quarta-feira, setembro 29, 2010

Mas Vale Tarde que Nunca

Um ano e muitos meses depois do fim das obras do Metro de Superfície, o bom senso voltou a prevalecer e estão a colocar abrigos nas paragens da TST.

É bom constar que, mesmo que seja a "conta gotas", alguns erros de palmatória (como este, nunca consegui perceber porque razão os utentes dos autocarros tinham de estar nas paragens à chuva e ao vento) têm sido corrigidos...

domingo, setembro 26, 2010

Burricadas em Cacilhas

Hoje é dia de animação em Cacilhas.

Os Escuteiros, a Junta de Freguesia e o comércio local organizam mais uma vez as "Tasquinhas e Burricadas de Cacilhas", com passeios de burro, venda de artesanato e uma boa oferta gastronómica, não estivesse a decorrer durante o mês de Setembro, a "X Festa da Gastronómica de Cacilhas".

sábado, setembro 25, 2010

Varanda da Mutela

Almada está longe de ser a cidade "moderna" que nos é vendida pelo Poder Local.
Há várias zonas degradadas e abandonadas, como são os casos do Ginjal e Caramujo, que estão reféns de vários projectos de reabilitação, que devido à sua grandeza e à situação económica do país, poderão nem sequer sair do papel...
Esta varanda pertence à zona da Mutela, na rua Manuel Febrero (ou Fevereiro - a duplicidade de nomes é uma constante da nossa toponímica...), a caminho da Cova da Piedade, e está assim há pelo menos duas décadas.
Embora não conheça muito bem os parâmetros legislativos, faz-me confusão que a Autarquia almadense não "exproprie" algumas casas, completamente abandonadas pelos seus proprietários...

segunda-feira, setembro 20, 2010

Quase Aquarela...


O rio fica sempre mais bonito com barcas e velas.

sábado, setembro 18, 2010

Fim de Tarde no Olho de Boi

As margens do rio, a Sul e a Norte, são pródigas em miradouros, naturais ou "inventados" pelo homem. Devo conhecer quase todos, em Lisboa e Almada.

Reparo agora, ao escrever, que a maior parte das vezes visito-os sozinho.

E como gosto muito de andar, sozinho ou bem acompanhado, é fácil descobrir coisas a que ainda não tinha dado a atenção devida.

Claro que andar sozinho é diferente, faz com que seja mais fácil encontrar-me comigo próprio, falar com as paredes ou com as águas do rio, sem cair no ridículo.

Foi desta forma que quando dei por mim, estava rente ao Cais da antiga Companhia de Portuguesa Pesca, depois de ter percorrido todo o paredão do Ginjal, sentindo o vento agradável dos fins de tarde de um Verão farto em calor.

quinta-feira, setembro 16, 2010

Ezequiel não é Nome de Cão

Ezequiel não é nome de cão, mas sim de alguém que pode muito bem retratar a prática uma boa parte dos nossos políticos, que se acham acima da lei.

Falo de um senhor que é adjunto de Isaltino Morais e que foi durante anos presidente do Município de Sesimbra.

Como deve ser um "duro" e viu que o seu cartão de "vip autarca" não fazia cócegas aos agentes da autoridade, depois de terem rebocado o carro da filha estacionado em cima de uma passadeira, partiu primeiro para o insulto e depois para a agressão física, com dentadas e cuspidelas, à boa maneira rufia.

Li a notícia aqui, no blogue do Pedro, onde também se encontra um link do "CM", o nosso campeão de histórias de "faca e alguidar"...

Claro que esta sobranceria de quem tem algum poder, infelizmente, recebe muitas vezes como resposta, o silêncio e a complacência dos agentes de autoridade.

Alberto João é a figura modelar desta gente, que pensa que pode fazer e dizer tudo o que lhe "vem à veneta", e pior, que todas as pessoas têm preço...

Gostava muito que o senhor Ezequiel Lino fosse punido de uma forma exemplar, mas neste país, a justiça tem demasiadas curvas...
E é mais uma bela história para o cinema, ao jeito de um "Kilas", tão bem interpretado pelo Grande Mário Viegas.
Adenda: Não deixa de ser interessante lerem isto...

terça-feira, setembro 14, 2010

Demagogia aos Quilos

À tarde chamaram-me a atenção para dar uma olhadela para a "SIC Radical", porque estavam a dar notícias da minha aldeia.

Uma Catarina sorridente Freitas, vendia a "Semana Europeia da Mobilidade" em Almada, como um acontecimento de nível "mundial".

Quem conhece como eu esta "terrinha", só podia acompanhar o sorriso da Catarina, dizendo bravo, pela "cassete" divulgada à juventude, que provavelmente vai "emigrar" por uma semana para Almada.

Mas que grande vendedora! Parabéns Catarina.

O melhor das histórias de bicicletas, foi ter de desvendar onde se situam os tais quilómetros de ciclovias almadenses, pois, na Caparica, Trafaria e Parque da Paz...

Quem chega a Cacilhas de "ginga", que se cuide, nada de pistas em direcção a Almada ou Cova da Piedade...

domingo, setembro 12, 2010

O Livro


A sessão do Lançamento do livro, "Henrique Mota, Atleta, Treinador, Dirigente e Escritor", na noite de sexta, não encheu a Sala Pablo Neruda, mas foi um excelente momento de convívio e também de partilha, pois além das intervenções dos elementos da mesa de honra, houve alguns amigos que nos deixaram o seu testemunho sentido sobre o Henrique.

