PS, de Inês Medeiros, que já está no poder há mais de seis anos. Infelizmente a imagem de marca da coligação PS/ PSD, é uma Cidade mais suja, mais esburacada (as ruas nunca estiveram em tão mau estado como estão actualmente), e sobretudo, adiada...
(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas)