sábado, novembro 04, 2006

Arte com Sabor em Cacilhas


O aparecimento de um novo café em Cacilhas, com um nome já de si bastante apelativo (Café com Letras), no começo de 2003, marcou o início de várias actividades culturais como: exposições, tertúlias, colóquios, apresentações de livros, debates, até se chegar às sessões animadas de "Poesia Vadia".
Embora isso faça comichão a algumas pessoas, o sucesso destas iniciativas está associado a uma senhora, cujo nome era praticamente desconhecido no panorama cultural local (Ermelinda Toscano). Ela conseguiu fazer em meia dúzia de meses o que alguns programadores culturais não fazem em anos...
Fizeram-se coisas muito bonitas naquele espaço, sem qualquer dúvida. A que considero mais brilhante foi a edição da colecção INDEX POESIS, "Uma Dúzia de Páginas de Poesia", um pequeno caderno, que marcaria a estreia poética de dezenas de autores. Esta colecção chegou ao número 47, uma coisa admirável, se pensarmos que estamos a falar num espaço de apenas dois anos.
Por razões que não interessa dissecar, o entusiamo foi arrefecendo e o "Café com Letras", acabou mesmo por fechar.
Foi bom o antigo café ser substituído por um outro café (" Sabor & Art") e não por outra coisa qualquer.
Melhor ainda, é o facto de os novos gestores do espaço terem demonstrado vontade de voltar a "explorar" a vertente cultural, tão bem sucedida durante algum tempo, por aquelas bandas.
A entrada em cena vai começar já no próximo dia 25 de Novembro, com a tão popular sessão de "Poesia Vadia".
Espero que este regresso seja um sucesso, porque Cacilhas precisa de mais portas abertas à Cultura.

8 comentários:

Alice C. disse...

Passei completamente ao lado do Café com Letras.
Por acaso já passei à porta deste novo café e gostei das suas cores do interior.
Embora não tenha passado da porta, gostei do que vi. O nome também é apelativo.

Minda disse...

Amigo Luís. (essa da senhora!, francamente... senhora sim, mas soa tão mal!!). Obrigada pelas tuas palavras de elogio à colecção «Index Poesis», que me deixaram muito sensibilizada. Quanto à questão de este projecto parecer incomodar algumas pessoas, eu sei que é verdade, mas pouco me rala! Começo por ficar incomodada, é certo, bastante aborrecida ao primeiro impacto, mas passa depressa (e tu sabes bem que sim! E não é por isso que deixarei de continuar a fazer o que faço...). Contudo, apesar do mérito da minha ideia, convém não esquecer o papel fundamental dos autores que confiaram na minha proposta e ofereceram os seus trabalhos para serem divulgados. A eles, sobretudo, se deve o êxito deste trabalho.
Um abraço e até 5.ª feira (quando regressar de Santarém telefono-te... porque precisamos de conversar. ok?).

Luis Eme disse...

Alice, da próxima vez, não fiques apenas à porta... entra e saboreia o ambiente.

Luis Eme disse...

Sempre pensei que era de bom tom tratar as mulheres como senhoras... (acho que isso até vem nos livros da Bobone, embora não os tenha lido...)
Importante é ver se há possibilidades de voltar a criar uma colecção do género, o resto é secundário.
Até quinta.

Minda disse...

Luís, apareçam contributos (aliás, até já tenho bastantes) que é possível sim retomar, de novo, a colecção «Index Poesis» e os cadernos «Uma Dúzia de Páginas de Poesia», uma segunda série (com capa diferente, grafismo com algumas inovações e, sobretudo, outros patrocínios) mas com a numeração sequencial da primeira (isto é, a começar no n.º 48). Estava a pensar nisso para apresentar, como surpresa, no dia 25 de Novembro, se possível.
Temos que pensar nisto, muito seriamente, a SCALA e o FAROL, na continuação da equipa dos Poetas Almadenses. Que dizes?
Um abraço.

Luis Eme disse...

Eu digo sim, à colecção, e também à continuidade do trabalho desenvolvido pela SCALA e pelo Farol, em prol da poesia almadense.
Só que eu também faço «comichão» a muita gente (foi por isso que não me quis envolver de uma forma mais activa, pelo menos no campo das ideias...).

Minda disse...

Olha lá Luís, mas afinal és alguma espécie de "sarna" para causares tanta comchão ao pesosal? Deixa-te dessas coisas e não ligues a provocações. Mais não seja porque "vozes de burro não chegam ao céu". Percebes?

Luis Eme disse...

Quando nós tentamos ser o que queremos e não o que os outros querem... isso acaba por ter custos.
O resto são "fair-divers", que nem sequer comento.