O mais irónico é que quem preferiu ficar em casa a ver o Benfica, acabou por passar um mau bocado...

quinta-feira, setembro 09, 2010

Henrique Mota, Escritor

Henrique Mota, apesar de ter nascido em Mafra, a 10 de Setembro de 1920, sempre se sentiu, orgulhosamente, cidadão de Almada. Facto comprovado pela temática de toda a sua obra literária, evocativa das terras e gentes da Outra Banda.
Veio para Cacilhas com apenas nove anos de idade e, ao longo de setenta e dois anos vividos no concelho, teve um papel preponderante como cidadão e homem de letras, ao ponto de se tornar uma das figuras mais carismáticas e prestigiadas do meio desportivo e cultural almadense. Prestígio que foi ampliado ao ultrapassar as fronteiras de Almada, após a publicação do seu primeiro livro.
Iniciou-se no jornalismo no final da década de trinta do século passado na “Gazeta do Sul”. Assim que apareceu o “Jornal de Almada”, em 1955, começou a colaborar com várias rubricas, algumas das quais biográficas, que seriam a principal fonte dos seus livros, como é referido neste ensaio. Em 1994 fez ainda parte de um pequeno núcleo de almadenses que sentia a necessidade de criar um novo jornal no concelho, mais abrangente e também mais pluralista. Estamos a falar de “O Almadense”, cuja sétima série ainda sairia para a rua, embora por ponto tempo. O aparecimento de um empresário local fez com que o projecto fugisse da génese inicial e ditasse o seu afastamento, assim como do grupo de amigos.

Henrique Mota foi autor de oito obras literárias: "Desportistas Almadenses - I Volume" (1975); "Desportistas Almadenses - II Volume" (1984); "Contos Desportivos" (1985); "Desportistas Almadenses - III Volume" (1993); Ginásio Clube do Sul - 75 Anos de Glória" (1995); "Personalidades Cacilhenses" (1997); "Memorando" (1999); "Desportistas Almadenses" - IV Volume" (2004).

quarta-feira, setembro 08, 2010

Henrique Mota, Dirigente

Henrique Mota estreou-se como dirigente no Ginásio Clube do Sul como presidente da Direcção, em 1949, com apenas 28 anos, sendo ainda hoje o presidente mais jovem da história da colectividade cacilhense.
De 1949 a 1983 exerceu vários cargos directivos, sendo de 1976 a 1983, presidente da Mesa de Assembleia Geral do Ginásio.
Ao longo de todos estes anos fez parte de diversas comissões, das quais salientamos a do Bingo e do Pavilhão Polidesportivo, que se tornaram realidade nos anos oitenta e noventa e foram um marco no crescimento do clube, que sempre teve no ecletismo a sua principal bandeira.
Em 1994 foi um dos quinze fundadores da SCALA – Sociedade Cultural de Artes e Letras de Almada, sendo o seu primeiro presidente da Mesa da Assembleia Geral e um dos elementos mais influentes no seu crescimento dos primeiros anos.
O seu fervor e paixão pelo Ginásio do Sul seriam recompensados com a atribuição do diploma de “Sócio de Mérito” em 1989, do “Prémio Prestígio Ginasista” e do diploma de “Sócio Honorário”, ambos em 1992.
A cidade de Almada também lhe prestou a justa homenagem em 1994, atribuindo-lhe a “Medalha de Ouro de Mérito e Dedicação”.
Por iniciativa da SCALA, no começo do Outono de 2001, os serviços de toponímica do Município de Almada foram consultados para que fosse estudada a possibilidade de se atribuir uma artéria no concelho a Henrique Mota.
Com a construção de uma nova urbanização, no local onde nasceu a maior zona comercial de Almada, onde está situado o “Almada Fórum”, foram atribuídas ruas a Henrique Mota, Francisco Bastos, Sérgio Malpique e a António Calado (ainda entre nós na altura), não fossem eles grandes atletas e grandes companheiros, para felicidade dos seus familiares e amigos.
Em 2005, na comemoração do 85º aniversário, o Ginásio Clube do Sul, homenageou Henrique Mota e outros associados relevantes, atribuindo o seu nome ao Salão Nobre do Pavilhão Polidesportivo.

segunda-feira, setembro 06, 2010

Henrique Mota, Atleta

Henrique Mota iniciou-se na prática desportiva durante a adolescência, naquela que seria sempre a sua modalidade rainha, o Atletismo.
Estreou-se em 1937 com a camisola do Lisboa Ginásio Clube, num torneio popular organizado pelo jornal “Os Sports”. Nesse mesmo ano mudou-se para os “Unidos de Cacilhas”, clube da localidade ribeirinha onde residia, sendo a sua principal figura, juntamente com Alfredo Abrunhosa, Henrique nas provas de velocidade prolongada e Alfredo nas de velocidade pura.
Ambos deram nas vistas e no ano seguinte transferiram-se para o C.F, “Os Belenenses, o clube do seu coração, a par do Ginásio Clube do Sul. Henrique manteve-se no “Belém” até 1941, tendo viajado pouco tempo depois viajou para os Açores onde cumpriu parte do serviço militar. Durante a sua permanência na ilha de São Miguel, Henrique continuou a dar nas vistas, ao ponto de ser notícia na imprensa local, pois fizera a melhor marca nacional na prova de 80 metros, que não seria homologada por a competição não ser oficial…
Este excelente resultado acabou por ser reproduzido nos jornais desportivos de então e quando Henrique regressou ao continente foi convidado para ingressar no Benfica, clube que lhe ofereceu o fato para o seu casamento.
Infelizmente teve uma passagem curta pelo clube da Luz, devido a uma lesão no joelho que o obrigou a abandonar as pistas precocemente, com apenas 24 anos…


Nota: Esta semana publico partes da biografia que escrevi para o livro, "Henrique Mota, Atleta, Treinador, Dirigente e Escritor Almadense", que será apresentado no dia 10 de Setembro, em Almada, na Sala Pablo Neruda do Fórum Romeu Correia, às 21.30 horas.