Pois é, parece que o nevoeiro veio para ficar, para as bandas do Ginjal...
Dias como o de hoje, com neblina de manhã à noite, são raros. Normalmente quando se aproxima a hora do almoço, o Sol enche-se de brio e expulsa o nevoeiro para longe... Depois brilha com mais intensidade, como se gritasse vitória perante o "feitiço" cinzento...
Quem costumava aproveitar estes dias fechados era o meu amigo Fernando, quanto ainda tinha a sua ourivesaria em Cacilhas. Pegava na máquina fotográfica e saia para a rua, na direcção do Cais do Ginjal, à procura de bons motivos para disparar a sua "reflex", agradecido pelos "efeitos especiais" destes dias mais sonoros, graças às buzinadelas de aviso dos Cacilheiros - ainda sem radar- durante as travessias do Tejo...
12 comentários:
Quem teve de sair de casa cedo como eu, além do nevoeiro, levou também com muita humidade.
Estes dias são esquisitos e deixam-nos esquisitos, Luís.
A fotografia foi bem escolhida.
O nevoeiro mói-nos os ossos, mas deu uma foto excelente.
Tens razão Alice,estes dias são no minimo estranhos... embora exista alguma magia no nevoeiro (não, não tem nada a ver com o D. Sebastião...), quase cinematográfica.
Nem tudo é mau no nevoeiro, MFC... até podemos tirar uns "retratos", impossíveis noutros dias...
Eu amei a foto, pois tenho uma queda irresistível pelos dias de nevoeiro. Aqui, onde estou agora, nas raras vezes em que temos algum, dizemos logo: "até parece o Porto", por razões óbvias que quem conhece aquela cidade de granito entende. Mas, claro, as zonas de beira rio todas oferecem espetáculo semelhante.
Há, sim, um mistério, e o fato de andarmos encolhidos dentro dos casacos e de só lançarmos olhares de viés para tudo, contribui para a sensação.
Gostei muito, também, do teu texto, e da maneira simples e sintética como descreves a sucessão de nevoeiro e sol.
Last but not least, tinha um amigo muito querido na zona de Cacilhas e há muito muito tempo não lia nem ouvia esse nome.
A tua visita foi um presente inesperado e bem vindo!
Por aqui pela serra também está nevoeiro mas esse feitiço cinzento só existe à beira d´água!
Realmente ontem foi um dia estranho, ainda por cima quando não se está muito habituada ao nevoeiro. Como uma almadense de acolhimento, estava habituada oa meu Alentejo, mais seco e menos húmido, onde os momentos de nevoeiro se resumiam a poucas horas do início do dia.
Os dias de nevoeiro possuem algum mistério e prestam-se a boas fotografias, porque deixam algo por revelar...
Cacilhas e o Tejo, de vez em quanto ficam assim, Ida.
O nevoeiro na serra é realmente diferente, "Rosa dos Ventos", parece mais fatiado e não é tão envolvente.
Quem diria "Papoila", que depois do nevoeiro vinha um dia invernoso como o de hoje, com bastante chuva e vento...
Vim agradecer e retribuir a visita e deparo-me com uma foto lindissima duma zona que tão bem conheço...o ginjal...
Durante anos foi local de passeio para mim, o meu avó paterno tinha uma "tasquinha" aí.
Bons tempos, felizes recordações da minha infancia...
Ontem foi de facto um dia estranho, às 6h30m da tarde, não se via um palmo á frente do nariz na Ponte 25 de Abril.
E hoje idem aspas, desta vez não por causa do nevoeiro, mas por causa da chuva e do vento...
Boa semana
Ainda bem que conheces o Ginjal dos seus bons tempos, "Cruzeiro", onde guardas felizes recordações da infancia.
É mais fácil de perceberes o que lhe têm feito, nos últimos anos.
Boa semana também e obrigado pela visita.
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