Em vez de aproveitar (e respeitar) esta marca almadense, o Munícipio preferiu apostar na transformação de Almada numa "cidade satélite" de Lisboa, provavelmente por ter uma presidente demasiado cosmopolita para governar uma terra, que sempre se orgulhou da sua história e do seu passado de resistência e unidade popular.
Isso explica-se pelo fecho de museus (Museu da Música Filarmónica, do CIAV - Centro de Interpretação de Almada Velha e Museu Naval) e também pelo apoio cada vez mais residual ao Movimento Associativo, o que tem provocado o fechar de portas de várias colectividades, desportivas e recreativas, no Concelho.
Mas há mais exemplos. Um Concelho que possui quatro bandas filarmónicas centenárias, activas, merecia que estas fossem mais acarinhadas e apoiadas, não só pelo seu historial, mas também por terem nas suas escolas de música largas dezenas de jovens. Em vez de se dar espaço para estas bandas locais (assim como os vários grupos corais e de música popular...) se exibirem nas ruas e nos vários palcos da Cidade, aposta-se nos cantores nacionais, tanto nas festividades dos Santos Populares como de Natal.
Posso também falar da diminuição de apoios à edição de obras literárias da história local, onde nem mesmo Romeu Correia é acarinhado como merecia, com a autarquia a "esquecer" os compromissos assumidos para a reedição das suas obras mais emblemáticas.
Foi assim, durante os últimos oito anos...
(Fotografia de Luís Eme - Almada)
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